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Estudo da Resistência Elementar

1) Generalidade
A finalidade do estudo da resistência elementar é a determinação das seções das peças
componentes de uma estrutura para ela satisfaça certas condições relativas à segurança
contra a ruptura e à deformação. Esse problema de dimensionamento é geralmente reduzido
a um mais simples, que parte de um anteprojeto com dimensões determinadas
aproximadamente. O resultado do estudo é, portanto, uma previsão do comportamento da
estrutura sob efeito das cargas, com afirmações que tem, por exemplo, a seguinte forma :
“ A estrutura resiste as solicitações produzidas pelas cargas com um fator de segurança “s”,
isto é haverá ruptura sob efeito das cargas multiplicadas por “s”.

O método que se usa a aplicação de coeficiente se segurança diretamente sem a separação


de natureza dos carregamentos é conhecido no meio técnico, método das tensões
admissíveis

Atualmente as Normas Brasileiras (Concreto, Madeira, Aço e Alvenaria Estrutural) utilizam os


métodos dos estados limites, onde se majora e combina as ações em função da sua
classificação e minora-se as resistências dos materiais em função do tipo de material.
2) Tração e Compressão

2.1) Noção de Tensão Normal

Admitindo um ensaio de tração simples de uma barra com comprimento 𝑙 e seção transversal
𝐴, podemos afirmar :

- A força de ruptura (𝑃𝑅 ) da seção não depende nem comprimento 𝑙, nem da forma da
seção.

𝑃
- A força de ruptura (𝑃𝑅 ) é proporcional a área 𝐴 da seção, sendo a relação ( 𝐴𝑅) um
parâmetro característico do material. Este parâmetro chamamos de Tensão de Ruptura.

𝑃𝑅 A unidade de tensão é de força sobre área.


𝑇𝑒𝑛𝑠ã𝑜 𝑑𝑒 𝑅𝑢𝑝𝑡𝑢𝑟𝑎 → 𝜎𝑅 =
𝐴 kN/cm2, tf/m2, MPa,...
𝑃
𝑇𝑒𝑛𝑠ã𝑜 → 𝜎 = 𝐴

Nota Importante:
Tensões Normais produzidas por uma força de tração produzem um comportamento,
enquanto forças de compressão produzem além das tensões normais o efeito da
flambagem que será abordado nos capítulos seguintes.
2.2) Comportamento dos Materiais

Aço – Alta resistência a Tração e Compressão (𝜎𝑡𝑟𝑎çã𝑜 ≅ 𝜎𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 )

Madeira – Boa resistência a Tração e Compressão (𝜎𝑡𝑟𝑎çã𝑜 > 𝜎𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 )

Concreto – Baixa Resistência a Tração e Boa Resistencia a Compressão


(𝜎𝑡𝑟𝑎çã𝑜 ≅ 10% 𝜎𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 )

2.3 ) Lei de Hooke (Robert Hooke, 1676)

Além da resistência deve ser estuda também a deformação das barras.

Seja uma barra de seção constante com comprimento L, e medida transversal de d


solicitada a tração por uma força N

As figuras a seguir representam os efeitos que a carga N produz na Barra


∆𝐿
d − ∆𝑑

Alongamento Específico ou Deformação Específica (𝜀)


∆𝐿
𝜀= (adimensional)
𝐿
∆𝑑
O alongamento ∆𝐿 sempre é acompanhado de um decréscimo da dimensão d da barra, mas a relação
𝑑
∆𝐿
é menor que . O fator de redução de uma relação em outra é chamado de coeficiente de Poisson (𝜇)
𝐿
∆𝑑 𝜎
= −𝜇.
𝑑 𝐸
Comportamento dos Materiais sob ensaio de tração

𝜎
Fase 1 – fase elástica
Fase 2 – fase plástica
Fase 3 – fase de ruptura
𝜎𝑅

∆𝐿 𝜎
𝜀= e 𝐸= então
𝐿 𝜀
𝜎𝐸
𝑁
𝜎= então
𝐴
𝜎 𝑁
𝐴 𝑁 𝐿
𝐸= ∆𝐿 = .
𝐴 ∆𝐿
𝐿
𝛼 𝑁.𝐿
𝐸 = 𝐴.∆𝐿
𝜀 𝜀
𝑁.𝐿
∆𝐿 = 𝐸.𝐴
Módulo de Elasticidade ou Módulo de Young
𝜎
𝐸 = 𝑡𝑔𝛼 = (a unidade do módulo de elasticidade é a mesma da Tensão)
𝜀

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