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Brasil e no mundo
por
Daniele Souza
,
13/12/2018
Publicado em 01/10/2014 - 11:50 Por Helena Martins – Repórter da Agência Brasil - Brasília
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“A comunicação garante direitos porque faz com que o cidadão se torne autor
da sua cidadania, faz com que aqueles que não tinham voz passem a ter”, diz
Fernandes. Uma possibilidade que tem se tornado mais viável com a
ampliação do acesso à internet.
Isso significa que o Estado teria o papel de propor medidas para que a
comunicação fosse acessível a todos. O contrário disso é a percepção da
comunicação como um produto a ser negociado – o que ocorre, por exemplo,
ao se pagar pelo acesso à internet. Nesse caso, a ausência da definição da
internet como direito ou mesmo serviço público faz com que as operadoras não
sejam obrigadas a garantir a universalização da rede em todo o território
nacional.
Muitos desses obstáculos têm sido colocados pelo setor empresarial. No caso
da Argentina, o grupo Clarín, maior da região, moveu diversas ações judiciais
para evitar a aplicação da lei e, com isso, a entrega de parte de suas
concessões.
“A gente percebe a sociedade batalhando por banda larga, por acesso rápido,
por uma internet veloz, justamente porque essa internet veloz possibilita mais
informação e mais comunicação. A gente percebe também que o país tem uma
mídia pública estabelecida, com uma quantidade enorme de rádios e TVs
públicas”, aponta.
Para ele, embora o direito à comunicação ainda não tenha sido reconhecido,
há um ambiente favorável para o avanço dessa agenda no Brasil.