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Técnicas de Cerimonial e
Protocolo
Primeira parte:
Fundamentos e história do Cerimonial
Cerimonial Público
Questões de concurso
São Paulo
Agosto – 2010
Material organizado por Rafaela Malerba. Disponível em: <http://rafaelamalerba.weebly.com> 1
Conteúdo
1 Conceitos básicos .............................................................................................................................................. 3
2 Cerimonial formal e informal ................................................................................................................. 4
3 Importância e finalidade do cerimonial............................................................................................................. 5
3.1 O porquê da existência do Cerimonial e Protocolo ................................................................................... 7
4 Resgate histórico do cerimonial ........................................................................................................................ 7
5 Atuação profissional em cerimonial ................................................................................................................ 10
5.1 Atuação do Chefe de cerimonial ............................................................................................................. 10
5.2 Atuação e responsabilidades do Mestre de Cerimônias ......................................................................... 11
5.3 Quem é o Diretor de Protocolo? ............................................................................................................. 12
5.4 Quem é o cerimonialista? ........................................................................................................................ 12
5.5 Outros profissionais ................................................................................................................................. 14
5.6 Texto complementar: Sobre o papel do mestre de cerimônias .............................................................. 15
6 Planejamento e execução de cerimonial......................................................................................................... 16
6.1 Auxílios materiais..................................................................................................................................... 16
6.1.1 Roteiro ............................................................................................................................................. 16
6.1.2 Script ................................................................................................................................................ 16
6.1.3 Fichas de protocolo ......................................................................................................................... 17
6.1.4 Cartões de Protocolo e Prismas ....................................................................................................... 17
6.1.5 Relações ........................................................................................................................................... 17
6.1.6 Resumindo: auxílios materiais ......................................................................................................... 18
6.2 Recursos técnicos: equipamentos ........................................................................................................... 18
6.3 Planejamento do evento ......................................................................................................................... 19
6.3.1 Pré-qualificação do evento .............................................................................................................. 19
6.3.2 Adequação protocolar ..................................................................................................................... 20
6.3.3 Planificação e providências conforme a adequação protocolar: .................................................... 20
7 Normas do cerimonial público ........................................................................................................................ 20
7.1 Precedências ............................................................................................................................................ 20
7.1.1 Princípios ......................................................................................................................................... 21
7.1.2 Aplicação em situações especiais .................................................................................................... 21
7.1.3 Precedência no Poder Judiciário dos Estados e Municípios ............................................................ 21
7.1.4 Precedência entre secretários de estado (federal) ......................................................................... 21
7.1.5 Precedência entre ministros de estado ........................................................................................... 22
7.1.6 Precedência entre os governadores dos estados brasileiros .......................................................... 22
7.1.7 Precedência do corpo consular ....................................................................................................... 22
7.1.8 Igreja ................................................................................................................................................ 23
7.1.9 Universidades .................................................................................................................................. 23
7.1.10 Forças armadas ................................................................................................................................ 23
7.1.11 Âmbito privado ................................................................................................................................ 24
7.2 Pontos chave do Decreto N. 70.274, de 9 de março de 1972 .................................................................. 24
7.3 Organização de mesas diretoras (ou diretivas) ....................................................................................... 24
7.3.1 Mesas de plenário ........................................................................................................................... 25
7.3.2 Mesas em estilo linear (principalmente para o contexto corporativo) ........................................... 25
7.4 Símbolos nacionais – Lei n. 5.700, de 1º de setembro de 1971 ............................................................... 26
7.4.1 Selo Nacional ................................................................................................................................... 26
7.4.2 Armas Nacionais .............................................................................................................................. 27
7.4.3 Hino Nacional .................................................................................................................................. 27
7.4.4 Outros hinos .................................................................................................................................... 29
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1 Conceitos básicos
Cerimonial e Protocolo regem as relações e a civilidade entre as autoridades constituídas nos âmbitos
jurídico, militar, eclesiástico, diplomático, universitário, privado e em todas as instâncias do Poder Público.
No Brasil são basicamente condutas norteadas por leis municipais, estaduais e federais que resguardam
características culturais sob normas internacionais; sem esquecer, contudo, que enquanto linguagem são
passíveis de transformação e atualização. 1
Alguns conceitos são necessários para o início de nossos estudos.
Protocolo: o ju toàdeà o asàju ídi as,à eg asàdeà o po ta e tos,à ostu esàeà itosàdeàu aà
sociedade em um dado momento histórico, geralmente utilizadas nos três níveis de governo (federal,
estadualàeà u i ipal . 2 É o conjunto de formalidades que se devem seguir num ato solene ou festa
pública.
Etiqueta:à o ju toàdeà o asàdeà o po ta e toàso ial,àp ofissio alàeàfa ilia ,à ueà et ataàaà
so iedadeàe à adaà po aàdisti ta. à LUKOWE‘,à ,àp. áàeti uetaà àu àfe e o de cultura
popular. Os ingredientes da etiqueta são a cordialidade e a hospitalidade. Aí reside o Turismo de
Eventos. Destes dois elementos derivam os padrões e leis de etiqueta como a precedência do
hóspede sobre os anfitriões, as formulas de cortesia que exaltam os valores da amizade fraterna, da
boa sorte, da generosidade, da felicidade e da prosperidade. A etiqueta é muito mais ampla que o
protocolo e o cerimonial.
1
CERIMONIAL e protocolo para eventos – apostila do aluno. Rio de Janeiro: Fundação Universa / Ministério do Turismo, 2010. P. 5.
2
LUKOWER, Ana. Cerimonial e Protocolo. São Paulo: Contexto, 2009.
3
Ibidem. P. 10-11.
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Texto complementar: Abraço de Michelle Obama na rainha VEJA.com - A mídia fez barulho por causa do abraço que
é 'sinal dos tempos' a primeira-dama americana, Michelle Obama, deu na
rainha Elizabeth. A rainha é intocável?
Eliane - No protocolo rígido britânico, a rainha não pode
ser tocada. O contato físico tem que partir dela, e são
raríssimas as vezes em que a rainha estende a mão a
alguém. Creio que haja duas interpretações possíveis
sobre o abraço dado por Michelle Obama. Uma é que a
primeira-dama americana desconhecesse o protocolo, o
que é difícil. Duvido que ela não tenha sido preparada
para o encontro em Londres. Outra possibilidade, que eu
considero a mais provável, é que ela tenha usado do
abraço como uma forma de comunicação, uma maneira
de dizer à rainha quem ela é e de onde vem. Michelle é
dos Estados Unidos, uma nação com outros hábitos, ela
não é súdita da monarquia britânica. Deve ter sido pela
mesma razão que ela não flexionou os joelhos diante da
rainha.
VEJA.com - Mas, afinal, houve quebra de protocolo no
gesto de Michelle Obama?
Eliane - Não. Nesse sentido que proponho, o gesto de
Michelle não deve ser entendido como uma quebra, mas
sim como uma flexibilização do protocolo. O abraço dado
Ao passar o braço pelas costas da rainha Elizabeth II, da por ela é o sinal dos tempos, que pedem costumes mais
Grã-Bretanha, na semana passada, a primeira-dama gentis e suaves, mais humanos. O cerimonial está
americana, Michelle Obama, se tornou protagonista de mudando, os chefes de estado estão se despindo das
uma suposta gafe que correu o mundo. Sim, suposta gafe. regras engessadas e mostrando mais a sua cara. A rainha
Na avaliação de uma especialista no assunto, Eliane parece ter entendido e aceitado a atitude da primeira-
Ubillús - vice-presidente do Comitê Nacional do dama americana. O fato de ela ter levado a mão à cintura
de Michelle, em retribuição ao abraço, foi uma resposta
Cerimonial Público (CNCP) e da Organização
delicada, que em sua linguagem cênica disse: 'Vamos
Internacional de Cerimonial e Protocolo (OICP), entidades buscar proximidade, nossos países podem ter uma
que representam os profissionais da área de cerimonial -, relação mais estreita'. Além disso, a rainha também pode
o abraço não configurou quebra de protocolo ou sinal de ter procurado mostrar que não é racista.
despreparo da primeira-dama em relação à etiqueta da VEJA.com - Já o primeiro-ministro da Itália, Silvio
diplomacia. Foi, isso sim, uma consciente flexibilização Berlusconi, parece ter descontentado a rainha Elizabeth
das regras cerimoniais. ao cumprimentar, em voz alta, o colega Obama após a foto
do tipo álbum de família dos chefes de estado.
Para a especialista, Michelle mostrou
Eliane - Em encontros de chefes de estado como o da
personalidade, com uma atitude que evidencia a
cúpula do G-20, na semana passada, não se pode falar
modernização do protocolo público, cada vez menos
rígido. "É um sinal dos tempos", comenta Ubillús. Já a alto. Não se pode chamar a atenção. É uma questão de
delicada retribuição por parte da rainha indicaria que ela respeito à soberania dos estados, regulamentada já em
compreendeu e apreciou o gesto, e também que deseja 1815 pela Convenção de Viena: nenhum país é maior que
estreitar relações com os Estados Unidos. Outro exemplo os outros, todos são soberanos, todos são iguais. A rainha
de gesto com subtexto é o efusivo cumprimento que o certamente não gostou da postura do Berlusconi, que foi
presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu do colega desrespeitosa. O Berlusconi tem dado demonstrações de
americano, Barack Obama, no encontro do G-20. "Obama péssima postura, talvez faça isso para chamar atenção.
está querendo se fazer amigo e acalmar o Lula, que vem
batendo forte nos países ricos." Leia a seguir a entrevista
com a especialista.
4
Texto extraído de: LUKOWER, Ana. Cerimonial e protocolo. São Paulo: Contexto, 2009. P.12-13.
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começa somente com os noivos dançando, seguido dos pais, padrinhos e, por fim, dos convidados. Não há uma
lei especificando esta sequência, porém a tradição rege este tipo de cerimonial, que quando é omitido ou
mudado causa espanto por fazer o evento perder sua referência.
Como consequência, muitas tradições são consagradas pelo uso e transforma-se em leis. Na verdade,
ambas modalidades estão tão misturadas, que suas origens se confundem.
Podemos utilizar a base do Protocolo formal, ou seja, a legislação, para eventos não oficiais, mas que
possuem certa formalidade. É o que ocorre com a questão da precedência: se uma empresa possui um
presidente, um vice-presidente, alguns diretores e gerentes, podemos perfeitamente adaptar a Ordem Geral de
Precedências para a formação de uma mesa de plenário destes participantes, ordem de discursos ou outras
etapas do evento. Logo, o presidente da empresa, ou seu vice-presidente, sempre presidirá as solenidades do
evento.
5
Texto extraído de: SPEERS, Nelson. Importância do cerimonial. Disponível em: <http://www.cncp.org.br/index.htm?conteudo=noticias&id=78>. Acesso
em: 6 ago. 2010.
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O processo cerimonial de respeito recíproco, passa cada vez mais, a depender dos sistemas de
comunicação. Os espaços se modificavam em razão de novos valores. A comunicação originalmente por gestos e
sons guturais se transformam em sistemas de comunicação. Tudo isso estava envolvido no convívio. Convívio
que sempre implicava hábitos, normas, por conseguinte o cerimonial. [...]
O homem freqüentemente considera um sistema de comunicação insuficiente para dizer do seu espaço
e o do outro. Recorre a vários. Coloca-os em seqüência ou simultâneo e aí começam a surgir os ritos, as
cerimônias específicas. Isso é inerente ao homem, a criatura humana.
As comunicações dirigidas ao inte lo uto àpa aàdize àdeàseuà espaço àdife e à aà ua tidadeàeà aàfo a,à
de cultura para cultura. [...]
Uma característica, distinta da cultura de hoje, é aquela que encontramos inserida no I-LI, livro do
cerimonial da Velha China, escrito com inspiração nos pensamentos de Confúcio, traduzido pelo chinólogo John
G ee eàeàpu li adoàe à à oàVIIIà olu eàdoà P o sthai sào ie talàse ies à o àoàtítuloà TheàI-Li on Book of
eti uetteào à e i o ial ,àsalie ta doàoà alo àeài po t iaàdaà od stiaàeàhu ildade.àEstes dois sentimentos,
embora não desconhecidos pelo homem de hoje, tem presença na atual cultura de forma bem distinta, mas
ainda é o caminho para um convívio saudável.
Na contra partida, o autoengrandecimento do homem em uma sociedade encontra na civilização egípcia
um exemplo de destaque que é o do Faraó, que se fazia respeitar como divindade e poder terreno.
Igualà te d iaà a osà e o t a à aisà ta deà oà i p ioà Oto a oà o deà oà ko à to à p oste aç o à
perante o Sultão era imprescindível. No mesmo sentido da auto valorização encontramos ainda para
exemplificar, entre os Duques de Borgonha, que no auge do poderio e da riqueza, não tendo linhagem real,
recorriam a referida auto valorização, com rituais e hábitos pomposos para se situarem no contexto.
Nesses dois últimos exemplos, a importância do cerimonial se faz presente como sendo de uma
importância negativa, a ponto de ao chegar a corte dos Luízes da França passar a ser usado como instrumento
para segregação social.
O que acabamos de nos referir, se enquad aà pe feita e teà aà leià so ial:à oà ueà pa aà u aà te d iaà
so ialà u à se tidoà se p eà ha e à out aà te d iaàe à se tidoà dia et al e teà oposta .à U aà passage à pelaà
história do cerimonial comprova plenamente essa afirmação.
É importante que esclareçamos que, o convívio do homem não se transformou, não evoluiu por igual no
tempo e no espaço. Ainda hoje a antropologia política nos indica nos mais diversos lugares, sociedades as mais
distintas, entre as quais ainda podemos encontrar formas bem primitivas de estruturas, mas todas sempre, com
normas de convívio, com o cerimonial como suporte.
As formas de comunicação de que se vale o homem não são exclusivas de uma mesma cultura e muito
menos o são de uma mesma atividade. Neste sentido ele, o cerimonial, está nos poderes de um Estado, no
relacionamento desses Estados, no esporte, na religião, na universidade, no convívio das múltiplas instituições e
sociedades que os homens se agrupam. [...]
Nesses cerimoniais, a sequência também é informação. A sequência e a diversidade de informações se
incorporam em rituais distintos, muitas vezes correspondentes a uma mesma área. A universidade é uma dessas
áreas.
Estamos, com o que informamos até esta altura, dando cumprimento ao nosso propósito de dizer o
quanto é o cerimonial importante para o homem. Ele é, o elemento que viabiliza o homem se aglutinar em
grupos, sem dúvida, os mais distintos.
Os pensamentos de Taylor e Fayol sobre os princípios da racionalização do homem em que procuram
todos, obter o máximo em decorrência de seus esforços no trabalho.
Esse agrupamento de homens para o trabalho, permitiu constatar-se logo que o rendimento era
superior, em um ambiente de recíproco respeito e compreensão, dando a cada grupo, aquilo que
verdadeiramente constituía sua expectativa.
Para atingir esses resultados satisfatórios, surgiram medidas e providências adequadas e metodizadas
pe ti e tesàaàu aàati idadeà ha adaà ‘elaç esàPú li as .à
Salientamos entretanto que aqueles a quem cabe transmitir essas normas, medidas e providências
válidas para RR.PP., não tomaram, a meu ver, plena consciência de que para chegar as mesmas, há necessidade
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deà ha e à p i ei a e teà oà espeitoà peloà espaço à doà out o,à doà pú li oà eà seusà o po e tes,à da doà
si ulta ea e teà i fo esà so eà oà espaço à deà ue à a eles se dirige. A isso, podemos entender como
CERIMONIAL, que a definição que apresentamos torna-o suficientemente abrangente para as situações que
vimos nos referindo.
Como podemos concluir, cerimonial permite que haja um respeito recíp o oà dosà espaços à
psicoemocionais e socioculturais, entre aqueles que convivem. Não há, entretanto, a preocupação aqui, de que
o relacionamento seja somente com grupos ou públicos como em RR.PP. E uma atividade mais ampla, portanto
válida para RR.PP., dentro do princípio de que quem pode o mais pode o menos.
Insistimos, no entanto, que sem essa atividade do cerimonial, RR.PP. praticamente jamais chegará ao
âmago das reais expectativas dos públicos ou grupos envolvidos. Essa é uma das facetas da máxima importância
do cerimonial.
Estando o cerimonial inerente a todo convívio do homem, certamente ele está envolvido na atividade
e o i aà daà glo alizaç o .àE à de o ia,à oà ho e à de t oà dessaà i u st iaà daà glo alizaç o,à te à ueà
viver certamente em mais de uma cultura.
Os meios de comunicação, incluindo os transportes e a Internet, tornam intenso o ritmo dessa
convivência, resultando em uma necessidade cada vez maior de informações. Quem as necessita, será
p o a el e te,à u à E e uti o .à Eleà usa à essasà i fo aç es,à e à espaços os mais diversos e sempre cuidará
para verificar se o tempo não a defasou.
6
Texto extraído de LUKOWER, Ana. Cerimonial e protocolo. São Paulo: Contexto, 2009. P.11-12.
7
Texto extraído de: SILVA, Renata Almeida de Souza Aranha. O discurso do mestre de cerimônias: perspectiva dialógica. 2007. 247 f.Dissertação
(Mestrado em Linguística Aplicada e Estudos da Linguagem). Faculdade de Comunicação e Filosofia, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, 2007.
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Muitas civilizações antigas tiveram no comando sacerdotes, juízes e reis. Para Lins, isso justifica o atual
cerimonial das igrejas tradicionais e dos tribunais com sinais majestáticos como o púlpito usado por um líder
religioso, em um palco, o que o mantém certa distância do público, também a posição elevada do juiz, protegido
por uma grade. As batalhas e a guerra entre tribos e nações resgatam a tradição das cerimônias do exército e da
marinha, fixados, segundo o embaixador, nos uniformes e adereços, como medalhas e insígnias, por exemplo.
A herança para o cerimonial está em alguns componentes: o símbolo do governante e da autoridade; a
hierarquia e a ordem de precedência; o cerimonial de poder e de corte com cortejo; as regras do ritual de
hospedagem, assim como a linguagem de saudação, de amizade, de orações e de discurso. O cerimonial torna-
se um instrumento de globalização imperial do qual descende o cerimonial diplomático em sua versão moderna
e os grandes eventos. (2002, p. 88-89).
O cerimonial ocidental se estruturou, porém, na Idade Média, quando tanto os códigos de cavalaria
como os rituais de corte e dos soberanos ganharam expressão numa linguagem que já existia mas só então se
tornou universal. A heráldica com seus escudos e brasões constituía um sistema jurídico e político pelo qual se
provavam ou comprovavam os direitos de sucessão e herança.
Na época do Renascimento, o cerimonial ocidental sofreu grandes transformações e apresentou a sua
transição para o mundo moderno. Dos castelos surgiram os palácios urbanos cercados por cidades que
abrigavam uma nova classe so ial:àaà u guesia.à E i ue e doà o àoà o io,àaà o aà o ezaàt a sfo ouàos
palácios em centro de ocupação de artesãos e artistas, escritores, poetas e músicos. A arte suplantou a
o oto iaàdaàhist ia (Lins, 2002, p. 91).
A evolução do cerimonial retrata as mudanças sociais e o comportamento dos cidadãos. Essa associação
entre poder e riqueza pode ser observada ainda nos dias de hoje. Há pouco tempo, em São Paulo, a sede do
Poder Executivo Municipal estava instalado em um prédio nada convencional à modernidade da cidade. Mais
parecia um antigo palácio bem no centro da metrópole. A proximidade com autoridades ainda mantém o
cerimonial mais presente nas esferas federal, estadual e municipal dos poderes Executivo, Legislativo e
Judiciário. [...]
O cerimonial é rito?
Os primeiros registros do cerimonial datam de épocas proto-históricas, há 40 mil anos. Alguns
antropólogos interpretam as pinturas rupestres do paleolítico, na região de Altamira e Morella de la Vella, na
Espanha, como cenas de celebração: caçadas, visitas de chefes de tribos vizinhas, reuniões do clã para celebrar
efemérides, cenas de batalha. Nessas imagens, constata-se o resgate de quatro cerimoniais rituais: de corte,
festas, religião e do poder bélico do soberano (Lins, 2002, p. 19).
A palavra cerimonial sempre esteve associada à palavra ritual, até mesmo nos dicionários de língua.
Recuperando a perspectiva da Antropologia é possível buscar o elo entre esses dois termos. Mais do que um
vínculo entre cerimonial e ritual, a etnóloga francesa Martine Segalen (2002), discute essa relação na obra Ritos
e Rituais Contemporâneos. A discussão tem início colocando uma importante uest o:à ito,à itual,à e i ia,à
festa:à ualàoà o teúdoàse ti o? à“uaàinvestigação parte dos estudos lingüísticos de Benveniste:
“egu doàoàli güistaàÉ ileàBe e iste,àaàpala aà ito àte iaà i doàdeà itus, ueàsig ifi aà o de àp es ita ,àte oà
associado a formas gregas tais o oàa tusà o de aç o ,àa a iskoà ha o iza ,à adapta àeàa th os,à ue evoca o
laço ,àaà ju ç o .àJu toà o àaà aizàa à ueà de i aàdoài do-europeu védico (rta, arta), a etimologia remete essa
análise à ordem do cosmo, à ordem das relações entre os deuses e os homens, à ordem dos homens entre si.
(2002, p. 17)
Naà p p iaà eti ologiaà daà pala aà itual ,à assi à o oà aà deà e i o ial,à h uma relação entre a
organização dos homens entre si. Ainda que o uso das palavras ito ,à itual ,à e i ia ,à e i o ial à eà
sole idade àapa eça ài disti ta e te, segundo a autora, as origens encaminham-se aos ritos cívicos solenes,
de origem profana. Como o ritual marcou a atividade humana, o cerimonial dominou (e marca até hoje) as
atividades que envolvem esses rituais. Nesta dissertação os termos cerimônia e solenidade são usados como
sinônimos. [...]
Além da configuração espaço-temporal, o rito se caracteriza por uma série de objetos codificados que
representam os bens comuns de um grupo social, usados como um sistema de linguagens e comportamentos
próprios. Nessa perspectiva, o ritual faz sentido para os que dele participam, marcam épocas e representam
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dete i adasà es olhasà eà te posà so iais.à Oà itualà ... à o de aà aà deso de ,à at i ui sentido ao acidental e ao
incompreensível, confere aos atores sociais os meios para domina à oà al,à oà te poà eà asà elaç esà so iais à
(Segalen, 2002, p. 31-32)
Nota-se que o vínculo entre o ritual e o cerimonial é significativo para compreender o cerimonial. Essa
atividade também organiza o que não está organizado, atribuindo sentido e estabelecendo atores sociais para
legitimar essa a u aç o .àOàmestre de cerimônias é um desses atores. Os ritos são caracterizados por atos
simbólicos manifestados por emblemas materiais e corporais, como o uso de um brasão, a insígnia institucional,
distintivos de associações, sociedades, trajes e objetos específicos, qualquer alusão simbólica que faça com que
o indivíduo se diferencie dos demais.
Enquanto conjuntos fortemente institucionalizados ou efervescentes, os ritos devem ser considerados
sempre como um conjunto de condutas individuais ou coletivas relativamente codificadas, com suporte corporal
(verbal, gestual e de postura), caráter repetitivo e forte carga simbólica para atores e testemunhas. (Segalen,
2002, p. 32)
O rito precisa ser reconhecido, validado. Seu caráter repetitivo, porém, não pode representar sozinho
esse reconhecimento. Almoçar não é um rito somente porque é feito todos os dias. Há rito quando ele
acompanha as modificações dos grupos sociais, organiza as relações entre os homens, evidencia condutas e
si olizaà aç es,à h itosà eà ostu es.à Pa aà se à efi az,à oà itoà depe deà deà u a validade global do cerimonial,
i sepa elàdeàu aàli eidadeà e o he idaàpo àtodos (Segalen, 2002, p. 33).
Quando estabelece diferenças entre classes e grupos, como a autoridade que está na mesa de honra e o
público que está no local determinado, o cerimonial, segundo Estellita Lins, atribui à classe dominante ou
governante o papel modelar e a seus membros os papéis individuais de protagonistas da história, assim como as
instituições, que são distinguidas entre aquelas que dominam o cenário e às demais concede papéis secundários
nos atos e eventos (2002, p. 62-63).
Para que uma cerimônia seja considerada oficial, ou seja, um conjunto de ritos reconhecido por uma
instituição, são necessárias algumas condições: a celebração de um ato oficial ritualizado, o caráter solene da
celebração e a participação direta de autoridades com o estabelecimento e posicionamento de uma hierarquia
que expressa e representa significados sociais e políticos de autoridade e poder. Para Lins, cada uma das três
condições tem um caráter normativo, materializado em leis, regras, tradições, hábitos rotineiros,
recomendações, o selhosàeà egula e tosà ueà ege àeà o duzem a organização de cada etapa da execução
cerimonialística. Onde faltar uma daquelas três condições básicas, não ha e à e i o ialàpú li oàofi ial à ,à
p. 167)
Para que um ritual seja reconhecido como tal, aspectos prescritivos como o convite ou mesmo o roteiro
com os itens da cerimônia e as tradições devem ser consideradas e utilizadas. Nada que possa desconsiderar
hábitos e costumes de um determinado grupo social ou mesmo da sociedade de uma maneira geral deve ser
tratado como cerimonial. O respeito pela história é elemento que constitui a atividade e não deve ser
esquecido8.
8
Referências bibliográficas das citações do texto:
LINS, A. E. Etiqueta, Protocolo & Cerimonial. Brasília: Linha Gráfica Editora, 1991.
LINS, A. E. Evolução do Cerimonial Brasileiro – aulas e conferências. Recife: Comunigraf Editora, 2002.
SEGALEN, M. Ritos e rituais contemporâneos. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2002.
9
Texto organizado a partir de trechos da seguinte obra: SILVA, Renata Almeida de Souza Aranha. O discurso do mestre de cerimônias: perspectiva
dialógica. 2007. 247 f.Dissertação (Mestrado em Linguística Aplicada e Estudos da Linguagem). Faculdade de Comunicação e Filosofia, Pontifícia
Universidade Católica de São Paulo, 2007.
10
Ibidem.
Material organizado por Rafaela Malerba. Disponível em: <http://rafaelamalerba.weebly.com> 11
administração, o que lhe garante o conhecimento sobre o objetivo a ser atingido com a solenidade planejada
por ele.
Seguindo a tradição, as normas e o objetivo proposto, o chefe do cerimonial estabelece as atividades da
cerimônia, tais como a entrega de homenagens, a execução dos hinos e os pronunciamentos e define as
autoridades e personalidades convidadas.
Depois de definida a dinâmica do evento, o chefe do cerimonial elabora um roteiro com a ordem
seqüencial dos acontecimentos e elabora também o script com o texto a ser lido pelo mestre de cerimônias.
O Mestre de Cerimônias não deve ser confundido com o Chefe do Cerimonial. E isso é o que vemos
sempre, resultando num acúmulo de funções para este último e comprometendo o sucesso do
empreendimento.
O Chefe do Cerimonial ou Coordenador de Eventos é responsável pelo planejamento, coordenação e
organização do evento, em todas as suas fases, além do protocolo de implantação com as precedências e
tratamentos de acordo com a legislação específica, planejando o roteiro da solenidade.
Neste momento, entra o Mestre de Cerimônias que, a partir desse roteiro, produzirá o script final, anunciando
as fases do evento.
É impossível para o Chefe do Cerimonial ser o Mestre de Cerimônias, pois o primeiro tem tantos
detalhes para verificar que necessitaria, volta e meia, sair da tribuna para resolver os percalços que acontecem
durante um evento. Esse corre-corre resultaria em uma ansiedade natural, comprometendo a fase mais bela do
evento: a sua implantação.
11
Texto extraído de MEIRELLES, Gilda Fleury. Disponível em: < www.megabrasil.com.br>. Acesso em: 20 jul. 2010.
12
Texto extraído de MEIRELLES, Gilda Fleury. Disponível em: < www.megabrasil.com.br>. Acesso em: 20 jul. 2010.
Material organizado por Rafaela Malerba. Disponível em: <http://rafaelamalerba.weebly.com> 12
13
Texto extraído de: SILVA, Renata Almeida de Souza Aranha. O discurso do mestre de cerimônias: perspectiva dialógica. 2007. 247 f.Dissertação
(Mestrado em Linguística Aplicada e Estudos da Linguagem). Faculdade de Comunicação e Filosofia, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, 2007.
14 Ibidem.
15
Texto extraído de: OLIVEIRA, J. B. Como promover eventos: cerimonial e protocolo na prática. São Paulo: Madras, 2000.
Material organizado por Rafaela Malerba. Disponível em: <http://rafaelamalerba.weebly.com> 13
cerimonialistas, termo usado para designar o profissional que detém o conhecimento das normas do
cerimonial. 16
Como o termo é recente, convém verificar como o mercado o tem utilizado. No mercado de
casamentos, os cerimonialistas costumam ter uma atuação de organizadores de eventos e, dessa forma, o
termo tem sentido mais amplo. Vejamos dois fragmentos de sites.
Diferente de algumas décadas atrás, os casamentos hoje não são apenas uma simples cerimônia para a
família. A união do casal envolve uma festa cheia de etiquetas e protocolos, um verdadeiro evento que exige
muito jogo de cintura tanto para organizar a data como planejar o orçamento. "O mais importante é cada casal
seguir a sua personalidade e aproveitar o que tem de melhor para eles. A minha função é mostrar as opções e
adequá-las ao orçamento dos noivos, que nem sempre devem seguir o que está na moda. A gente reduz o que é
menos importante, observa o que é necessário ou não e usa a criatividade. O casal não pode começar a vida a
dois endividado", ressalta a cerimonialista Adriana Ribeiro, que também tem formação em economia. Hoje em
dia, a chamada assessoria cerimonial em casamentos vai desde a escolha de todos os fornecedores para a festa
(fotógrafo, buffet, entre outros), confecção e distribuição de convites até ensaio na Igreja. Entre os pacotes
oferecidos, o mais comum é usar o serviço para confirmação de convidados, atendimento na montagem,
recepção e execução da festa.
Vila Mulher. Disponível em: <http://vilamulher.terra.com.br/rotina-de-cerimonialista-3-1-30-361.html>
A Casar é Fácil é um cerimonial especial. Nosso maior objetivo é ajudar a noivinha a organizar seu
casamento da forma mais alegre e descontraída possível, sempre com muita conversa, bom humor e simpatia.
Tomando conta de todos os detalhes para que os noivos e seus familiares possam aproveitar todos os
momentos da cerimônia e festa sem se preocupar com nada. A Casar é Fácil acredita que o sonho dos noivos é o
mais importante e nós estamos aqui para realizá-lo com VOCÊ!
O cerimonialista cuida de todo esse planejamento, analisando o perfil dos noivos e indicando os
fornecedores que se encaixam nesse perfil, de acordo obviamente com o orçamento do casamento, poupando
assim o tempo dos noivos e indicando pessoas qualificadas. O mais difícil e conseguir a mesma data em todos os
fornecedores que a noiva quer. Só com muita antedecência mesmo!
O cerimonialista também sabe com que antecedência cada fornecedor deve ser contactado e dispõe de
algumas facilidades... como poder segurar uma reserva, descontos em alguns itens, melhores condições de
pagamentos, etc.
Na semana do casamento, o cerimonialista faz um check list com cada fornecedor para se certificar que
tudo vai sair perfeito. Ah! E um ensaio na igreja. Também uma reunião final com os noivos para montar o
cronograma da festa com todos os detalhes de como tudo vai acontecer Sempre, é claro, de acordo com o
sonho dos noivos (essa reunião pode ser semanas antes).
Casar é fácil. Disponível em: <http://casarefacil.blogspot.com/2008/04/o-que-faz-um-cerimonialista.html>
16
SILVA, Renata Almeida de Souza Aranha. O discurso do mestre de cerimônias: perspectiva dialógica. 2007. 247 f.Dissertação (Mestrado em Linguística
Aplicada e Estudos da Linguagem). Faculdade de Comunicação e Filosofia, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, 2007.
Material organizado por Rafaela Malerba. Disponível em: <http://rafaelamalerba.weebly.com> 14
17
Ibidem.
Material organizado por Rafaela Malerba. Disponível em: <http://rafaelamalerba.weebly.com> 15
SILVA, Osni Carlos Fanini. Disponível em: <http://www.cncp.org.br/secao.405,materia.645.aspx>. Acesso em: 20 jul. 2010.
Material organizado por Rafaela Malerba. Disponível em: <http://rafaelamalerba.weebly.com> 16
6.1.1 Roteiro18
A própria definição encontrada em dicionários14 determina que objetivo do roteiro é guiar, regular
procedimentos ou atos. Esse tipo de texto, prescrito não somente para o mestre-de-cerimônias, mas para todos
que vão atuar na solenidade, seja na mesa de honra, nas apresentações musicais ou nos bastidores, vai
regulamentar a ordem com que as coisas vão acontecer durante a solenidade.
áàdefi iç oàdeà otei oàe o t adaà oàDi io ioàHouaissà à àaà elaç oàdeàt pi osàaàse e àa o dadosà
e àt a alho,àdis uss oàet ;àte toà ueà o t àdi logos,àpla os,à e iosàdeàfil e,àpeçaàteat alàet .
[...] No cerimonial, o roteiro é a seqüência das ações colocada em tópicos, por exemplo, abertura da
solenidade; composição da mesa de honra; execução do Hino Nacional etc. Assim, as pessoas envolvidas na
cerimônia podem acompanhar o desenrolar da solenidade e saber o que vai acontecer em seguida.
Para Meirelles (2006, p. 21), o roteiro é o resumo de todas as fases do evento em tópicos e vai determinar
o script. Um roteiro adequado deve ser claro em sua apresentação, fornecendo todas as informações sobre o
evento (horário, intervalos, pronunciamentos etc) e deve conter espaços para anotações de última hora entre as
linhas.
Muito utilizado pelo chefe do cerimonial para auxiliar os componentes da mesa de honra e os
funcionários que trabalham na solenidade, o roteiro é um documento menos detalhado do que o script, porém,
também apresenta informações que vão facilitar a atuação de todos os envolvidos na cerimônia: o maestro do
coral, por exemplo, será guiado pelo roteiro e saberá o exato momento da execução do Hino Nacional.
A entrega do roteiro é feita pelo chefe do cerimonial (ou pelo responsável/organizador do evento)
durante reuniões com os participantes da cerimônia, ou seja, recepcionistas, músicos, funcionários da
secretaria, da equipe de segurança, bufê etc. O mestre-de-cerimônias também recebe o roteiro para
confeccionar o seu texto ou para saber como a solenidade vai acontecer, caso o chefe do cerimonial entregue,
posteriormente, o script pronto.
6.1.2 Script19
O script, em cerimonial, é mais detalhado do que o roteiro. Com a indicação do que será falado pelo
mestre-de-cerimônias durante o evento, o script traz informações que auxiliam não só o mestre-de-cerimônias,
mas as autoridades que necessitam de algum pronunciamento especial durante a solenidade. No início do
evento é comum que a maior auto idadeàfaçaàaàa e tu aàofi ialàdaà e i iaàeàutilizeàaàsegui teàf ase:à De la oà
a e taà aà e i iaà deà posse... à Muitasà ezes,à essaà f aseà est à oà s iptà eà o ie taà aà o dutaà deà ue à i i iaà aà
solenidade.
O script reúne, além do texto do mestre-de-cerimônias, os tópicos determinados no roteiro, indicando a
ação e o que deve ser falado para concretizar essa ação.
Várias nomenclaturas são adotadas pelos cerimonialistas para definir o roteiro e o script. Alguns utilizam
pauta àeà o de àdoàdia àpa aàdesig a àoà oteiro, e usam roteiro para denominar o script. A pauta é o roteiro
dos assuntos que serão abordados em um jornal, entrevista, reunião etc. A ordem do dia, termo usado nas
sessões plenárias do Poder Legislativo, é o conjunto de matérias que será apreciado durante a sessão,
relacionado em tópicos. O uso de roteiro para designar o script justifica-se até mesmo pela definição do
dicionário, que apresenta os termos como sinônimos.
18
Texto extraído de: SILVA, Renata Almeida de Souza Aranha. O discurso do mestre de cerimônias: perspectiva dialógica. 2007. 247
f.Dissertação (Mestrado em Linguística Aplicada e Estudos da Linguagem). Faculdade de Comunicação e Filosofia, Pontifícia Universidade
Católica de São Paulo, 2007.
19
Texto extraído de: Ibidem.
Material organizado por Rafaela Malerba. Disponível em: <http://rafaelamalerba.weebly.com> 17
O script, para Meirelles, deve ser elaborado pelo mestre-de-cerimônias, de preferência com uma revisão
final de quem o contratou.
Se, durante a solenidade, o mestre-de-cerimônias precisar dar um aviso, deve atentar para que não
interrompa a seqüência da programação, segundo Meirelles, e só deve dar esse aviso se o assunto for
extremamente importante, como o falecimento de alguém relacionado ao evento ou ausência/atraso que
o p o etaàouàalte eàoàdese ol i e toàdosàatos.àEàa es e ta:à OàMest eàdeàCe i iasàde eàda àoàa isoàdeà
forma clara, rápida e objetiva, porém, com os detalhes necess ios .à ,àp.à .
6.1.5 Relações22
As relações são duas listas distintas. A primeira é a de autoridades e personalidades já referidas. Não é
obrigatória, vez que já existem fichas. Entretanto... poderá ocorrer o extravio.
A segunda relação é de ordem eminentemente prática. Seu objetivo é racionalizar o trabalho do
cerimonial, desobrigando-o de portar, folhear e ler uma papelada farta e redundante: as mensagens de
congratulações e de justificativas de ausência.
Já observaram como são?
- Quanto à forma, diferentíssimas: ofícios, telegramas, telex, fax, memorandos, emails... dos mais
diversos formatos e tamanhos. E o cerimonial tem que equilibrá-los, ordená-los, analisá-los e lê-los. (Quem é
20
Texto extraído de: SILVA, Renata Almeida de Souza Aranha. O discurso do mestre de cerimônias: perspectiva dialógica. 2007. 247 f.Dissertação
(Mestrado em Linguística Aplicada e Estudos da Linguagem). Faculdade de Comunicação e Filosofia, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, 2007.
21
Texto extraído de: OLIVEIRA, J. B. Como promover eventos: cerimonial e protocolo na prática. São Paulo: Madras, 2000.
22
Texto extraído de: Ibidem.
Material organizado por Rafaela Malerba. Disponível em: <http://rafaelamalerba.weebly.com> 18
es oàoà e ete te?à Cad àoàse à o eàeàseuà a go? Tudoàissoàse àp ejuízoàdosàdemais papéis: roteiro,
currículos, fichas, anotações, recados.
- Quanto ao conteúdo, repetitivíssimas: mutatis mutandis, dizem as mesmas previsíveis palavras, com
raras e honrosas exceções.
Por que, então, ler uma a uma?
Resumindo, o encarregado do Protocolo elencará, por ordem de importância e precedência, toda essa
correspondência e a disporá em uma lista – a relação de justificativas e cumprimentos – que irá para o
cerimonial. Este, no momento azado, anunciará:
— Recebemos diversas mensagens de congratulações e de justificativas de ausência, que agradecemos
eàa u ia osàaàsegui ...
Lê então, obedecendo a ordem de precedência, o nome o cargo ou função do remetente.
Poderá dar-se o caso de o Presidente achar por bem que o Cerimonial destaque – lendo textualmente –
alguma mensagem especial, de autoridade ou personalidade vinculada afetivamente à instituição, o que dará
colorido emocional ao ato, valorizando-o.
Testes anteriores.
Extensões, pilhas e baterias reserva.
Tribuna
Lugar ocupado por um orador, geralmente à esquerda das pessoas sentadas junto à mesa.
Está na posição correta?
O microfone foi testado?
Está estável?
A iluminação permite a leitura? (Pensem nisso ao apagar a luz para passar um filme ou
apresentação)
Panóplia
Suporte para bandeiras
Deve completar a visão frontal da mesa: à direita das pessoas sentadas junto à mesa.
7.1 Precedências
É importante conhecer seus princípios e saber onde as informações podem ser encontradas.
Devem-se observadas rigorosamente em eventos de caráter público.
Orientam o organizador de eventos privados a aplicar seus princípios para o contexto que atua.
Segundo o dicionário Aurélio da língua portuguesa, PRECEDÊNCIA (do verbo preceder, derivado do latim
“preacedere à = ir à frente ou na frente ,à :à preeminência ou preferência no lugar e assento - primazia –
supe io idade... .
De acordo com Nelson Speers, autor do livro Cerimonial para relações públicas, a precedência é
reconhecer a primazia de uma hierarquia sobre a outra, e tem sido, desde os tempos mais antigos, e em todas
as partes, motivo de normas escritas, cuja falta de acatamento provoca desgraças . A precedência sempre foi e
sempre será motivo de controvérsias, causando transtornos aos chefes de cerimonial. 23
23
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA. Pró-Reitoria de Extensão Universitária. Manual do cerimonial universitário da Unesp
São Paulo : Unesp, 2008.Disponível em: <http://www2.feb.unesp.br/site1/manual_dividido>. Acesso em: 20 jul. 2010.
Material organizado por Rafaela Malerba. Disponível em: <http://rafaelamalerba.weebly.com> 21
7.1.1 Princípios
Hierarquia
Idade
Antiguidade da diplomação, cargo ou função
Data de constituição ou criação
Ordem alfabética
Interesses políticos e comerciais
Bom senso
7.1.8 Igreja24
O lugar de honra é o altar. À direita ficará a Bandeira Nacional e, à esquerda a Bandeira da Santa Sé.
A ordem de Precedência, de acordo com a ordem hierárquica é a seguinte.
Cardeal Primaz
Cardeal
Núncio Apostólico
Patriarcas, Arcebispos e Bispos
Pronotórios Apostólicos
Prelado Doméstico
Camareiro Doméstico
Arcediagos
Arciprestes
Vigários Episcopais
Vigários e Sacerdotes
Diáconos e Religiosos
7.1.9 Universidades25
Nas Universidades a precedência é regulada pelo princípio de antiguidade, ou ainda, como alternativa
interna, obedece-se ao Organograma ou Estrutura Hierárquica. Como fonte, citamos o Cerimonial da Universidade
do Estado de São Paulo- USP, aprovado em 28.02.1940, que o torna defasado, mas ainda é o mais utilizado.
Reitor
Vice-Reitor
Diretor
Professor Honorário – Ho o isàCausa à
Professor Titular
Professor Assistente
A Lei 6.800 de 09.08.1980, que dispõe sobre o estatuto dos Militares e sobre a Hierarquia Militar e
Disciplina é a que, por conseguinte, estabelece a precedência entre militares.
24
CERIMONIAL e protocolo para eventos – apostila do aluno. Rio de Janeiro: Fundação Universa / Ministério do Turismo, 2010. P. 5.
25
Ibidem.
Material organizado por Rafaela Malerba. Disponível em: <http://rafaelamalerba.weebly.com> 24
Nenhum convidado poderá se fazer representar nas cerimônias em que o Presidente da República
comparecer.
Quando o Presidente da República se fizer representar em solenidade ou cerimônias, o lugar que compete
a seu representante é à direita da autoridade que as presidir.
Os Ministros de Estado presidirão as solenidades promovidas pelos respectivos ministérios ou nas sedes
destes ministérios.
Chefes do executivo sempre precedem o anfitrião da solenidade.
Um homenageado seguirá o anfitrião, à exceção de casos em que o representante do chefe do executivo
estiver presente.
Quando houver dois cargos para uma mesma autoridade, utilizar sempre o de maior destaque para
posicioná-la à mesa.
26
Ibidem.
27
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA. Pró-Reitoria de Extensão Universitária. Manual do cerimonial universitário da Unesp
São Paulo : Unesp, 2008.Disponível em: <http://www2.feb.unesp.br/site1/manual_dividido>. Acesso em: 20 jul. 2010.
Material organizado por Rafaela Malerba. Disponível em: <http://rafaelamalerba.weebly.com> 25
28
BRITTO, J.; FONTES,N. Estratégias para eventos. São Paulo: Aleph, 2002.
Material organizado por Rafaela Malerba. Disponível em: <http://rafaelamalerba.weebly.com> 26
Uso obrigatório:
Palácio da Presidência da República e na residência do Presidente.
Edifícios-sede dos Ministérios
Congresso Nacional;
Supremo Tribunal Federal, Tribunais Superiores e Tribunais Federais de Recursos.
Edifícios-sede dos poderes executivo, legislativo e judiciário dos estados.
Prefeituras e Câmaras Municipais.
Frontaria dos edifícios de repartições públicas federais.
Quartéis militares, fortalezas e navios de guerra.
Frontaria ou salão principal das escolas públicas.
Papéis de expediente, nos convites e nas publicações oficiais de nível federal.
Parte I Parte II
Ouviram do Ipiranga as margens plácidas Deitado eternamente em berço esplêndido,
De um povo heróico o brado retumbante, Ao som do mar e à luz do céu profundo,
E o sol da liberdade, em raios fúlgidos, Fulguras, ó Brasil, florão da América,
Brilhou no céu da pátria nesse instante. Iluminado ao sol do Novo Mundo!
Se o penhor dessa igualdade Do que a terra, mais garrida,
Conseguimos conquistar com braço forte, Teus risonhos, lindos campos têm mais flores;
Em teu seio, ó liberdade, "Nossos bosques têm mais vida",
Desafia o nosso peito a própria morte! "Nossa vida" no teu seio "mais amores."
Ó Pátria amada, Ó Pátria amada,
Idolatrada, Idolatrada,
Salve! Salve! Salve! Salve!
Brasil, um sonho intenso, um raio vívido Brasil, de amor eterno seja símbolo
De amor e de esperança à terra desce, O lábaro que ostentas estrelado,
Se em teu formoso céu, risonho e límpido, E diga o verde-louro dessa flâmula
A imagem do Cruzeiro resplandece. - "Paz no futuro e glória no passado."
Mas, se ergues da justiça a clava forte,
Gigante pela própria natureza, Verás que um filho teu não foge à luta,
És belo, és forte, impávido colosso, Nem teme, quem te adora, a própria
E o teu futuro espelha essa grandeza. morte.
Terra adorada, Terra adorada,
Entre outras mil, Entre outras mil,
És tu, Brasil, És tu, Brasil,
Ó Pátria amada! Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil, Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada, Pátria amada,
Brasil! Brasil!
Glossário
Clava: espécie de pau (tacape) usado como arma Fulgurar: brilhar, sobressair-se
Colosso: muito grande (estátua) Garrido: enfeitado, elegante.
Esplêndido: maravilhoso, esplendoroso, brilhante. Impávido: destemido
Florão: ornamento, joia. Lábaro: estandarte, bandeira.
Flâmula: bandeira Retumbante: que ecoa, ressoa
Fúlgidos: brilhantes
A questão do aplauso para o Hino Nacional Brasileiro merece uma consideração mais didática, para que
possamos entender o processo pelo qual passou os Pais com relação à utilização dos Símbolos Nacionais. Durante
muitos anos no Brasil a educação cívica adotada sugeria o cumprimento rigoroso da Lei 5.700/71, que dispõe sobre
a forma e apresentação dos Símbolos Nacionais. Com respeito à questão apresentada, o artigo 30 da mesma Lei
diz:
A t. 30. Nas ce i ô ias de hastea e to ou arriamento, nas ocasiões em que a Bandeira se apresentar em marcha
ou cortejo, assim como durante a execução do Hino Nacional, todos devem tomar atitude de respeito, de pé e em
silêncio, o civis do sexo masculino com a cabeça descoberta e os militares em continência, segundo os regulamentos
das respectivas corporações.
Pa ág afo ú ico. É vedada ual ue out a fo a de saudação.
Acreditamos que este Parágrafo único tenha sido o causador de uma mensagem subliminar que sugeria,
para os encarregados de zela àpelasà a ifestaç esà í i as,àe à po asàpassadas,àaàsegui teàdete i aç o:à N oà
aplaudir a execuçãoàouàoàCa toàdoàHi oàNa io al .
No entanto, com o transcorrer dos tempos, as manifestações cívicas passaram a ser cada vez mais
espontâneas e, através dos jogos de futebol, primeiramente em grandes campeonatos e depois costumeiramente
em todos os estádios, passamos a observar, numa atitude bem popular, os constantes aplausos que sucediam a
execução dos Hinos Pátrios. Os conservadores reprovam e os mais modernos incentivavam este procedimento, sob
a alegação de que não há na Lei, nada que signifique proibição, considerando que o aplauso é, também, uma forma
respeitosa de homenagear o símbolo.Especialmente porque o mencionado parágrafo refere-se ao comportamento
das pessoas durante a execução do Hino e não após a sua execução.
Se acompanharmos esse raciocínio, não há por que não aplaudir. No entanto, se entendermos que o
parágrafo único recomenda não aplaudir, isso deveria ser válido inclusive para o caso da execução artística, pois,
afinal, ainda assim, tratar-se-ia da execução do Hino Nacional Brasileiro e, ao homenagearmos o artista com o
aplauso, estaríamos, igualmente, descumprindo a pretensa ou velada recomendação do parágrafo em questão.
Como a Lei 5700 não é explícita sobre o assunto em pauta, ficamos, cada um de nós, com a sua própria
conclusão e entendimento, até que os Órgãos competentes se posicionem oficialmente.
O Ministro da Cultura falou favoravelmente a respeito do aplauso, no 5º Encontro Nacional do Cerimonial Público,
realizado em Brasília em 1988, informando sobre a intenção de propor uma melhor definição sobre algumas
questões e, em especial, sobre este assunto. No entanto, não temos notícia, até a presente data, de qualquer
alteração da Lei 5.700.
COMITÊ NACIONAL DE CERIMONIAL PÚBLICO. Disponível em: <http://www.cncp.org.br/default.aspx?section=112>. Acesso em: 20 jul. 2010.
Devemos esclarecer primeiramente que a Lei 5.700/71, que regulamenta a utilização dos Símbolos Nacionais (Bandeira, Hino, Selo
e Brasão de Armas da República), não expressa qualquer observação nem determina, na realização dos eventos no Brasil, um
posicionamento de homenagem de um símbolo para o outro. Nós, cerimonialistas, membros da Diretoria CNCP, consideramos que a ação de
cantar o Hino Nacional nas solenidades deve ser traduzida como uma homenagem à Pátria e, tendo em vista que a nossa Pátria está
legitimamente representada pelas autoridades e pelo público presente ao evento,não vemos sentido em que autoridades e convidados se
voltem para a Bandeira, no momento da execução do Hino. Vale ressaltar ainda que o Hino Nacional não é um hino em homenagem à
Bandeira. Para uma homenagem à Bandeira, a Lei 5.700 reserva a data de 19 de novembro, denominada o "Dia da Bandeira", em que o
hasteamento se dá precisamente às 12 horas, executando-se o Hino à Bandeira. O entendimento equivocado dessa questão tem propiciado
a muitos a preocupação de se voltarem para a Bandeira todas as vezes que o Hino Nacional é executado, o que se deve com freqüência a
alguns cerimonialistas menos experientes que chegam a ponto de orientar a autoridade para assim proceder, induzindo-a a erro. A
Pátria,repetimos, é representada pelo público como também pelas autoridades. Assim, ignorar a sua precedência sobre qualquer outra
simbologia que venha a caracterizar um País, nos parece uma opção pouco coerente.
COMITÊ NACIONAL DE CERIMONIAL PÚBLICO. Disponível em: <http://www.cncp.org.br/default.aspx?section=112>. Acesso em: 20 jul. 2010.
Co side a-se a direita de um dispositivo, a direita de uma pessoa colocada junto a ele e voltada para o público que
o se aàoàdispositi o.
7.5.4 Apresentações
Sempre se apresenta a pessoa menos importante à mais importante. Em casos de mesma hierarquia,
apresenta-se a mais jovem às mais velha; o homem à mulher.
29
LUKOWER, A. Cerimonial e protocolo. São Paulo: Contexto, 2009.
CAMPANELLA, L. Cerimonial e protocolo. Disponível em: <http://sites.google.com/site/lanacampanella/PolgrafoFamecos.doc>. Acesso em 20 jul.
2010.
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Atenção!
Fi aàdispe sadoàoàusoàdeà ilust íssi o à essesà asos.
Doutor não é forma de tratamento, mas título acadêmico.
Para mais detalhes dos padrões de redação oficial, consultar o Manual de Redação da Presidência da República,
disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/manual/ManualRedPR2aEd.PDF>.
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7.5.6 Convites
Informações necessárias
Quem convida
Motivo e tipo de evento
Data (por extenso em convites formais), horário e local.
Quando for o caso, também, deverá constar:
Indicação de traje (no canto inferior direito)
Solicitação de presença (abaixo, à esquerda, seguido do número do telefone, contato e prazo para
confirmação)
Solicitação de apresentação da sobrecarta; notificando a presença de alta autoridade
Indicação de que é pessoal e intransferível.
Prazos
3 dias = Reuniões formais.
7 dias = Jantares mais íntimos.
15 dias a 3 semanas = Recepções maiores.
20 a 30 dias = Casamentos e recepções de gala. Este prazo não é válido para os padrinhos (em se tratando
de casamento).
Atenção!
A resposta a um convite deve ser dada em 24 horas ou no prazo do RSVP.
A pessoa que recebe um convite tem sempre o dever de acusar o recebimento e agradecer, caso não possa
estar presente à reunião, apresentando, também, o motivo do impedimento.
Envelopes caligrafados de convites formais são entregues pessoalmente ou através de portador. Caso seja
necessário colocar no correio, o envelope do convite deve ser colocado dentro de outro.
Convites de órgãos oficiais têm escudos.
Nas empresas, no lugar do escudo é colocado o logotipo impresso ou em relevo, no canto superior direito
ou na parte superior ao centro. Quando várias empresas convidam não se usa logotipo, fica somente o
texto.
Enviar release com convite é deselegante. Deve-se mandar duas correspondências, uma com o release e a
outra com o convite.
Release: texto informativo distribuído à imprensa por uma empresa ou órgão oficial para ser divulgado
gratuitamente entre as notícias publicadas
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8 Atividades
.à Oà e i o ialào ga izaàosà ituaisàdosàhu a osàeàajudaàosàho e sàaà o u i a àeàsi oliza àsuasà elaç esàeàposiç esàso iais.
Trata-se deàu aàli guage àespe ífi a,àdi igidaàaàg uposàdisti tos,àpassí elàdeàt a sfo aç oàeàatualizaç o. Com base no que
foi discutido nas primeiras aulas do curso, explique e exemplifique a afirmação.
3. Quais são os principais profissionais envolvidos no planejamento, execução e supervisão de um serviço de cerimonial e
protocolo? Descreva, brevemente, a função de cada um.
4. Explique a função de cada um dos recursos auxiliares para o trabalho do cerimonial: roteiro, script, ficha de protocolo,
prismas e cartões.
5. Imagine que você seja o responsável pelo cerimonial de uma empresa privada. Qual seria sua sugestão para organizar uma
mesa diretiva da qual participassem: o presidente da empresa, o diretor financeiro, o diretor de recursos humanos, o prefeito
do município sede da empresa e gerente de marketing? Justifique sua escolha.
6. Que termos da lei 5.700 abre margens a dúvidas sobre os aplausos após a execução do hino nacional? Explique.
Ao ouvir o hino nacional de seu país, uma pessoa virou-se à bandeira nacional. Esse procedimento está correto? Em que
situações? Explique.
9. Determine a composição da mesa solene em uma cerimônia no IFSP, com a presença das seguintes autoridades:
Vice-presidente da República. Reitor do IFSP.
Professor homenageado. Ministro da Justiça.
Deputado estadual. Senador.
Ministro do Turismo
10. IFSP e IFRJ organizam um evento sediado no Rio de Janeiro, no IFSP. Organize a panóplia, prevendo a disposição das
seguintes bandeiras.
Argentina Município do Rio de Janeiro
Chile IFSP
Estado do Rio de Janeiro IFRJ
13. No cerimonial público, a ordem de precedência entre governadores dos estados, do Distrito Federal e do
Território é determinada pela:
a) trajetória política de cada um dos governadores, fixada em anos de experiência.
b) ordem de constituição histórica dos estados, do Distrito Federal e do Território.
c) data de diplomação dos governadores de cada estado.
d) idade dos governadores.
e) Produto Interno Bruto dos estados.
17. Para o conhecimento e a determinação dos lugares das autoridades e anfitriões nas solenidades, observa-se o
disposto no Decreto Presidencial nº 70.274, de 09.03.72, para definir a presidência dos eventos.
Tomando-se como referência esse texto, assinale a afirmativa correta.
a) A presidência da mesa diretiva sempre será do anfitrião.
b) As solenidades universitárias no âmbito federal serão presididas sempre pelo Reitor, mesmo quando presentes
autoridades hierarquicamente superiores.
c) O Presidente da República preside as cerimônias às quais comparecer dentro do território nacional, e chefes do
executivo sempre precedem o anfitrião da solenidade.
d) Quando o Presidente da República se fizer representar, o lugar que compete a seu representante é à direita do centro
ou ao centro da mesa.
e) Um homenageado precede o anfitrião.
23. Em uma cerimônia sediada no IFSP, com a presença das seguintes autoridades:
Representante do presidente da República. Reitor do IFSP.
Professor homenageado. Ministro da Justiça.
Deputado estadual. Senador.
Ministro do Turismo
Qual seria a composição da mesa solene?
a) D SENADOR MIN. JUST. REITOR REP. PRES. PROF. HOMEN. MIN. TUR. DEPUTADO E
b) D DEPUTADO MIN. TUR. REITOR REP. PRES. MIN. JUST. SENADOR PROF. HOMEN. E
c) D DEPUTADO MIN. TUR. REP. PRES. REITOR MIN. JUST. SENADOR PROF. HOMEN. E
d) D SENADOR MIN. JUST. REP. PRES. REITOR PROF. HOMEN. MIN. TUR. DEPUTADO E
f) D DEPUTADO MIN. TUR. REITOR REP. PRES. MIN. JUST. SENADOR PROF. HOMEN. E
Material organizado por Rafaela Malerba. Disponível em: <http://rafaelamalerba.weebly.com> 39
24. Em uma cerimônia no IFSP, qual seria a disposição da panóplia, prevendo a disposição das seguintes
bandeiras?
Estado de São Paulo Japão
Bahia Município de São Paulo
Santa Catarina IFSP
Itália
30
Disponível em: <http://www.puc-campinas.edu.br/rp/docs/roteiro_cerimonial_palestra.pdf> . Acesso em: 20 jul. 2010.
Material organizado por Rafaela Malerba. Disponível em: <http://rafaelamalerba.weebly.com> 43
31
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA. Pró-Reitoria de Extensão Universitária. Manual do cerimonial universitário da Unesp
São Paulo : Unesp, 2008.Disponível em: <http://www2.feb.unesp.br/site1/manual_dividido>. Acesso em: 20 jul. 2010.
Material organizado por Rafaela Malerba. Disponível em: <http://rafaelamalerba.weebly.com> 44
Material organizado por Rafaela Malerba. Disponível em: <http://rafaelamalerba.weebly.com> 45
32
VELLOSO, A. Cerimonial universitário. 2. ed. Brasília, DF: UNB, 2002.