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REDES INDUSTRIAIS

Cabe destacar que nas aplicações industriais ou prediais o que se busca


é a conectividade entre os dispositivos do sistema. Isto pode ser
constatado através de diversas topologias existentes. De fato a conexão
entre os CLPs pode ser do tipo barramento, onde todos os equipamentos
estão ligados à mesma linha física, ou tipo anel, onde a conexão entre os
equipamentos é feita um a um. No caso de anel, o mesmo pode ser
fechado (o último dispositivo liga no primeiro) ou aberto. Existem ainda
outras topologias, não abordadas neste documento. A figura 9 ilustra a
conexão entre o CLP e diversos dispositivos usando o barramento
conhecido como Mestre-Escravo.

Figura 9. Barramento Mestre-Escravo usando o CLP TP02 (WEG).


Nas redes Mestre-Escravo, a comunicação é feita com consulta do
Mestre para o Escravo e resposta do Escravo para o Mestre. O Mestre
percorre todo o barramento em um ciclo consultando seus escravos
(ZEILMANN, 2002).
A conexão entre CLPs usualmente usa os padrões de tensão RS232,
RS422 e RS485. O padrão RS232 permite a comunicação com o PC,
porém não é adequado na comunicação multiponto entre vários CLPs,
contudo existem novos padrões advindos do RS232, chamado E3C no
qual é possível conectar até 256 estações. Os padrões RS422 e RS485
são os mais utilizados, alem de possibilitar maior taxa de comunicação e
alcance. Por isso esses padrões trazem oportunidades onde a
conectividade e sinergia entre os CLPs e os PCs seja real, trazendo
inúmeras inovações e idéias para sistemas de gerenciamento de
dispositivos remotos, por exemplo. A figura 10 ilustra a conexão entre o
PC e diversos CLPS usando o barramento Mestre-Escravo. O PC
desenvolve a função de Mestre.
Figura 10. Barramento Mestre-Escravo comandado pelo PC.
PROTOCOLOS
1 TP02 (proprietário)
2 MOdbus
SOFTWARE SUPERVISÓRIO
Com o surgimento do PC, segundo SEIXAS FILHO (2000,p.1) “ [...]
sumiram as mesas de controle e o PC passou a reinar como a plataforma
preferida de supervisão e operação [...]. Os softwares SCADA
apareceram em diversos tamanhos, [...] com diversos repertórios de
funcionalidades.
Os softwares SCADA são chamados de sistemas supervisórios. Tem por
objetivo ilustrar o comportamento de um processo através de figuras e
gráficos, tornando-se assim, uma interface objetiva entre um operador e
o processo.
Segundo OGATA (1997), o software supervisório deve ser visto como o
conjunto de programas gerados e configurados no software básico de
supervisão, implementando as estratégias de controle e supervisão com
telas gráficas de interface homem-máquina (IHM) que facilitam a
visualização do contexto atual, a aquisição e tratamento de dados do
processo e a gerência de relatórios e alarmes.
A padronização dos canais de comunicação entre os CLPs e outros
equipamentos inteligentes de automação tem adquirido grande
importância, em vista da tendência de integração total dos níveis
hierárquicos de automação, verificada após a introdução da filosofia CIM
(Computer Integrated Manufacturing). Para propiciar esta interatividade
surgiram vários protocolos de comunicação, tais como: BITBUS,
PROFIBUS, ETHERNET, etc. Muitos fabricantes oferecem redes
proprietárias para esta finalidade, porém, a tendência dominante á a de
utilizar os diversos sistemas propostos para a padronização de redes
para chão de fábrica.
Elipse SCADA
Neste projeto será utilizado o software ELIPSE/SCADA para monitorar o
funcionamento dos CLPs e o estado das cargas. O objetivo será o de
projetar na tela de supervisão uma interface de fácil compreensão e que
seja amigável ao usuário, facilitando a monitoração do sistema e a
mudança dos parâmetros (tempo de desligamento, por exemplo).
Comunicação
 Existem várias maneiras de se trocar informações com qualquer
equipamento de aquisição de dados, tais como PLC's (Controladores
Lógicos Programáveis), DAC's (Cartões de Aquisição de Dados), RTU's
(Unidades Remotas), servidores OPC, controladores e outros tipos de
equipamentos.
A forma mais comum e eficiente de se obter comunicação com
equipamentos são as DLL’s (Dynamic Link Libraries). As DLLs ão os
chamados drivers de comunicação, que são módulos com
processamento independente (threads), responsáveis pela comunicação
com um equipamento em específico.
No Elipse SCADA não há limitações lógicas de números de
equipamentos ou drivers de comunicação, sendo que uma mesma
aplicação pode conter vários tipos de conexões, através de portas seriais
ou redes específicas.
Além disso, os drivers desenvolvidos pela Elipse Software provém
comunicação via linha discada ou rádio-modem com qualquer PLC de
mercado que possua interface serial RS232/RS485, com tratamento
automático da conexão, o que o torna ideal para aplicações de telemetria
e acesso remoto, ver figura 11. Caso o equipamento remoto possua
capacidade de discagem, nossos drivers também estão prontos a
receber ligações, a fim de ser informado sobre eventos específicos como
uma ocorrência de alarme.

Figura 11. Rede de comunicação.


OPC
 
O Elipse SCADA suporta conexões com quaisquer servidores OPC (Ole
for Process Control), possibilitando a conectividade com diversos
equipamentos que suportam este serviço. A tecnologia OPC implementa
um mecanismo que provém dados de algum dispositivo para uma base
de dados configurada em um servidor OPC, permitindo que qualquer
aplicação cliente tenha acesso a mesma base de dados.
 
Interface Gráfica
 
A criação de interface para o usuário é feita de maneira simples e rápida.
Estão disponíveis recursos como animações, displays, gráficos de
tendência de vários tipos (linhas, área, barras, XY), botões, etc, que são
ligados diretamente com as variáveis de campo (Tags). Também podem
ser utilizados desenhos de qualquer editor gráfico. Além disso, o Elipse
SCADA conta com uma biblioteca gráfica de desenhos mais utilizados,
de modo a facilitar a criação de sinóticos. O usuário pode escolher entre
utilizar o mouse, teclado ou touchscreen para acessar as telas de
supervisão.
Lógicas (Scripts)
 
A fim de adicionar flexibilidade e poder realizar tarefas mais complexas, o
usuário pode lançar mão de uma linguagem de programação interativa,
que utiliza a maioria dos recursos de linguagens de alto nível como o
Visual Basic ou Visual C++. A linguagem utilizada, chamada Elipse
Basic, permite definir lógicas ou criar sequências de atitudes através de
funções específicas.
Os Scripts são orientados a eventos, sendo que serão executados
mediante a especificação de um acontecimento, como o pressionar de
uma tecla, a mudança de uma variável ou ainda a cada intervalo regular
de tempo, dentre outros eventos.
 
Históricos - Registro de dados
 
São estruturas responsáveis pelo registro dos dados de processo, para
posterior análise. Os Históricos podem ser processos contínuos ou
bateladas, guardando dados a intervalos de tempo fixos ou por eventos,
definidos pelo usuário. A ferramenta de análise histórica pode ser
utilizada para uma visualização mais sofisticada dos dados, permitindo
zoom e filtro de dados, ver figura 12.

Figura 12.Ferramenta de análise histórica.


Conexão em rede (Cliente-Servidor)
 
O Elipse SCADA fornece soluções para conexão com outras aplicações
via qualquer meio físico, seja uma Intranet (via protocolos TCP/IP ou
IPX/SPX), Internet, ou ainda Linha Discada (Dial-Up Networking) e Linha
Privada, além de satélites e links de rádio. O método utilizado baseia-se
no conceito de Aplicações Remotas, onde os dados de uma aplicação
qualquer (Servidor) são acessados por um Cliente, que poderá realizar a
leitura e escrita de qualquer parâmetro. A estrutura de sockets permite
que pelo mesmo canal trafeguem dados on-line e também transferências
de arquivos de dados e imagens.
 
Banco de Dados
 
A integração do Elipse com qualquer base de dados é muito simples
através de recursos ODBC (Open DataBase Connectivity). Wizards o
auxiliarão no processo de conexão ou criação de uma base de dados
qualquer, dentre elas SQL Server, Access, Oracle e DBase. A partir daí o
Elipse SCADA oferece uma série de funções para a manipulação da
base de dados, tais como adicionar, deletar e modificar registros, fazer
consultas etc.

Ferramentas do Elipse
Elipse Watcher: Software para monitoração de sistemas de vídeo com
recursos de captura, registro e transmissão digital de imagens em tempo
real. Suporta diversos padrões, inclusive MPEG, possibilitando a
visualização em janelas com tamanho e qualidade definidas pelo usuário.
Permite a criação de um banco de dados de imagens com busca por
período ou evento e transmissão de imagens em tempo real para
estações remotas via TCP/IP ou linha discada.
Elipse Web: Sistema para supervisão de processos através da Intranet e
Internet. Utilizando um browser comercial (Internet Explorer, por
exemplo) é possível conectar-se a uma estação de supervisão remota,
recebendo dados em tempo real (através de JAVA Applets). Com este
recurso é possível acessar o processo de qualquer lugar do mundo.
Telas do supervisório
A modo de exemplo, a figura 13 ilustra a tela criada com um software
SCADA simulando o controle de nível de um tanque.
Figura 13. Controle do nível de um tanque executado pelo ELIPSE
SCADA.

http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAQnEAB/controlador-logico-programavel

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