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Olá, Fábio, Aparecida e colegas,

A leitura de O que é literatura, de Flaviano Vieira, me trouxe bastante


aprendizado nesse momento inicial do curso e da disciplina.

Particularmente, as primeiras abordagens feitas pelo autor sobre uma


compreensão da poesia, como arte da imitação, a partir do enunciado de
Aristóteles, me deixou bastante pensativo. Indubitavelmente, do mundo grego
herdamos muitas matrizes para conceitos que perpassam a história do
Ocidente. Mas, e no que se convencionou chamar de Oriente? Haveria, na
época ou antes de Aristóteles, produções textuais que, em termos de forma
e/ou conteúdo, se assemelhassem à poesia, tal qual entendida para os
gregos? Essa é uma dúvida que me veio à mente.

Posteriormente, Vieira aborda algumas teorias literárias, baseando-se na


discussão feita por Terry Eagleton: as dos Formalistas russos, da
Fenomenologia, da Hermenêutica, das Teorias da Recepção e dos
Estruturalismos. Esse conteúdo foi uma novidade para mim.

Em seguida, são discutidos teóricos e críticos que influenciaram os estudos de


literatura: Jakobson, Barthes, Sartre, Bakhtin e Antonio Candido, além de
algumas pílulas com assertivas de Pignatari, Cohen e Tinianov sobre o
conceito de literatura. Tive algumas dificuldades na compreensão de
particularidades das abordagens de cada um (por exemplo, dentro da parte de
Jakobson, quando fala que “o paradigma se projeta sobre o sintagma), mas,
entendo que o texto de Vieira é panorâmico e objetiva nos dar mais uma visão
geral.

Segundo Vieira, Sartre afirmou que “escrever é um ato de desnudamento”


(VIEIRA, 2014, p. 12), no sentido do pacto – implícito ou não – construído com
a figura do leitor. Essa imagem me tocou profundamente, pois, como leitor, é
assim que me sinto, vendo os autores se despirem ao me ofertarem parte de si
nas palavras. Corroborando a assertiva do arremate do texto, em que Vieira
nos fala que a Literatura é uma manifestação artística, cuja palavra é sua
matéria-prima.

Referência:
VIEIRA, Flaviano Maciel. O que é literatura. In: RIBEIRO NETO, Amador. A
linguagem da poesia. 2.ed. João Pessoa: Editora da UFPB, 2014. p. 6-16.
Desses teóricos, Sartre foi aquele que mais me tocou. Segundo

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