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Escala de percepção da relação com a família

Article · January 1999

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Francisco Peixoto
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Peixoto, F. (1999). Escala de percepção da relação com a família. In A. P. Soares,
S. Araújo, & S. Caires (Eds.), Avaliação Psicológica: Formas e
Contextos (Vol. VI, pp. 468-474). Braga: APPORT.

Escala de Percepção da Relação com a Família

Francisco Peixoto 1

O papel da família no decurso da adolescência não tem merecido a

concordância de teóricos e investigadores deste período do desenvolvimento. Segundo

Noller (1994) o desacordo ocorre entre uns que assumem que a relação com os pares é

a mais importante na adolescência e, outros, que afirmam que a relação com a família

continua igualmente importante no decurso deste período do desenvolvimento. Os

primeiro baseiam as suas afirmações na constatação da crescente importância que os

pares assumem durante a adolescência. No entanto, isso não significa necessariamente

que a família seja substituída e os seu papéis assumidos pelo grupo de pares. Pelo

contrário trabalhos recentes têm demonstrado que a qualidade do relacionamento

familiar é bastante importante em vários aspectos da vida do adolescente,

nomeadamente, no ultrapassar as tarefas de desenvolvimento, auto-estima mais

elevada, maior satisfação com a escola e melhor ajustamento escolar (Harter, 1996,

Kirchler, Palmonari & Pombeni, 1993, Lord, & McCarthy, 1994, Noller, 1994,

Oosterwegel & Oppenheimer, 1993, Paterson, Pryor & Field, 1995, Pereira, 1995).

Relativamente ao peso relativo do papel da família e dos pares, no que se refere ao

suporte relacional, Meeus (1999) mostra que, embora no decurso da adolescência a

importância da família vá diminuindo e aumente a relevância do grupo de pares,

mesmo na faixa etária dos 21-24 anos o peso da família é superior ao dos pares.

1
I.S.P.A. – Unidade de Investigação em Psicologia Cognitiva do Desenvolvimento e da Educação
Bolseiro da F. C. T. E-mail: fpeixoto@ispa.pt
Song e Hattie (1984) propõem que o ambiente familiar pode ser

caracterizado em três dimensões principais: estrutura da família, estatuto da família e

características psicológicas. De entre estas são as características psicológicas da

família as que melhor predizem o ajustamento do sujeito. As características

psicológicas da família incluem, de acordo com estes autores as seguintes dimensões:

Expectativas, Actividades Educacionais em casa, Interesses Educativos, Avaliação

das Qualidades Intelectuais e Recompensas e Punições.

Outros autores (Connel, 1994, Feldman & Wentzel, 1990, Wenz-Gross,

Siperstein, & Widaman, 1997) têm demonstrado que o suporte emocional fornecido

pela família é um importante factor no ajustamento do sujeito, traduzido,

nomeadamente, em níveis superiores de auto-conceito, melhor relacionamento com os

pares e motivação escolar. Referindo-se a diferentes tipos de suporte parental Harter

(1996) refere que é o suporte sob a forma de aprovação (os outros gostarem da pessoa

tal como ela é) o que mais se relaciona com níveis positivos de auto-estima.

Vários autores (Lord et. al., 1994, Silverberg, & Gondoli, 1996) referem a

importância que a autonomia e os processos de tomada de decisão assumem nas

relações familiares no decurso da adolescência.

Steinberg, Elmer, e Mounts (1989) referem que o envolvimento parental com

a vida escolar dos filhos se encontra associado a melhor rendimento académico, auto-

conceitos académicos mais elevados e expectativas mais elevadas por parte dos seus

filhos.

Tendo em conta estes diferentes aspectos e após a análise de algumas escalas

e questionários que pretendiam avaliar a relação com os progenitores (Eccles, 1993,

Eccles & McCarthy, 1994, Munsch & Blyth, 1993, Ohannessian, Lenner, Lenner &

Eye, 1995, Paulson, 1994, Ryan, Stiller & Lynch, 1994, Song & Hattie, 1984,
Steinberg, Elmer & Mounts, 1989, Valery, O’Connor & Jennings, 1997) optou-se por

construir uma escala que contivesse seis dimensões: Aceitação, Envolvimento nas

Tarefas Escolares, Suporte Afectivo, Expectativas, Autonomia e Reforço e Punição.

Cada domínio foi definido da seguinte forma:

Aceitação – reúne itens que pretendem avaliar o grau de aceitação que o

sujeito sente por parte da família.

Envolvimento nas Tarefas Escolares – pretende avaliar em que medida o

sujeito sente que a família acompanha, incentiva e apoia a sua vida na escola.

Expectativa – visa avaliar a percepção que o sujeito tem do que a sua família

pensa acerca das suas capacidades, e do que poderá vir a ser ou a fazer.

Autonomia – procura avaliar a percepção que o sujeito tem do grau de

controlo exercido pela família e da sua participação nas decisões familiares que o

afectam.

Suporte Afectivo – este conjunto de itens procuram avaliar em que medida o

sujeito sente que pode contar com a família para a resolução dos problemas com que

se confronta.

Reforço e Punição – esta sub-escala pretende avaliar a percepção que o

sujeito tem dos reforços e castigos recebidos por parte da família.

A partir da definição das dimensões a avaliar elaboraram-se 57 itens

distribuídos por cada uma das dimensões consideradas.

Para o formato dos itens optámos por uma formulação idêntica à utilizada

por Harter (1985, 1988) nas suas escalas de auto-conceito, de motivação e de suporte,

no qual são identificados dois grupos de sujeitos, pedindo-se a quem responde que,

em primeiro lugar, se identifique com um dos grupos de sujeitos e que, seguidamente

diga se é exactamente assim ou se é mais ou menos assim (Fig. 1).


Fig. 1 – Item da Escala de Percepção da Relação com a Família
Exacta- Mais ou Mais ou Exacta-
mente Menos Menos mente
Como Como Como Como
Eu Eu Eu Eu

Alguns jovens sentem Outros jovens não se


MAS
que podem conversar sentem à vontade com os
com os pais das suas pais para conversar sobre
preocupações os seus problemas

Esta primeira versão da escala foi submetida a um estudo preliminar através

da reflexão falada dos itens com uma pequena amostra constituída por 12 sujeitos

(quatro do 7º, quatro do 9 e quatro do 11º anos de escolaridade) os quais responderam

individualmente à escala e a quem foi pedido que à medida que fossem respondendo

referissem o que entendiam em cada uma das afirmações apresentadas. Este primeiro

pré-teste permitiu a reformulação de alguns itens no sentido de uma maior clarificação

para a amostra em causa. Seguidamente a escala foi aplicada a uma amostra mais

alargada constituída por 265 sujeitos a frequentarem o 7º, o 9º e o 11º anos de

escolaridade. Os dados recolhidos foram analisados do ponto de vista da validade de

construto, da fidelidade e da validade de critério, respectivamente através da análise

factorial, da consistência interna e da correlação entre as medidas da escala e uma

questão colocada no final desta para avaliação da relação com a família numa escala

de 7 pontos. A análise de dados efectuada possibilitou a redução do número de itens e

a eliminação de uma das dimensões avaliadas, a dimensão reforço e punição. Esta

dimensão foi eliminada face ao valor relativamente baixo apresentado para a

consistência interna. A selecção dos itens para cada uma das dimensões foi efectuada

a partir da análise da consistência interna, sendo eliminados os itens com menor


correlação com o total do agrupamento. A opção por este procedimento deveu-se ao

facto de análise factorial ter apresentado uma solução de 7 factores, cada um deles

apresentando itens das diferentes dimensões, com valores de consistência interna

moderados (cinco dos factores apresentavam valores de alfa de Cronbach inferiores a

.70). Deste modo a escala ficou constituída por 35 itens distribuídos por 5 dimensões

com valores de consistência interna a variarem entre .76 e .86. sendo de .94 para o

total da escala. A correlação do total da escala com a questão colocada no final para

avaliar a qualidade da relação com a família foi de .61. As dimensões Autonomia,

Aceitação, Suporte Afectivo e Expectativas apresentaram valores de correlação de .60

ou muito próximos, enquanto que a dimensão Envolvimento nas Tarefas Escolares

apresentou o valor de associação mais baixo (.28).

A escala constituída por estes 35 itens foi seguidamente passada a uma outra

amostra de alunos do 7º , 9º e 11º anos cujo estudo se apresenta a seguir.

Amostra

A amostra foi constituída por 507 sujeitos a frequentarem o 7º, 9º e 11º anos

de escolaridade de três escolas secundárias da cidade de Lisboa. Destes, 233 eram

rapazes e 271 raparigas, não havendo informação relativamente a 3. As idades dos

respondentes situaram-se entre os 12 e os 21 anos com média de 14,8 anos e um

desvio-padrão de 2,03. Por ano de escolaridade a distribuição é a seguinte: 175

frequentavam o 7º ano, 117 o 9º ano e 215 o 11º ano. Relativamente ao

aproveitamento escolar, 297 nunca reprovaram nenhum ano enquanto 117 contam

com, pelo menos, uma reprovação no seu passado escolar; 93 alunos não prestaram

qualquer informação sobre este assunto.


Procedimento

A escala de percepção da relação com a família foi passada conjuntamente

com outras escalas, uma vez que esta recolha de dados se inseria num projecto de

investigação mais alargado. Deste modo, houve a necessidade de dividir a aplicação

dos diferentes instrumentos de recolha de dados por dois momentos, separados por

uma semana de intervalo. O anonimato dos respondentes foi garantido uma vez que

em nenhum dos questionários os alunos colocavam o nome. Para poder juntar os

dados da primeira aplicação com os da segunda, foi atribuído um número de código a

cada um dos sujeitos. Os dados foram recolhidos no final do mês de Abril,

coincidindo com as primeiras semanas de aulas do 3º período. A ordem de aplicação

dos diferentes instrumentos de recolha de dados foi contrabalançada.

Análise de Dados

As respostas foram cotadas de 1 a 4, com a pontuação 4 significando uma

percepção de relação com a família mais positiva e a pontuação 1 uma percepção de

relação com a família menos positiva. Seguidamente foi calculada a média para o

conjunto de itens constituintes de cada uma das dimensões e para o conjunto total da

escala.

A análise de dados foi realizada através do recurso ao programa SPSS,

versão 9.0.

Resultados
Os dados foram submetidos a uma análise factorial sem definição prévia do

número de factores, obtendo-se uma solução factorial de 5 factores os quais permitem

explicar 51,1% da variância encontrada.

Quadro 1 - Análise factorial após rotação oblíqua para os itens da Escala de Percepção

da Relação com a Família

Factor 1 Factor 2 Factor 3 Factor 4 Factor 5


Item 2 (S.A.) .68
Item 9 (Aceitação) .67
Item 29 (Aceitação) .60
Item 34 (Aceitação) .48
Item 19 (Aceitação) .43
Item 25 (Expectativas) .41
Item 35 (Expectativas) .40
Item 23 (E.T.E.) .64
Item 3 (E.T.E.) .63
Item 20 (Expectativas) .60
Item 10 (Expectativas) .52
Item 33 (E.T.E.) .51
Item 5 (Expectativas) .41
Item 30 (Expectativas) .40
Item 24 (Aceitação) .38
Item 16 (Autonomia) .74
Item 11 (Autonomia) .70
Item 1 (Autonomia) .68
Item 26 (Autonomia) .59
Item 21 (Autonomia) .56
Item 14 (Aceitação) .41
Item 32 (S.A.) -.67
Item 7 (S.A.) -.58
Item 17 (S.A.) -.57
Item 27 (S.A.) -.53
Item 12 (S.A.) -.47
Item 4 (Aceitação) -.41
Item 22 (S.A.) -.38
Item 8 (E.T.E.) .74
Item 18 (E.T.E.) .68
Item 28 (E.T.E.) .56
Item 13 (E.T.E.) .43
Item 6 (Autonomia) .41
Item 15 (Expectativas) .39
Item 31 (Autonomia) .30
S.A. – Suporte Afectivo: E.T.E. - Envolvimento nas Tarefas Escolares
A análise do quadro 1, permite constatar que apesar de na maior parte dos

factores surgirem itens de mais do que uma dimensão, há uma que predomina. Assim,

o factor 1 é constituído por 4 itens da dimensão Aceitação, 2 da dimensão

Expectativas e 1 da dimensão Suporte Afectivo, explicando 32.3% da variância dos

resultados. No factor 2 surgem 4 itens da dimensão Expectativas e três da dimensão

Envolvimento nas Tarefas Escolares, os quais explicam 7.1% da variância comum dos

resultados. O 3º factor é definido por 5 itens da dimensão Autonomia e um de

Aceitação, sendo responsável por 4.7% da variância encontrada. O 4º factor permite

explicar 4.1% da variância e é constituído por 6 itens da dimensão Suporte Afectivo e

1 da dimensão Aceitação. Por último, no 5º factor encontramos itens da dimensão

Envolvimento nas Tarefas Escolares (4), da dimensão Autonomia (2) e da dimensão

Expectativas (1) os quais permitem explicar 3.0% da variância encontrada. Deste

modo, e apesar de a estrutura factorial não corresponder exactamente às dimensões

inicialmente supostas optámos por manter estas na avaliação da consistência interna

(Quadro 2).

Quadro 2 – Coeficientes de Consistência Interna (Alfa de Cronbach) para cada uma

das dimensões

Amostra 7º Ano 9º Ano 11º Ano


Escalas Total
Autonomia .79 .70 .74 .85

Suporte Afectivo .84 .82 .85 .86

Envolvimento Tarefas Escolares .72 .62 .75 .77

Aceitação .84 .80 .80 .87

Expectativas .77 .72 .80 .78

Total da Escala .93 .92 .92 .94


Como se pode constatar pela análise do quadro 2, quer para o global da

escala quer para cada uma das suas dimensões, os valores de alfa de Cronbach

observados são bastante razoáveis. Saliente-se ainda que é no 7º ano que se observam

os valores mais baixos para a maior parte das dimensões e que, inversamente, é no 11º

que se obtêm os valores mais elevados. Esta tendência observa-se igualmente para o

total da escala, embora aqui os valores da consistência interna se revelem bastante

elevados.

Quadro 3 – Correlações entre as diferentes dimensões e destas com o total da escala

Aut. S.A. E.T.E. Aceit. Exp. Total

Aut. .70 .31 .66 .56 .68

S.A. .52 .75 .63 .79

E.T.E. .54 .58 .55

Aceit. .78 .84

Exp. .77
Aut. – Autonomia; S.A. – Suporte Afectivo; E.T.E. – Envolvimento nas Tarefas
Escolares; Aceit. – Aceitação; Exp. - Expectativas

No quadro 3 pode-se observar os valores da correlação entre as diferentes

sub-escalas que compõem a Escala de Percepção da Relação com a Família e destas

com o total da escala. Para o cálculo das correlações entre as diferentes dimensões e o

total da escala foram retirados do total da escala os itens correspondentes à dimensão

em questão. Como se pode constatar é a dimensão Aceitação aquela que mais se

correlaciona com o conjunto das restantes e a do Envolvimento nas Tarefas Escolares

a que apresenta um valor de correlação mais baixo.


Conclusão

Face aos resultados apresentados parece-nos lícito concluir que a escala de


percepção da relação com a família permite a avaliação desta em 5 dimensões
diferentes. Como vimos a solução factorial obtida apresenta 5 factores, que se bem
que não sejam constituídos exclusivamente por itens de uma única dimensão, existe
sempre a predominância de uma delas. Por outro lado, as elevadas inter-correlações
entre as diferentes dimensões da escala (excepção feita à sub-escala Envolvimento nas
Tarefas Escolares) justifica que alguns dos itens surjam noutros factores que não
aqueles em que era suposto estarem associados.

No que se refere à fidelidade da escala verificou-se que os resultados


obtidos para a consistência interna, quer para o total da escala quer para cada uma das
suas dimensões, se revelaram bastante razoáveis.

Relativamente à validade de critério o primeiro estudo realizado com a


escala revelou uma associação bastante forte (.61) entre o total da escala e a questão
colocada no final da escala para avaliar a qualidade da relação com os progenitores.

Deste modo poderemos afirmar que esta escala é um instrumento válido e


fiável na avaliação da percepção da relação com a família, tanto na globalidade como
em cada uma das dimensões que a constituem.

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