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DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA POTÁVEL

Quando o assunto é água tratada, mais de 35 milhões de


brasileiros não possuem acesso, número alarmante para um país
que busca desenvolvimento.

Pensando na disponibilidade da água, esse não seria um problema,


visto que o Brasil possui 12% da água doce do mundo que está na
superfície. Por outro lado, a divisão dessas águas que são o
verdadeiro problema.

Atualmente, 70% dos recursos hídricos se encontram na região


amazônica, que contempla apenas 7% da população. Isso indica
que temos poucos recursos para a esmagadora maioria da
população.

A lista de recursos hídricos segue sendo distribuídas em 15% para


o centro-oeste, 6% no sul 6% no sudeste e 3% no nordeste, sendo a
maior parte na bacia do rio São Francisco.

O nordeste é a região mais afetada com a falta de água potável.


Conforme se pode ver no gráfico abaixo, os estados que mais
sofrem se concentram nessa localidade.
Com uma análise mais aprofundada nota-se que a falta na verdade
são de obras estruturais que disponibilizem água para a
população. Segundo especialistas do setor com 1/3 do que a
população nordestina possui de reservas daria para suprir a
necessidade hídrica da região nos padrões estabelecidos pela ONU
para consumo humano. Com o montante extraído seria possível
irrigar ainda 2 milhões de hectares de terras aráveis.

Por fim, entramos na reflexão de como estamos lidando com esses


recursos. 38% da água tratada no país é perdida nos sistemas de
distribuição, gerando um prejuízo de 11,5 bilhões.

Para se ter uma ideia, isso é mais da metade do que


deveríamos investir anualmente para universalizar o
saneamento no país. A água desperdiçada em nossos
sistemas de distribuição abasteceria toda a França, Bélgica e
a Suíça por exemplo.
Os piores números de água potável

O Instituto Trata Brasil pesquisa e emite os números das cidades


mais afetadas no saneamento. Os dados a seguir são de 2018.

As piores cidades em distribuição de água potável são: Macapá


(AP), Porto Velho (RO), Santarém (PA), Ananindeua (PA) e Rio Branco
(AC), com níveis menores ou próximos de 50% da população
atendida. Cidades como Ananindeua no estado do Pará atende
apenas 30% dos munícipes.

A realidade do saneamento básico no Brasil reflete imediatamente


na saúde, principalmente pelo consumo de água sem tratamento
adequado.

Um comparativo é a saúde pública cuidar de um paciente com


doença de origem sanitária e ele voltar duas semanas depois com
o mesmo problema, pois o agente causador continua lá.

Dados do IBGE indicam que só nos últimos anos, mais de 800 mil


casos de doenças estão ligadas à má qualidade da água, enchentes
e a falta de tratamento de lixo e esgoto.

Os exemplos mais comuns de doenças são dengue, malária,


hepatite A, leptospirose, tifo e febre amarela.

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