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FERREIRA,Carine1;FERREIRA,Jéssica2;IRIAS,Nayara3;SILVA,Kelly4;TOSTES,

Renata5
123
Bolsistas do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à docência – UEMG-Ubá
carinealvesferreira@gmail.com jessicargferreira.bio@gmail.com
nayara.irias@gmail.com
45
Coordenadoras do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à docência – UEMG-
Ubá

O ENSINO DE GENÉTICA CONTEXTUALIZADO: PRÁTICA EM SALA DE


AULA

Os conteúdos na área de genética são multidisciplinares e se relacionam ao contexto


social. A dupla hélice do DNA tem sido apresentada como ícone da ciência,
desenvolvimento e modernidade na sociedade. No entanto, a maior parte dos alunos não
compreende esses conteúdos e talvez essa dificuldade decorra da complexidade desse
tema como, por exemplo, o caso da estrutura da molécula de DNA, sua duplicação e
replicação, cromossomo ou gene, etc. A compreensão dos conceitos básicos, essenciais
para o conhecimento de novas tecnologias, pode ser promovida pelo acréscimo de
recursos didáticos no processo ensino aprendizagem. Para facilitar o processo de ensino
aprendizagem, atividades lúdicas despertam o interesse da turma, desafiam os alunos a
aprender, estimulam a curiosidade. As aulas com datashow, documentários, modelos
do DNA e jogos didáticos entram no cenário atual, pois são práticos, fáceis de
manipulação nas salas de aulas, tem um custo reduzido e promovem o processo de
aprendizagem de uma maneira incentivadora, despertando a curiosidade e o desejo em
obter mais conhecimento. Contudo, embora os artefatos tecnológicos possam tornar o
ensino formal compatível com um mundo interativo e dinâmico, é preciso possuir senso
crítico para discernir que ferramentas permitem a real aprendizagem, daquelas que
apenas mascaram aulas conteudistas. O trabalho foi realizado com os alunos do
primeiro ano do ensino médio. O objetivo desse projeto desenvolvido na Escola
Estadual Deputado Carlos Peixoto Filho foi levar aos alunos o conhecimento cientifico
sobre DNA, buscando facilitar a construção do saber por intervenções de uma sequência
didática utilizando aulas com Datashow, documentários, montagem de origami,
montagem de modelos da dupla hélice e um jogo didático para ensinar conteúdos de
ácidos nucleicos, pois, eles não tinham conhecimento básico sobre o tema. A partir do
questionário adequamos uma sequência didática, foram realizadas quatro aulas e uma
atividade extra turno. A primeira aula desenvolvida foi teórico expositiva, contando a
história do DNA, conceitos de genes, cromossomos, composição química dos
nucleotídeos (desoxirribose, base nitrogenada e grupamento fosfato) e como se da a
ligação entre um nucleotídeo e outro, em uma das fitas de DNA. Após a explicação, os
alunos foram instruídos a iniciar a dobradura do origami do DNA, cuja área já estava
reservada no panfleto com linhas que facilitavam a confecção da dobradura e o
principal objetivo do origami foi mostrar a dupla hélice. Na segunda aula fizemos a
extração das células da mucosa bucal com o objetivo de promover a curiosidade dos
alunos e familiarizarmos melhor com a composição química do DNA; explicamos que a
extração de DNA consiste na ruptura dos envoltórios celulares, desintegração dos
cromossomos e seus componentes fundamentais (DNA e proteínas) e da separação do
DNA dos demais componentes celulares. Na terceira aula passamos um documentário
da BBC “A célula – A Química da vida”, que aborda o contexto histórico da Biologia
molecular, desde as pesquisas realizadas com ouriços-do-mar, observando o processo
de divisão celular e geração de outros descendentes com as características hereditárias,
a descoberta da estrutura do DNA Dupla Hélice e seus constituintes básicos (Adenina,
Timina, Citosina e Guanina) até o mapeamento do Genoma Humano. A atividade
extraclasse foi à montagem do modelo de DNA, a ideia principal dessa aula foi
incentivar a criatividade, elucidar a estrutura que é tão vista e falada atualmente, e
facilitar a compreensão do conteúdo, como as ligações existentes em cada base e
demais componentes. A quarta aula foi realizado um jogo didático que pretende propor
de forma objetiva a estrutura da molécula de DNA, fornecendo momentos de
conhecimento e diversão, além de estimular o trabalhar em equipe. A sala foi dividida
em oito grupos de cinco alunos e os orientamos somente as informações necessárias
para que pudessem iniciar a montagem da molécula de DNA. Os próprios alunos
montaram as estruturas, baseados em seus conhecimentos prévios e orientados pelos
bolsistas, os quais perante as dúvidas dos alunos forneciam pistas em forma de
perguntas, direcionando-os para a descoberta do caminho correto. Ao final de todas as
atividades, utilizamos um questionário que visa coletar a opinião dos alunos sobre qual
atividade compreenderam melhor e, se eles conseguiram assimilar os conteúdos e qual o
nível de contribuição para o aprendizado. Inicialmente os alunos estavam descrentes
com o tema, embora já tivessem ouvido sobre o assunto, não conseguiam compreendê-
lo e, após essa sequência didática, os discentes obtiveram maior contato com um tema
abstrato e de difícil compreensão, assim demonstraram melhor resultado.

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