Defesa: Perda de água no estado do Amazonas

O problema escolhido se enquadra na ODS 12 - Consumo e produção

responsáveis, o problema é a perda de água tratada no estado do Amazonas no
decorrer de sua distribuição. E antes de abordar as causas desta situação eu queria
expor a partir de dados a relevância desse problema nos dias de hoje. Eu vou
começar falando de Manaus e vou abrangendo a área de cobertura, apenas em
Manaus 630 milhões de litros são captados do rio negro por dia, sendo que deste
total 252 milhões de litros são perdidos no decorrer da distribuição. O Amazonas é o
segundo estado que mais perde água tratada na distribuição, ficando atrás somente
de Roraima. Entre 2016 e 2018 o desperdício de água teve um aumento de 48% no
Amazonas. E pra mostrar de certa forma que isso não é um problema isolado na
região norte vou fazer um breve comentário sobre a perda de água no Brasil, em
2018 ano mais recente com os dados disponibilizados o indicie de perda de água
atingiu 38,5%, isso quer dizer que a cada 100 litros de água captada na natureza e
tratada para se tornar potável 40 litros se perdem na distribuição. Ainda em 2018 a
perda chegou a 6,5 milhões de metros cúbicos de água, o equivalente a 7,1 mil
piscinas olímpicas desperdiçadas por dia. Pensando agora na parte financeira, os
dados apontam que, entre 2015 e 2018, a produção de água aumentou 5% no país,
o que significa que, para atender a população, as cidades brasileiras precisaram
retirar mais água da natureza. Ao mesmo tempo, porém, o volume de água não
faturada teve um aumento de 10%. O impacto financeiro ao longo dos anos de 2016
e 2018 também subiu de R$ 9,8 bilhões em 2015 para R$ 12,3 bilhões em 2018,
uma alta de 25%. Se tratando então de uma perda financeira grande. Até porque
produtos e insumos químicos são usados para tratar a água, sendo que parte dela é
perdida. Além dos problemas ambientais e econômicos, ainda tem o problema
social. Quando tem muita perda de água no sistema, a pressão das redes não é
suficiente para atender os moradores que estão em áreas mais distantes das
cidades. E essas pessoas geralmente são mais pobres. Edson Carlos o presidente
executivo do trata Brasil, afirma que essas perdas de água, bem como outros
problemas de saneamento, como a falta de acesso a água e esgoto, têm relação
direta com o atual contexto vivido pelo Brasil por conta do coronavírus.“Quando
chega uma pandemia como essa, as orientações são ficar em casa e lavar as mãos.
Mas tem 35 milhões de brasileiros que não têm água. Como lavar a mão assim?
Não tem como cumprir as medidas na plenitude”, afirma.

Mas porque isso acontece, quais são as causas desse problema?, na verdade as
causas são bem simples de entender, mas difíceis de resolver por conta da
administração do território, são as causas: o desperdício exacerbado de água,
vazamento nas redes, fraudes, “gatos”, erros de leitura dos hidrômetros os
vazamentos internos que são mais difíceis de detectar. Por isso, é necessário
investimento para atingir indicadores mais eficientes, além de tomada de atitudes
para a melhoria da gestão no setor, ampliando assim a infraestrutura do país e
dando uma melhor qualidade de vida para a população.