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C. R. Ferrari, J. A. Rodrigues
Universidade Federal de São Carlos - Grupo de Engenharia de Microestrutura de
Materiais - Rodovia Washington Luis, Km 235, 13565-905 – São Carlos, SP, Brasil.
e-mail: josear@power.ufscar.br
RESUMO
INTRODUÇÃO
MATERIAIS E MÉTODOS
material GG foi projetado para ser o mais denso possível. A distribuição do tamanho de
partículas, para este material variou entre menor que 45m até 6300m, sendo que,
neste caso, a alumina tabular formou a parte grosseira do tijolo refratário (tamanho de
partícula <6300m). Após a mistura, as composições foram compactadas em
paralelepípedos de 40x40x160mm, sob pressão de 23 MPa e sinterizados a 1510C
por 12 horas.
Os tratamentos térmicos, para a busca do equilíbrio, foram realizados em duas
temperaturas e três tempos diferentes: 1400C e 1500C por 2, 6 e 18 dias. A notação
que será utilizada daqui em diante para a denominação dos tijolos refratários, conterá
além da indicação da composição química, o tratamento térmico aplicado e
granulometria, como por exemplo: n%(x/y)-z. Assim, n indica a quantidade de agregado
utilizado na preparação; x o período de tratamento térmico; y a temperatura de
tratamento térmico e z a granulometria.
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2 a 5 de junho de 1999 - Florianópolis – S.C.
O método de Rietveld foi aqui utilizado para se poder fazer uma análise semi-
-quantitativa das fases presentes nos materiais estudados. A vantagem da sua
aplicação é que se dispensa outras metodologias muito mais trabalhosas de análise
com padrões e curvas de calibaração. Para o seu uso, basta se obter um bom
difratograma do material a ser analisado e se ter o conhecimento prévio das fases
presentes. O programa computacional que executa o método de Rietveld necessita dos
dados cristalográficos das fases presentes no material. Através da otimização de
diversos parâmetros, o programa emite como resultado, por exemplo, a quantidade
relativa de cada fase presente no material(3).
As amostras de controle foram preparadas com o objetivo de serem utilizadas no
auxílio e controle dos resultados de análise quantitativa de fases por difração de
raios-X empregando-se o método de Rietveld. Com os resultados destas amostras
pretendeu-se avaliar principalmente a confiabilidade do programa de cálculo do método
de Rietveld.
As matérias-primas utilizadas foram: alumina tabular, Alcoa T-60 (<45m);
zircônia, Elfusa ZNE (<45m) e quartzo. Os pós foram misturados e moídos em
almofariz de ágata nas proporções apresentadas na tabela II.
Como não se esperava encontrar quantidades muito baixas de sílica cristalina nos
tijolos retratários estudados, a adição de apenas 1% em peso de quartzo nas amostras
de teste foi realizada para se analisar a sensibilidade do programa de Rietveld frente a
uma quantidade pequena deste componente nos materiais.
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Caracterização
RESULTADOS E DISCUSSÃO
e “+” representam o sentido do desvio. Como pode ser visto, a porcentagem de erro
variou entre 2 e 15,79% em relação ao nominal, com exceção da sílica que apresentou
um erro de até 60% demostrando a dificuldade de se medir uma concentração tão
pequena.
A sílica foi introduzida nas análises pois podia estar ocorrendo em todos os
materiais. No entanto, dos resultados obtidos não se pode afirmar sua presença, pois
esta fase apresentou-se com quantidades muito baixas, e como visto nas análises das
amostras de controle, estes valores podem estar dentro do erro experimental. Além
disso, os R-Braag obtidos para esta fase são muito elevados.
Comparando-se ainda as quantidades obtidas para os tijolos refratários com o
que era inicialmente esperado (tabela V), percebe-se uma tendência de que as
quantidades de alumina obtidas são sempre maiores do que foi inicialmente calculado;
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Caracterização mecânica
(A)
(B)
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microssílica (ver tabela X). Este aumento foi ainda maior para o material, desta mesma
composição, tratado termicamente por 6 dias à 1500 0C quando o efeito da porosidade
é normalizado.
Acredita-se que a adição de microssílica contribuiu no processo de coesão da
microestrutura através da formação de mulita, promovendo o surgimento de
interligações entre os grãos.
CONCLUSÕES
AGRADECIMENTOS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
(1). WOLF, C., et al. Effect of Mullite-Zirconia Additions on the Creep Behaviour of High-Alumina
Refractories. Journal European Ceramic Society, v.15, p.913-920, 1995.
(2). SALVINI,V.R., Propriedades Termomecânicas de Refratários no sistema Al2O3-3Al2O3.2SiO2-
ZrO2. São Carlos, 1995, 134 p., Dissertação de Mestrado em Engenharia de Materiais, Universidade
Federal de São Carlos.
(3). YOUNG, R. A., et al. Rietveld Analysis of X-Ray and Neutron Powder Diffraction Patterns In: User’s
Guide to Program DBWS-9411, Atlanta, 1995, 60 p.
(4). YOUNG, R. A. The Rietveld Method. International Union of Crystallography Book Series, 1995.
(5). ZANOTTO,E.D., MIGLIORE,A.R., Propriedades Mecânicas de Materiais Cerâmicos: Uma Introdução.
Cerâmica, v.37, n.247, p. 7-16, 1991.
(6). DÖRRE, E., HÜBNER, H. Mechanical Properties In: ____. Alumina. Springer-Verlag, 1994. p. 74-
103.
ABSTRACT
Due to the application of refractories, these materials are frequently submitted to high temperatures
and loads. The performance under such hard conditions is closely related to the microstructural evolution
and changes during use. This work is focused on microstructural evolution of high-alumina refractories
containing mullite-zirconia aggregates in various concentrations. The materials were submitted to heat
treatments at 1400oC and 1500oC, for periods of 2, 6 and 18 days to bring the characteristics of
refractories in use. Some formulations incorporated microssilica, with very fine granulometry, in order to
induce mullitization, though reaction with alumina. These compositions were heat treated at 1500 oC for 6
days. Scanning electronic microscopy and X-ray diffraction were employed to phase characterization. For
the quantitative phase analysis Rietveld technique was used. Reaction in the interface alumina-aggregate
and alumina-microsilica tooke place as a result of heat treatments, causing mullitization. This effect was
mainly noted for results of modulus of rupture at room temperature for compositions containing
microsilica.