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RESUMO
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Palavras-chave: xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
1 INTRODUÇÃO
O contraditório é um dos princípios basilares que norteiam as decisões tomadas
durante todo o curso processual. Dessa forma, correlacionado com esse princípio, encontra-se
o conceito de equidade processual, o qual, na forma do art. 7, do CPC, assegura às partes
paridade de tratamento em relação ao exercício dos direitos e faculdades processuais, delegando
ao juiz a função de zelar pela efetivação do princípio do contraditório. Destarte, é válido inferir
que o abandono da causa pode ferir os princípios processuais, o que não contribui para a
resolução do litígio.
Diante disso, questiona-se: de que modo a atuação das partes mediante a efetividade
do contraditório contribui para a indefectível decisão judicial assegurando assim, a efetivação
dos direitos garantidos pelo Estado? Assente em uma breve reflexão, conclui-se que a paridade
processual é fator crucial para o impedimento da inércia das partes, cabendo ressaltar a
importância do bom relacionamento entre os envolvidos no que se refere à implementação dos
direitos processuais, visando o distanciamento de uma possível revelia.
1
Paper apresentado à disciplina de Teoria Geral do Processo, do Centro Universitário Dom Bosco - UNDB
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Aluna do 2º período do Curso de Direito, da UNDB.
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Aluno do 2º período do Curso de Direito, da UNDB.
4
Aluno do 2º período do Curso de Direito, da UNDB.
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Professor Mestre, Orientador.
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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1. As consequências do “desconhecimento” dos direitos processuais no que diz respeito
à tutela jurisdicional exercida pelo Estado.
Para que haja a devida compreensão acerca dos direitos processuais, faz-se a
necessária a conceituação de tutela jurisdicional. Por tutela jurisdicional, tem-se a proteção do
Estado quando há a provocação do referido por meio de uma ação judicial proveniente de um
dano causado a um direito material. Dessa forma, a tutela jurisdicional convoca os direitos
processuais a se tornarem presentes na resolução do conflito litigioso.
Diante disso, é válido inferir que o art. 5, da CF resguarda o princípio da legalidade,
o qual determina a igualdade de todos perante a lei. E, com isso, traz-se a interpretação de Rosa
(2007, pág. 63): “Para sua aplicação, é necessário recorrer aos métodos hermenêuticos de
integração de conteúdo normativo a fim de aplicar a lei ao caso concreto respeitando o princípio
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da legalidade. Isso se dá por meio de uma sentença integrativa com conteúdo correspondente
ao direito positivo: integrar é o que cabe nessa situação ao juiz.”.
Nesse contexto, há de se falar sobre os direitos processuais, os quais são a maneira
mais eficaz (sendo a única, pois não cabe mais às partes a autotutela) de se promover a resolução
de um conflito. Os direitos processuais são assegurados por lei, por intermédio de tutela
garantida pelo Estado, a fim de solucionar os mais diversos tipos de conflito, o que, de todo
modo, pode resultar em consequências benéficas e maléficas, sendo estas, em desfavor das
partes.
O “desconhecimento” dos direitos processuais, conforme o art. 3 do Decreto-Lei nº
4.567, de 04 de setembro de 1942, refere-se a: “ninguém se escusa de cumprir a lei, alegando
que não a conhece.”. Por essa razão, faz-se imprescindível a participação dos representantes
legais das partes no tocante à apresentação dos direitos e deveres, para que o princípio da boa-
fé seja efetivado, de modo que a revelia não se torne consequência do processo.
O art. 319, do CPC, é incisivo ao redigir a condição de revelia no caso da não
contestação do réu durante o percurso processual, o que, por via de consequência, pode acarretar
no julgamento antecipado da lide, conforme citado no art. 330, II, do CPC.
Nesse diapasão, Remédio (2018, pág. 178) afirma que: “Destarte, não
desempenhando o réu, a contento, o ônus que lhe é imposto pelo sistema processual, qual seja,
o de impugnar tempestivamente e de forma especificada todos os fatos narrados pelo autor na
petição inicial, a consequência que lhe pode advir é a presunção de veracidade desses fatos.”.
Consonante supracitado, não há que se falar sobre “desconhecimento” dos direitos
processuais, uma vez que por lei, não é válida a afirmação da ignorantia legis. A título de
conhecimento, o mero abandono da causa não causa extinção do processo, porém, na forma do
art. 267, III, do CPC, é determinada a extinção sem resolução de mérito a partir do momento
que o autor não promove atos e diligências necessárias, a contar de 30 dias. Ex positis, o
“desconhecimento” da tutela assegurada pelo Estado está sujeito a limites, os quais fazem
menção ao ônus outrora insculpido.
fundamental na construção de uma decisão segura e eficaz, garantindo, dessa forma, às partes
uma conclusão processual harmoniosa.
Destarte, é valido inferir que a colaboração harmoniosa parte dentre outros, do
princípio da boa-fé processual, o qual determina que todos os envolvidos no litígio ajam de
acordo com a boa-fé objetiva, como sendo uma norma essencial aos olhos morais da lei. Tal
princípio versa no dispositivo 14, II, do CPC, que diz que “são deveres das partes e de todos
aqueles que de qualquer forma participam do processo: [...] II – proceder com lealdade e boa-
fé; ”.
Diante disso, o papel do juiz no impedimento da inércia das partes configura a
simples imparcialidade proferida ao mesmo, pois, segundo Barreiros (2017, pág. 8), não
importando a categoria do conflito, ele é quem deve decidir pelo ônus da prova, ou seja, cabe a
ele decidir pela procedência ou improcedência da ação, demonstrando a correlação entre os arts.
14, II, do CPC e o 333, Parágrafo Único, II, do CPC, que diz que “é nula a convenção que
distribui de maneira diversa o ônus da prova quando: [...] II – tornar excessivamente difícil a
uma parte o exercício do direito.”.
De acordo com Oliveira (1993, pág. 178), a vontade do juiz nunca é totalmente
soberana, pois depende do comportamento das partes. A total inércia das partes reforça a ideia
de que o processo não é um monólogo, é a combinação de ações e reações que giram em torno
da tentativa de resolução de um conflito. Afirma ainda que é dever do juiz controlar a
efetividade do desenvolvimento do processo, fixando a visualização nas partes, contudo, não
há como o mesmo conduzir um processo de um ponto de vista prático, se houver inércia, mesmo
que mínima, dos interessados.
No que diz respeito ao acesso à justiça, o Estado é conduzido a beneficiar aqueles
que são desprovidos de recursos para a resolução dos seus conflitos, garantindo o benefício da
justiça gratuita, na forma do art. 98, do CPC. Isto posto, é interessante ponderar o papel dos
representantes legais na garantia dos direitos processuais e no esclarecimento dos direitos e
deveres, ratificando a ideia de que é necessária a participação efetiva de todos os interessados,
dando suporte ao tripé juiz – autor – réu.
A revelia, como consequência principal da inércia das partes, é citada por Santos
(1984, pág. 236) da seguinte forma:
Sob a ótica processual, o réu possui o ônus facultativo de responder à ação, levando
em consideração o possível surgimento de impactos jurídicos negativos em seu desfavor,
conforme o art. 9, do CPC, o qual ratifica a indispensabilidade da efetividade do princípio do
contraditório, pois afirma em seus versos, que não será proferida decisão contra uma das partes
sem que ela seja previamente ouvida. Ou seja, o princípio do contraditório é a garantia do
impedimento da inércia das partes, para que assim, suceda a triangulação processual.
3 DISCUSSÃO DO TEMA
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4 CONCLUSÃO
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REFERÊNCIAS
BARREIROS, O.J. O papel do juiz no processo civil moderno. Revista Justitia. Disponível
em: http://www.revistajustitia.com.br/artigos/2w2a27.pdf. Acesso em: 23 set. 2020.
SANTOS, M.A. Primeiras Linhas de Direito Processual Civil. 9ª ed. São Paulo: Saraiva.
1984.
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1 INTRODUÇÃO .................................................................................................. 01
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ..................................................................... 02
2.1 As consequências do “desconhecimento” dos direitos processuais no que diz
respeito à tutela jurisdicional exercida pelo Estado ........................................................... 03
2.2 A importância da organização da triangulação processual no tocante à
propiciação da igualdade ...................................................................................................... 03
3 DISCUSSÃO ....................................................................................................... 05
3.1 As circunstâncias que giram em torno da tentativa de resolução de um conflito
processual. .............................................................................................................................. 05
4 CONCLUSÃO ..................................................................................................... 07
5 REFERÊNCIAS .................................................................................................. 08