A operação investiga fraudes em licitações para a compra de peças e máquinas pesadas por prefeituras de Santa Catarina. Seis pessoas foram presas, incluindo servidores públicos e empresários. As investigações apontam para superfaturamento de 10-20% e direcionamento de editais para beneficiar determinadas empresas em troca de propina.
A operação investiga fraudes em licitações para a compra de peças e máquinas pesadas por prefeituras de Santa Catarina. Seis pessoas foram presas, incluindo servidores públicos e empresários. As investigações apontam para superfaturamento de 10-20% e direcionamento de editais para beneficiar determinadas empresas em troca de propina.
A operação investiga fraudes em licitações para a compra de peças e máquinas pesadas por prefeituras de Santa Catarina. Seis pessoas foram presas, incluindo servidores públicos e empresários. As investigações apontam para superfaturamento de 10-20% e direcionamento de editais para beneficiar determinadas empresas em troca de propina.
A ação integra a Operação Patrola, deflagrada pelo Grupo de Atuação
Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).
O nome 'Patrola' foi escolhido pois a investigação apontaria irregularidades no uso de maquinários pesados de propriedade do poder público. O prefeito de Tangará, Euclides Cruz Os seis presos na manhã desta segunda-feira (22) em uma operação no Oeste catarinense, são suspeitos de direcionar licitações da venda de peças de máquinas pesadas, como patrolas. Do total de presos, metade é de servidores públicos e a outra, de empresários, informou a Promotoria de Justiça do município. "Algumas vezes esses consertos eram maquiados com peças recauchutadas, que funcionavam por um certo período. mas novamente as máquinas voltavam a quebrar, e novos procedimentos licitatórios eram lançados ", disse o promotor Renato Maia de Faria. De acordo com as apurações, os superfaturamentos de máquinas pesadas vendidas a órgãos públicos são de 10% a 20%. Ao todo, 101 municípios de Santa Catarina são investigados por suspeita de fraudes. No suposto esquema, os editais seriam direcionados para que apenas uma marca de máquina atendesse aos requisitos. A suspeita é de superfaturamento e pagamento de propina para agentes públicos. "Em Tangará, as contratações da empresa investigada chegam à ordem de quase R$ 4 milhões. No estado, a empresa contratou cerca de R$ 83 milhões com o poder público entre 2010 e 2016" "Cada empresa, em regra, vendia uma determinada máquina. Eles então apresentavam as características das máquinas e tentavam convencer o agente público a comprar aquela máquina específica. Para fazer esse convencionamento, eles ofereciam uma vantagem indevida, em dinheiro", explica a promotora. Segundo ela, esse valor era correspondente a um percentual da máquina. "Se o agente público aceitasse esse oferecimento, a licitação saía direcionada específica àquela empresa, o que é vedado pela lei de licitações. A partir do momento que ele recebia esse pagamento da prefeitura, parte desse dinheiro era devolvido em forma de propina ao agente público que fez essa negociação", complementa Marina