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Francisco Peixoto
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Francisco Peixoto 1
Noller (1994) o desacordo ocorre entre uns que assumem que a relação com os pares é
a mais importante na adolescência e, outros, que afirmam que a relação com a família
que a família seja substituída e os seu papéis assumidos pelo grupo de pares. Pelo
elevada, maior satisfação com a escola e melhor ajustamento escolar (Harter, 1996,
Kirchler, Palmonari & Pombeni, 1993, Lord, & McCarthy, 1994, Noller, 1994,
Oosterwegel & Oppenheimer, 1993, Paterson, Pryor & Field, 1995, Pereira, 1995).
mesmo na faixa etária dos 21-24 anos o peso da família é superior ao dos pares.
1
I.S.P.A. – Unidade de Investigação em Psicologia Cognitiva do Desenvolvimento e da Educação
Bolseiro da F. C. T. E-mail: fpeixoto@ispa.pt
Song e Hattie (1984) propõem que o ambiente familiar pode ser
Siperstein, & Widaman, 1997) têm demonstrado que o suporte emocional fornecido
(1996) refere que é o suporte sob a forma de aprovação (os outros gostarem da pessoa
tal como ela é) o que mais se relaciona com níveis positivos de auto-estima.
Vários autores (Lord et. al., 1994, Silverberg, & Gondoli, 1996) referem a
a vida escolar dos filhos se encontra associado a melhor rendimento académico, auto-
conceitos académicos mais elevados e expectativas mais elevadas por parte dos seus
filhos.
Eccles & McCarthy, 1994, Munsch & Blyth, 1993, Ohannessian, Lenner, Lenner &
Eye, 1995, Paulson, 1994, Ryan, Stiller & Lynch, 1994, Song & Hattie, 1984,
Steinberg, Elmer & Mounts, 1989, Valery, O’Connor & Jennings, 1997) optou-se por
construir uma escala que contivesse seis dimensões: Aceitação, Envolvimento nas
sujeito sente que a família acompanha, incentiva e apoia a sua vida na escola.
Expectativa – visa avaliar a percepção que o sujeito tem do que a sua família
pensa acerca das suas capacidades, e do que poderá vir a ser ou a fazer.
controlo exercido pela família e da sua participação nas decisões familiares que o
afectam.
sujeito sente que pode contar com a família para a resolução dos problemas com que
se confronta.
Para o formato dos itens optámos por uma formulação idêntica à utilizada
por Harter (1985, 1988) nas suas escalas de auto-conceito, de motivação e de suporte,
no qual são identificados dois grupos de sujeitos, pedindo-se a quem responde que,
da reflexão falada dos itens com uma pequena amostra constituída por 12 sujeitos
individualmente à escala e a quem foi pedido que à medida que fossem respondendo
referissem o que entendiam em cada uma das afirmações apresentadas. Este primeiro
para a amostra em causa. Seguidamente a escala foi aplicada a uma amostra mais
questão colocada no final desta para avaliação da relação com a família numa escala
consistência interna. A selecção dos itens para cada uma das dimensões foi efectuada
facto de análise factorial ter apresentado uma solução de 7 factores, cada um deles
.70). Deste modo a escala ficou constituída por 35 itens distribuídos por 5 dimensões
com valores de consistência interna a variarem entre .76 e .86. sendo de .94 para o
total da escala. A correlação do total da escala com a questão colocada no final para
A escala constituída por estes 35 itens foi seguidamente passada a uma outra
Amostra
A amostra foi constituída por 507 sujeitos a frequentarem o 7º, 9º e 11º anos
aproveitamento escolar, 297 nunca reprovaram nenhum ano enquanto 117 contam
com, pelo menos, uma reprovação no seu passado escolar; 93 alunos não prestaram
com outras escalas, uma vez que esta recolha de dados se inseria num projecto de
dos diferentes instrumentos de recolha de dados por dois momentos, separados por
uma semana de intervalo. O anonimato dos respondentes foi garantido uma vez que
Análise de Dados
relação com a família menos positiva. Seguidamente foi calculada a média para o
conjunto de itens constituintes de cada uma das dimensões e para o conjunto total da
escala.
versão 9.0.
Resultados
Os dados foram submetidos a uma análise factorial sem definição prévia do
Quadro 1 - Análise factorial após rotação oblíqua para os itens da Escala de Percepção
factores surgirem itens de mais do que uma dimensão, há uma que predomina. Assim,
Envolvimento nas Tarefas Escolares, os quais explicam 7.1% da variância comum dos
(Quadro 2).
das dimensões
escala quer para cada uma das suas dimensões, os valores de alfa de Cronbach
observados são bastante razoáveis. Saliente-se ainda que é no 7º ano que se observam
os valores mais baixos para a maior parte das dimensões e que, inversamente, é no 11º
que se obtêm os valores mais elevados. Esta tendência observa-se igualmente para o
elevados.
Exp. .77
Aut. – Autonomia; S.A. – Suporte Afectivo; E.T.E. – Envolvimento nas Tarefas
Escolares; Aceit. – Aceitação; Exp. - Expectativas
com o total da escala. Para o cálculo das correlações entre as diferentes dimensões e o
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