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Profª Lucimara Silva –

Aula 1 -
História da arquitetura Moderna

A Revolução Industrial
Aula 1
• A revolução industrial foi de fato um dos
elementos primordiais do acontecimento da
sociedade moderna. Na metade do século
XVIII começa o processo de industrialização na
Inglaterra.
• Durante a Revolução industrial então, o
progresso técnico transformou radicalmente
as construções de maneira geral.
PROVA
• A arquitetura e a engenharia sofreram vários
conflitos pois o objetivo era colocar a natureza
ao serviço do homem para melhorar as
condições de vida da sociedade.
Gravura de Gustave Doré sobre a Didley Street, em 1872. Utilizada por
Benévolo para ilustrar o período.Fonte: Museum of London [1]
• O conceito "Progresso" ocorre com mais
ênfase na arquitetura junto ao nascimento de
ideais progressistas nos fins do séc XVIII,
acompanhado por uma perda na confiança da
tradição renascentista.
• O desenvolvimento de novos materiais e
métodos de construção permitiam novas
soluções, criavam novos padrões, novos
problemas, e sugeriam simultaneamente
novas formas.
Transformações Técnicas: engenharia
estrutural, 1775-1939

• Em um nível mais profundo a industrialização


transformou os padrões de vida e levou a
proliferação de novos edifícios: estações de
trem, casas suburbanas.
• A industrialização também gerou novas
estruturas econômicas e centros de poder.
O movimento Arts and Crafts

• Com a Revolução o retorno à vida em contato


com a natureza eram as únicas saídas da
alienação das metrópoles, da fria e artificiosa
beleza do ferro, da produção industrial em
série e da miséria causada pela exploração e
pelo trabalho mecanizado das fábricas.
O movimento Arts and Crafts
• William Morris (1834 - 1896), o principal líder
do movimento, iniciou o movimento Arts and
Crafts (Artes e Ofícios) e fundou em 1861
junto ao arquiteto Philip Speakman Webb,
1859 e com outros associados, um estúdio de
design com o propósito de restabelecer os
laços entre o trabalho belo e o trabalhador e
voltar a honestidade do design que a
produção em massa negava.
• Morris teve o apoio da monarquia vitoriana
inglesa e teve grande sucesso entre a
burguesia rica. A marca registrada da oficina
de Morris e arquitetos era a alta qualidade
artesanal dos produtos. Isto encarecia muito
os objetos frente aqueles que produziam as
fábricas.
• Mas foi com o ícone do Arts & Crafts, a Red
House, que os tijolinhos vermelhos entraram
em moda, pois apesar da aparência de
produzidos em massa, eram na verdade feitos
à mão por artesãos locais.
No coração de um subúrbio a leste de
Londres, fica uma incongruente casa de
campo em tijolos vermelhos. Com seus
caixilhos arqueados ogivais e altas chaminés,
a casa foi projetada para parecer uma relíquia
da Idade Média.
Desenho de Detalhes, Red House, Philip
Speakman Webb, 1859. Museum no. E.64-
1916. Arts and Crafts architecture
Red House
Philip Speakman Webb - 1859
• A “Red House” construída toda em tijolos
vermelhos serviu como exemplo de aplicação
das ideias que o próprio Morris defendia na
época: Formas simples, elementos da arte
Gótica e linha de arquitetura rural e
doméstica. Seu principal objetivo foi
contrapor o período em que tudo era
produzido em máquinas.
• A redundância fez com que se tornassem
onipresentes, e também criou um paradoxo:
um movimento que queria enfatizar a
individualidade acabou criando casas com as
mesmas caras.
A Ham House é uma casa histórica com jardins bem cuidados, A
casa foi construída em 1610 por Sir Thomas Vavasour, Cavaleiro
Maritimo do Rei James I. Ela foi foi concedida por James I a seu
filho, Henry Frederick, Príncipe de Gales.
• A arquitetura da casa foi inspirada nas
residências rurais inglesas com traços góticos
e medievais. O interior da casa refletia toda a
ideologia de seu morador e por isso foi
decorado com formas simples, populares e
sempre funcionais.
• Os materiais usados, cerâmica e madeira,
eram todos naturais, pois não passaram por
nenhum tratamento
• William Morris: os produtos da Morris & Co
caracterizavam-se pelas formas simples,
qualidade de materiais e acabamento, pouca
ornamentação. Morris baseou-se em formas
vernaculares, ou seja, formas consideradas
naturais, simples, na criação de móveis,
tapeçaria, papéis de parede.
• As idéias do movimento Arts and Crafts, os
ventos românticos e a veloz modernização da
Europa no final do século XIX inspiraram na
França um movimento ainda maior e mais
abrangente. O Movimento Art Nouveau
Michel Thonet (1796 – 1871)

• Michel Thonet era carpinteiro entalhador que


começou a trabalhar em Boppard, Alemanha,
em 1819.
• Vinte anos depois deu início a experiências
com madeira laminada e produziu cadeiras
inovadoras.
• Exibiu-as nas exposições de Coblença, de
1841, e de Mainz, de 1842.
A famosa cadeira nº. 14, criada
em 1859, era composta por 6
peças de madeira; em 1891
tinham sido vendidas 7.300.000
unidades!
Em 1930, haviam sido
fabricadas 50.000.000 unidades
desta cadeira.
Em 1859, o catálogo de móveis Thonet incluía 25 modelos de cadeiras, poltronas e mesas e, em 1911, o catálogo continha 1.400
modelos diferentes; em todos eles havia a busca de uma economia dos processos (corte, curvatura, montagem), uma
normalização de peças (modulares e intercambiáveis) e das embalagens (máximo de peças em um mínimo volume), além do
desenvolvimento de novas máquinas para a transformação do material.
• Thonet participou na Exposição Mundial de
Londres em 1851, onde recebeu uma medalha
de ouro, e na exposição de Mundial de Paris
de 1925, onde também exibe este modelo, no
pavilhão “L’ésprit Nouveau” de Le Corbusier.
Resumo Arts and Crafts
• O Desenho do movimento Arts and Crafts se caracterizou pela:
• simplicidade complexidade no ornamento
• sistema de grêmios artesanais
• acabado artesanal
• A missão social do movimento era dar solução aos males da
Revolução Industrial: melhorar a qualidade de vida dos
trabalhadores, levar a cultura a todos e restabelecer a união das
artes e os ofícios perdida desde o Renascimento.
• Todas as peças feitas nos estúdios do Arts and Crafts seguiam os
princípios estabelecidos por Morris:
• considerar o material (qualidade e nobreza)
• considerar o uso (função)
• considerar a construção (design)
• considerar a ferramenta (técnica)
Bibliografia
• Livros da Biblioteca virtual mencionados no
Plano de ensino. E-books

• Livro Físico - FRAMPTON, Kenneth. História


crítica da arquitetura moderna. São Paulo,
Martins Fontes.

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