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PAULO REGIS TIRONI

RENAN VEIRA MATOS


JOÃO LUIZ DA ROCHA

LIBERDADE DE EXPRESSÃO
UM LEVANTAMENTO SOBRE A CONFIABILIDADE SOBRE A EXECUÇÃO DAS LEIS
CONSTITUCIONAIS RELACIONADAS LIBERDADE DE EXPRESSÃO E UMA
POSSÍVEL DITADURA E CENSURA DO JUDICIÁRIO

IBAITI
2022
IAN CARLOS BARBOSA DE OLIVEIRA
JOSÉ REINALDO VALENTE
LUANA DE PAULA
RENAN VIERA MATOS
STELLA FIRST

JUSTIÇA CONSENSUAL PENAL: ACORDO DE NÃO PERSECUÇÃO PENAL E


SUAS CARACTERÍSTICAS

Trabalho Integrado Interdisciplinar de Direito


apresentado ao Curso de Direito da Faculdade de
Ibaiti, como requisito parcial para a composição
da nota da avaliação N2.

Orientadora: Profª. Me. Ricardo Vilariço Ferreira Pinto

IBAITI
2022
OLIVEIRA, Ian Carlos Barbosa de. VALENTE, José Reinaldo. PAULA, Luana
de. MATOS, Renan Viera. FIRST, Stella. Justiça Consensual Penal: Acordo de
não persecução penal e suas características. 2022. p. xx. – Faculdade de Ibaiti
- Feati, Ibaiti, 2022.

RESUMO

Com o aumento de processos na justiça criminal é necessário a criação


de meios alternativos para a solução de conflitos nesta àrea do Direito. O
acordo de não persecução penal tem como objetivo desafogar o judiciário e
prover uma maior celeridade nos processos criminais. O benefício do acordo
de não persecução penal foi primeiramente implementado por meio de
resoluções e somente com a Lei n. 13.964 de 2019 (pacote anticrime) que o
benefício passou a ser positivado no ordenamento processual penal pátrio. O
objetivo central do presente trabalho é abordar as caracteristicas e requisitos
do benefício. A metologia será desenvolvida através de pesquisa bibliográfica
doutrinaria acerca do tema e documental, expondo e ponderando os
dispositivos legais e a partir do método dedutivo, sendo um processo de
análise de informação que utiliza o raciocínio lógico e a dedução para obter um
conclusão do tema apresentado.

Palavras-chave: Direito. Processual. Justiça Consensual. Características.


Acordo de não persecução Penal.
OLIVEIRA, Ian Carlos Barbosa de. VALENTE, José Reinaldo. PAULA, Luana
de. MATOS, Renan Viera. FIRST, Stella. Criminal Consensual Justice: Criminal
non-prosecution agreement and its characteristics. 2022. p. xx – Faculty of Ibaiti
- Feati, Ibaiti, 2022.

ABSTRACT

With the increase in criminal justice processes, it is necessary to create


alternative means for conflict resolution in this area of law. The non-prosecution
agreement aims to unburden the judiciary and prove greater speed in criminal
proceedings. The Persecution Benefit was initially implemented through penal
treatment and not with the Act. 13,964 of 2019 (anti-crime package) that the
benefit became positive in the national criminal procedural order. The main
objective of the present work is to approach the characteristics and
requirements of the benefit. The me will be developed through bibliographic
research and documentary information, exposing and considering the legal
provisions and from the method of ductive deepening, being a process of logical
analysis of use that in-depth teaching to obtain a conclusion of the presented
theme.

Keywords: Keywords: Law. procedural. Consensual Justice. Characteristics.


Criminal non-prosecution agreement.
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INTRODUÇÃO
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1 NOÇÕES GERAIS

O Acordo de Não Persecução Penal surgiu recentemente, por influência


de outros países que já realizavam acordos para a solução de conflitos penais
(como por exemplo Estados Unidos e Alemanha). No ano de 2017, o Conselho
Nacional do Ministério Público editou a Resolução nº 181, prevendo a
possibilidade do Ministério Público realizar o Acordo de Não Persecução Penal.
Na época, tal resolução recebeu muitas críticas, sendo alvo muita resistência,
inclusive sofrendo ações diretas de inconstitucionalidade como a de número
5793 e número 5790.
Após muitas discussões, foi no ano de 2019, que a Resolução 181/17 foi
complementada pela Resolução 183/18, alcançando o status de norma, por
meio da promulgação da Lei 13.964 de 24 de dezembro de 2019 (Pacote
Anticrime), que inseriu o art. 28-A do Código de Processo Penal,
regulamentando o instituto do acordo de não persecução penal. (SOUZA,
2018).
Em plena sociedade contemporânea, o sistema judiciário brasileiro,
principalmente no âmbito criminal, ainda é moroso, enfadonho e ultrapassado,
se fazendo necessário a criação de novos mecanismos para incentivar a justiça
criminal consensual, trazendo à tona uma moderna política criminal. (BARROS;
ROMANIUC, 2019).
A morosidade do sistema judiciário brasileiro é um problema que se
arrasta ao longo dos anos. A respeito da problemática, afirma Rocha (1993, p.
37):

Não se quer justiça amanhã. Quer-se justiça hoje. Logo a


presteza da resposta jurisdicional pleiteada contém-se no
próprio conceito do direito garantia que a justiça representa. A
liberdade não pode esperar, porque enquanto a jurisdição não
é prestada, ela pode estar sendo afrontada de maneira
irreversível; a vida não pode esperar, porque a agressão ao
direito à vida pode fazê-la perder-se; a igualdade não pode
esperar, porque a ofensa a este princípio pode garantir a
discriminação e o preconceito; a segurança não espera, pois a
tardia garantia que lhe seja prestada pelo Estado terá
concretizado o risco por vezes com a só ameaça que torna
incertos todos os direitos.

O acordo de não persecução penal é um instituto inovador, com uma


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estratégia que visa a celeridade na solução dos crimes de menor gravidade, de


modo a se evitar o surgimento de mais processos criminais, a fim de desafogar
o judiciário, tornando-o assim, mais eficiente e adequado.

Uma das alternativas mais promissoras para tornar o sistema


mais eficiente e adequado repousa na implementação de um
modelo de acordo no âmbito criminal. Com isso, seria
estabelecido um sistema com a eleição inteligente de
prioridades, levando para julgamento plenário somente aqueles
casos mais graves. Para os demais casos, de pequena e
média gravidades, restaria a possibilidade da celebração de
acordos que evitariam o full trial. (CABRAL, 2019, p. 18).

Tal benefício busca a substituição de um longo processo criminal por


sansões alternativas.

A adoção de acordos de não persecução penal constitui um


importante fator em prol da celeridade processual, pois vários
casos de média gravidade serão resolvidos extrajudicialmente,
permitindo, assim, ao Poder Judiciário, a concentração de
esforços no processo e julgamento dos casos representativos
das reclamações sociais por agilidade (p. ex.: crimes dolosos
contra a vida, crimes patrimoniais praticados mediante
violência ou grave ameaça à pessoa, tráfico de entorpecentes,
crimes contra a dignidade sexual, entre outros) (MESSIAS,
2020, p.112).

Além, disso, vale dizer que o acordo visa também evitar que mais
pessoas sejam presas, tendo em vista o verdadeiro colapso que o sistema
prisional brasileiro sofre.

Nota-se, sem dificuldades, que o acúmulo e a concentração de


demandas penais de menor gravidade tanto impedem que o
sistema penal se ocupe de assuntos mais graves quanto
mantêm colapsando a justiça criminal, retirando-lhe a
credibilidade e mostrando que o problema do massivo
encarceramento deve ser tratado não apenas em sede de
execução penal, mas, igualmente, na fase pré-processual, a
evidenciar a importância do emprego de acordos de não
processar no país. (MESSIAS, 2020, p.117).

O acordo de não persecução penal baseia-se nos princípios da


celeridade, da eficiência e da economia processual, sendo o principal princípio
avistado é o Princípio da Celeridade, frente a busca pela celeridade na
resolução dos conflitos.

Como ponto de partida, temos o princípio constitucional da


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celeridade processual. A morosidade da justiça brasileira causa


duplo prejuízo, ao acusado, a demora processual causa a
incerteza sobre o seu futuro e condicionamento de sua
liberdade, bem como a sociedade, pois esta grita por uma
justiça em tempo adequado (SOUSA, 2021 apud
BRANDALISE, 2006).

Outro princípio presente é o da Eficiência.

Pode-se dizer que a Constituição Federal assegura muito mais


do que a mera formulação de pedido ao Poder Judiciário,
assegura um acesso efetivo à ordem jurídica justa. (...) É
evidente que quando se emprega o termo efetividade no
processo quer traduzir uma preocupação com a eficiência da
lei processual, com sua aptidão para gerar os efeitos que dela
é normal esperar (RIBEIRO, 2006, p. 153).

Bem como da economia processual

O princípio da economia processual busca extrair o máximo de


rendimento do processo, ou seja, evitar desperdícios na
condução do processo. Dessa forma, o acordo de não
persecução penal e o acordo de não continuidade da
persecução penal representam a aplicação máxima desse
princípio, pois evita a burocratização do caso com a
deflagração de um processo sem necessidade (BARROS;
ROMANIUC, p. 44).

Sem dúvidas o acordo de não persecução penal mostra-se benéfico aos


valores como moralidade, eficiência e proporcionalidade, além de contribuir
para economia dos recursos do judiciário.
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2 ACORDO DE NÃO PERSECUÇÃO PENAL

Trata-se de um negócio jurídico pré-processual realizado entre o


Ministério Público e o investigado com seu defensor, onde o Ministério Público
Federal ou Estadual, poderá oferecer ao autor do fato criminoso (assistido por
defensor), um acordo, onde serão determinadas as condições (alternativas ou
cumulativas) a serem cumpridas em substituição ao processo criminal.
O acordo de não persecução penal deverá ser ofertado na fase de
investigação ou nos autos do procedimento investigatório conduzido pelo
Ministério Público (CUNHA, 2020, p. 135 e 136), neste diapasão é o
entendimento da suprema corte, in verbis:

O ANPP se esgota na etapa pré-processual, sobretudo


porque a consequência da sua recusa, sua não homologação
ou seu descumprimento é inaugurar a fase de oferecimento e
de recebimento da denúncia (STF. HC 191464 AgR, Relator:
ROBERTO BARROSO, Primeira Turma, julgado em
11/11/2020). (grifo nosso).

Desta forma, é possível extrair do entendimento do Supremo Tribunal


Federal de que o oferecimento do benefício não é possível após o recebimento
da peça acusatória.
Neste sentido foi o entendimento do Superior Tribunal de Justiça:

Esta Corte Superior sedimentou a compreensão de que a


possibilidade de oferecimento do acordo de não persecução
penal, previsto no artigo 28-A do Código de Processo Penal,
inserido pela Lei n. 13.964/2019, é restrita aos processos em
curso até o recebimento da denúncia (STJ. AgRg no AREsp
1909408 / SC, Relator(a) Ministro RIBEIRO DANTAS, QUINTA
TURMA, julgado em 05/10/2021). (grifo nosso).

Ainda, é o entendimento da corte superior de que não é possível a


celebração do acordo de não persecução penal após a sentença, sendo
descabida a aplicação retroativa quando a persecução penal já ocorreu e o
feito já tendo sido sentenciado, em abono:
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Descabida a aplicação retroativa do instituto mais benéfico


previsto no art. 28-A do CPP (acordo de não persecução
penal) inserido pela Lei n. 13.964/2019 quando a persecução
penal já ocorreu, estando o feito sentenciado (STJ. AgRg
nos EDcl no HC 654.704/SC, Rel. Ministro JOEL ILAN
PACIORNIK, 5ª T, j. em 23/11/2021). (grifo nosso).

Contudo, a doutrina tem o entendimento de que é possível o


oferecimento do benefício aos processos que estão em curso, bem como não
se vê obstáculo para a aplicação do instituto em qualquer fase do
procedimento, tendo em vista de que se trata de norma de caráter mista, sendo
assim retroage para beneficiar o réu (LOPES JUNIOR, 2020, p. 318).
Insta deixar registrado a possibilidade da celebração do benefício na
audiência de custódia, na qual, segundo o artigo 19, § 3º, da Resolução 329,
dispõe: “A participação do Ministério Público deverá ser assegurada, com
intimação prévia e obrigatória, podendo propor, inclusive, o acordo de não
persecução penal nas hipóteses previstas no artigo 28-A do Código de
Processo Penal.” (CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA, 2020).
Para que seja concedido o benefício ao indiciado é necessário a
presença de quatro requisitos objetivos e que devem ser preenchidos de forma
cumulativa, estando estes dispostos no artigo 28-A do Código de Processo
Penal:

Não sendo caso de arquivamento e tendo o investigado


confessado formal e circunstancialmente a prática de infração
penal sem violência ou grave ameaça e com pena mínima
inferior a 4 (quatro) anos, o Ministério Público poderá propor
acordo de não persecução penal (...)”. (BRASIL, 1941, online).

Gize-se que há uma exceção, disposta no final do inciso II, § 2°, do


artigo 28-A: “(...) exceto se insignificantes as infrações penais pretéritas”, ou
seja, caberá o benefício aos réus reincidentes e aos primários com
envolvimento habitual em crimes quando as infrações anteriores quando forem
de menor potencial ofensivo.
Conforme Enunciado 21 do Conselho Nacional de Procuradores-Gerais:

Não caberá o acordo de não persecução penal se o


investigado for reincidente ou se houver elementos probatórios
que indiquem conduta criminal habitual, reiterada ou
profissional, exceto se insignificantes as infrações penais
pretéritas, entendidas estas como delitos de menor
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potencial ofensivo (CONSELHO NACIONAL DE


PROCURADORES-GERAIS, 2020, online) (grifo nosso).

Da leitura do artigo 28-A do diploma processual penal pátrio se retira os


seguintes requisitos: a) a certeza da existência da infração penal e indícios
suficientes de autoria; b) confissão formal; c) infração penal sem violência ou
grave ameaça e d) pena mínima inferior a quatro anos. (OLIVEIRA; CANTERJI,
2020, p. 337-346).
No que tange o requisito da confissão, esta não poderá ser usada como
elemento na denúncia, em caso de não efetivado o acordo, no entanto, em
caso de revogação do benefício por descumprimento dos termos do acordo, é
possível utilizar a confissão como elemento de informação para oferecer a
denúncia.
De acordo com o Enunciado 27 (artigo 28-A, § 10), Conselho Nacional
de Procuradores-Gerais dos Ministérios Públicos dos Estados e da União e o
Grupo Nacional de Coordenadores de Centro de Apoio Criminal:

Havendo descumprimento dos termos do acordo, a denúncia a


ser oferecida poderá utilizar como suporte probatório a
confissão formal e circunstanciada do investigado (prestada
voluntariamente na celebração do acordo). A confissão é
retratável (interrogado, o acusado pode negar os fatos) – art.
200, CPP, e deverá ser confrontada com as demais provas do
processo – art. 197, CPP. (CONSELHO NACIONAL DE
PROCURADORES-GERAIS, 2020, online).

Uma crítica feita em relação ao requisito da confissão formal feita pela


doutrina é de que caso o réu não cumpra com as condições estabelecidas, o
processo tomara seu curso normal e quando chegar na fase do interrogatório o
agente já terá confessado e sua auto defesa será deficiente (NUCCI, 2021, p.
80).
Para tentar contornar esta situação, a doutrina de Nucci (2021, p. 80)
expõe que:

Sendo um benefício, não nos perece que deva o investigado


confessar amplamente o crime para fazer o acordo. Afinal, se,
depois, não for cumprido, o Ministério Público pode denunciá-lo
e a confissão já terá sido realizada. Ninguém é obrigado a
produzir provas contra a si mesmo.

No tocante ao requisito da pena máxima, visa alcançar somente aqueles


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crimes menos graves, devendo, para fins de cálculo, ser observado as causas
de aumento e diminuição de pena, conforme prevê o artigo 18, § 3°, da
Resolução 181.
Além do quesito da pena máxima, a infração não poderá ter sido
praticada com violência ou grave ameaça.

A violência reside no emprego de força contra a vítima,


cerceando a sua liberdade de ação e não só de vontade,
bastando para caracterizá-la a lesão corporal leve ou as vias
de fato. A violência pode ser classificada em própria (real),
quando há o emprego de força física, ou imprópria, quando o
agente se utilize de outro meio para reduzir a resistência da
vítima. (OLIVEIRA, 2018, online).

Ainda vale ressaltar que o enunciado 23 do Conselho Nacional de


Procuradores-Gerais dispõe que é cabível o acordo de não persecução penal
nos casos de crimes culposos com resultados violentos, sendo a título de
exemplo o homicídio culposo.

ENUNCIADO 23 (ART. 28-A, § 2º) É cabível o acordo de não


persecução penal nos crimes culposos com resultado violento,
uma vez que nos delitos desta natureza a conduta consiste na
violação de um dever de cuidado objetivo por negligência,
imperícia ou imprudência, cujo resultado é involuntário, não
desejado e nem aceito pela agente, apesar de previsível.
(CONSELHO NACIONAL DE PROCURADORES-GERAIS,
2020, p. 7).

No que diz respeito as vedações ao benefício estas estão dispostas no


artigo 18, §1°, da Resolução n. 181/2017, in verbis:

§ 1º Não se admitirá a proposta nos casos em que:


I – for cabível a transação penal, nos termos da lei;
II – o dano causado for superior a vinte salários mínimos ou a
parâmetro econômico diverso definido pelo respectivo órgão de
revisão, nos termos da regulamentação local;
III – o investigado incorra em alguma das hipóteses previstas
no art. 76, § 2º, da Lei nº 9.099/95;
IV – o aguardo para o cumprimento do acordo possa acarretar
a prescrição da pretensão punitiva estatal;
V – o delito for hediondo ou equiparado e nos casos de
incidência da Lei nº 11.340, RESOLUÇÃO Nº 181, DE 7 DE
AGOSTO DE 2017. 16/20 CONSELHO NACIONAL DO
MINISTÉRIO PÚBLICO de 7 de agosto de 2006;
VI – a celebração do acordo não atender ao que seja
necessário e suficiente para a reprovação e prevenção do
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crime. (CONSELHO NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO,


2017, online).

Também, de acordo com o que dispõe os incisos II, III e IV do Código de


Processo Penal, é vedado o acordo ao investigado que: a) seja reincidente;
que a conduta praticada seja habitual, reiterada ou profissional (conduta
criminosa utilizada como meio de vida); b) que nos últimos cinco anos o
investigado tenha sido beneficiado em acordo de não persecução penal,
transação penal ou suspensão condicional do processo; ou que c) a conduta
tenha sido praticada em âmbito de violência doméstica ou familiar, ou contra a
mulher por razões da condição de sexo feminino, em favor do agressor. 
A saber:
Art. 28-A

(...)

§ 2º O disposto no caput deste artigo não se aplica nas


seguintes hipóteses:     
(...)
II - se o investigado for reincidente ou se houver elementos
probatórios que indiquem conduta criminal habitual, reiterada
ou profissional, exceto se insignificantes as infrações penais
pretéritas;    
III - ter sido o agente beneficiado nos 5 (cinco) anos anteriores
ao cometimento da infração, em acordo de não persecução
penal, transação penal ou suspensão condicional do processo;
IV - nos crimes praticados no âmbito de violência doméstica ou
familiar, ou praticados contra a mulher por razões da condição
de sexo feminino, em favor do agressor. (BRASIL, 2019,
online). 

Ademais, não caberá o acordo para crimes que envolvem racismo


(compreendidos aqueles tipificados na Lei 7.716/89 e no art. 140, §3º, do
Código Penal) e para crimes hediondos ou equiparados, pois em relação a
estes o acordo não é suficiente para a reprovação e prevenção do crime.

Veda-se o acordo de não persecução penal aos crimes


praticados no âmbito de violência doméstica ou familiar, ou
praticados contra a mulher por razões da condição de sexo
feminino, bem como aos crimes hediondos e equiparados, pois
em relação a estes o acordo não é suficiente para a reprovação
e prevenção do crime (CONSELHO NACIONAL DE
PROCURADORES-GERAIS, 2020, online).

Outrossim, não caberá o acordo de não persecução penal quando for


cabível o benefício da transação penal previsto no artigo 76 da Lei 9.099/95, no
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caso dos crimes de menor potencial ofensivo.


Igualmente não será cabível ao acordo de colaboração premiado:

Quando for cabível o acordo de colaboração premiada, como


possível instrumento mais eficiente para a reprovação e
prevenção de crimes, deverá ser avaliada pelo membro do
Ministério Público antes da propositura de acordo de não
persecução penal. (COMIN et al, 2020, p. 9).

Não sendo o caso de preenchimento dos requisitos será oferecida a


denúncia, porém, estando presente as condições estabelecidas pelo diploma
processual, o Ministério Público poderá formalizar o acordo do qual deverá
conter a qualificação completa do investigado, bem como as condições,
eventuais valores a serem restituídos e datas para cumprimento. Além disto o
ajuste deve ser firmado pelo Ministério Público, pelo investigado e pelo seu
advogado (CUNHA, 2020, p. 136).
Destaca-se o termo poderá, pois mesmo com as condições preenchidas
pelo investigado, o Ministério Público não está obrigado a oferecer o acordo, ou
seja, não se trata de um direito subjetivo do mesmo e sim um poder-dever do
Ministério Público.

O acordo de não persecução penal não constitui direito


subjetivo do investigado, podendo ser proposto pelo Ministério
Público conforme as peculiaridades do caso concreto e quando
considerado necessário e suficiente para a reprovação e a
prevenção da infração penal (STJ. AgRg no REsp 1948350/RS,
Rel. Ministro JESUÍNO RISSATO - DESEMBARGADOR
CONVOCADO DO TJDFT-, QUINTA TURMA, julgado em
09/11/2021).

Para a doutrina de Lopes Junior (2020, p. 315 e 316) o entendimento


firmado é de que se trata de um direito subjetivo do imputado:

Entendemos que – preenchidos os requisitos legais – se


trata de direito público subjetivo do imputado, mas há
divergência no sentido de ser um “poder do Ministério Público”
e não um direito do imputado. Uma vez formalizado o acordo e
cumpridas as condições estabelecidas, será extinta a
punibilidade, não gerando reincidência ou maus antecedentes,
registrando-se apenas para o fim de impedir um novo acordo
no prazo de 5 anos (inciso III do § 2º). (grifo nosso).

Porém, segundo Messias (2020, p. 41) é necessário que esta recusa por
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parte do órgão ministerial seja sempre fundamentada, em abono:

A despeito disso, fato é que, em nome da objetividade, a


cláusula de abertura prevista no artigo 28-A, caput, do CPP
deve ser aplicada a hipóteses claras e justificáveis, como, por
exemplo, para vedar a celebração de acordo de não
persecução penal em crimes hediondos. Por isso, a recusa do
Ministério Público em celebrar o acordo de não persecução
penal deve ser fundamentada, sob pena de revisão pelo
Procurador-Geral de Justiça, na forma do artigo 28-A, § 14, do
CPP.

Estando preenchidos os requisitos e não sendo oferecido benefício, o


investigado poderá requerer a remessa ao órgão superior, ou seja, a
Procuradoria Geral de Justiça no âmbito do Ministério Público Estadual e no
âmbito do Ministério Público da União a respectiva Câmara de Coordenação e
Revisão (MESSIAS, 2020, p. 41), conforme o artigo 28-A, § 14, do Código de
Processo Penal: “No caso de recusa, por parte do Ministério Público, em propor
o acordo de não persecução penal, o investigado poderá requerer a remessa
dos autos a órgão superior, na forma do art. 28 deste Código.” (BRASIL, 1941,
online).
Sendo oferecido o acordo pelo Órgão Ministerial ao indiciado, este
possui duas opções: a) aceitar o acordo ou b) não aceitar o acordo.
Caso seja aceito o acordo pelo réu, o juiz irá homologar o acordo,
contudo se o magistrado julgar inadequadas, insuficientes ou abusivas as
condições do acordo, mesmo que haja concordância da Defesa, deverá
devolver os autos ao Ministério Público para a reformulação da proposta de
acordo.

Art. 28-A, §5º, CPP: Se o juiz considerar inadequadas,


insuficientes ou abusivas as condições dispostas no acordo de
não persecução penal, devolverá os autos ao Ministério Público
para que seja reformulada a proposta de acordo, com
concordância do investigado e seu defensor.
(BRASIL, 2019, online).

Ainda o juiz poderá recusar a homologação do benefício quando: a) não


atender aos requisitos legais; b) o Ministério Público não reformular a proposta
considerada abusiva, inadequada ou insuficiente.
Se o magistrado não homologar o acordo, as partes poderão interpor
recurso em sentido estrido com fundamento no artigo 581, XXV do Código de
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Processo Penal, em abono:

Art. 581

(...)

XXV: Caberá recurso, no sentido estrito, da decisão, despacho


ou sentença: que recusar homologação à proposta de acordo
de não persecução penal, previsto no art. 28-A desta Lei.
(BRASIL, 2019, online).

Não sendo o caso das hipoteses supracitadas, o juiz da ação penal irá
homologar o acordo e devolverá aos autos ao Ministério Público para que a
execução do o acordo firmado seja iniciado perante o juízo criminal.

Art. 28-A

(...)

§6º, CPP: Homologado judicialmente o acordo de não


persecução penal, o juiz devolverá os autos ao Ministério
Público para que inicie sua execução perante o juízo de
execução penal. (BRASIL, 2019, online).

Vale deixar registrado no presente trabalho que, conforme leciona o


artigo 116, inciso IV do Código Penal, durante a execução do acordo de não
persecução penal, o prazo prescricional ficará suspenso: “Antes de passar em
julgado a sentença final, a prescrição não corre: enquanto não cumprido ou não
rescindido o acordo de não persecução penal.” (BRASIL, 1941, online).
Se o investigado descumprir quaisquer das condições do benefício, o
Ministério Público deverá comunicar o juízo para a rescisão do acordo e
posterior oferecimento da denúncia.
Art. 28-A

(...)

§10, CPP: Descumpridas quaisquer das condições estipuladas


no acordo de não persecução penal, o Ministério Público
deverá comunicar ao juízo, para fins de sua rescisão e
posterior oferecimento de denúncia. (BRASIL, 2019, online).

Uma vez descumprido, o Ministério Público, ao oferecer a denúncia,


poderá não propor a suspensão condicional do processo, fundamentando a
recusa no descumprimento do benefício: “art. 28-A, §11: O descumprimento do
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acordo de não persecução penal pelo investigado também poderá ser utilizado
pelo Ministério Público como justificativa para o eventual não oferecimento de
suspensão condicional do processo.” (BRASIL, 2019, online).
Sendo cumprido corretamente pelo réu o juiz declarará a extinção da
punibilidade nos termos do artigo 28-A, § 13, do Código de Processo Penal:
“Cumprido integralmente o acordo de não persecução penal, o juízo
competente decretará a extinção de punibilidade.” (BRASIL, 2019, online).
Por fim o acordo de não persecução penal não constará da certidão de
antecedentes do investigado, exceto para impedir um novo acordo de não
persecução penal no prazo de cinco anos, conforme dispõe o artigo 28-A, § 12
do diploma processual penal pátrio:

Art. 28-A

(...)

§ 12 celebração e o cumprimento do acordo de não


persecução penal não constarão de certidão de antecedentes
criminais, exceto para os fins previstos no inciso III do § 2º
deste artigo (impedir novo benefício no prazo de cinco anos).
(BRASIL, 2019, online).

Desta forma, se trata de um instituto que surgiu a fim de desafogar a


justiça criminal e ainda promover a consensualidade neste ramo do direito, pois
preenchidos os requisitos estabelecidos pela legislação, o Ministério Público
Estadual ou Federal poderá ofertar o acordo de não persecução ao indicado,
que se cumprido corretamente pelo beneficiado, trará consequências positivas
a vida do mesmo, pois como se foi possível ver ao longo deste trabalho o
mesmo não gera reincidentes.
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3 IMPACTOS DO ACORDO NO BRASIL

Os conflitos sociais são próprios do ser humano, o conflito de interesses


é inerente a sociedade, sendo por tal motivo importante a intervenção do
Estado para dirimir esses conflitos, a fim de se evitar a autodefesa, onde o
mais forte sempre sai vencedor.

A democracia promoveu a tomada de consciência da


sociedade quanto à relevância do Poder Judiciário,
convidando-o a participar ativamente do processo democrático.
Dessa forma, habitamos num sistema que legitima o Judiciário
a submeter a julgamento qualquer pessoa que seja, quando
este não acatar aos limites e aos deveres a que a lei o impõe
(SOUSA, 2021, apud BONAVIDES, 2001).

A Constituição Federal de 1988, trouxe a justiça brasileira um poder de


autogoverno, no entanto, a problemática da morosidade é algo que ainda
prevalece no judiciário pátrio, muito embora tenha se criado inovações para
transformação do judiciário através da Emenda Constitucional n° 45, de
dezembro de 2004 e a criação do Conselho Nacional de Justiça.

Não se quer justiça amanhã. Quer-se justiça hoje. Logo a


presteza da resposta jurisdicional pleiteada contém-se no
próprio conceito do direito garantia que a justiça representa. A
liberdade não pode esperar, porque enquanto a jurisdição não
é prestada, ela pode estar sendo afrontada de maneira
irreversível; a vida não pode esperar, porque a agressão ao
direito à vida pode fazê-la perder-se; a igualdade não pode
esperar, porque a ofensa a este princípio pode garantir a
discriminação e o preconceito; a segurança não espera, pois a
tardia garantia que lhe seja prestada pelo Estado terá
concretizado o risco por vezes com a só ameaça que torna
incertos todos os direitos (ROCHA, 1993, p.37).

A proposta do Acordo de Não Persecução Penal veio para tentar


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resolver, pelo menos em parte, esse problema da morosidade no sistema


judiciário criminal, bem como da superlotação nas penitenciárias brasileiras.

Uma verdade precisa ser estabelecida: todo ordenamento


jurídico mundial criou mecanismos para estimular a justiça
criminal consensual, trazendo à tona uma nova política
criminal, que visa evitar o uso do processo penal tradicional,
optando pela utilização de institutos negociais. (BARROS;
ROMANIUC, 2019, p. 5)

É cristalino que, nas maioria das vezes, as penas privativas de liberdade


não cumprem o seu papel de ressocialização, mas apenas agrava o problema
de superlotação carcerária no Brasil, além disso, existem casos de pessoas
presas por crimes que não causam grande ofensa ao bem jurídico, muitas
vezes pessoas que nem são perigosas, que acabam se tornando pessoas
piores e até perigosas após serem presas, geralmente voltando a cometer
crimes após serem soltas.

É importante pensar se as penas privativas de liberdade de fato


cumprem o seu papel, assim como se é coerente encarcerar
pessoas quando praticaram delitos de menor gravidade, de
forma que a pena não venha a ter efeito oposto do desejado,
tornando a pessoa mais perigosa para a vida em sociedade
(SOUSA, 2021 apud ARAÚJO, 2018).

No ano de 2020, segundo uma pesquisa realizada pela 2ª Câmara de


Cordernação e Revisão Criminal do Ministério Público Federal, o Estado do
Paraná é o ente federado que mais propôs acordos, passando de 270
propostas, ficando o Estado de São Paulo em segundo lugar, com 154
propostas feitas pelo Ministério Público Federal (FRISCHEISEN, 2020, online).
Ainda, conforme a pesquisa, os três principais tipos de crimes são o
contrabando e o descaminho, com cerca de 322 propostas e o crime de
estelionato majorado com 188 propostas (FRISCHEISEN, 2020, online).
Percebe-se que se fosse para a justiça criminal processar, como no
exemplo acima o crimes de contrabando e descaminho, seriam mais de 320
processos, o que geraria ainda mais a demora do Estado, bem como se teria a
possibilidade da atuação deficiente do mesmo, sem contar os gatos que seriam
gerados.
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É possível notar que as vantagens e os impactos trazidos pelo novo


befício ao Brasil, consistem na aplicação de vários princípios importantes como
por exemplo o da economia, tendo em vista de que não se terá um processo
instaurado para que a prática do delito seja efetivamente resolvida, a
proporcionalidade, tendo em vista de que o Ministério Público Estadual e
Federal poderá definir a pena adequada ao caso concreto e a celeridade, pois
a rapidez em contraste com a duração de um processo penal, que poderá ter
anos e até mesmo décadas, é incontestável, sendo necessário deixar frizado:
O Ministério Público celebra o acordo antes mesmo de denunciar o indiciado.
Ainda este benefício oferece uma oportunidade de amenizar todo esse
problema da superlotação carcerária, no entanto sem desrespeitar o princípio
da obrigatoriedade, pois não deixa de existir um devido processo legal, o fato
criminoso não fica impune.

A Resolução 181/17 busca tão somente aplicar os princípios


constitucionais da eficiência (CF, artigo 37, caput); da
proporcionalidade (CF, artigo 5º, LIV); da celeridade (CF, artigo
5º, LXXVIII) e do acusatório (CF, artigo 129, I, VI e VI). Nesse
sentido, Barja de Quiroga afirma que o “princípio da
oportunidade encontra-se fundado em razões de igualdade,
pois corrige as desigualdades do 11 processo de seleção; em
razões de eficácia, dado que permite excluir causas carentes
de importância, que impedem que o sistema penal se ocupe de
assuntos mais graves; em razões derivadas da atual
concepção de pena, já que o princípio da legalidade entendido
em sentido estrito (excludente da oportunidade), somente
conjuga uma teoria retributivista de pena” Barja de Quiroga.
Tratado de Derecho Penal, Tomo I, p. 470). (CABRAL, 2017).

Portanto o beneficio é positivo para ambas as partes, como também


para a justiça criminal em si, pois incentiva a justiça penal negociada, aumenta
a celeridade dos processos criminais menos graves, evita condenações e
reincidência, bem como desafoga as varas criminais e às penitenciárias.
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CONCLUSÃO
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REFERÊNCIAS

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