Você está na página 1de 26

AULA 3

Clique para adicionar texto

MOVIMENTO
ARTS AND
CRAFTS
CONTEXTO
HISTÓRICO
• NA SEGUNDA METADO DO SÉCULO XIX,
A QUALIDADE DO DESIGN E DOS
ARTEFATOS TORNARAM-SE VÍTIMAS DO
DESENVOLVIMENTO E AVANÇO DA
REVOLUÇÃO INDUSTRIAL.
• NESTE CONTEXTO, SURGIU O
MOVIMENTO ARTS AND CRAFTS, UM
MOVIMENTO ESTÉTICO
SOCIAL INGLÊS, QUE DEFENDIA
O ARTESANATO CRIATIVO COMO
ALTERNATIVA À MECANIZAÇÃO E À
PRODUÇÃO EM MASSA.
• REUNIU TEÓRICOS E ARTISTAS EM
BUSCA DA REVALORIZAÇÃO DO
TRABALHO MANUAL E DA RECUPERAÇÃO
DA DIMENSÃO
ESTÉTICA DOS OBJETOS PRODUZIDOS IN
DUSTRIALMENTE PARA USO COTIDIANO.
ERA
VITORIANA
ERA VITORIANA
• Foi o período no qual a Rainha
Vitória reinou sobre a Inglaterra, no século
XIX, durante 63 anos, de junho de 1837 a
janeiro de 1901. Ela subiu ao trono, muito
jovem, aos 18 anos, quando seu tio
Guilherme VI morreu sem deixar
herdeiros.
• Vitória deu início a uma
prolongada etapa de progresso
pacífico, conhecida como Pax
Britannica, sustentada pelos
ganhos obtidos com a difusão
do empreendimento colonial
da Inglaterra Imperialista no
exterior, e pelo ápice
da Revolução Industrial, que
propiciou a criação de novas
técnicas engenhosas.
• Este avanço deu impulso ao
desenvolvimento de uma
camada social média.
CARACTERÍSTICAS DA ERA
VITORIANA

• Percepção das desigualdades sociais; • os críticos observam que a Era Vitoriana


• Criação do esteticismo, da arte pela arte; representou a consagração do pensamento
conservador e hipócrita.
• Revolução no transporte público com a
construção dos primeiros trens e metrôs. • Enquanto a burguesia desfilava a última
moda pelas ruas de Londres, milhares de
• Invenção da fotografia, do selo operários morriam de tuberculose em
postal, eletricidade, telégrafo, telefone, casas insalubres.
etc.
LITERATURA
• Os principais nomes da literatura
vitoriana são Oscar Wilde, George
Eliot, Charles Dickens e as irmãs
Charlotte, Emily e Anne Brontë.
• A literatura do período pode ser
dividida entre os romances onde se
narravam os gostos e hábitos da
burguesia que se enriquecia e
autores que se dedicaram à ficção
científica.
UM DOS ESCRITORES QUE CAPTARAM AS CONTRADIÇÕES DA ERA VITORIANA FOI O
ROMANCISTA CHARLES DICKENS (1812-1870), CUJA INTRODUÇÃO DO SEU
LIVRO “UM CONTO ENTRE DUAS CIDADES” RESUME ESTES ANOS:

• "Foi o melhor dos tempos, foi o pior dos tempos. Foi a idade da sabedoria, foi a idade
da tolice. Foi a época da fé, foi a época da incredulidade. Foi a estação da luz, foi a
estação das trevas. Foi a primavera da esperança, foi o inverno do desespero.
Tínhamos tudo diante de nós, não havia nada antes de nós. Todos íamos direto para o
céu, todos íamos direto para o outro lado".
AINDA NA LITERATURA...

• Destacam-se os autores que se dedicaram a escrever


histórias de terror e suspense como Mary Shelley (1797-
1850) explorando os limites da ciência em sua
obra "Frankenstein".
• Igualmente, é desta época o célebre detetive Sherlock
Holmes e seu assistente Watson, de Arthur Conan Doyle
(1859-1930), que percorriam as escuras ruas londrinas para
desvendar crimes.
MODA
O CÓDIGO DE CONDUTA MORAL
PARA AS MULHERES E HOMENS,
SE REFLETIU NA MODA. POR SER
UMA ÉPOCA ONDE O RECATO E A
DISCRIÇÃO ESTAVAM ACIMA DE
TUDO, AS PERUCAS E A
MAQUIAGEM PESADA SÃO
DEIXADAS DE LADO.
• Os vestidos cobriam todo o corpo da mulher e
era de muito mal gosto deixar aparecer o
tornozelo ou o colo.
• O espartilho e os corpetes são as peças-chave
da moda vitoriana, porém acabavam por
restringir os movimentos das mulheres. Os
vestidos fartos, com até 20 camadas de
tecidos, chegavam pesar 15 quilos.
• Somente em bailes ou em encontros sociais
noturnos como ópera ou teatro, as mulheres
podiam exibir os braços, ombros, a nuca e
também o colo, através de um discreto decote.
• Acessórios como leques, véus, chapéus, luvas,
sombrinhas e xales fomentavam a indústria da
moda feminina e eram essenciais para compor
o look que exigia a época.
• O estilo vitoriano ditava que os homens
deveria buscar o conforto com elegância e o
ponto de referência era se vestir como o
príncipe Albert, marido da rainha Vitória.
Calças retas que facilitavam o movimento e
peças discretas, de cores escuras, colete e
casaca.
• O chapéu era peça obrigatória e descobrir a
cabeça nas ocasiões corretas, como diante
de uma dama ou de uma autoridade, fazia
parte da etiqueta. Como símbolo de riqueza,
o relógio de bolso era fundamental.
• Para contrapor o estilo do século XVIII, as
barbas, bigodes e costeletas eram bem
vistas e faziam parte da toilette masculina.
Igualmente, as bengalas eram populares,
inclusive entre os mais jovens, que as
usavam para adquirir mais respeitabilidade.
ARQUITETURA VITORIANA
• Observa-se o uso constante de dois materiais que são o fruto da Segunda Revolução Industrial: o ferro
e o vidro.
• Destacam-se os “palácios de cristal” como um símbolo deste período. O Palácio de Cristal de Londres
foi construído para abrigar a Grande Exposição de 1851 onde foram exibidos produtos de vinte e cinco
países. O estilo arquitetônico foi replicado em diversos lugares, inclusive no Brasil, onde foi edificado
um exemplar em Petrópolis.
• O estilo vitoriano das casas das classes abastadas consiste em telhados que possuem um formato de
triângulo na fachada e grandes janelas com cortinas. Geralmente, são residências construídas no meio
do terreno, para que se possa cultivar um jardim e em alguns casos, hortas.
• A sala era o espaço de sociabilidade por excelência e era mobiliada com um piano, cadeiras
confortáveis e aparadores para que os convidados pudessem descansar as xícaras de chá.
• NOVIDADES COMO A ELETRICIDADE E A ÁGUA ENCANADA FORAM SENDO INCORPORADOS ÀS
RESIDÊNCIAS. ASSIM, SURGE UM NOVO APOSENTO NAS CASAS: O BANHEIRO.
PALÁCIO
DE
CRISTAL
ARTS AND
CRAFTS
ARTS AND CRAFTS

• DEFENDIA O ARTESANATO CRIATIVO


COMO ALTERNATIVA À MECANIZAÇÃO E
A PRODUÇÃO EM MASSA E PREGAVA O
FIM DA DISTINÇÃO ENTRE O ARTESÃO E
O ARTISTA.
• FEZ FRENTE AOS AVANÇOS
DA INDÚSTRIA E PRETENDIA IMPRIMIR
EM MÓVEIS E OBJETOS O TRAÇO DO
ARTESÃO-ARTISTA, QUE MAIS TARDE
SERIA CONHECIDO COMO DESIGNER.
CONTEXTO HISTÓRICO
• VASO DE CERÂMICA- WILLIAM DE MORGAN - 18865

• O MOVIMENTO BRITÂNICO ARTS AND


CRAFTS FOI, DURANTE AS DÉCADAS DE
1860,1870 E 1880, UMA REAÇÃO À
PRODUÇÃO ARTESANAL E SEUS
CORRELATOS.
• EXIGIA UM RETORNO À QUALIDADE
ARTESANAL, A UM MODO DE PRODUÇÃO
QUE FIZESSE JUS ÀS QUALIDADES DE
MATERIAL EMPREGADO.
WILLIAM MORRIS

• FOI UM DESIGNER
TÊXTIL, POETA, ROMANCISTA, TRADUTOR E
ATIVISTA SOCIALISTA INGLÊS.
• ASSOCIADO COM O MOVIMENTO ARTÍSTICO
BRITÂNICO ARTS & CRAFTS FOI UM DOS
PRINCIPAIS CONTRIBUIDORES PARA O
REVIVALISMO DAS ARTES TÊXTEIS E MÉTODOS
TRADICIONAIS DE PRODUÇÃO.
• AS SUAS CONTRIBUIÇÕES LITERÁRIAS AJUDARAM
A ESTABELECER O GÊNERO
DE FANTASIA MODERNO,
WILLIAM MORRIS - DESIGN

• Ao longo da vida, Morris foi autor de uma


quantidade assinalável de peças em diversas
áreas, principalmente na decoração de
interiores.
• Criou mais de 600 padrões para papel de
parede, têxteis e bordados, mais de 150 padrões
para vitrais, três fontes tipográficas e cerca de
650 ornamentos tipográficos para a Kelmscott
Press.
WILLIAM MORRIS

• MORRIS DEFENDIA O PRINCÍPIO DE QUE O DESENHO E A


PRODUÇÃO DE DETERMINADA PEÇA NÃO DEVIAM SER
SEPARADOS E DE QUE, SEMPRE QUE POSSÍVEL, OS
AUTORES DAS PEÇAS DEVERIAM SER
SIMULTANEAMENTE DESIGNERS E ARTESÃOS, DE
MODO A NÃO SÓ DESENHAR COMO TAMBÉM PRODUZIR
AQUILO QUE CRIAM.[
• MORRIS REAVIVOU TAMBÉM UMA SÉRIE DE TÉCNICAS
EM DESUSO NO CAMPO DO DESIGN TÊXTIL E INSISTIA
NO PROCESSAMENTO MANUAL E NA UTILIZAÇÃO DE
MATÉRIAS-PRIMAS DE ELEVADA QUALIDADE, QUASE
SEMPRE COM CORANTES NATURAIS.
• MUITOS DOS SEUS PADRÕES SÃO INSPIRADOS PELA
OBSERVAÇÃO DO MUNDO NATURAL E INSISTIA NA
NECESSIDADE DE APRENDER AS TÉCNICAS DE
PRODUÇÃO ANTES DE DESENHAR QUALQUER PEÇA.[15]
GUILDA DOS TRABALHADORES DE ARTE

• The Art Workers 'Guild é uma organização fundada em


1884 por um grupo de arquitetos britânicos associados às
ideias de William Morris e ao movimento Arts and
Crafts .
• A guilda promoveu a "unidade de todas as artes",
negando a distinção entre belas-artes e arte aplicada.
• Opôs-se à profissionalização da arquitetura - que era
promovida pelo Royal Institute of British Architects na
época - na crença de que isso inibiria o design.
PADRÕES
WILLIAM
MORRIS
DESIGN GRÁFICO
À MEDIDA QUE SE ENCERRAVA O SÉCULO XIX, QUALIDADE DO DESIGN E DA
PRODUÇÃO DE LIVROS TORNOU-SE VÍTIMA DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL.
• A KELMSCOTT PRESS , FUNDADA
POR WILLIAM MORRIS E EMERY
WALKER,LEVOU AO RENASCIMENTO DO
LIVRO.
• A EDITORA PUBLICOU CINQUENTA E TRÊS
LIVROS EM SESSENTA E SEIS
VOLUMES ENTRE 1891 E 1898.
• CADA LIVRO FOI DESENHADO E
ORNAMENTADO POR MORRIS E IMPRESSO À
MÃO EM EDIÇÕES LIMITADAS DE CERCA DE
300 LIVROS QUE FORAM ILUSTRADOS
POR EDWARD BURNE-JONES .
• OS LIVROS DA KELMSCOTT PRESS
PROCURAVAM REPLICAR O ESTILO DE
IMPRESSÃO DO SÉCULO XV E FAZIAM PARTE
DO MOVIMENTO DE RENASCIMENTO
GÓTICO.
REFERÊNCIA
• SCHEIDER, Beat. Design – Uma Introdução. São
Paulo: Editora Blucher,2010.

Você também pode gostar