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língua portuguesa, por sua vez, a autora foi aprender dentro

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da escola de uma missão católica.

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Participou ativamente das frentes de luta pela independên-

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cia de Moçambique. Porém, após a libertação, por desilusão

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política, parou de se envolver com o movimento e focou na
NIKETCHE publicação das suas obras. Parte disso, acredita-se, deriva-se

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do fato de no governo recém formado, as políticas destinadas

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às mulheres não serem igualitárias, restringindo-as.

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Seus primeiros contos são publicados em 1984. Em 2003,

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com o romance Niketche: uma história de pologamia (2002),

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a autora ganhou o prêmio José Craveirinha. Seus escritos

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refletem temas polêmicos à cultura moçambicana: da poli-
OBRA

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gamia aos efeitos do carimbo da guerra pela libertação e do
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domínio colonial.

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Anunciou, em 2016, que pararia de escrever; cansada de

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uma vida de lutas ao longo dos anos.

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Paulina Chiziane

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2. A obra
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1. Paulina Chiziane IV
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Eu acho que o mundo está habituado a pôr rótulos em


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todas as coisas. Nós queremos liberdade, mas as pessoas


nos rotulam e a partir do momento em que a pessoa é
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Fonte da imagem: Exclusiva!BR. 08 de nov. de 2008. rotulada de alguma coisa tem que pertencer a esse gueto.
Flickr: Exclusiva!BR. Disponível em: https://flic. Romance é algo europeu, pelo menos veio com os euro-
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kr/p/ 5Aiua3. Acesso em: 23 de dez. de 2020. peus para o nosso país, faz parte da academia europeia.
Eu sou africana, contacto com o romance, sim. Agora se
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Paulina Chiziane foi a primeira mulher a publicar um romance


eu se aceito ser romancista, eu tenho que cumprir com as
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em Moçambique. Nascida nos subúrbios hoje Maputo, até normas do romance, e eu não quero. Eu quero escrever
então, Lourenço Marques, Paulina cresceu em uma família
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com liberdade, aquilo que me dá na cabeça. Porque se


protestante, onde eram faladas as línguas Chope e Ronga. A eu me apresento ao mundo como romancista, as pessoas
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vão querer cobrar de mim aquilo que são as regras de um

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bom romance. Estou a fugir das regras, é só isso. § monogamia

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(CHIZIANE, 2013) substantivo feminino

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Niketche é uma obra da escritora Paulina Chiziane que sem 1. regime ou costume em que se tem apenas um cônjuge.
sombra de dúvida desdobra-se sobre a condição feminina.

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Podendo ser lida sob diversas perspectivas, Niketche pode 2. condição de monógamo.

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ser lido desde uma percepção a partir da marginalidade da
população feminina em Moçambique, o que pode apro- § poligamia

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ximar a obra, inclusive, de traços biográficos da autora, substantivo feminino

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quanto como uma obra capaz de guiar e nortear ao redor

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1. união conjugal de uma pessoa com várias outras.

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do globo os diferentes desdobramentos do pensamento

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feminino a partir do feminismo africano. 2. condição de polígamo.

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[...] Como é que a sociedade recebeu a notícia de que eu

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estava a escrever o meu livro? Primeiro com cepticismo O início da obra é marcado pelas contestações de Rami
e muito desprezo da parte dos homens. Muitas pesso-

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diante da percepção da traição de seu marido. Rami é uma
as acreditavam e ainda acreditam que a mulher não é

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mulher criada a partir da convenção católica, importante
capaz de escrever mais do que poeminhas de amor e

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cantigas de embalar.[...]
ressaltar que esta foi uma doutrina imposta pelos coloni-
zadores portugueses. Seu marido traz a mesma criação e

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(ABRIL - Revista do Núcleo de Estudos de Literatura
preconceitos.

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Portuguesa e Africana da UFF, Vol. 5, n° 10, 2013, p. 6.)

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Um marido em casa é segurança e proteção. Na pre-
Nessa direção, a obra de Paulina rompe barreiras muito antes OL
sença de um marido, os ladrões se afastam. Os homens
da leitura da primeira palavra. As construções sociais, afinal, respeitam. As vizinhas não entram em qualquer maneira
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sempre impuseram às mulheres um lugar periférico e mar- para pedir sal, açúcar, muito menos para cortar na casa
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ginal, na política, na arte, no âmbito social. Essa exclusão é de outra vizinha. Na presença de um marido, um lar é
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facilmente explicada por um falacioso discurso androcêntrico mais lar; tem conforto e prestígio.
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que produz a mulher como algo dotado de mistério e sensi- Essa ideia de que o homem complementa a mulher está
bilidade, incapaz de gerar conteúdo relevante. Assim, cria-se
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ligada ao feminismo africano. Para as moçambicanas, a


o entendimento equivocado de que os homens têm mais ca- luta por uma sociedade mais justa se faz junto ao homem
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pacidade do que as mulheres para realizar algumas tarefas. e, por isso, Rami lamenta que Tony não esteja presente
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As relações que o pensamento masculino estabelece com a para resolver os problemas da casa com ela. O discurso
libertário, porém, embora já apareça manso nas primei-
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mulher, sob o signo da opressão e da repressão, aliado a per-


ras indagações, manifesta-se com veemência quando seu
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cepção de que há uma antiga construção na qual se funda


duplo, o espelho, uma espécie de alter-ego de Rami, pas-
o sutil manto de poder que os homens desempenham sobre
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sa a conversar com ela.


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as mulheres, são exploradas por Chiziane em sua história


de poligâmia. Dessa forma, narrado por Rami (Rosa Maria), Quando Rami, então, vai até a casa de uma das mulheres
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Niketche é a história dessa mulher, que descobre que seu com quem seu marido se relaciona e a agride, o espelho,
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marido é um poligamo, embora a prática seja proibida por mais evoluído, é quem a alerta: "agrediste a vítima e dei-
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lei. Rami descobre, assim, que o marido tem não somente xaste o vilão". No decorrer da narrativa, veremos que o
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ela, mas outras quatro mulheres (Julieta, Mauá Sualé, Saly espelho desaparece, simbolizando o amadurecimento e a
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e Luísa). Rami sai em busca de vingança contra essas mu- evolução da personagem.
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lheres, mas descobre, no decorrer da história, que elas serão Assim, as diferenças entre os gêneros na sociedade vão
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suas maiores aliadas na luta contra algo maior. sendo desveladas pela autora, como quando coloca na
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Rami entende que o problema da história é Tony, seu mari- boca de Tony a seguinte fala, ao ser questionado sobre as
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do, representação da sociedade patriarcal de Moçambique. traições pela esposa:


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Ao longo do romance, Rami passa a conviver com suas – Traição? Não me faça rir, ah, ah, ah! A pureza é mascu-
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rivais (como chama as mulheres com quem seu marido se lina, e o pecado é feminino. Só as mulheres podem trair,
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os homens são livres, Rami.


relaciona) e vai, pouco a pouco, tecendo reflexões e des-
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construções a respeito dessa mesma cultura moçambicana. Durante todo o romance, vemos Rami oscilar entre suas
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Ela questiona e problematiza. Simultaneamente, por vezes, experiências de insubordinação e subordinação a Tony.
vemos Rami reproduzir os modos do opressor, expondo a Trata-se, pois, de uma reconhecença da dificuldade de li-
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complexidade desse grande sistema. bertar-se daquilo que é a tradição. Por vezes, fica nítido
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que não importa o quão alto grite, quando tenta expor

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a poligamia na frente da família do marido, de modo a

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envergonhá-lo, e o lado masculino relaciona o compor-
tamento a uma ancestralidade anterior aos costumes

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católicos e portanto justa, a mulher sempre será jogada

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para um espaço de silenciamento. Rami, inclusive, parece

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chegar a conclusão de que a condição feminina anda de
mãos dadas com a desgraça.

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As diferenças entre as mulheres do sul e do norte são
Imagem de Maputo, capital de Moçambique

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colocadas na obra e parecem, ainda, também ratificar a

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presença de uma global cultura machista, pois, mesmo

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na cultura do norte em que as mulheres aparentam ter 2.1. Enredo

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mais liberdade, é possível perceber que o mesmo so se Ao perceber que está sendo traída, Rami decide contatar

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dá em função dos desejos patriarcais e masculinos. Há cada uma das mulheres com que Tony, seu marido, se en-

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semelhanças, assim, no discurso da professora de Rami, volve, para efetivar a relação poligâmica e estabelecer uma

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na escola de iniciação: relação entre as mulheres. Desse modo, faz com que as

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Digo que sempre cumpri meu papel de esposa: lavar mulheres sejam reconhecidas na sociedade e loboladas

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cuecas, coser peúgas, pregar botões das camisas dele. (reconhecidas em casamento).

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Quando sai de casa bonito, aparece alguém e o carrega
Dessa forma, Rami se torna a primeira esposa, aquela res-
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todo, todinho, e deixame apenas as cuecas por lavar. Por OL
que não o levam todo de uma vez? ponsável por gerenciar a poligamia do marido, realizando
escalas semanais com as esposas e verificando se os deve-
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– Não culpes as outras pelo teu insucesso. Como tu foram


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conquistadas e responderam aos apelos do corpo. Os dese- res de marido e mulheres estão sendo cumpridos. Pouco a
jos de um homem são desejos de Deus. Não se devem negar. pouco, porém, Rami começa a desenvolver uma outra rela-
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ção com essas mulheres, emprestando, inclusive, dinheiro


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com o discurso de sua mãe (sulista):


para que as demais esposas realizem seus pequenos ne-
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– No norte, a história da moela por vezes gera conflitos gócios. Assim, as mulheres de Tony começam a conquistar
conjugais, que terminam em violência e até divórcios. independência financeira e passam a abandonar Tony para
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– Não é possível! No sul também é assim. Essa tradição se tornarem as primeiras mulheres de outros homens.
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devia ser combatida.


No final do romance, Tony perde as suas mulheres, fica so-
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– Desafiar? Mudar? Pra quê? Cá por mim devia ser zinho e descobre, ainda, que Rami está grávida de Levy, seu
mantida, porque é uma boa isca. Um homem vence-se
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irmão, pois, quando Tony foi dado como morto (período de


pela sua gula
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tempo em que esteve com uma amante em Paris), devido


Por fim, pode-se ainda ressaltar que a obra, ao abordar a à tradição, foi praticado com Rami o levirato (ritual em que
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vida dessas mulheres, coloca em foco a problemática de se casa uma viúva com o irmão do morto).
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ser feminista na África. Afinal, em muitos espaços, em es-


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pecial, Moçambique, como é retratado na obra, as mulhe- 2.2. Estilo da Narrativa


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res, embora não aceitem a dominação, compreendem que


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na sociedade em que vivem são subalternas e a condição Niketche é narrado em primeira pessoa e apresenta uma
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de mulher precisa evoluir bastante linguagem fluida e, por vezes, sarcástica. A narrativa dá voz
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à mulher moçambicana que conta sua própria história, ex-


Muitas dessas mulheres são feministas, pois afrontam o
põe seus próprios pensamentos e reflexões sobre o meio
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silenciamento imposto a elas cotidianamente. A posição


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que elas tomam ao lutar contra o sistema patriarcal mui- em que vive. Não somente, a narrativa é ainda atravessada
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tas vezes é julgada como insuficiente pelas feministas por outras histórias, de outras mulheres, as quais Rami es-
brancas. Um dos aspectos esquecidos por essas críticas cuta com atenção e com elas aprende.
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ocidentais é que as africanas, devido a sua cultura, não


têm alternativas de sobreviver sozinhas em países tão
2.3. Niketche
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machistas. A revolta a esse sistema se dá de maneira su-


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til, muito semelhante ao feminismo vivenciado no Brasil. Afinal, o que significa Niketche? No dicionário, Niketche
Os africanos aos poucos tornam-se conscientes dessa
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é uma dança sensual que faz parte da tradição de alguns


sociedade opressora.
países africanos. Na obra de Chiziane, é o ápice da revolta
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(CARVALHO, J. 2015) das mulheres diante da situação que as oprime. É quando


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as cinco mulheres usam sua beleza empoderada para der- Gaby: outra amante, está em Paris. Para visitá-la, Tony viaja

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rotar o autoritarismo de Tony à França por duas semanas, todos pensam que ele morreu.

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Somos cinco contra um. Cinco fraquezas juntas se tor- Levy: irmão de Tony, quando pensam que ele morreu, é ele
nam força em demasia. Mulheres desarmadas são mais

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quem efetua o levirato.
mortíferas que as cobras pretas. A Saly abre a porta do

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quarto. A cama estava desmontada e o soalho coberto Saluá: linda mulher de etnia nhanja, é rejeitada por Tony
de esteiras. Achamos a ideia genial e entramos no jogo.

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ao final da narrativa.
Era preciso mostrar ao Tony o que valem cinco mulheres

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juntas. Entramos no quatro e arrastamos o Tony que re-
sistia como um bode. Despimo-nos, em strip-tease. Ele
Aplicando para aprender

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olha para nós. Os seus joelhos ganham um tremor ligei-

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ro. [...] Tony levanta as mãos à cabeça e depois ao rosto
1. Leia o trecho a seguir
para esconder os olhos e gritar:

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Mulher estéril é um ser condenado à solidão, à amar-
– Meu Deus! Por favor, parem com isso, por Deus, que
gura. Qual a vida da mulher estéril? Marginalidade, au-

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azar é este que me dão agora?!
sência. Quais os sentimentos dela? Dor e silêncio. Quais

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Com a dança, as mulheres trazem em símbolo a contesta- os sonhos dela? Eterna ansiedade, desespero. [...] Uma

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ção do poder masculino. Dão a Tony o mesmo tratamento criatura existindo sem existir. Deformada sem o ser.

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que ele lhes deu durante toda a história: o de objeto se-

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CHIZIANE, Paulina. Niketche: uma história de poligamia.
xual. Essa dança que, como os pensamentos de Rami, vai São Paulo: Companhia das Letras, 2002.

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pouco a pouco sendo aprimorada na História, é, na obra,

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uma celebração da autoafirmação feminina. Com base na leitura integral da obra, pode-se afirmar

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que o trecho, extraído da obra de Chiziane, revela uma
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perspectiva:
2.4. Tempo a) feminista por parte de Rami, que crê na importân-
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A obra se passa durante os primeiros anos do século XXI. cia do filho como vínculo entre homem e mulher no
Nota-se o tempo pelo desenvolvimento das personagens, combate às desigualdades.
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o tempo cronológico é somente pontuado. b) patriarcal por parte de Eva, que por ser uma mu-
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lher estéril, não enxerga em si mesma a possibilidade


de ser mulher por completo.
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2.5. Espaço c) conservadora por parte de Rami, na medida que


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A obra se passa na parte sul de Moçambique. É importante encarna certo feminismo africano que compreende
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destacar que é preciso pensar em um país devastado pela que a mulher deve ser mãe.
guerra anticolonial e pela guerra civil que se seguiu. d) feminista por parte de Eva, que mesmo sendo es-
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téril age de modo a conquistar um segundo marido,


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um amante.
2.6. Guia de Personagens
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2. Na leitura integral de Niketche, é possível retomar


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Rami (Rosa Maria): é a narradora, tem quarenta anos e um importante aspecto da formação da cultura mo-
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cinco filhas. É uma mulher do sul e esposa dedicada de Tony. çambicana: a oralidade. Um trecho que destaca esse
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aspecto é:
Tony (António Tomás): marido de Rami, tem ao todo 17
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filhos. É comandante da polícia e tem poder no ambiente a) "Somos cinco contra um. Cinco fraquezas juntas se
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tornam força em demasia. Mulheres desarmadas são


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em que vive.
mais mortíferas que as cobras pretas".
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Ju (Julieta): segunda esposa de Tony, tem 6 filhos e é b) "a minha felicidade foi ter gerado só homens, diz
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também uma mulher do sul. ela, nenhum deles conhecerá a dor da violação".
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c) "Quando a lua cresce e incha, há uma mulher que se


Lu (Luísa): terceira esposa de Tony, tem 2 filhos e é uma
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vê no meio da lua, de trouxa à cabeça e bebé nas cos-


mulher do norte.
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tas. É Vuyazi, a princesa insubmissa estampada na lua"


Saly: quarta esposa de Tony, de etnia maconde, tem 2 fi- d) "Em algumas regiões do norte, o homem diz: que-
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lhos e é uma mulher do norte. rido amigo, em honra da nossa amizade e para es-
treitar os laços da nossa fraternidade, dorme com a
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Mauá Sualé: quinta esposa de Tony, mais nova das cinco, minha mulher esta noite."
com cerca de 19 anos, tem 2 filhos e é uma nortenha de
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etnia macua. 3. Leia o trecho a seguir


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É tempo de começar uma contradança. A vida, até ali,


Eva: mulher estéril e rica, é uma amante de Tony já em
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foi conduzida pelo marido, mas agora o canto que se vai


meio à vida poligâmica (é descrita como "mulata". ouvir e a dança que se vai dançar será aquela que há-de
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celebrar a autoafirmação de Rami e, com ela, a das ou-

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tras mulheres moçambicanas.

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BAMISILE, Sunday Adetunji. Questões de género e da escrita
no feminina na literatura africana contemporânea e da diáspora

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africana. 2012. 418 p. Tese (Doutorado em Letras) – Faculdade

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de Letras, Universidade de Lisboa– Lisboa. 2012.

A fala de Bamisile relaciona-se diretamente com uma

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determinada passagem do romance. Com base nisso,

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indique:

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a) que passagem é esta? Contextualize-a na narrativa.

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b) o que ela representa na narrativa e na trajetória

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de Rami?

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Gabarito

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1. D 2. C

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3.

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a) Relaciona-se ao momento da Niketche, a dança sen-

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sual que é feita pelas esposas quando Tony aparenta

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estar deixando de cumprir seus deveres como marido.

IV
b) Representa o clímax da insubordinação das mulheres, OL
quando subvertem o modo como vinham sendo tratadas
por Tony, como objetos sexuais, e o colocam nessa mes-
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ma posição. Simboliza, também, o trabalho conjunto das


então rivais na luta contra o "vilão" da história.
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