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SECAGEM DE LEITO DE MINÉRIO DE FERRO COM ESCOAMENTO EXTERNO EM

CONDIÇÕES CONTROLADAS

SILVA, A.J.C1, FONTANA, A.R.L.2, WANZELER, H.C.3, LOUZADA, R.L.R.4, SANTOS JÚNIOR,
R.M.5, AMARNTE MESQUITA, A.L6

1
Universidade Federal do Pará (UFPA), Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Infraestrutura
e Desenvolvimento Energético, e-mail: arturjose@ufpa.br
2
Universidade Federal do Pará (UFPA), Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Infraestrutura
e Desenvolvimento Energético, e-mail: arthur.fontana@tucurui.ufpa.br
3
Universidade Federal do Pará (UFPA), Faculdade de Engenharia Mecânica, e-mail:
hemerson.wanzeler@tucurui.ufpa.br
4
Universidade Federal do Pará (UFPA), Faculdade de Engenharia Mecânica, e-mail:
ryan.louzada@tucurui.ufpa.br
5
Complexo portuário de Tubarão, Av. Dante Michelini, 5500 – Jardim Camburi, Vitória – ES 29090-
860, e-mail: ronaldo.menezes@vale.com
6
Universidade Federal do Pará (UFPA), Núcleo de Desenvolvimento Amazônico em Engenharia
(NDAE), Laboratório de Fluidodinâmica e Particulados, e-mail: andream@ufpa.br

RESUMO
A emissão de poeira devido ao transporte e manuseio de minério de ferro é um problema
ambiental em destaque atualmente. Essa emissão depende da umidade do minério, devido às
forças de adesão capilares. O processo de secagem do minério de ferro ainda é pouco
estudado no país. Visando estudar este processo de secagem em leito leto fixo sujeito ao
escoamento de ar externo, desenvolveu-se um túnel de secagem para replicar três diferentes
condições reais de secagem (1,5m/s e 23°C; 3,0m/s e 26°C; 4,5m/s e 29°C) ao qual minério de
ferro sínter feed umidificado em 8% está exposto. Os resultados mostraram tempo de
secagem máximo de 90h e mínimo de 30h. As máximas e mínimas taxas de secagem obtidas
foram de 2,6𝑔/𝑚2 ℎ e 0,3𝑔/𝑚2 . ℎ.
PALAVRAS-CHAVE: secagem, sínter feed, túnel de secagem.

ABSTRACT
Dust generation due to the transport and handling of iron ore is a prominent environmental
problem today. This emission depends on the ore moisture content due to capillary adhesion
forces. The iron ore drying process is not well studied in Brazil. In order to study this drying
process in a fixed bed subject to external air flow, a climate bench was used to replicate three
different real drying conditions (1.5m/s and 23°C; 3.0m/s and 26°C; 4.5m/s and 29°C) at which
8% moisture sinter feed iron ore is exposed. The results showed a maximum drying time of
90h and a minimum of 30h. The maximum and minimum drying rates obtained were
2.6𝑔/𝑚2 . ℎ and 0.3𝑔/𝑚2 . ℎ.
KEYWORDS: drying, sinter feed, dryer tunnel.
SILVA, A.J.C.; FONTANA, A.R.L..; WANZELER, H.C., LOUZADA, R.L.R., SANTOS JÚNIOR, R.M. MESQUITA, A.L.A,

1. INTRODUÇÃO

A secagem dos granéis úmidos submetidos a condições atmosféricas ocorre através dos
mecanismos de difusão no leito a granel, evaporação da umidade superficial e pelo transporte
do vapor pelo escoamento do ar externo. Os mecanismos da remoção da umidade iniciam por
um período a taxa constante, seguido por um período de redução da taxa de secagem. Teng
et al. (2018) dividem a evolução da secagem em dois períodos distintos: o primeiro período à
uma taxa constante e um segundo período à taxa decrescente de evaporação de água contida
no material particulado, tal qual mostrado na Fig. 1.

Figura 1: Taxa de secagem de sólidos a granel (Teng et al.,2018).

A dinâmica da secagem de materiais granulares tem sido estudada principalmente em


túneis de vento, pois estes podem simular condições atmosféricas reais em ambientes
controlados. Mohan e Talukdar (2014) utilizaram um túnel de vento equipado com
resistências elétricas para avaliar a secagem de batatas. O equipamento é formado por um
túnel de vento de seção aberta equipado com resistências elétricas entre o difusor e a
contração. A massa de batata, posicionada na seção de testes sobre uma balança, foi
submetido a temperaturas de 40, 50, 60 e 70°C, a 2m/s. Os resultados mostraram que a
secagem é caracterizada basicamente por dois períodos de secagem, um constante e outro
decrescente. A umidade final, ou umidade de equilíbrio foi maior para a menor temperatura.
O resultado se repetiu para as demais configurações, mostrando que a taxa de evaporação
aumenta com a temperatura devido a intensificação do mecanismo de evaporação.
Sousa Pinto et al. (2015) utilizaram uma bancada de secagem para avaliação dos
mecanismos de secagem de sinter feed de minério de ferro em função das condições
ambientais e da espessura do material. O equipamento utilizado é construído em acrílico e
composta por um ar-condicionado e aquecedor, permitindo ajuste de temperatura e umidade
relativa. O estudo permitiu identificar os mecanismos de água livre, capilaridade e difusão
identificados pela descontinuidade das curvas de secagem obtidas.
Borba (2017) ensaiou o arraste eólico em modelo de vagões de trem, avaliando
diferentes produtos supressores de poeira aplicados sobre a superfície do minério umidificado
em 7%. O modelo foi posicionado em uma seção de testes submetido a condições diversas,
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Armação dos Búzios-RJ, 25 a 28 de Setembro de 2022

tais como chuva, insolação, vibração e vento.


Seguindo linha de pesquisa semelhante, Santos Júnior et al. (2018) utilizaram um túnel
de vento subsônico de seção aberta para avaliação da emissão de particulados em um vagão
metálico na escala de 1:20, preenchido com minério de ferro pellet feed. Os resultados
mostraram que a perda de massa é proporcional à velocidade do vento e inversamente
proporcional para a umidade do material.
Sousa Pinto et al. (2021) levantaram experimentalmente as curvas de secagem de
minérios de ferro pellet feed e sínter feed sob velocidade de 1m/s e temperaturas de 50, 60,
70 e 80°C. As umidades iniciais, em base úmida, foram de 18% para o pellet feed e de 11%
para sínter feed. As curvas experimentais ajustadas que mostram o efeito que da temperatura
observado para o pellet feed é o da redução do tempo de secagem em função da elevação da
temperatura. O sínter feed apresenta curvas de comportamento semelhante, embora o
desvio padrão dos resultados serem maiores. Isto pode ser explicado pela maior presença de
partículas grossas no meio, levando a grandes variações da área exposta a secagem.
Visando estudar o processo de secagem de um leito de minério de ferro fixo,
submetido à um escoamento externo, este estudo tem por objetivo apresentar um novo túnel
de secagem que permite controlar as condições do ar externo. Como aplicação, apresenta-se
um estudo da secagem do minério de ferro sínter feed submetido à diferentes condições
atmosféricas.

2. MATERIAIS E MÉTODOS

2.1 Túnel de secagem

Para elaboração deste estudo utilizou-se um túnel de secagem subsônico, de seção


aberta e equipado com ventilador e resistências elétricas, desenvolvido e projetado por Silva
(2021). O equipamento dispõe de trocador de calor, resistências de aquecimento e
umidificador que são supervisionados e controlador por um controlador lógico programável,
sensores e atuadores de modo que forneça condições ambientais controladas na seção de
testes. A Fig. 1 apresenta um esquema simplificado do túnel com seus principais componentes
e a Fig. 2 destaca os principais equipamentos do túnel de secagem desenvolvido.

Figura 1. Esquema simplificado do túnel de secagem.

O ventilador é equipado com inversor de frequência ara a ajuste de velocidade de


escoamento. Para controle de temperatura o algoritmo de controle dispõe duas malhas
fechadas que entram em operação a partir de um comparador que inicia o aquecimento,
quando a temperatura de ensaio for maior que a temperatura ambiente, ou inicia a
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refrigeração quando a temperatura de ensaio for menor que a temperatura ambiente ou


quando a umidade relativa for menor que a ambiente. De maneira semelhante, utiliza-se uma
malha de controle fechada para a umidificação. A Fig. 3 apresenta o fluxograma a lógica de
controle da temperatura.

Figura 2. Túnel de secagem desenvolvido

Figura 3. Lógica de controle da temperatura e umidade relativa.

A bancada dispõe de uma seção de testes de 0,2𝑚𝑥0,3𝑚𝑥0,75𝑚 onde se localizam


sensores de temperatura e umidade relativa do ar. Na base da seção estão localizados uma
balança sobre a qual é posicionado um sensor de umidade do minério, umidade capacitivo
desenvolvido por Santos (2020). A balança pode também medir a umidade no caso de não se
ter emissão de poeira do leito. A Fig. 4 mostra o aparato empregado.
O procedimento de ensaio consiste em umidificar o minério de ferro sínter feed em
8%, utilizando-se um misturador industrial. Em seguida retira-se e registra-se a massa de uma
amostra do minério úmido que é imediatamente encaminhada para uma estufa, para
posterior verificação de umidade inicial. O material é utilizado para preencher um reservatório
equipado com o sensor de umidade e posicionado sobre a balança. Inicia-se então ensaios
com as condições desejadas.
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Figura 4. Seção de ensaio.

As seguintes condições foram utilizadas avaliar a velocidade e a temperatura na


dinâmica de secagem.: 1,5m/s 23°C; 1,5m/s 26°C; 1,5m/s 29°C; 3,0m/s 23°C; 3,0m/s 26°C;
3,0m/s 29°C; 4,5m/s 23°C; 4,5m/s 26°C; 4,5m/s 29°C. O registro de dados de massa e de
umidade são feitos de forma automática a cada uma hora. O ensaio é finalizado quando não
são observadas diferenças entre três leituras consecutivas de umidade e de massa.

3. RESULTADOS E DISCUSSÕES

As curvas experimentais presentes na Fig. 5 e 6 foram ajustadas com o modelo de Page


(1949), apresentado na Eq. (1), que apresentou melhor ajuste comparado aos demais
modelos, conforme apresentado em Ghazanfari et al. (2016).

𝑈𝑡 −𝑈𝑒𝑞 𝑛
= 𝑒𝑥𝑝−𝑘𝑡 . (1)
𝑈0 −𝑈𝑒𝑞

Em que:
𝑈𝑡 : amostra de umidade medida em intervalos regulares;
𝑈𝑒𝑞 : umidade de equilíbrio;
𝑈0 : umidade inicial;
𝑘 𝑒 𝑛: constantes do modelo;
𝑡: tempo, em minutos ou horas.
A Tab. 1 indica os valores do coeficiente de correlação, raiz quadrada do erro médio e
coeficiente qui-quadrado. Observa-se em todas as curvas que o 𝑅2 foi acima de 0,99 na
terceira casa decimal, o RSME foi abaixo de duas casas decimais e o 𝜒 2 apresentou valores
abaixo de três casa decimais, indicando um bom ajuste das curvas experimentais aos modelos.
Fig. 5a, Fig. 5c e Fig. 5d exibem curvas de secagem com ênfase no efeito da
temperatura sobre o tempo de secagem da amostra de minério de ferro. Em todos os gráficos,
observa-se diminuição do tempo de secagem em função do aumento da temperatura
ambiente controlada. Tal efeito se deve a elevação da turbulência e coeficiente de convecção
do ar de secagem que passa sobre a superfície do material. A Fig. 5a a velocidade fixa é de
1,5m/s e para a temperatura de 29°C o tempo de secagem foi de 60h, para 26°C o tempo
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aumentou para 65h e para 23°C o tempo de secagem foi de 90h. De maneira semelhante os
gráficos c e d também indicam maior redução do tempo de secagem entre 23°C e 26°C do que
26°C e 29°C. Este comportamento indica que a temperatura não influencia de maneira linear
o tempo de secagem.

(a) (b)

(c) (d)

(e) (f)

Figura 5. Curvas de umidade.

Fig. 5b, Fig. 5d e Fig. 5f exibem curvas de secagem com ênfase no efeito da velocidade
sobre o tempo de secagem. De maneira análoga ao efeito da temperatura, em todos os
gráficos observou-se maior redução do tempo de secagem entre a mínima e médio velocidade
que a média e a máxima velocidade, indicando que o efeito é direto, porém, não linear.
De acordo com a Fig. 6, a taxa de secagem máxima ocorreu na curva de menor duração,
atingindo valor máximo de 2,6𝑔/𝑚2 . ℎ. Conforme esperado a menor taxa de secagem ocorreu
na secagem mais longa, atingindo valores máximos de apenas 0,3𝑔/𝑚2 . ℎ. Exceto pelas curvas
de 3,0m/s e 29°C e 4,5m/s e 29°C, observou-se um período inicial de taxa crescente de
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secagem, correspondente ao período de aquecimento da superfície até a temperatura com o


ar de secagem, seguido por um segundo período à taxa constante de secagem, seguido por
um período de taxa decrescente até atingir a umidade de equilíbrio, ponto em a condição
ambiental não é mais suficiente para manter o transporte interno de água no minério úmido.
A inexistência do período de taxa crescente nas curvas com maiores taxas de secagem pode
ter ocorrido em intervalo menor que 1h, que não é capturado pelos pontos da curva.

Tabela 1. Dados de ajuste do modelo de Page (1949).


Configuração 𝑹𝟐 𝑹𝑺𝑴𝑬 𝝌𝟐 k n

1,5m/s 23°C 0,9946 0,0052 0,0005 0,01 1,30

1,5m/s 26°C 0,9940 0,0051 0,0006 0,01 1,40


1,5m/s 29°C 0,9899 0,0057 0,0006 0,037 1,10
3,0m/s 23°C 0,9946 0,0041 0,0005 0,014 1,37
3,0m/s 26°C 0,9977 0,0014 0,0002 0,05 1,10
3,0m/s 29°C 0,9936 0,0037 0,0006 0,07 1,10
4,5m/s 23°C 0,9905 0,0086 0,0009 0,039 1,16
4,5m/s 26°C 0,9963 0,0034 0,0005 0,075 1,07
4,5m/s 29°C 0,9912 0,0077 0,0007 0,05 1,20

Figura 6. Taxa de secagem.

4. CONCLUSÕES

O objetivo deste trabalho foi a investigação da dinâmica de secagem do sínter feed


submetido a condições ambientes controladas. A bancada experimental desenvolvida
permitiu a realização de ensaios com três diferentes temperaturas e três diferentes
velocidades do ar de secagem que replicam condições atmosféricas reais. Todas as
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curvas experimentas foram ajustadas com o modelo de Page, em que todas


apresentaram 𝑟 2 acima de 0,99, 𝑅𝑆𝑀𝐸 abaixo de 0,009 e 𝜒 2 abaixo de 0,0007.
Observou-se notadamente que a elevação da temperatura e da velocidade do meio de
secagem potencializam a taxa de secagem do material, reduzindo o tempo com que o
material atinge a umidade de equilíbrio. Como esperado, as maiores taxas de secagem
ocorreram nas condições de maiores temperaturas e velocidades, atingindo valores de
2,6𝑔/𝑚2 . ℎ e mínimos de 0,3𝑔/𝑚2 . ℎ para as condições atmosféricas mais amenas.

5. AGRADECIMENTOS

Os autores agradecem a Vale pelo apoio financeiro dado ao projeto.

6. REFERÊNCIAS

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atmosféricas durante o transporte de minério de ferro na EFVM – Estrada de Ferro Vitória a Minas. [Dissertação
Mestrado]. Instituto Tecnológico Vale, Programa de Mestrado Profissional em Uso Sustentável de Recursos
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Teng, J, Zhang, X, Zhang, Zhao SC, Sheng D. An analytical model for evaporation from unsaturated soil, Computers
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