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Jërëjëf palavra em wolof que significa obrigado.

Wolof ? O que é isso?

Melhor seria perguntar quem são.

Estamos falando da mais recente onda de imigração no Brasil, mais especificamente concentrada no
território do Rio Grande do Sul - os senegaleses da etnia wolof em sua maioria professando a religião
islâmica. Wolof portanto é uma etnia e também um idioma falado.

Os Wolof são um grande grupo étnico que habita o país da África Ocidental, Senegal, ex-colônia francesa,
e Gâmbia, ex-colônia britânica. “Wolof” é o nome pelo qual as pessoas se referem a si mesmas, e
também é o nome de sua língua indígena. Eles manifestam um senso altamente consciente de
identidade étnica e orgulho étnico. (ver artigo: Zhuang).

O povo Wolof vive na área de savana do noroeste do Senegal. Eles podem estar localizados desde o rio
Senegal, ao norte, até o rio Gâmbia, ao sul, indicado pelas áreas verdes no mapa. Eles são o maior grupo
de pessoas no Senegal, representando 35% da população total do Senegal e totalizando cerca de 3
milhões.

Religião

Quase todos os Wolof são muçulmanos; eles são organizados principalmente em duas ordens ou
irmandades sufis, Tijaniyya e Muridiyya. Os homens tornam-se membros de uma ordem na circuncisão,
enquanto as mulheres tornam-se membros no casamento, juntando-se à mesma ordem que seus
maridos.

Os principais princípios do Islã são geralmente seguidos, mas a versão wolof do Islã mostra claramente
uma ênfase nas relações sociais em vez da teologia abstrata. Junto com o Islã, há uma adesão contínua a
muitas crenças e práticas religiosas mágicas tradicionais, ou seja, pré-islâmicas. Esse sistema tradicional
enfatiza a crença em espíritos malévolos, como gênios e bruxas, e a necessidade de se proteger deles.

Imigração para o RS

(...) conforme os dados combinados do Ministério do Trabalho e Emprego, Instituto Brasileiro de


Geografia e Estatística e Polícia Federal, encontravam-se no Rio Grande do Sul, até dezembro de 2015,
3173 imigrantes de origem senegalesa, chegados após o ano de 2013 – apesar de apresentarem um
baixíssimo número até 2010, por meio de uma extensa rota imigratória e deslocamentos internos dentro
do Brasil, após tentativas frustradas de inserção destes em outros estados, como Acre, São Paulo e Santa
Catarina, além da facilidade para a obtenção de documentos e postos de trabalho no Rio Grande do Sul

(...) Com base nas informações anteriores e nos dados atualizados da Polícia Federal até o mês de
dezembro de 2015, elaborou-se o documento cartográfico (Figura 3) que localiza os municípios onde
estão concentrados (ou dispersos) os imigrantes senegaleses, bem como possibilitou a identificação de
dois polos de atração de imigrantes distintos e que “dividem” a imigração senegalesa na parte Norte do
estado, a que mais concentra numericamente e expressivamente tal grupo (...)

(...) Quanto a projeção para o futuro dos fluxos imigratórios de senegaleses com destino ao Rio Grande
do Sul, para o curto prazo a tendência é que estes fluxos continuem em uma curva tímida de
crescimento, promovidas e mantidas pelas próprias redes, isto é, a rede informacional permite medir o
grau de possibilidades de trabalho para prospectivos imigrantes, bem como vagas e custos para seu
trajeto (...)

Assim que há no RS um grupo considerável de muçulmanos senegaleses/wolof trabalhando, estudando e


vivendo o cotidiano gaúcho. Os reconhecemos facilmente

Fontes:

- https://etniasdelmundo.com/c-mali/wolof/#Quienes_Son_los_Wolof

- Roberto Rodolfo Georg Uebel

Doutorando do Programa de Pós-Graduação em Estudos Estratégicos Internacionais - UFRGS

Mestre em Geografia - UFRGS, Bacharel em Ciências Econômicas - UFSM

Pesquisador do Laboratório Estado e Território (LABETER/UFRGS/CNPq)

E-mail: roberto.uebel@ufrgs.br

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