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Reflexão do poeta Canto x

Na estancia 145, o poeta em desabafo com Musa, recusa-se a


continuar o seu canto “No mais, Musa, no mais” (v.1).
Nos primeiros quatro versos, o poeta começa por se mostrar cansado,
desiludido e incompreendido não pelo canto em si, mas por ‘’ cantar a
gente surda e endurecida’’ (v.4) (isto é, gente que não escuta as suas
palavras, não valoriza o seu canto, não reconhece o seu talento e
mérito).
A pátria apenas se mostra interessada no gosto da ‘’cobiça’’ e na
rudeza, o que representa a decadência moral do país. Esta é
caracterizada por três adjetivos: austera, apagada e vil(má). (v.8)
Podemos também verificar que existe uma visão pessimista pela
utilização de alguns adjetivos: destemperada, enrouquecida, surda,
endurecida, austera, apagada e vil.
Na estancia 146, existe um grande desalento pois a pátria que tanto
ama e a quem tanto valoriza, não tem orgulho nem gosto. Após este
momento de desanimo, Camões dirige-se ao Rei D.Sebastião,
recomendando-lhe que olhe para o povo, pois estes representam a
glória e a coragem.
No final o poeta realça que este é Rei apenas de ‘’vassalos excelentes’’.
(v.16)
As palavras que se destacam são o ‘’ desalento’’ devido ao poeta
recusar continuar o seu canto, não por cansaço, mas por desanimo e o
‘’orgulho’’ pois este exprime orgulho naqueles que continuam dispostos
a lutar pela grandeza da pátria.
Estas estancias enquadram-se no plano do poeta, nas reflexões do
poeta, nos lamentos sobre a decadência da pátria e na invocação de
entidades mitológicas.
Em suma a principal mensagem que o poeta quer passar é que
lamenta a decadência da pátria e que as glórias do passado sejam
encaradas como um exemplo para construir um futuro grandioso.

Trabalho realizado: Guilherme Correia nº14 Tiago Vitorino nº26

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