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APOSTILA CURSO DE

DIREÇÃO DEFENSIVA
Sumário
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................ 6
2. CONCEITOS BÁSICOS .............................................................................. 7
2.1 Introdução ............................................................................................. 7
2.2 Trânsito ................................................................................................. 7
2.3 Direção Defensiva ................................................................................. 8
2.4 Riscos no Trânsito................................................................................. 9
3. O CONDUTOR DEFENSIVO .................................................................... 10
3.1 Introdução ........................................................................................... 10
3.2 Condições Físicas e Mentais no Trânsito............................................ 11
3.2.1 Fadiga ........................................................................................... 12
3.2.2 Sono ............................................................................................. 12
3.2.3 Estresse ........................................................................................ 13
3.2.4 Deficiência de Visão e/ou Audição ............................................... 13
3.2.5 Bebida Alcoólica ........................................................................... 14
3.2.6 Outras Substâncias Tóxicas ou Remédios ................................... 15
3.2.7 Tensão Emocional ........................................................................ 16
3.2.8 Pressa ou Impaciência ................................................................. 16
3.2.9 Distração ...................................................................................... 17
3.3 Maneiras de Dirigir .............................................................................. 17
3.4 Uso dos Retrovisores .......................................................................... 19
3.5 Aperfeiçoamento ................................................................................. 20
4. O VEÍCULO............................................................................................... 22
4.1 Introdução ........................................................................................... 22
4.2 Manutenção Periódica e Preventiva .................................................... 23
4.3 Funcionamento do Veículo .................................................................. 23
4.4 Pneus .................................................................................................. 24
4.5 Cinto de Segurança............................................................................. 26
4.6 Suspensão .......................................................................................... 28
4.7 Direção ................................................................................................ 28
4.8 Freios .................................................................................................. 29
4.9 Sistema de Iluminação ........................................................................ 30
5. VIA DE TRÂNSITO ................................................................................... 31
5.1 Introdução ........................................................................................... 31
5.2 Classificação das Vias ........................................................................ 31
5.2.1 Via Urbana: Trânsito Rápido ........................................................ 31
5.2.2 Via Urbana: Trânsito Arterial ........................................................ 32
5.2.3 Via Urbana: Trânsito Coletor ........................................................ 32
5.2.4 Via Urbana: Trânsito Local ........................................................... 33
5.2.5 Via Rural: Rodovias ...................................................................... 33
5.2.6 Via Rural: Estradas ....................................................................... 34
5.3 Curvas ................................................................................................. 34
5.4 Declives ............................................................................................... 35
5.5 Ultrapassagem .................................................................................... 36
5.5.1 Faixas das Vias ............................................................................ 37
5.6 Estreitamento da Pista ........................................................................ 37
5.7 Acostamento ....................................................................................... 38
5.8 Condições do Piso da Pista de Rolamento ......................................... 39
5.9 Trechos Escorregadios ....................................................................... 40
5.10 Calçadas ou Passeios Públicos ....................................................... 40
5.11 Sinalização....................................................................................... 41
5.11.1 Sinalização Vertical ................................................................... 41
6. CONDIÇÕES DO AMBIENTE ................................................................... 53
6.1 Introdução ........................................................................................... 53
6.2 Luz ...................................................................................................... 53
6.2.1 Farol Alto ou Farol Baixo Desregulado ......................................... 53
6.2.2 Penumbra (ausência de luz) ......................................................... 54
6.2.3 Inclinação da Luz Solar ................................................................ 55
6.3 Ventos Fortes ...................................................................................... 56
6.4 Chuva .................................................................................................. 56
6.5 Neblina, Cerração e Nevoeiro ............................................................. 58
6.6 Granizo................................................................................................ 58
6.7 Fumaça Proveniente de Queimada ..................................................... 59
6.8 Aquaplanagem ou Hidroplanagem ...................................................... 59
7. COLISÕES ................................................................................................ 61
7.1 Introdução ........................................................................................... 61
7.2 Distanciamento no Trânsito ................................................................. 61
7.3 Colisão com o Veículo da Frente ........................................................ 62
7.4 Colisão com o Veículo de Trás ........................................................... 63
7.5 Colisão Frente com Frente .................................................................. 64
7.6 Colisão no Cruzamento ....................................................................... 65
7.7 Colisão na Ultrapassagem .................................................................. 65
7.8 Colisão Misteriosa ............................................................................... 66
7.9 Colisão com Objetos Fixos .................................................................. 67
7.10 Abalroamento................................................................................... 67
7.11 Colisão nas Manobras de Marcha à Ré ........................................... 68
7.12 Colisão com Veículos Pesados ........................................................ 68
7.13 Colisão com Motocicletas ................................................................ 69
7.14 Colisão com Ciclistas ....................................................................... 70
7.15 Colisão com Pedestres .................................................................... 71
7.16 Colisão com Animais ....................................................................... 73
8. RESPEITO AO MEIO AMBIENTE ............................................................ 74
8.1 Introdução ........................................................................................... 74
8.2 Veículo: o Agente Poluidor .................................................................. 74
8.3 Cuidados com o seu Veículo ............................................................... 75
8.4 Cuidando do Meio Ambiente ............................................................... 76
9. CONVÍVIO SOCIAL .................................................................................. 78
9.1 Introdução ........................................................................................... 78
9.2 Princípios no Trânsito.......................................................................... 78
9.3 Fatores que influenciam as relações no trânsito ................................. 79
10. MOTORISTAS: FUNÇÕES E RESPONSABILIDADES ......................... 80
10.1 Introdução ........................................................................................ 80
10.2 Transporte de Carga ........................................................................ 80
10.2.1 Direção Defensiva para Caminhoneiros .................................... 82
10.3 Motociclista Profissional ................................................................... 82
10.3.1 Dispositivos de Segurança ........................................................ 83
10.3.2 Postura Corporal sobre Duas Rodas ......................................... 84
10.3.3 Transporte de Carga ................................................................. 84
10.4 Transporte de Pessoas .................................................................... 85
10.4.1 Atendimento ao Cliente ............................................................. 86
10.4.2 Gerenciamento de Conflitos Junto aos Clientes ........................ 86
10.4.3 Aspecto do Comportamento e de Segurança no Transporte de
Passageiros .............................................................................................. 86
11. PRIMEIROS SOCORROS ..................................................................... 88
11.1 Introdução ........................................................................................ 88
11.2 Conceitos Básicos ........................................................................... 88
11.3 Sequência das Ações de Socorros .................................................. 89
11.3.1 Mantenha a Calma .................................................................... 89
11.3.2 Garanta a Segurança de Todos ................................................ 90
11.3.3 Acionamento de Serviços Especializados ................................. 91
11.3.4 Ações com as Vítimas ............................................................... 92
12. REFERÊNCIAS ...................................................................................... 94
1. INTRODUÇÃO

O trânsito faz parte do dia a dia da grande maioria das pessoas, ele surgiu
quando o ser humano começou a viver em aglomerações e precisou se deslocar,
gerando, assim, o trânsito de pessoas e animais. Com a evolução dos meios de
transporte surgiu a necessidade da organização das vias, motoristas e
pedestres, criando-se leis e normas de trânsito.
Essa evolução trouxe alguns efeitos, como os acidentes, que geram
muitas consequências às pessoas e ao meio ambiente. Hoje, a melhor forma de
evitá-las é a conscientização dos motoristas quanto à importância da direção
defensiva.
A direção defensiva ou direção segura é o melhor comportamento no
trânsito, pois com ela é possível preservar a vida, a saúde e o meio ambiente.
O treinamento de direção defensiva objetiva a conscientização quanto às
práticas seguras no trânsito.
O treinamento abordará os conceitos básicos de direção defensiva; as
melhores práticas do condutor defensivo; as condições adversas do condutor,
veículo, via de trânsito e ambiente; os tipos de colisões; respeito ao meio
ambiente e ao convívio social; os tipos de transporte e suas características e os
primeiros socorros básicos.
Desejamos-lhe bons estudos!
2. CONCEITOS BÁSICOS

2.1 Introdução

Você já ouviu falar em direção defensiva?


Você é um motorista defensivo?

Nos próximos itens vamos apresentar os principais conceitos de direção


defensiva.
Fique ligado!

2.2 Trânsito

Trânsito é a circulação de pedestres, animais, veículos motores e veículos


não motores nas diferentes vias de circulação.
O código de trânsito brasileiro considera trânsito como a utilização das
vias por pessoas, veículos e animais, isolados ou em grupos, conduzidos ou não,
para fins de circulação, parada, estacionamento e operação de carga ou
descarga.
Você precisa estar preparado para enfrentar as mudanças que possam
ocorrer no trânsito, como os congestionamentos, transportes lentos, carroças,
tratores, animais etc. Faça a sua parte: planeje o seu percurso e redobre seus
cuidados nos períodos em que o trânsito é mais intenso.
O trânsito, em condições seguras é um direito de todos e dever dos órgãos
e entidades componentes do Sistema Nacional de Trânsito, a estes cabendo, no
âmbito das respectivas competências, adotar as medidas destinadas a
assegurar esse direito.

2.3 Direção Defensiva

A direção defensiva ou direção segura é o melhor comportamento no


trânsito, pois com ela é possível preservar a vida, a saúde e o meio ambiente.
Segundo o DETRAN (Departamento Estadual de Trânsito), a direção
defensiva é a forma de dirigir que lhe permite reconhecer antecipadamente as
situações de perigo e prever o que pode acontecer a você, seus acompanhantes,
seu veículo e os outros usuários da via.
Claudio Kalleder,1 considera que dirigir defensivamente significa dirigir de
maneira preventiva, ou seja, procurar observar, identificar e se antecipar a
quaisquer riscos à segurança do trânsito. Essa percepção antecipada dos riscos
à segurança dá margem para que o condutor possa se planejar em relação às
condutas preventivas, inerentes a cada risco identificado.
O objetivo da direção defensiva é evitar acidentes e garantir a integridade
física e a saúde de todos os envolvidos nesse processo, garantindo ainda um
meio ambiente sustentável e equilibrado, condições estas primordiais à
continuidade da vida com qualidade.

1 Instrutor, palestrante e autor da obra “DIREÇÃO DEFENSIVA: conceitos e aplicação prática”


2.4 Riscos no Trânsito

Todos nós estamos expostos a riscos de acidentes, seja no trabalho, em


casa ou no trânsito. Quando não identificamos que estamos expostos ao perigo,
as chances de acontecer um acidente são elevadas.
Os acidentes de trânsito resultam em danos aos veículos, cargas e vias,
e a pior consequência, pode-se dizer que são as lesões em pessoas.
Praticando uma direção defensiva pode-se evitar o sofrimento de muitas
pessoas, prejuízos financeiros e constrangimentos legais.
Fique atento!
ACIDENTES NÃO ACONTECEM POR ACASO, POR OBRA DO
DESTINO OU POR AZAR.

Os acidentes não acontecem por acaso, na maioria das vezes ocorrem


por imprudência dos condutores e pedestres.
Os riscos e os perigos a que estamos sujeitos no trânsito estão
relacionados com:
 Os veículos;
 Os condutores;
 As vias de trânsito;
 O ambiente;
 Comportamento das pessoas.
3. O CONDUTOR DEFENSIVO

3.1 Introdução

Condutor defensivo é aquele que adota um procedimento preventivo no


trânsito, com cautela e civilidade. É aquele que está sempre pensando na
segurança e prevenção de acidentes, independentemente dos fatores externos
e das condições adversas que podem estar presentes.
O condutor é o principal responsável pelo equilíbrio no trânsito, seu
comportamento se reflete no modo de dirigir.
O condutor defensivo, além de observar as condições do seu veículo, tem
a responsabilidade e consciência sobre a sua atitude no trânsito.
É importante lembrar que pesquisas realizadas apontam que a maioria
dos acidentes tem como causa problemas com o condutor (64%), problemas
mecânicos (30%) e problemas com a via (6%). Dentre esses problemas com o
condutor, temos:

 Negligência: ocorre quando o condutor deixa de realizar a


manutenção do veículo. Ex.: conduzir veículo que apresente
equipamento obrigatório inoperante;
 Imprudência: ocorre quando o condutor tem conhecimento das
leis e regras de trânsito e deixa de respeitá-las. Ex.: trafegar com
velocidade inadequada para via, avançar sinal vermelho, entre
outras atitudes impróprias;
 Imperícia: ocorre quando o condutor é imperito na prática da
direção, ou seja, não possui conhecimentos técnicos ou habilidade
para realizar as manobras necessárias ao ato de dirigir. Ex.: Não
conseguir manter o veículo parado em um aclive.
3.2 Condições Físicas e Mentais no Trânsito

A condição física e mental do motorista aponta se o motorista está apto a


dirigir com segurança.
A maioria das atitudes no trânsito são automáticas, devido à quantidade
de vezes em que são repetidos os mesmos movimentos ou procedimentos.
Muitas vezes a automatização dos movimentos podem levar a acidentes,
visto o que cérebro leva alguns segundos para registrar a imagem, tempo que
pode não ser suficiente para perceber o problema, tomar a decisão de frear,
acionar o pedal para o veículo parar totalmente.
Se você estiver pouco concentrado ou não puder se concentrar totalmente
na direção, seu tempo normal de reação vai aumentar, transformando os riscos
do trânsito em perigos no trânsito. Alguns dos fatores que diminuem a sua
concentração e retardam os reflexos:
 Fadiga;
 Sono;
 Estresse;
 Visão e/ou audição deficiente
 Consumir bebida alcóolica; drogas ou medicamentos;
 Ter participado recentemente de discussões fortes com familiares, no
trabalho, ou por qualquer outro motivo.
Outros fatores que reduzem a concentração, apesar de muitos não
perceberem isso:
 Usar o telefone celular ao dirigir, mesmo que seja viva-voz;
 Assistir televisão a bordo ao dirigir;
 Ouvir aparelho de som em volume que não permita ouvir os sons do seu
próprio veículo e dos demais;
 Transportar animais soltos e desacompanhados no interior do veículo;
 Transportar, no interior do veículo, objetos que possam se deslocar
durante o percurso.
3.2.1 Fadiga

A fadiga é provocada pelo excesso de atividades físicas e estresse.


A fadiga provoca a diminuição do tempo de reação, lapsos de atenção.
Como medidas defensivas comece a viagem descansado; dirija em
posição confortável; use o cinto de segurança; pare e descanse a cada duas
horas ou 160 quilômetros.
Quando você notar os sintomas de cansaço o ideal é uma rápida
interrupção da viagem, feita em lugar seguro, onde o motorista possa relaxar a
musculatura, esticar as pernas, movimentar os braços e andar um pouco.
Se os sintomas persistirem e o corpo emitir sinais de cansaço e dificuldade
de concentração, descanse o tempo que for necessário; não prossiga a viagem
sem que tenha descansado suficientemente; e quando não estiver bem, peça a
outra pessoa que dirija por você.

3.2.2 Sono

Um motorista com sono representa uma ameaça igual ou maior à


segurança das pessoas do que um condutor que dirige embriagado.
Pesquisas comprovam que a sonolência prejudica os reflexos e a
atividade psicomotora bem mais que o álcool, fato que explica o alto índice de
acidentes envolvendo motoristas sonolentos.
Estima-se que mais de 15% dos desastres nas rodovias brasileiras tem
como causa o “velho cochilo”.
Como medida defensiva, evite as bebidas alcoólicas e durma bem; um
bom planejamento pode ajudar a distribuir os períodos para dormir e trabalhar;
não dirija e procure orientação médica se você sofre de algum distúrbio do sono,
como a apneia (parada da respiração).

3.2.3 Estresse

O estresse é uma reação do organismo diante de qualquer coisa que


possa representar perigo. O estresse se revela, por exemplo, pela aceleração do
coração, aumento da tensão muscular, aumento do alerta do cérebro e
alterações do organismo.
Submetido a uma situação de perigo ao dirigir ou pressionado por outros
fatores – pessoais e profissionais – o motorista pode se manter quase
permanentemente em estado de estresse, levando ao surgimento de sintomas
como: fadiga; sono irregular; nervosismo; impaciência; agressividade e até
mesmo o aparecimento de doenças orgânicas.
Como medidas defensivas, consulte um médico ou psicólogo
regularmente, pois isso pode ajudar a detectar doenças orgânicas e males
causados pelo estresse.
É preciso saber dividir o tempo de maneira que as horas de lazer, bem
como a prática de exercícios físicos e/ou de relaxamento, possam compensar as
tensões do trânsito.

3.2.4 Deficiência de Visão e/ou Audição


Uma boa visão é fundamental para a segurança no trânsito, uma boa
visão inclui enxergar com nitidez, com um bom campo visual e distinguir bem as
cores. Para dirigir é necessário ter, no mínimo, 50% de acuidade visual.
Segundo especialistas em medicina do trânsito, o uso de óculos
desatualizados é um dos fatores que contribuem para o crescimento de
acidentes.
Com o passar do tempo, a visão pode estar diminuída, mas como é um
processo lento em geral, a pessoa só percebe quando submetida a exame
especializado.
Os sinais de que já está na hora de consultar um oftalmologista são:
 Não ter o tempo suficiente para ler algumas placas do trajeto;
 Aperta os olhos para ler;
 Sentir desconforto na claridade;
 Dificuldade para acompanhar palestras ou as legendas de um
filme;
 Dor de cabeça, geralmente no final do dia, depois de longo tempo
de esforço visual.

3.2.5 Bebida Alcoólica

O álcool etílico é considerado uma substância psicoativa (droga) ,


responsável por 75% dos acidentes automobilísticos com vítimas fatais.
A atuação do álcool afeta completamente a nossa capacidade de
condução do veículo, pois deprime os centros de controle do cérebro, levando
às seguintes consequências:
 Diminuição da capacidade de reação: causa depressão e pode
levar o motorista a um estado de relaxamento com retardamento
dos seus reflexos;
 Redução de inibição: os efeitos do álcool tendem, em princípio, a
eliminar nossa inibição. Assim, a habilidade de controlar as más
condições de trânsito torna-se quase inexistente;
 Debilitação do controle neuromuscular: o motorista não pode
dividir sua atenção satisfatoriamente depois de uma pequena dose
de bebida. A habilidade de mudar a atenção de um acontecimento
para outro, ou de fazer duas coisas de uma só vez (que é exigida
para uma direção segura) torna-se, em grande parte, reduzida;
 Dificuldade de visão: o motorista não pode julgar corretamente a
velocidade de seu veículo ou dos outros, nem a que distância se
encontra em relação a outros veículos.

3.2.6 Outras Substâncias Tóxicas ou Remédios

O consumo de algumas substâncias afeta negativamente o nosso estado


físico e mental e nosso modo de dirigir.
Alguns remédios usados, mesmo que por recomendação médica, alteram
nosso estado geral, prejudicando nosso desempenho ao volante, como, por
exemplo, remédios para emagrecer, calmantes ou antialérgicos, remédios para
se manter acordado (rebite).
Sempre que puder, evite tomar os medicamentos ou evite dirigir após sua
ingestão.
Todos os tipos de drogas são proibidos ao volante, inclusive o álcool, pois
afetam o nosso raciocínio lógico e o desempenho normal de nossas funções
físicas e mentais.
Muitas drogas podem ser fatais, principalmente quando associadas a
álcool.
3.2.7 Tensão Emocional

Preocupações, aborrecimentos e temperamento agressivo são causas


frequentes dos acidentes de trânsito. Sob estado de tensão emocional do
condutor, o veículo passa a ser manobrado e usado como arma pessoal,
ampliando o perigo da velocidade e do peso para si e para os outros usuários da
via.
Como medida defensiva o condutor deve ficar atento a possíveis
mudanças em seu comportamento, pois está transitando em um espaço público
e a sua conduta poderá prejudicar ou facilitar a locomoção de outras pessoas
neste espaço.

3.2.8 Pressa ou Impaciência

O motorista com pressa é um risco alto de acidentes, isso significa que


todos correm perigo diante da pressa de alguns.
Como medida defensiva sempre planeje com antecedência o roteiro da
viagem, de modo a não precisar dirigir com pressa. Diante da pressa e da
impaciência dos outros, o motorista precisa manter mais calma ainda, ajudando
a evitar acidentes.
A regra é: não aceite desafios e deixe passar o afobado sem se
contaminar pela sua atitude.
3.2.9 Distração

A distração no trânsito pode ser levada por muitos motivos, porém, um


dos principais é a utilização do celular no veículo.
Quando for falar ao telefone, pare o seu carro, leve seus animais sempre
presos, crianças na cadeirinha no banco de trás, preferencialmente, e evite
distrações. Pequenas atitudes podem garantir a sua segurança e de todos que
estão em sua volta.

Mantenha a atenção no trânsito, esteja ativamente concentrado na frente,


nas laterais e traseira do veículo, pois o trânsito é um espaço dinâmico que está
em constante mudança.
Dessa forma é possível o condutor observar todo o ambiente e descobrir
as circunstâncias de risco no momento em que elas estão surgindo.

3.3 Maneiras de Dirigir


A maneira de dirigir é também uma das causas de acidentes no trânsito.
Os motivos para o volante escapar das mãos do motorista são os mais variados.
Os mais comuns são:
 Dirigir apenas com uma das mãos;
 Apanhar objetos no veículo em movimento;
 Acender cigarros;
 Espantar abelhas ou qualquer inseto com o veículo em movimento;
 Efetuar manobras bruscas com o veículo;
 Volante escorregadio devido ao suor do motorista;
 Usar o celular;
 Ajustar o rádio ou manipular mídias.
Não conseguimos manter nossa atenção concentrada durante o tempo
todo enquanto dirigimos, constantemente somos levados a pensar em outras
coisas, sejam elas importantes ou não.
Dê o seu máximo, force sua concentração no ato de dirigir, acostumando-
se a observar sempre e alternadamente:
 As informações no painel do veículo, como velocidade, combustível,
sinais luminosos;
 Os espelhos retrovisores;
 A movimentação de outros veículos à sua frente, à sua traseira ou nas
laterais;
 A movimentação dos pedestres, em especial nas proximidades dos
cruzamentos;
 A posição de suas mãos no volante.

Evite desgaste físico, siga alguma orientação para evitar o desgaste físico
relacionado à maneira de sentar e dirigir:
 Dirija com os braços e pernas ligeiramente dobrados, evitando tensões;
 Apoie bem o corpo no assento e no encosto do banco, o mais próximo
possível de um ângulo de 90 graus;
 Ajuste o encosto de cabeça de acordo com a altura dos ocupantes do
veículo, de preferência na altura dos olhos;
 Segure o volante com as duas mãos, como os ponteiros do relógio na
posição de 9 horas e 15 minutos. Assim você enxerga melhor o painel,
acessa melhor os comandos do veículo e, nos veículos com “air bag”, não
impede o seu funcionamento;
 Procure manter os calcanhares apoiados no assoalho do veículo e evite
apoiar os pés nos pedais, quando não os estiver usando;
 Utilize calçados que fiquem bem fixos aos seus pés, para que você possa
acionar os pedais rapidamente e com segurança;
 Coloque o cinto de segurança de maneira que ele se ajuste firmemente
ao seu corpo. A faixa inferior deve passar pela região do abdome e a faixa
transversal passar sobre o peito e não sobre o pescoço;
 Fique em posição que permita enxergar bem as informações do painel e
verifique sempre o funcionamento de sistemas importantes como, por
exemplo, a temperatura do motor.

3.4 Uso dos Retrovisores

Os retrovisores são responsáveis pela visualização do que acontece ao


seu redor, e quanto maior o campo de visualização maior a possibilidade de
evitar situações de perigo.
Nos veículos com o retrovisor interno, sente-se na posição correta e
ajuste-o numa posição que lhe dê uma visão ampla do vidro traseiro. Não
coloque bagagens ou objetos que impeçam sua visão através do retrovisor
interno.
Os retrovisores externos, esquerdo e direito, devem ser ajustados de
maneira que você, sentado na posição de direção, enxergue o limite traseiro do
seu veículo e com isso reduza a possibilidade de “pontos cegos” ou sem alcance
visual. Se não conseguir eliminar esses “pontos cegos”, antes de iniciar uma
manobra, movimente a cabeça ou o corpo para encontrar outros ângulos de
visão pelos espelhos externos, ou através da visão lateral. Fique atento também
aos ruídos dos motores dos outros veículos e só faça a manobra se estiver
seguro de que não vai causar acidentes.

3.5 Aperfeiçoamento

O aperfeiçoamento e as atualizações constantes geram uma grande


melhoria no seu desempenho no trânsito, alavancando seus resultados.
É muito importante conhecer as regras de trânsito, as técnicas de dirigir
com segurança e saber como agir em situações de risco.
Fique atento!
Todas as nossas atividades exigem aperfeiçoamento e atualização.
Viver é um eterno aprendizado.
4. O VEÍCULO

4.1 Introdução

Os veículos são qualquer meio de transporte utilizado para a locomoção


de pessoas.
Para você dirigir com segurança é necessário que tenha algum
conhecimento sobre o funcionamento e a mecânica de seu veículo, assim
conseguirá identificar qualquer problema, o que possibilitará a decisão correta
caso venha enfrentar problemas.
Os veículos devem estar em dia com a manutenção e portar os
equipamentos de segurança obrigatórios e serem corretamente instalados, que
ajudam na redução de acidentes.
Não é possível dirigir com segurança num veículo com problemas. Por
isso, faça revisões periódicas em seu veículo. Existem alguns defeitos mais
comuns que podem provocar acidentes: pneus gastos, freios desregulados,
lâmpadas queimadas, espelho retrovisor deficiente, limpador de para-brisa
quebrado, entre outros.
4.2 Manutenção Periódica e Preventiva

Com o passar do tempo e a utilização do veículo os sistemas e


componentes se desgastam, o que pode prejudicar o funcionamento do veículo,
comprometendo a segurança do motorista e de outros envolvidos.
Para que seu veículo sempre esteja em condições seguras de uso, crie o
hábito de fazer periodicamente a manutenção preventiva.
Os prazos e orientação sobre a manutenção preventiva estão descritos
no manual do proprietário.
Fique atento!
UMA MANUTENÇÃO FEITA EM DIA EVITA QUEBRAS, CUSTOS
COM CONSERTOS E, PRINCIPALMENTE, ACIDENTES.

4.3 Funcionamento do Veículo

Você conhece as funcionalidades do seu veículo?


Conhecer o seu veículo é de suma importância para garantir a sua
segurança.
Normalmente os veículos possuem no painel indicações sobre o
funcionamento ou você pode estar realizando a inspeção visual simples.

Combustível: veja se no indicativo no painel o combustível é suficiente


para chegar ao seu destino, se não for, lembre-se de verificar os postos de
combustível mais próximos para que não fique sem combustível principalmente
em rodovias;
Nível de óleo de freio, do motor e de direção hidráulica: observe os
respectivos reservatórios, conforme o manual do proprietário;
Nível de óleo do sistema de transmissão (câmbio): para veículos de
transmissão automática, veja o nível do reservatório. Nos demais veículos,
procure vazamentos sob o veículo;
Água do radiador: nos veículos refrigerados a água, veja o nível do
reservatório de água;
Água do sistema limpador de para-brisa: verifique o reservatório de
água;
Palhetas do limpador de para-brisa: troque, se estiverem ressecadas;
Desembaçador dianteiro e traseiro (se existirem): verifique se estão
funcionando corretamente;
Funcionamento dos faróis: verifique visualmente se todos estão
acendendo (luzes baixa e alta);
Regulagem dos faróis: faça por meio de profissionais habilitados;
Lanternas dianteiras e traseiras, luzes indicativas de direção, luz de
freio e luz de ré: inspeção visual.

4.4 Pneus
Os pneus desempenham um importante papel no funcionamento do seu
veículo, estes são responsáveis por impulsionar, frear e manter a dirigibilidade
do veículo.
Mantenha os pneus em perfeito estado de conservação, conferindo
sempre:
Calibragem: siga as recomendações do fabricante do veículo,
observando a situação de carga (vazio e carga máxima). Pneus murchos têm
sua vida útil diminuída, prejudicam a estabilidade, aumentam o consumo de
combustível e reduzem a aderência em piso com água;
Desgaste: o pneu deverá ter sulcos de, no mínimo, 1,6 milímetros de
profundidade, o próprio pneu tem a demarcação do desgaste máximo. A função
dos sulcos é permitir o escoamento de água para garantir perfeita aderência ao
piso e a segurança, em caso de piso molhado;
Deformações na carcaça: veja se os pneus não têm bolhas ou cortes.
Estas deformações podem causar um estouro ou uma rápida perda de pressão;
Dimensões irregulares: não use pneus de modelo ou dimensões
diferentes das recomendadas pelo fabricante para não reduzir a estabilidade e
desgastar outros componentes da suspensão.
Fique atento!
A estabilidade do veículo também está relacionada com a
calibragem correta dos pneus.

Alguns problemas com os pneus podem ser identificados com facilidade.


Vibrações do volante indicam possíveis problemas com o balanceamento
das rodas.
O veículo puxando para um dos lados indica possível problema com a
calibragem dos pneus ou com o alinhamento da direção.
4.5 Cinto de Segurança

O cinto de segurança protege a vida e diminui as consequências dos


acidentes de trânsito sob o corpo humano, impede também que soframos
impactos com partes internas do veículo e evita que sejamos arremessados para
fora dele.
O cinto de segurança é utilizado para limitar os movimentos dos
ocupantes dos veículos em caso de acidentes ou numa freada brusca, impedindo
que se choquem ou choquem partes internas do veículo, impossibilitando ainda
que as pessoas sejam lançadas para fora do veículo.
Faça inspeção em seu cinto observando se:
 Os cintos não têm cortes, para não se romperem numa
emergência;
 Existem dobras que impeçam sua perfeita elasticidade;
 Ocorre travamento, para ver se está funcionando perfeitamente;
 Os cintos dos bancos traseiros estão disponíveis para utilização
dos ocupantes.
O cinto de segurança é de utilização individual, transportar criança no
colo, ambos com o mesmo cinto, poderá acarretar lesões graves e até a morte
da criança.
Você sabe como utilizar corretamente o cinto de segurança?
 Ajuste-o firmemente ao corpo, sem deixar folgas;

 A faixa transversal deve vir sobre o ombro, atravessando o peito, sem


tocar o pescoço;

 A faixa inferior deverá ficar abaixo do abdome, sobretudo para gestantes;


 As crianças até 10 anos devem ser transportadas com cadeirinhas ou
acentos de elevação, de acordo com o seu peso, estatura e idade,
preferencialmente no banco de traseiro.

4.6 Suspensão

A suspensão e os amortecedores são vitais para dar estabilidade ao


veículo nas freadas, curvas e em situações em que o carro precise de
estabilidade e controle da direção.
Verifique periodicamente o estado de conservação e o funcionamento
deles, usando como base o manual do fabricante e levando o veículo a pessoal
especializado.

4.7 Direção
A direção é um dos mais importantes componentes de segurança do
veículo, um dos responsáveis pela dirigibilidade. Folgas no sistema de direção
fazem o veículo “puxar” para um dos lados, podendo levar o condutor a perder o
seu controle.
Ao frear, esses defeitos são aumentados. Você deve verificar
periodicamente o funcionamento correto da direção e fazer as revisões
preventivas nos prazos previstos no manual do fabricante, com pessoal
especializado.

4.8 Freios

O sistema de freios tem a finalidade de diminuir a velocidade do veículo


ou fazê-lo parar totalmente.
O desgaste do sistema de freios reduz a sua eficiência, pois exige maiores
distâncias para frear com segurança, aumentando o risco de acidentes.
As principais razões de perda de eficiência e como inspecionar:
 Nível de fluido baixo: é só observar o nível do reservatório;
 Vazamento de fluido: observe a existência de manchas no piso sob o
veículo;
 Discos e pastilhas gastos: verifique com profissional habilitado;
 Lonas gastas: verifique com profissional habilitado.
Não use freadas bruscas e desnecessárias, esse modo de dirigir acelera
o desgaste desse sistema. É só dirigir com atenção, observando a sinalização,
a legislação e as condições do trânsito.

4.9 Sistema de Iluminação

O sistema de iluminação é importante, tanto para você ver melhor o seu


trajeto, como para ser visto por todos os usuários da via. Sem iluminação ou com
luz deficitária você poderá causar colisão e outros acidentes.
Evite as principais ocorrências com a iluminação do seu veículo:
 Faróis queimados, em mau estado de conservação ou desalinhados:
reduzem a visibilidade panorâmica e você não consegue ver tudo o que
deveria;
 Lanternas de posição queimadas ou com defeito, à noite ou em ambientes
escurecidos (chuva, penumbra): comprometem o reconhecimento do seu
veículo pelos demais usuários da via;
 Luzes de freio queimadas ou com mau funcionamento (à noite ou de dia):
você freia e isso não é sinalizado aos outros motoristas. Eles vão ter
menos tempo e distância para frear com segurança;
 Luzes indicadoras de direção (pisca-pisca) queimadas ou com mau
funcionamento: impedem que os outros motoristas compreendam sua
manobra e isso pode causar acidentes.
Verifique periodicamente o estado e o funcionamento das luzes e
lanternas.
Lembre-se que nas rodovias e nos túneis os faróis devem ser mantidos
acesos a qualquer hora do dia. A obrigatoriedade se aplica a todas as rodovias
em território nacional.
Já durante a noite, eles devem ser mantidos acesos em qualquer tipo de
via de circulação (sempre que o carro estiver em movimento).
5. VIA DE TRÂNSITO

5.1 Introdução

Via pública é a superfície por onde transitam veículos, pessoas e animais,


compreendendo a pista, a calçada, o acostamento, a ilha e o canteiro central.
Podem ser urbanas ou rurais (estradas ou rodovias).
No Código de Trânsito Brasileiro – CTB, a via urbana é conceituada como
“ruas, avenidas, vielas ou caminhos e similares abertos à circulação pública,
situados na área urbana, caracterizados principalmente por possuírem imóveis
edificados ao longo de sua extensão.”
Cada via possuí suas características e devem ser observadas
atentamente.

5.2 Classificação das Vias

As estradas, ruas e rodovias são classificadas em vários níveis, vias


locais; vias coletoras; vias arteriais e vias de trânsito rápido.
Elas são diferenciadas umas das outras por questão de segurança no
trânsito.

5.2.1 Via Urbana: Trânsito Rápido


É caracterizada por acessos especiais com trânsito livre, sem interseções
em nível, sem acessibilidade direta aos lotes lindeiros e sem travessia de
PEDESTRES em nível.
Uma grande característica das vias de trânsito rápido é que elas não
possuem semáforos, cruzamento ou retornos e sua velocidade máxima
permitida é 80 km/h.

5.2.2 Via Urbana: Trânsito Arterial

É caracterizada por interseções em nível, geralmente controlada por


semáforo, com acessibilidade aos lotes lindeiros e às vias secundárias e locais,
possibilitando o trânsito entre as regiões da cidade.
Elas se caracterizam por fazer a ligação de um bairro a outro em uma
cidade, por exemplo, e a sua velocidade máxima permitida é 60 km/h.

5.2.3 Via Urbana: Trânsito Coletor


É destinada a coletar e distribuir o trânsito que tenha necessidade de
entrar ou sair das vias de trânsito rápido ou arteriais, possibilitando o trânsito
dentro das regiões da cidade.
Elas são caracterizadas por facilitar a movimentação de uma região a
outra em uma cidade por estarem ligadas às vias arteriais e de trânsito rápido e
sua velocidade máxima permitida é 40 km/h.

5.2.4 Via Urbana: Trânsito Local

É caracterizada por interseções em nível não semaforizadas, destinadas


apenas ao acesso local ou a áreas restritas.
Estas têm como característica não possuir nenhum tipo de ligação, sendo
usadas apenas por veículos restritos ou com algum interesse às ruas de um
condomínio fechado, por exemplo.
Sua velocidade máxima permitida é 30 km/h.

5.2.5 Via Rural: Rodovias


Uma das principais características da rodovia é que seja uma via
pavimentada, o que corresponde a uma via de transporte interurbano de alta
velocidade, que pode ou não proibir o seu uso por parte de pedestres e ciclistas,
podendo ser de pista simples, dupla ou múltipla.
Seus limites de velocidade são 110 km por hora para carros, 90 km por
hora para ônibus e micro ônibus, e para os outros veículos, 80 km por hora.

5.2.6 Via Rural: Estradas

Via rural não pavimentada. Seu limite de velocidade é 60 km/h.


Fique atento!
Os limites de velocidade podem variar de acordo com a análise dos
órgãos de trânsito e as condições das vias de trânsito.
Embora os limites de velocidade estejam sinalizados nas placas, é sua
obrigação dirigir numa velocidade compatível com determinadas circunstâncias
e condições momentâneas da via.

5.3 Curvas
As curvas, especialmente em rodovias em que o limite de velocidade é
maior, representam grande risco para os ocupantes de veículos.
Ao percorrer um trecho em curva, o veículo fica sujeito à ação de uma
força centrífuga (atua no sentido de dentro para fora da curva) que tende a
mantê-lo em linha reta. A ação dessa força obriga o condutor do veículo a
esterçar o volante no sentido da curva para manter o veículo na trajetória
desejada. A força pode chegar ao ponto de tirar o veículo de controle,
provocando capotamento ou a travessia na pista, com colisão com outros
veículos ou atropelamento de pedestres e ciclistas.
Por isso, é imprescindível estar atento à sinalização que indica que tipo
de curva vem à frente e diminuir a velocidade para que esta seja compatível com
a geometria da via.
Para sua segurança e conforto, acredite na sinalização e adote os
seguintes procedimentos:
 Diminua a velocidade com antecedência, usando o freio e, se
necessário, reduza a marcha antes de entrar na curva e de iniciar
o movimento do volante;
 Comece a fazer a curva com movimentos suaves e contínuos no
volante, acelerando gradativamente e respeitando a velocidade
máxima permitida. À medida que a curva for terminando, retorne o
volante à posição inicial, também com movimentos suaves;
 Procure fazer a curva movimentando o menos que puder o volante,
evitando movimentos bruscos e oscilações na direção.

5.4 Declives
Sempre que perceber declive à frente, antes de iniciar a descida, teste os
freios e mantenha o câmbio engatado numa marcha reduzida durante a descida.
Nunca desça com o veículo desengrenado, porque em caso de
necessidade, você não vai ter força do motor para ajudar a parar ou reduzir a
velocidade, e os freios podem não ser suficientes.
Não desligue o motor nas descidas, pois os freios não funcionam
adequadamente, e o veículo pode atingir velocidades descontroladas. Além
disso, a direção poderá travar se você desligar o motor.

5.5 Ultrapassagem

Para uma ultrapassagem, fique atento na sinalização e no que está


acontecendo ao seu redor.
A sinalização é a representação da lei e foi implantada por pessoal técnico
que já calculou que naquele trecho não é possível a ultrapassagem, porque há
perigo de acidentes.
Nos trechos onde houver sinalização permitindo a ultrapassagem, ou
onde não houver qualquer tipo de sinalização, só ultrapasse se a faixa do sentido
contrário de fluxo estiver livre e, mesmo assim, só tome a decisão considerando
a potência do veículo que vai à sua frente.
Nas subidas, só ultrapasse quando já estiver disponível a terceira faixa,
destinada a veículos lentos. Não existindo essa faixa, siga as mesmas
orientações anteriores, mas considere que a potência exigida do seu veículo vai
ser maior que na pista plana.
Para ultrapassar, acione a seta para esquerda, mude de faixa a uma
distância segura do veículo à sua frente e só retorne à faixa normal de tráfego
quando puder enxergar o veículo ultrapassado pelo retrovisor.
Nos declives, as velocidades de todos os veículos são muito maiores.
Para ultrapassar, tome cuidado adicional com a velocidade necessária para a
ultrapassagem. Lembre-se que você não pode exceder a velocidade máxima
permitida naquele trecho da via.
Outros veículos podem querer ultrapassá-lo. Não dificulte a
ultrapassagem, mantendo a velocidade do seu veículo ou até mesmo reduzindo-
a ligeiramente.

5.5.1 Faixas das Vias

As faixas pintadas no chão representam as vias, sentidos e também o


orientam em caso de ultrapassagem.
Entenda melhor, visualizando as imagens abaixo com o devido descritivo.

5.6 Estreitamento da Pista


Estreitamento na pista aumenta os riscos.
É normal nos depararmos com estreitamento de pista como em pontos
estreitos ou sem acostamento, obras, desmoronamento de barreiras, presença
de objetos na pista.

Sempre que você visualizar o estreitamento redobre a sua atenção,


reduza a velocidade e a marcha e, quando for possível a passagem de apenas
um veículo por vez, aguarde o momento oportuno, alternando a passagem com
os outros veículos que vêm em sentido oposto.

5.7 Acostamento

É uma parte da via, porém diferenciada da pista de rolamento.


O acostamento é destinado à parada ou estacionamento de veículos em
situação de emergência, à circulação de pedestres e de bicicletas quando não
houver local apropriado.
Os veículos automotores são proibidos de circular no acostamento, visto
que podem causar acidentes com outros veículos parados ou atropelamento de
pedestres ou ciclistas.
Fique atento, pois em alguns casos pode haver desnível entre a pista e o
acostamento.
Se precisar parar, reduza a velocidade lentamente para não causar
acidente aos veículos que venham atrás e sinalize com a seta. Após parar o
veículo, sinalize com o triângulo de segurança e o pisca-alerta.

5.8 Condições do Piso da Pista de Rolamento

Constantemente nos deparamos com ondulações, buracos, elevações,


inclinações ou alterações do piso. Em alguns casos, quando o condutor não está
preparado ou atento, estes podem desestabilizar o veículo, provocando sua
perda de controle e danificar seus componentes.
Ao perceber antecipadamente essas ocorrências na pista, reduza a
velocidade usando os freios, mas evite aciona-los durante a passagem pelos
buracos, depressões e lombadas, porque isso vai aumentar o desequilíbrio de
todo o conjunto.
5.9 Trechos Escorregadios

O atrito do pneu com o solo é reduzido pela presença de água, óleo, barro,
areia e outros líquidos ou materiais na pista e essa perda de aderência pode
causar derrapagens e descontrole do veículo.
Fique sempre atento ao estado do pavimento da via e procure adequar
sua velocidade a essa situação. Evite mudanças abruptas de velocidade e
frenagens bruscas, que tornam mais difícil o controle do veículo nessas
condições.

5.10 Calçadas ou Passeios Públicos

As calçadas são para o uso exclusivo de pedestres e só podem ser


utilizadas pelos veículos para acesso a lotes ou garagens.
Mesmo nesses casos, o tráfego de veículos sobre a calçada deve ser feito
com muito cuidado, para não ocasionar atropelamento de pedestres.
A parada ou estacionamento de veículos sobre as calçadas retira o
espaço próprio do pedestre, levando-o a transitar na pista de rolamento, onde
evidentemente corre o perigo de ser atropelado.
Por essa razão, é proibida a circulação, parada ou estacionamento de
veículos automotores nas calçadas.
Você também deve ficar atento em vias sem calçadas, ou quando elas
estiverem em construção ou deterioradas, forçando o pedestre a caminhar na
pista de rolamento.
5.11 Sinalização

A sinalização é um meio de comunicação que auxilia o motorista a dirigir


com segurança.
A sinalização mostra o que é permitido e o que é proibido fazer, advertindo
sobre os perigos na via e também indicam direções a seguir e pontos de
interesse.
Há classificação para os sinais de trânsito: verticais, horizontais,
dispositivos de sinalização auxiliar, luminosos, sonoros, gestos do agente de
trânsito e do condutor.

5.11.1 Sinalização Vertical

A sinalização vertical é aquela cujo meio de comunicação está na posição


vertical, normalmente em placa, fixada ao lado ou suspenso sobre a pista,
transmitindo mensagens de caráter permanente e, eventualmente, variáveis.
A sinalização vertical classifica-se de acordo com sua função,
compreendendo os seguintes tipos:

5.11.1.1 Regulamentação

Conheça algumas das principais placas de sinalização utilizadas nas


estradas:
Dê preferência Parada obrigatória Sentido circular na rota Velocidade máxima
permitida

Estacionamento Proibido estacionar Proibido estacionar e Estacionamento início e


parar término proibido

Proibido virar à esquerda Proibido virar à direita Siga em frente Sentido proibido

Siga em frente ou à Siga em frente à direita Vire à direita Vire à esquerda


esquerda

Circulação exclusiva de Circulação exclusiva de Comprimento máximo Ônibus, caminhões e


caminhões ônibus permitido veículos de grande porte
mantenham-se à direita

Ciclista transite à direita Ciclista transite à Ciclistas à esquerda Circulação exclusiva de


esquerda pedestres à direita bicicletas

Pedestre ande pela Pedestre ande pela Pedestres à esquerda Proibido trânsito de
direita esquerda ciclistas à direita pedestres
5.11.1.2 Advertência

Lombada Faixa adicional Área de Área escolar


desmoronamento

Confluência à direita Confluência à Curva à direita Curva à esquerda


esquerda

Cruzamento de vias Aclive acentuado Declive acentuado Depressão

Curva acentuada à Curva acentuada à Curva acentuada em Curva acentuada em


direita esquerda S à direita S à esquerda

Curva em S à direita Curva em S à Estreitamento de Estreitamento de


esquerda pista à esquerda pista à direita

Estreitamento de Faixa de pedestres Semáforo Parada obrigatória à


pista frente
5.11.1.3 Identificação e Orientação

Identificação de Placa de orientação


Limite de municípios Pedágio
municípios de destino

Placa de
identificação de
Placa de orientação de
Placa de orientação de regiões de
Ponte destino, placa indicativa
destino interesse, de
de distância
identificação
quilométrica
5.11.1.4 Educativas e Auxiliares

Placa de serviços Placa de serviços Placa de serviços Placa de serviços


auxiliares auxiliares aeroporto auxiliares auxiliares restaurante
abastecimento borracheiro

Placa de serviços Placa de serviços Placa de serviços Placa de serviços


auxiliares hotel auxiliares ponto de auxiliares pronto auxiliares placa para
parada socorro condutores

5.11.1.5 Atrativos Turísticos


5.11.1.6 Obras

Dispositivos de Dispositivos de
Marcador de perigo Marcador de perigo
sinalização de alerta sinalização de alerta

Indicador de curva Indicador de curva Indicador de curva Marcadores de


acentuada adiante acentuada adiante acentuada adiante alinhamento

Obras área com Obras caminhões na


Obras depressão Obras lombada
desmoronamento pista

Obras início de pista Obras parada Obras mão dupla


Obras adiante
dividida obrigatória à frente adiante

Obras pista Obras projeção de Obras estreitamento


Obras pista irregular
escorregadia cascalho de pista à direita

Placas de fiscalização Placas de fiscalização Placas de


eletrônica eletrônica fiscalização eletrônica
A sinalização é projetada com base na engenharia e no comportamento
humano, independentemente das habilidades individuais do condutor e do
estado particular de conservação do veículo. Por essa razão, você deve respeitar
sempre a sinalização e adequar o seu comportamento aos limites de seu veículo.

5.11.2 Sinalização Horizontal

A sinalização horizontal se utiliza de linhas, marcações, símbolos e


legendas pintados ou apostos nas vias com a função de organizar o fluxo dos
veículos, maximizando o espaço disponível, orientando em condições adversas,
auxiliando na redução de acidentes e transmitindo mensagens aos condutores e
pedestres.

5.11.3 Dispositivos de Sinalização Auxiliar

Os dispositivos auxiliares são elementos aplicados à via com o objetivo


de aumentar a percepção da sinalização, reduzir velocidade, oferecer proteção
aos usuários e alertar sobre situações de perigo.
São constituídos de formas e cores diversos, dotados ou não de
refletividade.

5.11.4 Luminosos
A sinalização semafórica de regulamentação tem a função de realizar
o controle do trânsito, efetuando alternadamente o direito de passagem dos
vários fluxos de veículos e/ou pedestres.

A sinalização semafórica de advertência tem a função de advertir da


existência de obstáculo ou de situações perigosas. Compõe-se de uma ou duas
luzes de cor amarela, cujo funcionamento é intermitente ou piscando alternado,
no caso de duas indicações de cor.

5.11.5 Sonoros

São os sinais realizados pelo agente de trânsito com a função de orientar


as situações de fluidez do trânsito. Devem ser utilizados somente em conjunto
com os gestos dos agentes.
Sinais de apito Significado Emprego
Um silvo breve Siga Liberar o trânsito no sentido da
indicação do agente
Dois silvos breves Pare Indicar parada obrigatória
Um silvo longo Diminuir a marcha Quando for necessário, fazer
diminuir a marcha dos veículos

5.11.6 Gestos do Agente de Trânsito e do Condutor

Os gestos dos agentes de trânsito correspondem a movimentos


convencionais de braço, para orientar e indicar o direito de passagem dos
veículos. A sinalização dos agentes prevalece sobre as regras de circulação e
as normas definidas por outros sinais de trânsito.
6. CONDIÇÕES DO AMBIENTE

6.1 Introdução

Algumas condições climáticas e naturais afetam as situações de


segurança do trânsito. Sob estas circunstâncias, você deverá adotar atitudes que
garantam a sua segurança e a dos demais usuários.
As condições climáticas podem interferir na segurança do trânsito,
diminuindo a capacidade visual do condutor, modificando padrões de condução
dos veículos. As principais são: chuva, granizo, vento forte e neblina.

6.2 Luz

A luz caracteriza-se pela intensidade ou reflexo da luz natural (solar) ou


artificial (faróis), que podem provocar ofuscamento da visão. Esse ofuscamento
causa a contração da pupila, ocasionando a perda momentânea, parcial ou total
da visão, dificultando o condutor de ver.

6.2.1 Farol Alto ou Farol Baixo Desregulado


O condutor deverá manter acesos os faróis do veículo, utilizando luz baixa
quando estiver circulando em rodovias.
A exigência de se manter a luz baixa acesa ocorre em outras duas
situações: à noite e nos túneis com iluminação pública, em qualquer horário. Em
túneis sem iluminação deve-se usar a luz alta.
O condutor deve sempre ter em mente que é fundamental ver e ser visto
no trânsito, por isso, é necessário ficar atento às condições do sistema de
iluminação, que deve estar devidamente regulado e com as lâmpadas em bom
estado.
A iluminação do veículo à noite, ou em situações de escuridão, por chuva
ou em túneis, permite aos outros condutores, e especialmente aos pedestres e
aos ciclistas, observarem com antecedência o movimento dos veículos e com
isso, se protegerem melhor.
Usar o farol alto ou o farol baixo desregulado ao cruzar com outro veículo
pode ofuscar a visão do outro motorista. Por isso, mantenha sempre os faróis
regulados e, ao cruzar com outro veículo, acione com antecedência a luz baixa.
Quando ficamos de frente a um farol alto ou a um farol desregulado,
perdemos momentaneamente a visão (ofuscamento).
Nessa situação, procure desviar sua visão para uma referência na faixa à
direita da pista.
Quando a luz do farol do veículo que vem atrás refletir no retrovisor
interno, ajuste-o para desviar o facho de luz. A maioria dos veículos tem esse
dispositivo. Verifique o manual do proprietário.
No caso das motocicletas, ciclomotores e do transporte coletivo de
passageiros, estes últimos, quando trafegarem em faixa própria, o uso da luz
baixa do farol é obrigatório.

6.2.2 Penumbra (ausência de luz)


A penumbra (lusco-fusco) é uma ocorrência frequente na passagem do
final da tarde para o início da noite ou do final da madrugada para o nascer do
dia ou, ainda, quando o céu está nublado ou se chove com intensidade.
Sob essas condições, tão importante quanto ver, é também ser visto. Ao
menor sinal de iluminação precária, acenda o farol baixo.

6.2.3 Inclinação da Luz Solar

No início da manhã ou no final da tarde, a luz do sol “bate na cara”. O sol,


devido à sua inclinação, pode causar ofuscamento, reduzindo sua visão. Nem é
preciso dizer que isso representa perigo de acidentes. Procure programar sua
viagem para evitar essas condições.
O ofuscamento pode acontecer também pelo reflexo do sol em alguns
objetos polidos, como garrafas, latas ou para-brisas.
Em todas essas condições, reduza a velocidade do veículo, utilize o
quebra-sol (pala de proteção interna) ou até mesmo óculos protetores (óculos de
sol) e procure observar uma referência do lado direito da pista.
O ofuscamento também poderá acontecer com os motoristas que vêm em
sentido contrário, quando são eles que têm o sol pela frente. Nesse caso,
redobre sua atenção, reduza a velocidade para seu maior conforto e segurança
e acenda o farol baixo para garantir que você seja visto por eles.
Nos cruzamentos com semáforos, o sol, ao incidir contra os focos
luminosos, pode impedir que você identifique corretamente a sinalização.
Nesses casos, reduza a velocidade e redobre a atenção, até que tenha certeza
da indicação do semáforo.

6.3 Ventos Fortes

Ventos muito fortes, ao atingir seu veículo em movimento, podem deslocá-


lo, ocasionando a perda de estabilidade e o descontrole, que podem ser causa
de colisões com outros veículos ou mesmo capotamentos.

Há trechos de rodovias onde são frequentes os ventos fortes. Acostume-


se a observar o movimento da vegetação às margens da via. É uma boa
orientação para identificar a força do vento. Em alguns casos, esses trechos
encontram-se sinalizados. Notando movimentos fortes da vegetação ou vendo a
sinalização correspondente, reduza a velocidade para não ser surpreendido e
para manter a estabilidade.
Os ventos também podem ser gerados pelo deslocamento de ar de outros
veículos maiores em velocidade, no mesmo sentido ou no sentido contrário de
tráfego ou até mesmo na saída de túneis. A velocidade deverá ser reduzida,
adequando-se à marcha do motor para diminuir a probabilidade de
desestabilização do veículo.

6.4 Chuva
As principais dificuldades para se dirigir sob chuva são a diminuição
significativa da visibilidade, assim como a diminuição do atrito dos pneus com o
solo, causando a perda da estabilidade direcional do veículo.
É bom ficar alerta desde o início da chuva, quando a pista, geralmente,
fica mais escorregadia, devido à presença de óleo, areia ou impurezas.

A diminuição geral da visibilidade se dá tanto pelo acúmulo de água e/ou


detritos sobre os vidros, como pelo seu embaçamento interno, pela falta de
ventilação (vidros fechados).
Em caso de chuvas intensas, a visibilidade é ainda mais reduzida, e a
pista é recoberta por uma lâmina de água, podendo aparecer muito mais poças.
Em caso de chuvas intensas, redobre sua atenção, acione a luz baixa do
farol, aumente a distância do veículo à sua frente e reduza a velocidade até sentir
conforto e segurança. Evite pisar no freio de maneira brusca, para não travar as
rodas e não deixar o veículo derrapar, pela perda de aderência. Se o seu veículo
tem freios ABS (que não deixam travar as rodas), aplique a força no pedal
mantendo-o pressionado até o seu controle total.
Ter os limpadores de para-brisa sempre em bom estado, o desembaçador
e o sistema de sinalização do veículo funcionando perfeitamente aumentam as
suas condições de segurança e o seu conforto nessas ocasiões.
O estado de conservação dos pneus e a profundidade dos seus sulcos
são muito importantes para evitar a perda de aderência na chuva.
6.5 Neblina, Cerração e Nevoeiro

Em caso de neblina, cerração ou nevoeiro você deverá redobrar a


atenção.
Acenda a luz baixa do farol (e o farol de neblina, se houver), aumente a
distância do veículo à sua frente e reduza a sua velocidade, até sentir mais
segurança e conforto.
Não use o farol alto porque ele reflete a luz nas partículas de água e reduz
ainda mais a visibilidade.
Lembre-se que nessas condições o pavimento fica úmido e escorregadio,
reduzindo a aderência dos pneus.
Caso sinta muita dificuldade em continuar trafegando, pare em local
seguro, como um posto de abastecimento. Em virtude da pouca visibilidade, na
neblina, geralmente não é seguro parar no acostamento. Use o acostamento
somente em caso extremo e de emergência e utilize, nesses casos, o pisca-
alerta.

6.6 Granizo

O granizo é a chuva acompanhada de pequenas pedras de gelo.


Ele diminui a visibilidade e, quando muito forte, pode quebrar os faróis e
para-brisa. Além dos procedimentos recomendados em caso de chuva, trafegue,
em velocidade compatível com a situação e pare em locais seguros.
No caso de chuvas de granizo (chuva de pedra), o melhor a fazer é parar
o veículo em local seguro e aguardar o seu fim. Ela não dura muito nessas
circunstâncias.

6.7 Fumaça Proveniente de Queimada

A fumaça produzida pelas queimadas nos terrenos a margem da via


provoca redução da visibilidade. Além disso, a fuligem proveniente da queimada
pode reduzir a aderência do piso.
Nos casos de queimadas, redobre sua atenção e reduza a velocidade.
Ligue a luz baixa do farol e, depois que entrar na fumaça, não pare o veículo na
pista, já que com a falta de visibilidade, os outros motoristas podem não vê-lo
parado na pista.

6.8 Aquaplanagem ou Hidroplanagem


Com água na pista, pode ocorrer a aquaplanagem, que é a perda da
aderência do pneu com o solo. É quando o veículo flutua na água e você perde
totalmente o controle sobre ele. A aquaplanagem pode acontecer com qualquer
tipo de veículo e em qualquer piso.
Para evitar essa situação de perigo, você deve observar com atenção a
presença de poças de água sobre a pista, mesmo não havendo chuva, e reduzir
a velocidade utilizando freios, antes de entrar na região empoçada. Na chuva,
aumenta a possibilidade de perda de aderência. Nesse caso, reduza a
velocidade e aumente a distância do veículo à sua frente.
Quando o veículo estiver sobre a poça de água, não é recomendável a
utilização dos freios, segure a direção com força para manter o controle do
veículo.
O estado de conservação dos pneus e a profundidade de seus sulcos são
igualmente importantes para evitar a perda de aderência.
7. COLISÕES

7.1 Introdução

As colisões podem envolver um ou mais veículos, como também outros


usuários do trânsito e objetos fixos ou não.
É muito importante que o condutor defensivo conheça cada tipo de colisão
para saber como agir em qualquer situação.

7.2 Distanciamento no Trânsito

A distância que você deve manter entre o seu veículo e o que vai à frente
é chamada DS (Distância de Seguimento). Quando você estiver conduzindo em
circunstâncias normais de pista e de clima, o tempo necessário para manter uma
distância segura é de, aproximadamente, dois segundos. Existe uma regra
simples que o ajudará a manter uma distância segura de outro veículo:
1º- Escolha um ponto fixo à margem da via (placa de sinalização, poste,
marcação viária, entre outros);
2º- Quando o veículo que vai à sua frente passar pelo ponto fixo escolhido,
comece a contar;
3º- Conte dois segundos pausadamente. Uma maneira fácil é contar seis
palavras em sequência “cinquenta e um; cinquenta e dois”.
4º- A distância entre o seu veículo e o que vai à frente será segura se o
seu veículo passar pelo ponto fixo após a contagem de dois segundos.
5º- Caso contrário, reduza a velocidade e faça nova contagem. Repita até
estabelecer a distância segura.

IMPORTANTE: a distância de seguimento deve ser sempre maior do que


a distância de parada, garantindo que haja espaço suficiente para que seu
veículo pare antes de colidir com o que vai à sua frente

7.3 Colisão com o Veículo da Frente

A colisão com o veículo que vai à frente normalmente acontece quando o


motorista não mantém a distância de seguimento ou está desatento em relação
ao carro da frente.
Saiba como evitar colisão com o veículo da frente:

 Esteja atento: nunca desvie a atenção do que está acontecendo em volta


e observe os sinais do condutor da frente, tais como luz de freio, seta,
pisca-pisca, sinalização com os braços, pois indicam o que ele pretende
fazer;
 Controle da situação: procure ver além do veículo da frente para
identificar situações que podem obrigá-lo a manobras bruscas sem
sinalizar, verifique a distância e deslocamento também do veículo de trás
e ao seu lado para poder tomar a decisão mais adequada, se necessário,
numa emergência;
 Mantenha distância: mantenha uma distância segura do veículo da
frente;
 Comece a parar antes: se necessário, pise no freio imediatamente ao
avistar algum tipo de perigo, mas pise aos poucos para evitar derrapagens
ou parada brusca, pondo em risco os outros condutores na via.

7.4 Colisão com o Veículo de Trás

Muitas vezes não estamos vendo o veículo que se aproxima por trás e
somos pegos de surpresa.
Uma das principais causas dessa colisão é motivada por motoristas que
dirigem colados ao veículo da frente, e nem sempre se pode escapar dessa
situação, principalmente numa emergência; freadas bruscas; falta de
sinalização; e manobras inesperadas dos condutores do veículo a frente.
A primeira atitude do condutor defensivo é livrar-se do condutor que o
segue a curta distância, reduzindo a velocidade ou deslocando-se para outra
faixa de trânsito mais à direita ou acostamento, levando-o ultrapassá-lo com
segurança.
Saiba como evitar uma colisão com o veículo de trás:

 Planeje o que fazer: não fique indeciso quanto ao percurso,


entradas ou saídas que irá usar. Planeje antes o seu trajeto para
não confundir com manobras bruscas o condutor que vem atrás.
 Sinalize suas atitudes: informe por meio de sinalização correta e
dentro do tempo necessário o que você pretende fazer, para que
os outros condutores também possam planejar suas atitudes.
Certifique-se de que todos entenderam e viram sua sinalização. O
condutor deve ficar atento aos retrovisores, para ter noção do
comportamento do motorista de trás, que poderá estar muitas
vezes escondido no ponto cego do veículo;
 Facilitar a ultrapassagem: sempre que possível, favoreça a
ultrapassagem, mantendo as distâncias seguras recomendadas
para sua segurança.

7.5 Colisão Frente com Frente

Colisão frente com frente é quando dois veículos colidem de frente. A


força do impacto corresponde à soma das velocidades dos dois veículos.
Ou seja, se ambos estiverem a 80 km/hora, o impacto será de 160
km/hora, por isso suas consequências são tão graves.
Acontecem geralmente por causa de ultrapassagens mal planejadas ou
realizadas em locais proibidos; ingestão de bebida alcoólica; excesso de
velocidade; dormir ao volante; problemas com o veículo; distração do condutor.
Saiba como evitar uma colisão frente a frente:
 Cuidado com as curvas: ultrapasse com segurança, somente em
condições de boa visibilidade e onde for permitido;
 Atenção nos cruzamentos: Estes acidentes ocorrem nas
manobras de virar à direita ou esquerda, não observar o semáforo
ou a preferência de passagem no local, assim como a travessia de
pedestres. Só realize a manobra nos locais permitidos e com
segurança.

7.6 Colisão no Cruzamento

Geralmente é nos cruzamentos, entradas e saídas de veículos que


acontece a maioria dos acidentes.

Saiba como evitar uma colisão no cruzamento:


 Obedeça a sinalização;
 Respeite a preferência de quem transita por via preferencial ou que
já esteja transitando em rotatórias;
 Reduza a velocidade ao transpor o cruzamento, mesmo se a
preferência for sua.
 Cuide com os procedimentos de convergência, tanto à esquerda
quanto à direita;
 Dê preferência para pedestres e veículos não motorizados.

7.7 Colisão na Ultrapassagem

É uma das principais causas de acidentes em rodovias de mão dupla.


Colisões na ultrapassagem geralmente estão relacionadas à falta de
avaliação correta de espaço e tempo necessários para realizar manobra.

Saiba como evitar uma colisão na ultrapassagem:


 Ultrapasse somente em locais permitidos, com condições de
segurança, espaço e visibilidade;
 Verifique pelos retrovisores como está o tráfego atrás do veículo
para conferir se há outro realizando ultrapassagem;
 Sinalize com a luz de seta a intenção de ultrapassagem;
 Mantenha distância lateral de segurança;
 Jamais ultrapasse em curvas, túneis, viadutos, aclives, lombadas
e cruzamentos;
 Ao ser ultrapassado, facilite a ultrapassagem, mantendo-se à
direita e reduzindo a velocidade.
 Ao ser ultrapassado, sinalize para o outro condutor se há ou não
condições para a ultrapassagem.
 A ultrapassagem deve ser realizada apenas pela esquerda.

7.8 Colisão Misteriosa

Acidente com causa desconhecida, envolvendo apenas um veículo é


chamado de colisão misteriosa.
É sempre um acidente grave, em geral com vítimas fatais ou gravemente
feridas.
Quando o condutor sobrevive, geralmente não consegue se lembrar de
como aconteceu o acidente.

Saiba como evitar uma colisão misteriosa:

A perícia levanta hipóteses para os motivos do acidente, mas não é


possível comprovar o que realmente causou a colisão.
7.9 Colisão com Objetos Fixos

É quando o veículo colide com um objeto fixo, como poste de iluminação,


canteiro central, árvore, muro, barranco, caçamba, entre outros.

Saiba como evitar uma colisão com objetos fixos:

Na maioria das vezes a culpa é exclusiva do condutor. As causas mais


comuns são:
 Falta de atenção;
 Excesso de velocidade;
 Sono ou consumo de álcool.

7.10 Abalroamento

O abalroamento é uma colisão leve nas laterais dos veículos. Em geral


acontece em cruzamentos ou devido a manobras inesperadas.
As conversões à esquerda são a causa da maioria dos abalroamentos.
Nos cruzamentos, as causas mais comuns são falta de visibilidade ou
desconhecimento das preferências.

Saiba como evitar um abalroamento:


 Respeite a distância lateral de segurança (1,5 m);
 Realize as conversões dentro da sua mão direcional;
 Redobre a atenção ao se aproximar de cruzamentos.

7.11 Colisão nas Manobras de Marcha à Ré

A marcha à ré é uma manobra que deve ser evitada, pois o campo de


visão do condutor é limitado.
Não é possível ver objetos de pequeno porte que estiverem atrás do
veículo.
É proibido andar por longos trechos em marcha à ré. Ela deve ser usada
apenas para pequenas manobras.

Saiba como evitar colisão nas manobras de marcha à ré:


 Não realize a manobra em esquinas;
 Evite sair de garagens e estacionamentos de marcha à ré;
 Realize a manobra em velocidade reduzida;
 Vire a cabeça para os dois lados durante a manobra;
 Verifique se existem crianças nas proximidades do veículo;
 Veículos de grande porte só devem executar a manobra com
auxílio de alguém.

7.12 Colisão com Veículos Pesados


Veículos de grande porte, como caminhões e ônibus, têm campo de visão
e capacidade de realizar manobras mais limitados.
Em geral, acidentes envolvendo veículos pesados e veículos de pequeno
porte acontecem por causa da impaciência do condutor em aguardar o momento
certo para a ultrapassagem.

Saiba como evitar colisão com veículos pesados:


 Sempre respeite as distâncias de segurança;
 Em pista molhada e na chuva, é recomendado aumentar a
distância de seguimento para quatro segundos;
 Seja paciente e aguarde a oportunidade ideal para a
ultrapassagem;
 Mantenha seu veículo no campo de visão do motorista do veículo
de grande porte.

7.13 Colisão com Motocicletas

Condutores de motocicletas são mais expostos aos danos causados por


acidentes.
Principalmente nas cidades, as motos dividem o trânsito com os demais
veículos. Ao mesmo tempo em que devem ter seu espaço respeitado, esses
veículos, pelas suas características, exigem muita atenção dos demais
condutores.
Muitas vezes, as motocicletas se utilizam de manobras arriscadas,
trafegando em meio aos ônibus, caminhões e carros, sem maiores cuidados com
a segurança. Assim, sempre que vir uma moto, em sentido contrário ou no
mesmo sentido, redobre a atenção.
Lembre-se de que os veículos de maior porte são responsáveis pela
segurança dos menores.

Saiba como evitar colisão com motocicletas:


 Aumente a distância de seguimento;
 Não dispute espaço com o motociclista, dando-lhe a preferência de
passagem;
 Cheque constantemente os retrovisores: ao estacionar ou parar o
veículo, cuidado ao abrir as portas;
 Antes de trocar de faixa, olhe com muita atenção, movimentando a
cabeça para compensar os pontos cegos.

7.14 Colisão com Ciclistas

Deve ser aplicada a regra da responsabilidade hierárquica, ou seja, os


veículos motorizados são responsáveis pela segurança dos não motorizados.
Olhe antes de abrir as portas do veículo, quando estiver estacionado ou
parado. Este é um veículo silencioso. Ao realizar uma curva, principalmente à
direita, assegure-se de que não venha alguma bicicleta.

Saiba como evitar colisão com ciclistas:


 Respeite a distância lateral de segurança (1,5 m);
 Mantenha o ciclista sempre em seu campo de visão, evitando ou
compensando os pontos cegos.

7.15 Colisão com Pedestres

A colisão com pedestre é chamada de atropelamento.


Como determina o CTB, o pedestre tem preferência no trânsito e todos os
veículos são responsáveis pela sua segurança.
As crianças, idosos, portadores de deficiência físicas e necessidades
especiais têm prioridade e merecem atenção redobrada.
A regra para o condutor é ser cuidadoso com o pedestre e dar-lhe sempre
o direito de passagem, principalmente nos locais adequados (faixas, área de
cruzamento, área escolar).

Saiba como evitar colisão com pedestres:


 Respeite os limites de velocidade;
 Obedeça aos sinais luminosos, principalmente não avance os
sinais vermelhos;
 Pare ou reduza a velocidade antes das faixas de pedestres;
 Reduza a velocidade em locais com muito movimento de
pedestres, mesmo que a pista esteja livre. Mais atenção ainda ao
passar por locais próximos a escolas, hospitais, praças, shopping
centers, estacionamento e áreas residenciais;
 Tenha atenção especial nas paradas de ônibus, pois o pedestre
pode tentar atravessar a via pela frente deste, repentinamente;
 Fique alerta ao pedestre, porque ele pode aparecer subitamente.
Tenha atenção especial para com idosos, deficientes físicos. Fique
atento a crianças, que podem correr atrás de bolas, pipas ou
animais de estimação;
 Redobre o cuidado e manobre devagar caso precise dar marcha à
ré em garagens ou em locais com crianças, tais como praças,
escolas, áreas residenciais;
 Não estacione em calçadas nem obstrua a passagem dos
pedestres.

Saiba como o pedestre deve evitar atropelamento:


 Antes de atravessar a rua, olhe para os dois lados, mesmo quando
a rua for mão única;
 Só atravesse quando tiver certeza de que há tempo para chegar do
outro lado da via;
 Ande apenas na calçada, e onde não houver, caminhe no sentido
contrário dos carros;
 Para sua segurança, respeite as placas de sinalização;
 A travessia deve ser feita em fila única;
 Nos locais onde houver faixa de pedestre, procure fazer a travessia
nesse local;
 Evite atravessar a via no sinal amarelo ou enquanto os carros não
pararam totalmente.
7.16 Colisão com Animais

Atropelamentos de animais ocorrem principalmente nas rodovias, nas


proximidades de áreas rurais.
Dependendo do tamanho do animal, as consequências podem ser graves
e até fatais (tanto para quem está no veículo quanto para o próprio animal).

Saiba como evitar colisão com animais:


 Fique atento à sinalização da rodovia e redobre a atenção quando
houver indicação de animais na pista;
 Não buzine e nem ligue o farol alto;
 Se possível, passe por trás do animal.
8. RESPEITO AO MEIO AMBIENTE

8.1 Introdução

O meio ambiente é um conjunto de todos os fatores que afetam


diretamente o metabolismo ou o comportamento dos seres vivos, ou seja, é tudo
o que está à nossa volta. Abrangendo o ar, água dos rios, mares, lagos, chuva,
solo e subsolo, montanhas, vales, campos, florestas, cidades, edifícios, pontes,
estradas, objetos, micro-organismos, todos os vegetais, todos os animais e o
homem.
O ambiente é o conjunto dos elementos físicos, químicos e biológicos
necessários à sobrevivência das espécies.

8.2 Veículo: o Agente Poluidor

A poluição do ar nas cidades é a mais grave ameaça à qualidade de vida


da população, sendo que os veículos são os principais causadores dessa
poluição.
A poluição agride primeiramente o ar, a água e o solo, contaminando
depois todas as formas de vida.
As principais formas de poluição são:
 Poluição do ar: a queima incompleta de combustíveis é a sua
principal causa. Entre os principais poluidores do meio ambiente
destacam-se as fábricas, as usinas e os veículos. Os veículos
emitem muitos gases poluentes, como monóxido de carbono,
chumbo, nitrogênio. Quando está muito poluído com esses gases,
o ar pode causar ardência nos olhos, náuseas e dificuldade de
respirar.
 Poluição da água e solo: os veículos contribuem para esse tipo
de poluição por meio de sua lavagem e da troca de óleo e
lubrificantes;
 Poluição sonora: os sons indesejáveis emitidos pelos veículos
também são responsáveis pela redução da qualidade de vida das
cidades. Mantenha o motor regulado e o escapamento em bom
estado. Procure usar a buzina o mínimo possível.

8.3 Cuidados com o seu Veículo

Preservar o meio ambiente é um dever de todos!


Alguns procedimentos contribuem para a redução da poluição:

 Mantenha-o em perfeitas condições de funcionamento;


 Regule e faça a manutenção periódica do seu motor;
 Calibre periodicamente os pneus;
 Não carregue excesso de peso;
 Troque de marcha na rotação correta do motor;
 Evite redução constante de marcha, acelerações bruscas e freadas
excessivas;
 Desligue o motor numa parada prolongada;
 Não acelere quando o veículo estiver em ponto morto ou parado no
trânsito;
 Mantenha o escapamento e o silencioso em boas condições;
 Faça manutenção periódica do equipamento destinado a reduzir
poluentes – catalizador (nos veículos em que é previsto).

8.4 Cuidando do Meio Ambiente

A sujeira jogada na via pública ou nas margens das rodovias estimula a


proliferação de insetos e de roedores, o que favorece a transmissão de doenças
contagiosas.
Outros materiais jogados no meio ambiente, como latas e garrafas
plásticas levam muito tempo para serem absorvidos pela natureza.
Jogar sujeira nas vias gera multas!

SEJA PRUDENTE, RESPEITE O MEIO AMBIENTE!

 Mantenha sempre os sacos de lixo dentro do veículo. Não jogue


lixo na via, nos terrenos baldios ou na vegetação à margem da
rodovia;
 Entulhos devem ser transportados para locais próprios. Não jogue
entulho nas vias e suas margens;
 Em caso de acidentes com transporte de produtos perigosos
(químicos, inflamáveis, tóxicos), procure isolar a área e impedir que
eles atinjam rios, mananciais e a flora;
 Faça manutenção, conservação e limpeza do veículo em local
apropriado. Não derrame óleo ou descarte materiais na via e
espaços públicos;
 Ao observar situações que agridam a natureza, sujem os espaços
públicos ou que também possam causar riscos para o trânsito,
solicite colabores para sua remoção ou limpeza.
 O espaço público é de todos, faça a sua parte mantendo-o limpo e
conservado.
9. CONVÍVIO SOCIAL

9.1 Introdução

O convívio social no trânsito depende do relacionamento entre as


pessoas.
O trânsito é o resultado de aglomerações de pessoas, tendo surgido o
veículo justamente para facilitar o deslocamento, a comunicação e a interação
entre os indivíduos e os grupos. Como eficiente meio de transporte, o veículo
facilita o intercâmbio comercial e cultural entre os povos, propiciando um
relacionamento mais intenso e contínuo, mesmo a distâncias maiores.

9.2 Princípios no Trânsito

Para que o trânsito seja e flua de forma segura são necessários quatro
princípios:
 Dignidade humana: principio universal do qual deveriam os Direitos
Humanos e os valores e atitudes fundamentais para o convívio
social.
 Igualdade de direitos: possibilidade de exercer a cidadania
plenamente através da equidade, isto é, a necessidade de
considerar as diferenças das pessoas para garantir a igualdade,
fundamentando a solidariedade;
 Participação da sociedade: princípio que fundamenta a mobilização
das pessoas para organizar-se em torno dos problemas de trânsito
e suas consequências para a sociedade;
 Corresponsabilidade pela vida social: valorização de
comportamentos necessários à segurança no trânsito e a
efetivação do direito de mobilidade a todos os cidadãos. Tanto o
governo quanto a população têm sua parcela de contribuição para
um trânsito melhor e mais seguro.
O RESPEITO À PESSOA HUMANA E A CONVIVÊNCIA SOLIDÁRIA
TORNAM O TRÂNSITO MAIS SEGURO.

9.3 Fatores que influenciam as relações no trânsito

Não se esqueça de que no trânsito você não está sozinho, e as leis foram
feitas não apenas para os outros, mas para você também.
É importante salientar que grande parte dos problemas de relacionamento
humano no trânsito ocorre em razão de uma série de fatores. Como por exemplo:
 Supervalorização da máquina: quanto melhor o veículo, mais direitos e
menos deveres o motorista julga ter;
 Inversão de valores: o veículo é usado como instrumento de força, de
vaidade e de competição;
 Falta de controle emocional do indivíduo: julgar que só os próprios
problemas ou vontades contam e devem ser respeitados;
 Egoísmo: falta de pensar em conjunto; levar em conta só a si mesmo, os
outros não existem;
 Descaso a normas e regulamentos: julgar que a legislação de trânsito foi
feita para os outros, não para si mesmo;
 Falta de planejamento em relação ao horário e ao percurso: tentar
recuperar o “tempo perdido”, apressando ou perturbando os outros
motoristas;
 Crença na imunidade: achar que coisas ruins não acontecem consigo
mesmo;
 Desconhecimento das leis: o desconhecimento das leis de trânsito, da
sinalização e/ou de seu veículo impedirá que o indivíduo dirija
corretamente;
 Desrespeito aos direitos alheios: sempre que você cometer uma infração
de trânsito estará ferindo direitos alheios.
10. MOTORISTAS: FUNÇÕES E
RESPONSABILIDADES

10.1 Introdução

Basicamente, os motoristas profissionais são responsáveis por conduzir


cargas ou passageiros até determinado destino.
Para isso, eles devem estar habilitados na categoria em que o veículo é
classificado e ter conhecimento de rotas para que o transporte seja feito da
maneira mais rápida e eficiente.
Em alguns casos, esses trabalhadores são responsáveis também por
outros serviços, como manutenção e preparação dos seus carros ou caminhões.

10.2 Transporte de Carga

Hoje o setor de transporte de cargas no Brasil é um dos que mais


empregam motoristas profissionais. Eles trabalham na condução de caminhões
e outros veículos e são responsáveis por levar diversos tipos de mercadoria por
todo o país, como alimentos, medicamentos, eletrônicos, eletrodomésticos e
diferentes matérias-primas para as indústrias.
No Brasil, o transporte rodoviário de cargas é realizado de três formas:
 Empresas profissionais, onde a principal atividades é o transporte
remunerado à base de frete;
 Empresas de carga própria, não têm como foco a carga de
mercado, mas a movimentação de seus produtos;
 Transportes autônomos, chamados de caminhoneiros, contratados
diretamente ou subcontratados por empresas transportadoras.
Os principais tipos de cargas que são transportadas:

 Carga Seca: são produtos não perecíveis, ou seja, não precisam


de horário ou condições climáticas para o transporte. Alguns
exemplos: materiais de construção; equipamentos; madeiras;
ferragens; produtos de limpeza; mobiliários e outros;
 Carga Frigorifica: o transporte de carga frigorifica necessita de
cuidados especiais, incluindo o cumprimento de normas e
exigências específicas. As cargas frigoríficas são compostas por
alimentos que necessitam de acondicionamento especifico para
não sofrer deterioração;
 Cargas Graneleiras: são cargas sólidas, líquidas ou gases, que
não necessitam de uma embalagem específica, porém são
transportadas individualmente para que não se misturem ou
percam as características, como é o caso de grãos e óleo;
 Cargas Vivas: onde são transportados animais vivos, estas
precisam de tratamentos especiais nos cuidados com os animais,
evitando qualquer sofrimento, devendo haver um espaço adequado
para que possam ficar na posição natural;
 Carga Veicular: esse tipo de serviço é realizado com caminhões
guinchos ou cegonhas, por serem veículos grandes, deve-se ter
muito cuidado durante a manobra;
 Carga Perigosa: é o transporte de qualquer produto que apresente
risco às pessoas, instalações e meio ambiente, como por exemplo,
inflamáveis, explosivas, oxidantes, venenosas, infecciosas,
poluentes, radioativas ou corrosivas. Para o transporte desse tipo
de cargas o motorista deve receber um treinamento especial.
10.2.1 Direção Defensiva para Caminhoneiros

A direção defensiva previne acidentes e contribui com a segurança e a


saúde dos trabalhadores sobre rodas.
 Faça ultrapassagens de forma segura;
 Respeite a sinalização e os limites de peso do seu veículo;
 Mantenha a manutenção do caminhão em dia;
 Evite dirigir à noite e se for necessário, evite farol alto;
 Tenha atenção redobrada em trechos urbanos;
 Saiba dimensionar o tamanho do caminhão;
 Dirija dentro do limite de velocidade da via;
 Mantenha uma distância segura entre os veículos;
 Tenha cuidados nas curvas;
 Tenha cuidados durante chuva ou neblina;
 Respeite seus limites;
 Cuide do seu corpo e mente.

10.3 Motociclista Profissional

Os motociclistas são profissionais que coletam e entregam documentos,


valores, mercadorias, alimentos e encomendas, além de realizar também
serviços de pagamentos e cobrança.
A direção de motocicletas é muito perigosa ao condutor, devido à sua
exposição a riscos, por isso, fique atento; olhe adiante; veja o caminho completo;
fique alerta; mantenha sempre seus olhos em movimento; mantenha o farol da
motocicleta sempre aceso; mantenha-se em uma posição visível; e em uma
distância de segurança.
Sempre utilize uma faixa da via por completo, ou seja, conduza no meio
da faixa, ocupando o lugar de um veículo de quatro rodas, e mantendo sempre
o distanciamento de seguimento mínimo.
10.3.1 Dispositivos de Segurança

Os motociclistas profissionais devem fazer uso de equipamentos de


proteção como:
 Dispositivo para proteção de pernas e motor em caso de
tombamento de veículo;
 Dispositivo parador de linha, fixado no guidom do veículo;
 Capacete é um equipamento de proteção da cabeça e também
deve contribuir para a sinalização do usuário durante o dia como à
noite, em todas as direções, por meio de elementos
retrorrefletivos;
 Luvas são equipamentos de proteção das mãos, devem ser
selecionadas as que menos interferem na sensibilidade dos dedos
e das mãos;
 Calçados devem ser as botas de pelo menos “meio cano”, com
protetores de canela e de “peito de pé”. O ideal é utilizar botas de
cano alto para proteção dos tornozelos, diminuindo as lesões
nessa parte do corpo em caso de acidente. As botas não devem
ter cadarços e, se possível, que tenham salto para que se ajustem
às pedaleiras;
 Vestimenta é um equipamento de proteção utilizado para proteger
o motorista de chuva, sol, frio e outras intempéries, deve-se dar
preferência ao uso de jaquetas nas cores claras para facilitar sua
visibilidade;
 Colete é de uso obrigatório e deve contribuir para a sinalização do
usuário tanto de dia quanto à noite, em todas as direções, por meio
de elementos retrorrefletivos e fluorescentes combinados.
10.3.2 Postura Corporal sobre Duas Rodas

 A cabeça deve estar sempre levemente levantada e os olhos não devem


permanecer fixos em um único ponto. Não incline a cabeça junto com o
corpo ao fazer as curvas;
 Os ombros devem estar sempre relaxados;
 O quadril se posiciona o mais próximo possível do tanque de
combustível de forma que as pernas fiquem em posição que permita
virar o guidão sem esforço dos ombros;
 A coluna deve ser mantida ereta para evitar a fadiga e problemas com a
coluna vertebral;
 Braços relaxados com os cotovelos levemente para dentro e dobrados,
funcionando como molas para ajustar a distância do tronco ao guidão.

10.3.3 Transporte de Carga

As motocicletas e motonetas destinadas ao transporte remunerado de


mercadorias - motofrete - somente poderão circular nas vias com autorização
emitida pelo órgão regulamentador de trânsito.
Veja na imagem abaixo algumas exigências para realizar o transporte de
carga:
“É proibido o transporte de combustíveis, produtos inflamáveis ou tóxicos e de
galões em motos, com exceção do gás de cozinha e de galões contendo água
mineral, desde que com o auxílio de sidecar, nos termos da regulamentação do
Contran.

10.4 Transporte de Pessoas

O transporte de pessoas pode ser individual ou coletivo.


O condutor de veículo de transporte de passageiros deve manter o veículo
em condições adequadas para transportá-los; deverá executar as manobras com
cuidado, obedecendo a sinalização; sempre estar na velocidade adequada à via;
ser cuidadoso em cruzamentos e semáforos; estar atendo ao embarque e
desembarque de passageiros.
10.4.1 Atendimento ao Cliente

Existem alguns fatores que interferem no sucesso do atendimento ao


cliente:
 Apresentação pessoal: a sua apresentação é a primeira
impressão na relação interpessoal;
 Higiene do ambiente: oferecer um ambiente limpo e agradável
pode facilitar o atendimento, além de evitar estresse e desconforto;
 Preparação do atendimento: esteja sempre preparado para
passar informações ao cliente.

Fique atento:
 Sorria e mantenha o bom humor! Uma atitude positiva facilita a
comunicação;
 Coloque-se no lugar do cliente. Assim você poderá compreendê-lo
melhor;
 Diga “POR FAVOR” e “OBRIGADO” ao pedir informações;
 Use o nome do cliente ou da pessoa, tratando-o por senhor ou senhora;
 Mostre interesse pelas necessidades do cliente;
 Explique suas razões quando tiver que dizer NÃO a um pedido;
 Diga ao cliente quais são as opções dele.

10.4.2 Gerenciamento de Conflitos Junto aos Clientes

Os conflitos que por ventura venham a ocorrer com clientes no dia a dia
exigem esforços e atenção redobrados dos profissionais envolvidos no sentido
de sanar ou reparar a insatisfação existente.
 Trate o cliente com respeito, ouça com atenção e educação a
reclamação, o importante é resolver o problema da melhor forma
possível na visão do cliente;
 Não prometa o que não pode cumprir;
 Jamais discuta com o cliente;
 Sempre retorne a solicitação do cliente.

10.4.3 Aspecto do Comportamento e de Segurança no Transporte de


Passageiros

O motorista deve comportar-se de forma educada, tratando ainda os


diferentes usuários desse transporte com cortesia e mantendo sempre uma
atitude segura e precisa na condução do veículo.
Algumas situações que você pode encontrar dentro de um veículo:
 Discussões entre usuários, condutor ou cobrador;
 Pessoas alcoolizadas perturbando a ordem dentro do coletivo;
 Assalto dentro do coletivo;
 Acidentes ou problemas com passageiros dentro do coletivo.
Quando enfrentar quaisquer desses problemas, mantenha a calma e
deixe os passageiros calmos também, nunca reaja.
Seja responsável, esteja sempre atento durante o embarque e
desembarque dos passageiros.
11. PRIMEIROS SOCORROS

11.1 Introdução

Muitas vezes as pessoas sofrem acidentes de trânsito diante de nós e não


sabemos o que fazer. Acidentes acontecem a qualquer momento e nem sempre
em locais próximos a um hospital ou pronto-socorro.
Aconselha-se a qualquer pessoa, antes de tudo, sinalizar o local do
acidente e acionar os serviços de emergência. No entanto, há momentos em que
a vítima pode correr mais riscos ainda se não for socorrida na hora por meio de
técnicas simples.
Sendo assim, o simples fato de conhecer noções básicas de primeiros
socorros pode salvar muitas vidas.

11.2 Conceitos Básicos

Conhecer os conceitos básicos ajuda a compreender melhor a situação e


a tomar as melhores decisões diante de um acidente de trânsito com vítima.

Deixar de prestar socorro significa não dar nenhuma assistência à


vítima. A pessoa que chama por socorro especializado, por exemplo, já está
prestando e providenciando socorro. Vale lembrar que devemos prestar socorro
sempre que a vítima não esteja em condições de cuidar de si própria.

Primeiro socorro é o tipo de atendimento, temporário e imediato, que é


prestado à vítima de acidentes, antes da chegada do socorro médico. Esse tipo
de socorro pode proteger a pessoa contra maiores danos, evitando o chamado
segundo trauma, isto é, não propiciando outras lesões ou agravando as já
existentes. Seu objetivo é resguardar a vítima, ou seja, a manutenção do suporte
básico da vida. É importante chamar atenção para o fato de que a presença de
um médico é sempre indispensável.

Socorrista é como chamamos o profissional em atendimento de


emergência. Devemos, sempre que possível, preferir que o atendimento seja
feito por um socorrista, pois ele conta com formação e equipamentos especiais,
o que permite que preste um atendimento especializado.

Fique Atento:
Tenha sempre em mente que você não é um profissional
especializado em primeiros socorros, mas que sua ação será importante
para salvar vidas, desde que observe alguns cuidados durante o socorro
às vítimas.

11.3 Sequência das Ações de Socorros

Cada acidente é diferente do outro, neste sentido, há uma sequência de


ações que devem ser tomadas independentemente do tipo de acidente com o
qual você se deparar. São elas:
1. Mantenha a calma;
2. Garanta a segurança (boa sinalização do acidente);
3. Peça socorro especializado;
4. Controle a situação;
5. Verifique a situação das vítimas;
6. Realize algumas ações com as vítimas.

11.3.1 Mantenha a Calma

Manter a calma é a primeira atitude que você deve tomar no caso de um


acidente.
Pare e pense; respire fundo; avalie a gravidade geral do acidente; conforte
os ocupantes do veículo; e mantenha a calma.
11.3.2 Garanta a Segurança de Todos

As diversas ações num acidente de trânsito podem ser feitas por mais de
uma pessoa, ao mesmo tempo. Assim, ganha-se tempo para o atendimento,
fazer a sinalização e garantir a segurança local.
Os acidentes acontecem nas vias públicas urbanas e rurais em geral
(ruas, avenidas, vielas, caminhos, estradas, rodovias etc.), impedindo ou
dificultando a passagem normal dos outros veículos. Por isso, esteja certo de
que situações de perigo vão ocorrer (novos acidentes ou atropelamentos) se
você demorar muito ou não sinalizar o local de forma adequada.
O primeiro procedimento que você deve realizar ao se deparar com um
acidente de trânsito é providenciar imediatamente a sinalização do local.
Para fazer isso com sucesso são necessários os seguintes cuidados:
 Reduza a velocidade e pare seu veículo no acostamento antes ou depois
do acidente (em local seguro), a uma distância suficiente para não
provocar um acidente secundário;
 Em seguida, salte de seu veículo, deixando-o com o pisca-alerta ligado;
 Inicie a sinalização em um ponto seguro antes do acidente;
 Use o triângulo de segurança para sinalizar o acidente, colocando-o a
uma distância segura do local do acidente. Alternativamente, pode ser
improvisada uma sinalização com galhos de vegetação ao lado da via,
sempre observando a distância do local do acidente.

Via Velocidade Distância para início da Distância para início da


Máxima Permitida sinalização (pista sinalização (sob chuva,
(km/hora) seca) neblina, fumaça, à noite)
Locais 40 40 passos longos 80 passos longos
Avenidas 60 60 passos longos 120 passos longos
Vias de 80 80 passos longos 160 passos longos
fluxo
rápido
Rodovias 100 100 passos longos 200 passos longos

Cada passo deve ter aproximadamente 1 metro de comprimento.


 Demarque o desvio do tráfego até o acidente;
 Mantenha o tráfego fluindo com as vias livres;
 Solicite às pessoas que fiquem ao longo do trecho sinalizado para
melhorar a fluidez do tráfego;
 Cuide para que os curiosos não parem na via destinada ao tráfego.

Fique Atento!
Acima de tudo, lembre-se que você não é um socorrista profissional
nem um agente de trânsito. Daí a necessidade de solicitar socorro
especializado imediatamente.

11.3.3 Acionamento de Serviços Especializados

Em grande parte do Brasil podemos contar com serviços de atendimento


às emergências. O resgate, ligado ao Corpo de Bombeiros, os SAMUs, os
atendimentos das próprias rodovias ou outros tipos de socorro, recebem
chamados por telefone, fazem uma triagem prévia e enviam equipes treinadas,
em ambulâncias equipadas, para o atendimento. Após uma primeira avaliação,
os feridos são atendidos emergencialmente para, em seguida, serem
transferidos aos hospitais.
Os atendimentos de emergência são serviços gratuitos, com números de
telefone padronizados em todo o Brasil. Use um celular, os telefones dos
acostamentos das rodovias, os telefones públicos ou peça para alguém que
esteja passando para telefonar. Os telefones de emergência mais comuns são:
 190 – Polícia Militar;
 191 – Polícia Rodoviária Federal (para acidentes em estradas e
rodovias);
 192 – SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência);
 193 – Resgate do Corpo de Bombeiros;
 198 - Polícia Rodoviária Estadual.

É importante lembrar que onde houver tal atendimento, o SAMU é


o mais indicado para assistir a maioria das vítimas de acidente de trânsito.
Já o Corpo de Bombeiros deverá ser acionado quando outras
circunstâncias se apresentarem, por exemplo, acidentes com alguma
vítima presa na ferragem ou com riscos de incêndio.

11.3.4 Ações com as Vítimas

Primeiramente, faça contato com a vítima. Fale calmamente, informe o


que aconteceu, ouça suas queixas e permaneça próximo. Mantenha a calma, a
vítima precisa sentir-se amparada por alguém que lhe transmita segurança e
confiança. Informe aos acidentados que o auxílio já está a caminho.
Quando se aproximar da cena do acidente, tenha certeza de que está
protegido (evite ser atropelado, por exemplo), pois é necessário que você ajude
os outros e não seja mais uma vítima. Não solte o cinto de segurança, A NÃO
SER que esteja dificultando a respiração da vítima. Nesse caso, tome cuidado
para não a movimentar.
Faça perguntas simples e diretas visando identificar se a vítima está
consciente.
Caso haja mais pessoas no local, tente identificar a presença de alguém
que tenha experiência com primeiros socorros.
Cubra a vítima com uma vestimenta disponível para protegê-la do sol,
chuva ou frio e aguarde a chegada do socorro, pois a movimentação da vítima
ou a identificação de um problema mais grave exige treinamento prático em
primeiros socorros.

ATENÇÃO
Por outro lado, alguém que não é especialista em primeiros socorros
precisa obrigatoriamente saber o que não se pode fazer com uma vítima de
acidentes. Essas ações proibidas estão relacionadas a seguir:
 NÃO movimente a vítima;
 NÃO faça torniquetes para estancar hemorragias;
 NÃO retire o capacete de um motociclista;
 NÃO dê líquidos nem alimentos para a vítima.

Os primeiros socorros são procedimentos imediatos e temporários,


prestados a alguém em caso de acidente ou de mal súbito, com a finalidade de
manter as funções vitais da vítima e evitar o agravamento da situação, até a
chegada de socorro médico.
12. REFERÊNCIAS

ANDRADE, Senador Clésio. Manual para Primeira Habilitação de


Condutores. Brasília, 2012.
BRASIL. Constituição (1997). Lei nº 9503, de 23 de setembro de 1997. Código
de Trânsito Brasileiro. Brasília, 23 set. 1997.
BANDEIRANTES Expresso. Cartilha de Boas Práticas e Conduta do
Motorista: Manual de Boas Condutas. Contagem, 2020. 24 p.
DENATRAN. Direção Defensiva - Trânsito seguro é um direito de todos.
Fundação Carlos Chagas, 2005.
DEPARTAMENTO NACIONAL DE TRÂNSITO. Código de Trânsito
Brasileiro. Brasília: DENATRAN, 2002.
KALLEDER, Claudio. DIREÇÃO DEFENSIVA: conceitos e aplicação prática.
São Paulo: Edição do Autor, 2019.
PARÁ, Governo do Estado do. DIREÇÃO DEFENSIVA: abordagens do CTB.
Pará: DAF/CRH/Gerência de Seleção e Treinamento e Desenvolvimento, 2020.
PORTIOLI, July. CARTILHA: regulamentação da profissão de motorista.
Brasília: Edição do Autor, 2020.
RIO DE JANEIRO. Detran, Secretaria da Casa Civil (ed.). Curso para
Condutores de Mototaxi e Motofrete. Rio de Janeiro, 2020.
RIO DE JANEIRO. Detran, Secretaria da Casa Civil (ed.). Curso para
Condutores de Transporte Coletivo de Passageiros. Rio de Janeiro, 2020.
SEST SENAT. Direção Defensiva e Primeiros Socorros – Curso de
atualização para Renovação da CNH. São Gonçalo: SEST SENAT, 2007.

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