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1 / 2022
Editorial
Indexação e diretórios:
- LatIndex (Sistema Regional de Información en Línea para Revistas Científicas de América Latina, el Caribe, España y
Portugal)
- ErihPlus - NSD (European Reference Index for the Humanities and Social Sciences)
- OAJI (Open Academic Journals Index)
- REBID (Red Iberoamericana de Innovación y Conocimiento Científico - antigo e-revist@s)
- DOAJ (Directory of Open Access Journals)
- CiteFactor (Academic Scientific Journals)
- IRESIE - UNAM (Indice de Revistas de Educación Superior e Investigación Educativa)
- Sherpa/Romeu (Journal database - based at the University of Nottingham)
- DAIJ (Directory of Abstract Indexing for Journal)
- Journal TOCs (Collection of Scholarly Journal Tables of Contents - UK)
- SEER/ IBCT Portal do Sistema Eletrônico de Editoração de Revistas (SEER/ IBCT)
- Diadorim (Diretório de Políticas de Acesso Aberto das Revistas Científicas Brasileiras)
- Base - Bielefeld Academic Search Engine (Universität Bielefeld)
- Open Archives (OAI Register Data Providers)
- Portal do Conhecimento Nuclear (LivRe!)
- Sumários.org
- OasisBR (Portal Brasileiro de Publicações Científicas em acesso aberto
- Qualis Capes
- Periódicos Capes
- Google Scholar
i
V.20, N.2 / 2022
Summary
Sumário
Summary
Editorial
Editorial V.20 N. 1 vi - ix
Pesquisa em Educação
“Corrida do Conhecimento”, “Brainstorming” e “Biochemistry Quest”: o papel da 161 – 178
ludicidade no ensino-aprendizagem de Bioquímica no contexto da educação médica
“Knowledge Race”, “Brainstorming”, and “Biochemistry Quest”: the role of ludic biochemistry and
biophysics learning in medical education
Sthéfany Costa Alves, Bruno Carvalho Brandão, Letícia Silva Carvalho Dias, Luana Fernandes de Matos, José
Matheus Lima Gomes da Silva, José Eduardo Baroneza, Fabíola Cristina Ribeiro Zucchi
Development and use of puzzle and board games to complement the learning of
biochemistry at university 191- 208
Development and use of puzzle and board games to complement the learning of biochemistry at university
Caio Correia de Almeida Soares, Márjory Lima Holanda Araújo
vi
V.20, N.2 / 2022
Summary
245 – 263
Aulas de Bioquímica experimental durante a quarentena de Covid-19: uma alternativa
para o período de Ensino Remoto Emergencial
Experimental biochemistry classes during the Covid-19 quarantine: an alternative for the Emergency
Remote Teaching period
Rodrigo Vassoler Serrato
Criação de animações stop motion como estratégia para o estudo do transporte de 264 – 278
substâncias através da membrana celular no ensino médio
Creating stop motion animations as a strategy for studying the transport of substances across cell
membranes in high school
Camila Coelho de Melo1, Karina Alessandra Morelli
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V.20, N.2 / 2022
Work Team
Work Team 2022 (Jul-Dec)
1. Editorial Team
Chief-Editor
Vera Maria Treis Trindade, Departamento de Bioquímica, Instituto de Ciências Básicas da
Saúde, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Brazil
Co-editors
Gabriel Gerber Hornink, Depto. Bioquímica, Instituto de Ciências Biomédicas, Universidade -
Federal de Alfenas (Unifal-MG), Brazil
André Marques do Santos, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Brazil
Juciano Gasparatto, Depto. Bioquímica, Instituto de Ciências Biomédicas, Universidade -
Federal de Alfenas (Unifal-MG), Brazil
Senior-editor
Bayardo Bapstista Torres, Instituto de Química (USP), Brazil
Editorial Board
Adriana Cassina, Department of Biochemistry, Facultad de Medicina, Universidad de la
República, Uruguay
Angel Herráez, Departamento de Bioquímica y Biología molecular, Universidad de Alcalá de
Henares, Madrid, Spain
Denise Vaz de Macedo, Depto. Bioquímica, Instituto de Biologia, Universidade Estadual de
Campinas (Unicamp), Brazil
Eneida de Paula, Depto. Bioquímica, Instituto de Biologia, Universidade Estadual de Campinas
(Unicamp), Brazil
Jose Antonio Martinez Oyanedel, Universidad de Concepción, Chile
Josep Maria Fernández Novell, Department of Molecular Biology & Biochemistry, Universitat
de Barcelona, Spain
Leila Maria Beltramini, Instituto de Física de São Carlos, Universidade Estadual de São Paulo
(USP), Brazil
Leonardo Fábio Martínez Pérez, Departamento de Química, Universidad Pedagógica
Nacional, Colômbia
Manuel João da Costa, Escola de Ciências da Saúde, Universidade do Minho, Portugal
Maria Lucia Bianconi, Instituto de Bioquímica Médica, Universidade Federal do Rio de Janeiro
(UFRJ), Brazil
María Noel Alvarez, Department of Biochemistry, Facultad de Medicina, Universidad de la
República, Uruguay
Miguel Ángel Medina Torres, Department of Molecular Biology & Biochemistry Faculty of
Sciences University of Málaga, Spain
Nelma Regina Segnini Bossolan, Instituto de Física de São Carlos, Universidade de São
Paulo (USP), Brazil
Paulo De Avila Junior, Centro de Ciências Naturais e Humanas (CCNH) Universidade Federal
do ABC (UFABC), Brazil
Raul Herrera Faúndez, Instituto de Biología Vegetal y Biotecnologia, Universidad de Talca,
Chile
Wagner Seixas da Silva, Instituto de Bioquímica Médica, Universidade Federal do Rio de
Janeiro (UFRJ), Brazil
Work Team
ISSN: 2318-8790
ISSN (until 2012): 1677-2318
Work Team
ISSN: 2318-8790
ISSN (until 2012): 1677-2318
V. 20, N.2 / 2022
Editorial
A Revista de Ensino de Bioquímica teve sua equipe editorial alterada com a inclusão,
como co-editores, dos professores André Marques dos Santos do departamento de Bioquímica,
Instituto de Química, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) e Juciano
Gasparotto do Departamento de Bioquímica, Instituto de Ciências Biomédicas, Universidade –
Federal de Alfenas (Unifal-MG), a partir deste número.
A equipe reforça que a política editorial da Revista foi atualizada em diferentes itens
desde o primeiro número de 2022, destacando:
O limite de autores é de até seis participantes, salvo por solicitação e
autorização dos editores, com a obrigatoriedade de haver, pelo menos, um dos
autores com graduação completa.
Toda submissão deve estar acompanhada de carta ao editor, citando a
contribuição de cada coautor do artigo.
Trabalhos que utilizam dados de seres humanos deverão apresentar aprovação
em comitê de ética em pesquisa ou indicar a previsão legal de não necessidade,
de acordo com a Resolução nº 510, de 07 de abril de 2016, que trata das
pesquisas na área de ciências humanas e sociais.
Os trabalhos devem utilizar o novo modelo da submissão, incluindo melhorias na
estrutura dos artigos por seção. O novo modelo traz instruções mais claras,
modificações no layout, além do uso de estilos para as páginas e texto o que
pode ser observado em detalhe no link:
http://bioquimica.org.br/revista/ojs/index.php/REB/about/submissions#onlineSubmissions
DOI: https://doi.org/10.16923/reb.v20i2.1053
ISSN: 2318-8790
Editorial V. 20, N. 2
Atenciosamente,
DOI: https://doi.org/10.16923/reb.v20i2.1053
ISSN: 2318-8790
V. 20, N.2 / 2022
Teaching Research
Sthéfany Costa Alves1, Bruno Carvalho Brandão1, Letícia Silva Carvalho Dias1, Luana Fernandes de Matos1, José
Matheus Lima Gomes da Silva2, José Eduardo Baroneza1,3, Fabíola Cristina Ribeiro Zucchi1,4
1
Faculdade de Medicina da Universidade de Brasília, 2Centro de Ensino Médio Integrado à Educação Profissional do
Gama, 3Núcleo de Apoio Pedagógico e Experiência Docente, 4Núcleo de Apoio Psicopedagógico e Bem Estar do
Estudante de Medicina
*fcrzucchi@unb.br
Support: Faculdade de Medicina da Universidade de Brasília, apoio financeiro para apresentação de resumos relativos
ao artigo no COBEM 2019 (FCRZ e JEB). Auxílio financeiro a pesquisador UnB (FCRZ) Edital DPI/DPG n. 02/2021.
Abstract
The scientific and sociocultural changes endured by modern society require professionals with problem-solving
skills. Therefore, innovative learning practices have been increasingly introduced in academic curricula. This study
focuses on evaluating the students learning perception using ludic methods in the Medical Biochemistry and
Biophysics (MBB) course. Three alternative methods were applied: a board game (Knowledge Race) comprised of
quizzes, organized discussioons (Brainstorming) and a mobile game (Biochemistry Quest), all of then containing
the main course themes. Lectures were compared with alternative methodologies. Students learning perception
using different methods was evaluated by quantitative and qualitative analysis of a validated questionnaire.
Quantitative obtained results showed students preference for lectures. However, qualitative questionnaires analysis
demonstrated the importance of ludic practices on MBB learning processes.
Resumo
Avanços científicos e mudanças socioculturais sofridas pela sociedade moderna requerem profissionais com
habilidades para resolução de problemas. Assim, o uso de métodos lúdicos de ensino (MLE) está cada vez mais
presente em currículos acadêmicos. O objetivo deste estudo foi avaliar a percepção do aprendizado dos
estudantes da disciplina de Bioquímica e Biofísica Médica (BBM) após a inserção de MLE. Foram aplicados três
métodos alternativos: um jogo de tabuleiro (Corrida do Conhecimento) contendo questões, discussões
organizadas (Brainstorming) e um jogo para celular (Biochemistry Quest), todos eles contendo os principais temas
da disciplina foram comparados com aulas expositivas. A percepção do aprendizado dos alunos foi avaliada por
meio de um questionário previamente validado. Resultados quantitativos demonstraram a preferência dos alunos
por aulas expositivas. No entanto, a análise qualitativa dos questionários ressaltou a importância da ludicidade
como estratégia no ensino de BBM.
1 Introduction
DOI: https://doi.org/10.16923/reb.v20i2.976
ISSN: 2318-8790
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Educational research: “Corrida do Conhecimento”, “Brainstorming” e “Biochemistry Quest’: o papel da
ludicidade no ensino-aprendizagem de Bioquímica no contexto da educação médica
2 Métodos
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ISSN: 2318-8790
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Educational research: “Corrida do Conhecimento”, “Brainstorming” e “Biochemistry Quest’: o papel da
ludicidade no ensino-aprendizagem de Bioquímica no contexto da educação médica
tempo de estudo para discutir com seus colegas e responder às perguntas durante a
execução da atividade. O grau de complexidade dos conteúdos abordados nos diferentes
métodos era equivalente.
Informações a respeito da motivação e percepção da aprendizagem foram
coletadas por meio de questionário aplicado pelos avaliadores no modelo proposto por
Santos et al. (2017) [13] e Godinho et al. (2017) [14] nas três metodologias alternativas
propostas (1: jogo “Corrida do Conhecimento”, 2: método “Brainstorming” e 3: jogo
“Biochemistry Quest”), e nas aulas expositivas. O questionário contava com oito questões
de múltipla escolha e uma questão de resposta livre, conforme apresentado na Tabela 1.
A intenção da utilização do questionário foi descobrir se os alunos preferem a aplicação
das metodologias alternativas, em comparação com o método da aula expositiva, para a
“Corrida do Conhecimento” (análises quantitativa e qualitativa). Para o método
“Brainstorming” e para o aplicativo “Biochemistry Quest”, a intenção foi avaliar
qualitativamente a opinião dos discentes acerca da ferramenta aplicada. Os questionários
preenchidos ao longo das aulas resultaram em uma amostra de n=90 referentes à aula
expositiva, n=83 referentes à atividade “Corrida do Conhecimento'', n=16 referentes ao
método “Brainstorming”, e n=52 referentes ao aplicativo “Biochemistry Quest”.
Tabela 1. Perguntas e alternativas de respostas contidas no questionário aplicado
Perguntas Alternativa
1- Qual o seu ponto de vista a respeito de aulas onde você a) Gosto muito, consigo ensinar e
seja estimulado(a) a participar dialogando com seus colegas? aprender melhor quando dialogo com
meus colegas.
b) Não gosto muito, prefiro ouvir o
professor.
c) Sou indiferente.
2- Como você avalia a metodologia de ensino recém-utilizada a) Muito boa ou boa.
pelo(a) professor(a)? b) Sou indiferente.
c) Não gosto ou péssima.
3- Em relação ao assunto recentemente abordado, você se a) Sim.
sente motivado a saber mais sobre ele mesmo após o término b) Não.
das aulas? c) Talvez.
4- Ainda em relação ao assunto recentemente abordado, você a) Sim.
se sente motivado a conversar sobre ele com seus colegas b) Não.
fora da sala de aula? c) Talvez.
5- Você se considera capaz de ensinar a respeito do assunto a) Sim.
recentemente abordado? b) Não.
c) Talvez.
6- Se você tivesse que participar de uma avaliação sobre o a) Todas ou a maioria
assunto recentemente abordado nesta disciplina, quantas b) Nem muitas nem poucas.
questões você acredita que acertaria? c) Poucas ou nenhuma.
7- Ao fazer e discutir trabalhos em equipe você se sente mais, a) Mais.
menos ou igualmente motivado do que se estivesse b) Igualmente.
trabalhando sozinho? c) Menos.
8- No seu ponto de vista, você acredita que aprende melhor a) Sim.
quando estuda em casa do que na faculdade? b) Não.
c) Indiferente.
Fonte: Modificado de Santos et al. (2017) e Godinho et al. (2017).
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Para a interpretação dos dados obtidos por meio dos questionários referentes à
aplicação do jogo “Corrida do Conhecimento”, as taxas de respostas foram tabuladas e
comparadas por meio de análise quantitativa, utilizando o teste Exato de Fisher (95%IC).
Em contrapartida, os dados referentes ao método “Brainstorming” e ao aplicativo
“Biochemistry Quest” foram analisados por meio de análise qualitativa.
Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar a satisfação e aceitação dos estudantes
em relação às metodologias empregadas, sem intenção de comparar o quanto cada
estratégia contribui para o aprendizado de um determinado tópico.
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2.2 “Brainstorming”
Os discentes foram separados em grupos de cinco a sete pessoas, sendo
escolhido entre eles um líder, ao qual cabia organizar e estimular a discussão, e um
secretário, ao qual cabia anotar, em formato de tópicos, os pontos importantes discutidos.
Após a nomeação do líder e do secretário, era iniciada a discussão de um
tema/conteúdo de Bioquímica e Biofísica (Metabolismo do glicogênio e regulação de
metabolismo dos carboidratos), na qual todos os participantes do grupo deveriam
contribuir, compartilhando conhecimentos.
Finalizada a discussão, o grupo tinha a missão de relacionar o conteúdo
discutido/estudado a uma aplicação prática, como, por exemplo, um caso clínico, e
apresentá-lo ao restante da turma.
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3 Resultados
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Educational research: “Corrida do Conhecimento”, “Brainstorming” e “Biochemistry Quest’: o papel da
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Figura 2. Respostas dos estudantes aos questionários referentes às aulas expositivas e jogo “Corrida do
Conhecimento” (porcentagem). A. Exp.=Aula Expositiva. Alternativas: “A” = Gosto muito, consigo ensinar e
aprender melhor quando dialogo com meus colegas; “B” = Não gosto muito, prefiro ouvir o professor; “C” =
Sou indiferente. Questões: 1- Qual o seu ponto de vista a respeito de aulas onde você seja estimulado(a) a
participar dialogando com seus colegas? 2- Como você avalia a metodologia de ensino recém utilizada
pelo(a) professor(a)? 3- Em relação ao assunto recentemente abordado, você se sente motivado a saber
mais sobre ele mesmo após o término das aulas? 4- Ainda em relação ao assunto recentemente abordado,
você se sente motivado a conversar sobre ele com seus colegas fora da sala de aula? 5- Você se considera
capaz de ensinar a respeito do assunto recentemente abordado? 6- Se você tivesse que participar de uma
avaliação sobre o assunto recentemente abordado nesta disciplina, quantas questões você acredita que
acertaria? 7- Ao fazer e discutir trabalhos em equipe você se sente mais, menos ou igualmente motivado do
que se estivesse trabalhando sozinho? 8- No seu ponto de vista, você acredita que aprende melhor quando
estuda em casa do que na faculdade?
3.2 “Brainstorming”
Foram analisados 16 (dezesseis) questionários após a atividade “Brainstorming”.
Pode-se destacar que, na Questão 2 (Como você avalia a metodologia de ensino recém-
utilizada pelo(a) professor(a)?), sobre a avaliação dos alunos a respeito da atividade
aplicada, não houve respostas “Sou indiferente”, “Não gosto” ou “Péssima”. Além disso,
94% (n = 15) dos alunos apontou a metodologia como “Boa”, e 6% (n=1), como “Muito
boa”. Destaca-se, ainda, que nenhum aluno respondeu, na Questão 6 (Se você tivesse
que participar de uma avaliação sobre o assunto recentemente abordado nesta disciplina,
quantas questões você acredita que acertaria?), que acertaria “Poucas” ou “Nenhuma”.
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Educational research: “Corrida do Conhecimento”, “Brainstorming” e “Biochemistry Quest’: o papel da
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ludicidade no ensino-aprendizagem de Bioquímica no contexto da educação médica
a 34 41 28 30 9 20 28 18
b 12 4 6 11 28 16 12 20
c 6 7 18 11 15 16 12 14
Perguntas Alternativa
1- Qual o seu ponto de vista a respeito de aulas onde você a) Gosto muito, consigo ensinar e aprender
seja estimulado(a) a participar dialogando com seus melhor quando dialogo com meus colegas.
colegas? b) Não gosto muito, prefiro ouvir o
professor.
c) Sou indiferente.
2- Como você avalia a metodologia de ensino recém- a) Muito boa ou boa.
utilizada pelo(a) professor(a)? b) Sou indiferente.
c) Não gosto ou péssima.
3- Em relação ao assunto recentemente abordado, você se a) Sim.
sente motivado a saber mais sobre ele mesmo após o b) Não.
término das aulas? c) Talvez.
4- Ainda em relação ao assunto recentemente abordado, a) Sim.
você se sente motivado a conversar sobre ele com seus b) Não.
colegas fora da sala de aula? c) Talvez.
5- Você se considera capaz de ensinar a respeito do a) Sim.
assunto recentemente abordado? b) Não.
c) Talvez.
6- Se você tivesse que participar de uma avaliação sobre o a) Todas ou a maioria
assunto recentemente abordado nesta disciplina, quantas b) Nem muitas nem poucas.
questões você acredita que acertaria? c) Poucas ou nenhuma.
7- Ao fazer e discutir trabalhos em equipe você se sente a) Mais.
mais, menos ou igualmente motivado do que se estivesse b) Igualmente.
trabalhando sozinho? c) Menos.
8- No seu ponto de vista, você acredita que aprende a) Sim.
melhor quando estuda em casa do que na faculdade? b) Não.
c) Indiferente.
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A respeito dos jogos, a principal crítica apontada refere-se à falta de clareza sobre
o estudo prévio necessário para a realização do jogo: “[…] quando nos foi informado o
tema da aula, não houve nenhuma indicação sobre o nível de profundidade o qual [sic]
deveríamos alcançar em nossos estudos […]”. “Orientar um pouco mais sobre as fontes”.
“[…] O que atrapalha é o estudo não direcionado […]”.
Outras queixas apresentadas incluem a quantidade de questões (“Gostei da
dinâmica, porém foram muitas questões e no final ficou meio cansativo”), a qualidade das
questões (“Acho que as questões precisam ser mais bem elaboradas e escritas. Em
muitas delas, houve confusão quanto ao que pedia o item”) e o tamanho dos grupos
(“Aprender em grupo é mais produtivo quando os grupos são pequenos”).
Contudo, deve-se ressaltar que muitos alunos elogiaram o método alternativo
utilizado, apontando-o como divertido e estimulante: “Gostei dos debates em grupo, acho
que incentivam o estudo”. “O diálogo promoveu maior aprendizado”. “Atividade bem
dinâmica, muito boa. Parabéns aos elaboradores está bem didático.” “Excelente atividade,
faz a gente racionar de forma ampla e correlacionada com o problema em si. Obrigado.”
“A sistemática é nova, mas parece contribuir com o aprendizado de bioquímica de forma
mais eficiente que simplesmente aulas expositivas.”
Alguns comentários sugeriram o uso das metodologias alternativas como forma de
revisar e fixar conteúdos previamente ensinados em aulas teóricas: “A metodologia ativa é
válida, porém, acredito que seja mais eficaz na revisão de uma matéria já ministrada”. “O
método é bom, desde que venha acompanhado de uma aula antes para que o conteúdo
seja aprendido e posteriormente discutido.” Outros alunos apontaram dificuldades por não
terem estudado previamente o conteúdo abordado: “Minha dificuldade foi não ter
estudado o conteúdo previamente, ainda não achei muito proveitoso. Tenho certeza que
nas próximas vezes, quando o fizer, será mais.” “Eu acho que a metodologia ficaria
perfeita se todos do grupo estudassem o conteúdo no livro previamente, uma lida por
duas horinhas, por exemplo, de modo que os exercícios servissem de fixação do
conteúdo, em vez de tentar descobrir tudo na hora ou pegar as respostas com os colegas
como é o caso de alguns integrantes do meu grupo”. Estudantes também mencionaram
dificuldades de adaptação às ferramentas utilizadas: “Ao fazer as perguntas do aplicativo
eu acho que absorveria melhor o conhecimento se tivesse tido a aula antes, mas também
consigo aprender alguma coisa fazendo as sentenças sem ter tido contato com a matéria
antes. Acho que ficam informações um pouco truncadas fazer as questões sem ter tido
um 1º contato antes da matéria. Mas é uma abordagem diferente. Acho que falta
adaptação para melhor rendimento do método”.
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Educational research: “Corrida do Conhecimento”, “Brainstorming” e “Biochemistry Quest’: o papel da
ludicidade no ensino-aprendizagem de Bioquímica no contexto da educação médica
4 Discussão
A partir dos resultados quantitativos deste estudo, isto é, sob o ponto de vista dos
alunos participantes, pode-se inferir que houve preferência da metodologia da aula
expositiva em comparação à utilização de metodologia alternativa de ensino, o jogo
“Corrida do Conhecimento”. Observamos também, pela análise qualitativa dos
comentários dos discentes, que os alunos que seguiram as instruções para as atividades
e que estudaram previamente o conteúdo abordado aprenderam melhor e demonstraram
maior motivação na realização da atividade, demonstrando o papel do aluno como
protagonista de seu aprendizado. Assim, é necessária a contextualização dos resultados
quantitativos aos comentários dos alunos participantes (dados qualitativos), buscando
comparar as conclusões numéricas, entender e discutir as diferenças encontradas.
Anastasiou e Alves (2015) [15] relatam que a aula expositiva reúne a síntese de
todo um contexto de estudo, desse modo, por estarem imersos neste ambiente, é natural
que os alunos demonstrem certa resistência a outras metodologias que os coloquem na
posição de busca ativa por novos conteúdos. Para haver de fato a revolução na educação
a qual ansiamos, é necessário que haja ruptura com o modelo tradicional de ensino, o que
passa por iniciativas distintas, entre as quais apontamos o incentivo à diversificação dos
métodos de ensino, a adoção de currículos inter e transdisciplinares, e as mudanças no
modelo de salas de aula, ainda muito voltadas para a exposição dos conteúdos. O livro
“Pedagogia do Oprimido” traz essa ruptura como requisito para a liberdade dos
educandos e dos educadores. Deve-se, assim, compreender que o modelo clássico do
professor como detentor do conhecimento já está ultrapassado [15, 16].
Quando utilizado o aplicativo “Biochemistry Quest”, observou-se que, embora 48%
dos discentes tenham classificado a ferramenta como boa, mais da metade não se
considera capaz de ensinar o conteúdo recém-abordado, e apenas 38% se sentiriam
confiantes para acertar a maioria das questões em uma prova sobre o assunto visto. Além
disso, na questão livre presente no questionário, na qual os discentes poderiam fazer
críticas, elogios ou sugestões, a maioria sugeriu que o aplicativo fosse utilizado após aula
expositiva e/ou estudo prévio do tema, de modo que os alunos demostraram desejo de
que a ferramenta aplicada não substitua a aula expositiva, mas esteja associada a esta.
Os recursos relacionados às tecnologias da informação e da comunicação - TICs -,
tais quais os aplicativos virtuais, não podem ser considerados metodologias ativas de
ensino, nas quais se espera que o estudante seja o principal ator de seu aprendizado,
construindo o conhecimento pela solução de problemas propostos. Entretanto, associar o
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contextos educacionais, mas também publicarem seus resultados a fim de fomentar uma
base de dados na esfera acadêmica.
Ademais, salienta-se que a pesquisa em ensino de Bioquímica, particularmente,
encontra-se em estado incipiente [22]. Isso não quer dizer que não existam incontáveis
professores de Bioquímica e Biofísica buscando a inovação em suas didáticas, mas
apenas ressalta a escassez da produção científica e a falta de intercâmbio entre esses
empiristas. Desse modo, os resultados aqui obtidos, muito além de trazerem dados
numéricos, buscam fomentar o desenvolvimento dessa área de pesquisa, com escopo de
contribuir para um melhor ensino de Bioquímica.
Como já mencionado anteriormente, a Bioquímica é uma das disciplinas mais
temidas pelos estudantes da FM-UnB, tendo longo histórico de calouros temerosos pelos
aconselhamentos transmitidos por seus veteranos. Profissionais da Medicina atuam em
um cenário em que o entendimento das reações orgânicas é imprescindível aos
procedimentos frente as mais variadas situações e patologias. Assim, a compreensão dos
distúrbios metabólicos ou a interpretação de exames clínicos demandam o uso do
conhecimento discutido em disciplinas como a Bioquímica. Um bom aprendizado da
matéria é pretendido para formar profissionais pensantes e críticos em relação às suas
ações [23].
A precária noção de Química apresenta-se como uma das preocupações dos
discentes em relação à Bioquímica [24] e tal questão também foi apontada pelos
participantes da presente pesquisa. Segundo os alunos, devido a déficits no ensino
médio, os conhecimentos necessários para a boa compreensão da linguagem Bioquímica
são deficientes. Dessa forma, conhecimentos prévios são importantes para a obtenção de
novas informações, tornando-se evidente que deficiências na Educação Básica podem
acarretar prejuízos no desempenho acadêmico ao longo do Ensino Superior [25, 26].
Desse modo, defendemos a necessidade de uma ampla reforma no sistema educacional
brasileiro, que melhore o ensino desde o nível básico até o superior, identificando e
suprindo diferenças individuais, para a formação de cidadãos competentes em suas áreas
de atuação. Além disso, tomando como exemplo a fala de um discente participante deste
estudo, “Para mim, as aulas teóricas precisam de uma base de um ensino médio utópico
[…]”, observa-se que diferenças que precedem o ensino superior modulam o desempenho
dos estudantes, de forma que ressaltamos a importância de políticas em educação com a
finalidade de buscar novas medidas para a maior equidade.
No entanto, a deficiência de conhecimentos específicos prévios por si só não
explica a resistência dos alunos aos métodos apresentados na disciplina. Uma outra
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5 Conclusão
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Educational research: “Corrida do Conhecimento”, “Brainstorming” e “Biochemistry Quest’: o papel da
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ISSN: 2318-8790
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Acknowledgments
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V. 20, N.2 / 2022
Submitted in:
Published in: 02/sep/22
Educational Innovations
Rayana Vanessa da Costa Lima1, Mateus Vinícius dos Santos Medeiros 1, Verônica Danielle Santos Ferreira 1,
Jéssika Karolinne Silva do Nascimento1, Luciana Guimarães Alves Filgueira 1, Giulianna Paiva Viana de Andrade
Souza1, Luciana Duarte Martins da Matta1*
1
Departamento de Bioquímica, Centro de Biociências, Universidade Federal do Rio Grande do Norte- RN
*e-mail: luciana.matta@ufrn.br
Resumo
Os assuntos membrana e matriz extracelular são de difícil compreensão por parte dos alunos, assim, o objetivo
deste trabalho foi estimular os alunos a confeccionar as moléculas constituintes da membrana e da matriz
extracelular e a montar um modelo didático a partir delas. A metodologia proposta consistiu em separar a turma
em grupos em que, cada grupo, seria responsável pela confecção e exposição para a sala das moléculas
(Lipídeos de membrana, integrinas, fibronectina, colágeno, elastina, laminina, ácido hialurônico e proteoglicanos).
As moléculas foram apresentadas à turma e os grupos, juntos, montaram a membrana e a matriz apontando a
localização das moléculas e suas possíveis interações. Todos os grupos criaram suas moléculas de acordo com
as especificações dadas e interagiram positivamente durante a montagem do modelo didático. Consideramos que
a atividade atingiu seus objetivos pela construção de um modelo didático facilmente utilizável para a compreensão
de tais assuntos.
Abstract
The subjects membrane and extracellular matrix are difficult understanding for the students, therefore our work
aimed to encourage students to construct the constituent molecules of the membrane and extracellular matrix and
assemble a didactic model. The proposed methodology consisted of separating the class into groups, where each
would be responsible for making and exposing to other students one of the molecules (Membrane Lipids, integrins,
fibronectin, collagen, elastin, laminin, hyaluronic acid and proteoglycans). The molecules were presented to the
class, and the groups had set up the membrane and the matrix indicating the location of molecules and their
possible interactions. All groups created their molecules according to given specifications and positively interacted
for the construction of the didactic model. We therefore postulate that activity achieved its objectives by
construction of the didactic model that can be easily used to understand these subjects.
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Inovações educacionais: Metodologias ativas de aprendizagem utilizando modelo didático como ferramenta
educacional para estudar interações moleculares em membranas e matriz extracelular
1 Introdução
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Inovações educacionais: Metodologias ativas de aprendizagem utilizando modelo didático como ferramenta
educacional para estudar interações moleculares em membranas e matriz extracelular
2 Procedimentos Metodológicos
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Inovações educacionais: Metodologias ativas de aprendizagem utilizando modelo didático como ferramenta
educacional para estudar interações moleculares em membranas e matriz extracelular
3 Avaliação e Discussão
Dos 54 alunos matriculados nas duas turmas, turnos vespertino e noturno, somente
41 participaram da atividade diretamente. Alguns se mantiveram em sala, mas apenas
observando, outros desistiram, infelizmente alguns alunos não se engajaram nas
atividades propostas, escolhendo não fazer. Imagina-se que este tipo de comportamento
esteja relacionado ao que o aluno tem vivenciado no ensino diariamente, ou seja, o
ensino tradicional, de memorização, que não estimula o relacionamento social, a troca de
experiências, o compartilhar de ideias, a interação e o desenvolvimento da habilidade de
lidar com o outro em sua totalidade [12] desta maneira, o aluno evita este tipo de
atividade.
Os grupos produziram todas as moléculas solicitadas nos mais variados tipos de
material, como mostrado na Figura 1. As estruturas dos lipídeos de membrana produzidos
foram muito simples e esquemáticas (Figura 1A), eles especificaram somente a porção
polar (representada pela cabeça) e apolar (caudas) destes. Tais estruturas somente
seriam estudadas por eles na última unidade e o que foi apresentado foi suficiente para
que entendessem a formação da membrana, da bicamada de lipídeos, pois não eram as
moléculas foco deste estudo. Quanto às integrinas, uma das turmas se aprofundou mais
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Inovações educacionais: Metodologias ativas de aprendizagem utilizando modelo didático como ferramenta
educacional para estudar interações moleculares em membranas e matriz extracelular
que outra na representação de suas estruturas (Figura 1B), especificando bem as duas
subunidades α e β, mas ambas ressaltaram que se tratavam de proteínas integrais na
membrana plasmática e que controlam a interação da célula com a matriz extracelular e
com outras células [13] que é de extrema importância no entendimento de todo o modelo
didático que se propôs.
A B
a b
a b
aa bb
C D
a a bb aa bb
E F
a b a b
G H
a b
Figura 1. Moléculas confeccionadas pelos grupos. 1A: Lipídeos de membrana; 1B: Integrinas; 1C:
Fibronectina; 1D: colágeno; 1E: Laminina; 1F: elastina; 1G: ácido hialurônico e proteoglicanos; 1H: ácido
hialurônico e proteoglicanos; As especificações com as letras a e b indicam que as moléculas foram feitas
pelas turmas do período vespertino e noturno, respectivamente.
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Inovações educacionais: Metodologias ativas de aprendizagem utilizando modelo didático como ferramenta
educacional para estudar interações moleculares em membranas e matriz extracelular
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Inovações educacionais: Metodologias ativas de aprendizagem utilizando modelo didático como ferramenta
educacional para estudar interações moleculares em membranas e matriz extracelular
pelo professor, com auxílio do monitor, que estimulavam os alunos a ressaltarem mais em
suas apresentações determinadas características estruturais e falassem tudo o que
sabiam sobre a molécula.
De uma maneira geral, as etapas iniciais foram cumpridas com sucesso. Todos os
grupos confeccionaram as moléculas, mas foi percebido que os alunos estudaram mais
profundamente as moléculas que confeccionaram, mesmo sabendo que poderiam ter que
apresentar qualquer uma, não necessariamente a que produziram.
Ao final de todas as apresentações, os grupos se reuniram e montaram o MODELO
DIDÁTICO, como pode ser visto na Figura 2. Estes foram adicionando as moléculas
confeccionadas por eles. Inicialmente os lipídeos e as integrinas, em seguida as
fibronectinas, lamininas, colágenos, elastinas, ácidos hialurônicos e proteoglicanos. Na
montagem do modelo didático houve colaboração entre os alunos e auxílio do professor e
do monitor, a fim de produzir um modelo didático correto, onde as interações entre as
moléculas eram ressaltadas e o aprendizado fosse significativo. Este foi o momento mais
importante, pois todo o conhecimento que os alunos obtiveram através de seus estudos e
das apresentações foram utilizados para a montagem da membrana celular e MATRIZ
EXTRACELULAR criando assim um MODELO DIDÁTICO que serviu para facilitar a
compreensão do conteúdo de uma maneira mais lúdica. Esta metodologia tem sido
utilizada por alguns docentes na tentativa de melhorar o processo de ensino e
aprendizagem [15, 16, 17].
A B
Figura 2. Sequência de fotos mostrando o passo a passo da montagem do modelo didático pelos alunos.
Em A, alunos matriculados na disciplina no turno vespertino e em B os alunos matriculados no turno
noturno.
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Inovações educacionais: Metodologias ativas de aprendizagem utilizando modelo didático como ferramenta
educacional para estudar interações moleculares em membranas e matriz extracelular
Figura 3. O gráfico mostra os pontos fortes da metodologia aplicada de acordo com as opiniões dos
alunos. Após a aplicação de um questionário de avaliação da atividade, os pontos fortes apontados pelos
alunos foram organizados em grupos de respostas e o gráfico construído.
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Inovações educacionais: Metodologias ativas de aprendizagem utilizando modelo didático como ferramenta
educacional para estudar interações moleculares em membranas e matriz extracelular
auxiliar ainda mais o processo de aprendizagem. Foi percebido que, alguns alunos
apresentaram receio em se colocar diante da turma para apresentar as moléculas, mas
como futuro docentes esta competência precisa ser desenvolvida para que esse temor
consiga ser superado. Na proposição da atividade foi solicitado que os alunos
estudassem todas as moléculas e, a falta de base teórica apontada como um ponto fraco
pode ter ocorrido em decorrência do fato dos alunos não terem estudado com o mesmo
empenho as moléculas que não confeccionaram. A consequência dessa falta de
interesse, pode explicar as dificuldades durante a exposição e compreensão geral do
assunto, mas salienta-se que não foi o caso da maioria. É muito importante que os alunos
também estejam abertos às novas metodologias de ensino, queiram aprender, pois a
aprendizagem também é resultado do esforço próprio [7].
Do ponto de vista docente foi possível perceber que esta metodologia facilitou a
aprendizagem contextualizada, o que pode ter levado a uma aprendizagem mais
significativa do assunto em questão [7]. Isto foi percebido nas avaliações escritas, nas
quais, grande parte dos alunos foi capaz de responder as questões propostas a respeito
do assunto, atingindo assim os objetivos inicialmente propostos. Schonborn e Anderson
[18] discutem em seu artigo a importância de se trabalhar a literácia visual com os alunos
para que estes possam ser capazes de ler diagramas, decodificar simbolismos e entender
animações, essencial para a boa formação de um biólogo, os modelos didáticos podem
ser incluídos neste contexto, ensinando-os a criar e compreender modelos celulares,
bioquímicos, dentre outros.
4 Considerações gerais
A partir do emprego de uma metodologia ativa foi possível criar um modelo didático
capaz de auxiliar na aprendizagem dos conteúdos de membrana celular e matriz
extracelular, estudados na disciplina de Diversidade Molecular, obrigatória para os alunos
dos Cursos de Ciências Biológicas, Bacharelado e Licenciatura.
Quando tais conteúdos eram ministrados de maneira tradicional era comum que,
nas avaliações, as questões que abordavam o assunto serem deixadas em branco por
boa parte dos alunos. Isto inquietou os docentes da disciplina que, juntamente com os
monitores, desenvolveram uma metodologia em que os alunos se envolvessem mais,
tornando-os ativos no processo de ensino e aprendizagem. Assim, os alunos estudaram
algumas moléculas envolvidas na formação das membranas e matriz extracelular, as
apresentaram para seus colegas e docentes em sala e, juntos, montaram o modelo
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Inovações educacionais: Metodologias ativas de aprendizagem utilizando modelo didático como ferramenta
educacional para estudar interações moleculares em membranas e matriz extracelular
didático. Foi possível perceber ótimo engajamento dos alunos na atividade que, de
maneira geral, a avaliaram bem sugerindo melhorias que, em sua maioria, serão acatadas
pelos docentes da disciplina a fim de aprimorar tal metodologia. Percebeu-se progresso
com relação às respostas dos alunos às questões que envolviam os assuntos nas
avaliações. O grupo de docentes e monitores considerou que a metodologia ativa atingiu
os objetivos inicialmente propostos podendo ser utilizada com outras turmas a fim de
tornar a aprendizagem de tais conteúdos mais significativa.
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ISSN: 2318-8790
190
V. 20, N.2 / 2022
Educational Innovations
Abstract
Biochemistry is an important area of knowledge for biology-based courses, although constantly the students face
difficulties regarding the integral comprehension of issues involving biomolecules and metabolism. This scenario
comprises an opportunity to adopt active methodologies such as playful classes. Thereby, this work aims to
develop and apply a puzzle and a board game of Questions and Answers about biochemistry. These games were
based on biomolecules and metabolism contents and were designed to offer a robust number of interactions
possible between players to game and players to players. The games were named Bioquease Biomoléculas and
Bioquease Metabolismo. They were applied to two classes of biochemistry (n=29), in which the students filled out
survey forms to evaluate the games. The results showed that the questions of the game were related to what was
learned in class, the difficulty was coherent with the one from the classes, the dynamics of the games were easy to
comprehend, and the knowledge obtained was satisfactory, which comprise good alternatives to complement
biochemistry classes.
Resumo
Bioquímica é uma importante área de conhecimento para cursos que envolvem biologia, entretanto
constantemente os estudantes enfrentam dificuldades em relação à compreensão integral de assuntos que
envolvem biomoléculas e metabolismo. Esse cenário confere uma oportunidade para adotar metodologias ativas,
como jogos. Dessa fora, o presente trabalho objetiva o desenvolvimento e aplicação de um jogo de quebra-cabeça
e de tabuleiro de perguntas e respostas sobre Bioquímica. Esses jogos foram baseados nos assuntos de
biomoléculas e metabolismo e foram planejados para oferecer um número robusto de interações possíveis entre e
os jogadores com os jogos e entre os próprios jogadores. Os jogos foram nomeados como BioqEase Biomoléculas
e BioqEase Metabolismo. Eles foram aplicados a duas turmas de Bioquímica (n=29), nas quais os estudantes
preencheram um formulário para avaliar os jogos. Os resultados mostraram que as questões dos jogos estavam
relacionadas com o que foi aprendido em sala, a dificuldade estava coerente com a das aulas, a dinâmica dos
jogos foi fácil de compreender e o conhecimento obtido foi satisfatório, compreendendo uma boa alternativa para
complementar as aulas de Bioquímica.
Title Development and use of puzzle and board games to complement biochemistry subject
matter learning at university
Target audience Undergraduate students enrolled in biochemistry subject matter
Related Biology and chemistry
disciplines
Educational To make students comprehend and study biochemistry contents through two games that
objectives can be applied in classes.
Justification of It’s known that biochemistry is a tough subject matter taught essentially by textbooks and
use slides, which can not approach all the student’s learning differences. Besides, playful
methodologies, such as games, are good alternatives to approach different learning
ways because of their visual contents, strategies’ scheme, and socialization and
competition aspect. Thereafter, games may be good alternatives to teach and review
biochemistry classes, making students more interested in the subject matter.
Worked Structure, properties, and functions of amino acids, lipids, and carbohydrates; glycolysis,
contents citric acid cycle, gluconeogenesis, electron transport chain, oxidative phosphorylation,
fatty acid metabolism, fatty acid catabolism, synthesis of amino acids, regulation of
metabolism, situations that affect metabolism.
Estimated 5 months for the conceptualization and design of the games, 1 month for their
duration construction, and 2 hours for their application.
Materials used For the puzzle game: 42 puzzle pieces, 1 mystery box, 1 die, 15 card of biomolecules,
and 18 questionnaire leaflets.
For the board game: 1 gameboard, 1 die, 6 questionnaire leaflets, 3 checkpoint cards,
and 4 pieces of movement.
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ISSN: 2318-8790
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Educational innovations: Development and use of puzzle and board games to complement the learning of
biochemistry at university
1 Introduction
Biochemistry is an important area of knowledge for biology-based courses at
university since it presents an overview of the processes that take place within organelles,
cells, and systems; and deploys a crucial foundation to scientific thinking and professional
skills [1]. On the other hand, the teaching of biochemistry subject matters at university is
challenging for most of the professors due to the necessity of turning complex ideas from
articles and textbooks into something less abstract and easier to comprehend for the
students [2]. Because of this, professors prefer teaching biochemistry by lecturing, which
favors memorization of the theory [3]. Nonetheless, this kind of class, given generally by
materials like textbooks, slides presentations, images, and videos makes the students
simple receptors of information and does not stimulate active skills that turn the subject
more interesting to them [4]. It is common for students to face difficulties regarding the
integral comprehension of the issues involving biomolecules and metabolism, like the
imagination of complex phenomena, the connection of events within the submicroscopic
level, and the importance of some chunks in the system [5].
The subject matters of biochemistry offered by federal universities around Brazil are
based on three main modules: biomolecules, metabolism, and molecular biology. The
studies of biomolecules, like the drawing of structures of amino acids, carbohydrates, and
lipids; along with the relation between chemical groups with their functions are important
for a better understanding of biomolecules contents [6]. Furthermore, students often
possess difficulties understanding key subjects regarding the metabolism subject, as the
metabolism integration and the influences of parts of pathways over the whole system [7–
8]. Besides, lectures based on oral and textbook methodologies harden the understanding
of analogies and roles in biochemistry due to the necessity of linking several complex
ideas in the text into a straightforward train of thought. [9] .
Students need to be presented to other alternatives to learn the contents of
biochemistry, e.g. application of active learning methods to increase the retention of
knowledge, preparation for different solving-problem challenges, and stimulation of their
motivation [10-11] .
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ISSN: 2318-8790
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Educational innovations: Development and use of puzzle and board games to complement the learning of
biochemistry at university
2. 1. Games development
2.1.1 Puzzle
The puzzle game, named BioqEase Biomoléculas, was developed based on the
chemical structure of carbohydrates, amino acids, and fatty acids, which represent three
important biomolecule classes. The selection of the biomolecules in each class was
established according to their importance and role in biochemistry. The chemical structure
of 5 carbohydrates, 5 amino acids, and 5 fatty acids were drawn on the program
CorelDraw©. glucose, fructose, galactose, glucose-6-phosphate, and ribose constitute the
carbohydrates; alanine, arginine, glutamate, glutamine, and tyrosine, the amino acids; and
arachidonic acid, palmitic acid, diacylglycerol, octadecanoic acid, and 9,12-
octadecadienoic acid (omega-6) constitute the fatty acids.
The puzzle lines of the biomolecules were designed to highlight relevant chemical
groups, such as the hydroxyls of the carbohydrates ; carboxyl, amino and radical (R)
groups in amino acids; and acyl groups in lipids (Figure 1). Each biomolecule was divided
from a range of 5 to 7 pieces each, depending on its chemical structure size.
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Figure 1. Representation of every piece present in puzzle game BioqEase Biomoléculas. Each biomolecule
possesses a color to distinguish it from others
The game materials consist of puzzle pieces handcrafted by printing the images of
the biomolecules on A4 paper that was glued on a wooden-like paper (~4mm of thickness)
to make the puzzle pieces. Furthermore, there are 6 questionnaires [Appendix A] of
questions printed on A4 paper and folded in the format of leaflets. Each questionnaire has
7 questions with answers from the subjects of biomolecules (Frame 1A). These questions
were obtained from the main reference used in Biochemistry classes across Brazil [17].
The questions vary in style, having multiple choice and short answer questions; and in
difficulty to be answered, which is indicated by a colored circle beside the question text,
being green for easy, yellow for medium, and red for hard questions. There are 21 easy, 70
medium, and 35 hard questions, as showed on Appendix A. For the difficulty, it was taken
into consideration the knowledge necessary within the biochemistry course to answer
correctly the questions. Based on this, it was subjectively attributed one of the three
difficulties on each question. Bellow the questions, the correct answer is displayed. The
game contains a mystery box either, made of a conical cup of 1 liter with a cloth wrapped
on the upper part of the cup to hide the puzzle pieces inside and contains an elastic hole
that permits to sink the hand to reach the puzzle pieces to pull them out of it. Besides,
there is a die to roll a number from 1 to 6 to select one of the six questionnaires.
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Frame 1. Contents comprised on the games of BioqEase Biomoléculas (A) and Metabolismo (B)
Subjects of the questions of Subjects of the questions of
A. BioqEase Biomolecules B. BioqEase Metabolism
2.1.2. Board
The game is centered on a board (70 by 55 cm), named BioqEase Metabolismo,
representing the main metabolism pathways studied on the subject matters of
biochemistry (Figure 2). The board was handcrafted by printing the full gameboard on a
thick wooden-like paper (~6mm) and covered by adhesive paper to convey a smooth
texture. This game contains 6 questionnaires [Appendix C], each of them having 20
questions with answers from the subjects of metabolism (Frame 1B). The style of the
questions comprises short answer and multiple-choice questions, like the BioqEase
Biomoléculas game, having 23 easy, 68 medium, and 29 hard questions. The questions
were also based on the contents of Lehninger’s reference [17]. There is a die to roll
numbers from 1 to 6 to pick up one of the six questionnaires. Other featured materials are
three cards of checkpoints: the first for the beginning, at the first space, and two for the
respective checkpoint spaces (Figure 3). These checkpoint cards explain the pathway flux
taken in the gameboard, contextualizing people's attitudes, such as alimentation, sleeping,
and exercise practicing with their respective metabolic outcomes.
We applied the games on November 19, 2019, and November 22, 2019, to two
classes from the courses of zootechny and biology, respectively, at the UFC. The students
were enrolled in a biochemistry subject matter (n=29). The 29 students were studying the
biochemistry matter for the first time and the period of the game application was in the
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penultimate week before the final exam; therefore, the students had already studied the
subjects of the games.
The first part of the application consisted of the students playing both games, begin-
ning with BioqEase Biomoléculas. The players were divided into three teams to play both
games, in which the three teams of zootechny class (n=14) were comprised of two groups
with 5 and one with 4 players; and the three teams of biology class (n=15) were divided to
have 5 players each.
After the matches, every student received two survey forms for each game with
the same questions in order to evaluate the games regarding three aspects: the content,
dynamics of the game, and the learning obtained from the game (Table 1). The questions
of the form were based on a Likert Scale ranging from 1 to 5 in the format of agreement
and disagreement. The students filled out the forms without revealing their names.
Table 1. The questions answered by the students to evaluate the BioqEase Biomoléculas game in three
aspects and the Likert Scale of options
Every question was explained to the students about what is necessary to take
into consideration to answer correctly and unbiasedly. The form results were filled on
a Google Forms file to organize the data; the statistics and graphs of each answer
were generated by the program Excel.
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3.1.2 Board
The gameboard was designed to represent information about the contents of me -
tabolism, which shows a perspective inside a cell, beginning at the first reaction of glycoly-
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sis and flowing all the way to the electron transport chain (Figure 2).
Figure 2. Representation of the gameboard that contains all the 39 spaces necessary to jump to achieve the
final space (CTE, indicated by a yellow arrow). The visual elements simulate the perspective within a cell,
where on the top has the cell membrane and the double-strand that crosses partitioning the gameboard
comprises the mitochondrial membrane. The gameboard shows different compartments, like the cytoplasm,
intermembrane space, and lúmen. Some reactions’ products were omitted to facilitate the game dynamics.
Every pathway contains a dotted-line box of general information about that metabolism portion and its role
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The name and chemical structure of each reaction intermediate are labeled along
the pathways to facilitate the memorization of the student and it contains the increments
and subtractions of the energy currencies, like adenosine triphosphate (ATP), the coen-
zymes nicotinamide adenine dinucleotide phosphate oxidized and reduced (NADP+/
NADPH), and flavin adenine dinucleotide oxidized, and reduced FADP/FADH 2. Besides,
the gameboard presents a systematic view of all the pathways and the integrations that
can happen between them, e.g., the metabolism rate flowing from the Acetyl-CoA towards
the Malonyl-CoA to enter in the Fatty Acid Biosynthesis under a scenario of excess of en -
ergy.
Before the game starts, it is necessary to set up to 4 teams to play the game, in-
cluding a person who will be the mediator. Then the game starts with the first team rolling
the die from 1 to 6 corresponding to a questionnaire. Thereafter, the team chooses a num -
ber from 1 to 20 that matches a question on the questionnaire and answers it in 1 minute.
The mediator reads the question and tells if the level of the question is easy, medium, or
hard, and, if the answer is correct, the team jumps 2, 4, or 6 spaces, respectively. Every
team ought to stop the jumps on the checkpoint spaces regardless of the number drawn
on the die, and each team receives the cards respective to the checkpoint to contextualize
the path taken in the game (Figure 3). The first team to first jump from the first space (Glu -
cose) until the last one, wins the game.
Figure 3. The checkpoint cards that are delivered to the teams after reaching the respective checkpoint
spaces
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answer demonstrates the accordance between the contents of the games and the lectures
(Figure 5A). Although, the aspects evaluated about the difficulty concerning the lectures’
level (Figure 5B) and the difficulty based on the student’s knowledge (Figure 5C) exhibited
a higher density of answers over the neutral zone of the graphic. This result indicates the
questions were challenging for some students, but as it does not exceed the level of the
lectures though, it may assist students on their biochemistry exams.
Figure 4. Evaluation of the contents of the puzzle (BioqEase Biomoléculas) and board (BioqEase
Metabolismo) games and their difficulty by students of biochemistry matter from UFC. A: The questions
contained contents learned in class; B: The questions’ difficulty was according to the level of the contents of
the classes and C: It was hard for you to answer most of the questions
It is shown in figure 5 the results about the aspect of dynamics of the game. For the
first question, 82,75% and 100% of students answered that BioqEase Biomoléculas and
BioqEease Metabolismo, respectively, were easy to comprehend and all the rules and the
steps demanded to play the game were not complicated. The second question evaluated
the convenience of the question styles of both games, in which 65,15% and 93,1% of the
students totally agreed that they were suitable for the learning acquisition. One detail worth
to be considered is that some multiple-choice questions have a long text, including its op -
tions. At those questions, the students frequently requested to repeat the reading to under-
stand in detail. Due to the fact that some questions need a text, the mediator has to read
out loud slowly and clearly, so the student can keep their thoughts up with the reading.
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Figure 5. Evaluation of the dynamics of the puzzle (BioqEase Biomoléculas) and board (BioqEase
Metabolismo) games by students of biochemistry matter. A: The game was clear and easy to understand
and B: The style of questions was adequate
The last aspect evaluated takes into consideration the learning acquisition provided
by the game. It is shown in figure 6 the high percentage of total agreement in favor of the
games, comprising 72,41% and 82,75% of total agreement on BioqEase Biomoléculas and
BioqEase Metabolismo to contribute to their learning of biochemistry. Besides, 89,65%
and 86,2% of the students totally agreed that the group interactions facilitated the obten -
tion of learning. This result shows that team-based learning carries out a key aspect of the
experience, especially because each player shared their knowledge with the whole team
to reach correct answers.
Figure 6. Impressions of the students about the obtention of knowledge and contribution for the learning of
biochemistry by playing the puzzle (BioqEase Biomoléculas) and board (BioqEase Metabolismo) games. A:
The games contributed to your learning of biochemistry and B: The team interactions facilitated the learning
of the contents
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The purpose of this work was to create games that apply contents from the textbook
bibliography taught in class and to allow different mechanisms to stimulate the knowledge
from class in a visually attractive, interactive, and team-based way. Moreover, the games
were planned to involve elements of competition related to Questions and Answers (Q&A)
of the subjects of biochemistry, simulating a test that may assist students on their exams.
Based on this, the questions show contents that may be for biochemistry exams, based on
Lehninger’s reference [17].
Each game was designed to incorporate the maximum of strategies that lead to an
integral understanding of the contents and to apply multiple forms of active interactions to
consider students’ learning differences. What defines the success of the teams to win the
game is mainly the knowledge from every participant to answer correctly the questions. All
the other forms of active interactions and visual contents mean to assist students to
remember and associate the knowledge learned in the classes.
During the application of the games, the students were delighted by the visual
contents and the depths of details. While playing BioqEase Biomoléculas, the students
were studying not only by the questions and answers but reviewing the information of
other biomolecule’s cards received either. In BioqEase Metabolismo, whereas one team
was occupied rolling the die and thinking about the answers, the other teams were
analyzing the pathways, the chemical structure of the intermediates, and the energy
balance of the pathways, information provided on the gameboard. These actions proved
the game was not only centered on reviewing the knowledge by answering questions.
We did not evaluate the role of visual contents on the learning process from the
chemical structure of the biomolecules and gameboard. Although it certainly played a key
role in facilitating their acceptance of the game and enjoyability, as it is known that the
efficiency of articulating representations, like images, tools (e.g. pieces and apparatus),
and activities (e.g. actions and methods) are crucial elements to enhance students’
discourses and, consequently, assist to come up with clever ideas for exams [18].
Moreover, showing images of biomolecules with associations between structure and
function is a reliable method to reach visual literacy for students [19].
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BioqEase Biomoléculas is an innovative jigsaw puzzle game that aligns the visual
picture of chemical structures of biomolecules and their profile with a Q&A focused on
biochemistry exam assistance. We did not see these characteristics in any other game
that proposes to assist students in biochemistry classes. Nevertheless, other puzzle
games prove to contribute to the learning of biochemistry. Foldit is an online multiplayer
platform that simulates protein folding structures similar to a puzzle in a collaborative
environment that has been used as a successful tool to teach protein structures in classes
of biochemistry, having a great acceptance among students [20–22]. The main difference
between Foldit and BioqEase Biomoléculas is the subject focus. While Foldit is centered
on protein assembly and protein structures, BioqEase Biomoléculas attempts to offer an
overview of biomolecules from the chemical structure to the biochemical characteristics.
O’Halloran [23] developed a puzzle game that teaches students molecular structures
based on templates that must be fit with sticky notes of atoms with their bonds. The game
has a great playful learning characteristic, being similar to BioqEase Biomoléculas since it
stimulates the memorization of the chemical structure during the match.
About board games to teach metabolism to students, a few games have been made
in biochemistry classes. Tyler [24] developed a board game called Race to Glucose, which
has cards to elucidate some subjects of metabolism, involving questions from the theme,
and with condition and regulator cards that drive to biochemical states. It also contains
chemical structures and names labeled along the pathways, having more from these than
BioqEase Metabolismo. Even though, Tyler’s gameboard did not present a board such as
this one, because we focused on several visual details, such as the placement of particles
in a cell, the presence of mitochondrial bilayer structure with the electron transport chain
proteins embedded in it. Bioquim 4x is a board game centered in the advance of each player
throughout the spaces until reaching the final by answering questions in cards about
contents that prepare students for exams [25]. Both games received good acceptance by
the students and are useful alternatives to biochemistry classes. Thus, according to our
literature research, what makes BioqEase Metabolismo innovative is the integration of
several elements in just one game, like detailed visual content, summaries over the
gameboard, interaction within the teams, and questionnaires that simulate exams. This
plural characteristic of the game tackles different methods of learning and permits students
with divergent skills to improve their biochemistry knowledge.
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4. Final considerations
This work presented successfully two new games based on a puzzle and board as
playful methodologies to incentive the student’s motivation for biochemistry classes by the
combination of visual elements, description, summary of several contents, team-based
learning, and questions simulating exams. The positive evaluation of both games by the
students demonstrates that the games are a good alternative for biochemistry studies and
offer a lighter way to study this difficult subject matter. The dynamicity of the games
innovates in biochemistry teaching. Therefore, the games are a valid choice for
biochemistry professors to teach biomolecules and metabolism issues of biochemistry as a
complementary tool to stimulate students, being possible to apply it in a reviewing class or
in extra moments, such as tutoring.
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Acknowledgments
We would like to thank all the students that participated in the game application
and collaborate to get this work done.
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Appendix B. Example of card of the biomolecule profile and correct assemble of the
respective puzzle
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V. 20, N.2 / 2022
Educational Innovations
Support: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo e Conselho Nacional de Desenvolvimento
Científico e Tecnológico.
Resumo
A vida na Terra depende de energia. O ATP é a molécula universal que armazena e transporta energia nas células.
Entre as reações que requerem a energia inicial do ATP, está a bioluminescência do vagalume. Nesta reação
catalisada pela enzima luciferase, um composto chamado de luciferina é oxidado produzindo luz. Devido à
dependência da reação bioluminescente pelo ATP, a luciferina e a luciferase têm sido utilizadas para de
quantificação analítica desta molécula. Nesta aula prática, utilizamos uma luciferase recombinante do vagalume
Amydetes vivianii para detectar e quantificar visualmente e fotograficamente a presença do ATP em amostras
biológicas, por meio da bioluminescência. Ao misturar luciferina e luciferase às amostras de bactérias lisadas e
corpo gorduroso da larva de Zophobas morio, a bioluminescência produzida pode ser facilmente visualizada em
ambientes escuros e fotografada com câmeras fotográficas de telefones celulares, propiciando ao estudante um
registro fotográfico dos resultados para análise. Na presença de padrões de concentração conhecida de ATP, o
estudante pode estimar a concentração deste composto na amostra analisada. Ciências Biológicas e Engenharia
Florestal, podendo ser utilizada também em aulas de Biofísica e Microbiologia.
Abstract
Life on Earth depends on energy. ATP is the universal molecule that stores and transports energy in cells. Among
the reactions that require the initial energy of ATP is firefly bioluminescence. In this reaction catalyzed by the
enzyme luciferase, a compound called luciferin is oxidized to produce light. Due to the dependence of the
bioluminescent reaction on ATP, luciferin and luciferase have been used for analytical quantification of this
molecule. In this practical class, we used a recombinant luciferase from the firefly Amydetes vivianii to detect and
quantify the presence of ATP in biological samples, through bioluminescence visually and photographically. By
mixing luciferin and luciferase with samples of lysed bacteria and the fat body of Zophobas morio larvae, the
bioluminescence produced can be easily visualized in dark environments and photographed with cell phone
cameras, providing the student with a photographic record of the results for analysis. In the presence of known ATP
concentration standards, the student can estimate the concentration of this compound in the analyzed sample.
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Educational Innovations: Demonstração bioluminescente de ATP com luciferase recombinante de vagalume
(Amydetes vivianii Silveira & Mermudes, 2014) em aulas práticas de bioenergética
1 Introdução
A vida na terra depende de energia para se sustentar e manter suas diversas
atividades como metabolismo e reprodução. Nos organismos autotróficos
fotossintetizantes esta energia vem da luz solar que retira elétrons da água, permitindo a
redução e fixação do dióxido de carbono em moléculas orgânicas, por meio da excitação
de moléculas de clorofila. Nos organismos heterotróficos a energia é obtida,
especialmente durante a respiração aeróbica, a partir de reações de oxidação de
moléculas reduzidas provenientes da dieta, adquiridas diretamente ou indiretamente a
partir de organismos fotossintéticos. Independentemente da fonte primordial, a energia
precisa ser temporariamente estocada e conservada dentro das células na forma de
energia potencial química, de modo que possa ser utilizada quando necessária para
sustentar as diferentes atividades biológicas.
O ATP (trifosfato de adenosina) é a molécula conservadora de energia universal
para processos biológicos (Fig. 1). Foi isolada primeiramente a partir de extratos de
músculo e fígado por Karl Lohmann em 1929, sendo que sua estrutura só foi confirmada
20 anos depois por Alexander Todd [1-2]. Todavia, somente em 1997 o Prêmio Nobel de
Química relacionado à elucidação dessa descoberta foi outorgado pela Academia Real
Sueca de Ciências a três cientistas: Boyer e Walker que revelaram o mecanismo
subjacente à síntese de ATP pela enzima ATPsintase e Skou que descobriu que a enzima
ATPase é estimulada por sódio/ potássio (Na+, K+-ATPase), sendo responsável também
pela manutenção do balanço de íons sódio e potássio nas células vivas [2].
Figura 1. Estrutura molecular do ATP (adenosina trifosfato). A hidrólise dos grupos fosfato terminais leva à
formação do ADP (difosfato de adenosina), AMP (monofosfato de adenosina) e/ou pirofosfato, com
liberação de energia. Fonte: Autor. Criado no Chemsketch e pptx
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Educational Innovations: Demonstração bioluminescente de ATP com luciferase recombinante de vagalume
(Amydetes vivianii Silveira & Mermudes, 2014) em aulas práticas de bioenergética
Figura 2. Formas de ativação de reações bioquímicas através de reações de fosforilação envolvendo ATP
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Educational Innovations: Demonstração bioluminescente de ATP com luciferase recombinante de vagalume
(Amydetes vivianii Silveira & Mermudes, 2014) em aulas práticas de bioenergética
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Educational Innovations: Demonstração bioluminescente de ATP com luciferase recombinante de vagalume
(Amydetes vivianii Silveira & Mermudes, 2014) em aulas práticas de bioenergética
Figura 4. (Esquerda) Vagalume Amydetes vivianii e (direita) ensaio in vitro dessa luciferase na presença de
luciferina, ATP e íons magnésio. Extraído de Pelentir et al., 2019 [6]
2 Metodologia
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com cloreto de cálcio (Fig. 5). Uma vez transformadas, as bactérias transformantes são
cultivadas em meio seletivo líquido contendo antibiótico ampicilina, e então induzidas para
expressar proteína com o indutor IPTG (isopropil-β-D-tiogalactopiranosídeo, um análogo
do açúcar lactose). A suspensão de bactérias que expressou a proteína (luciferase) é cen-
trifugada, o sobrenadante descartado, e o precipitado contendo as bactérias é lisado com
um tampão lisante para quebrar as células e solubilizar as proteínas, inclusive a lucifera -
se. O lisado é então centrifugado, e o sobrenadante contendo a luciferase e outras proteí-
nas solubilizadas das bactérias, é submetido à purificação por cromatografia de afinidade
em coluna com matriz de Níquel-agarose que retém especificamente a luciferase, que
possui uma cauda com 6 histidinas que se ligam ao níquel. A luciferase é então eluida
com tampão contendo imidazol.
Tabela 1. Padrões de concentração de ATP (mM). Para os ensaios de visualização a olho nu foram
utilizadas as soluções de ATP de 2 mM; 0,5 mM; 0,2 mM; 0,1 mM e 0,05 mM. Para os cálculos de
concentração de ATP intracelular foram utilizadas as soluções de 0,05 mM; 0,025 mM; 0,0125 mM e
0,00625 mM.
Volume/ 4 2 0,5 0,2 0,1 0,05 0,025 0,0125 0,00625
Concentração
ATP (mM)
Volume (µL) 100 500 250 100 500 500 500 500 500
ATP ATP 4 ATP 2 ATP ATP ATP ATP ATP ATP
40 mM mM 2 mM 0,2 0,1 0,05 0,025 0,0125
mM mM mM mM mM mM
Volume de água 900 500 750 900 500 500 500 500 500
ultra- pura (µL)
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500 µL de 80 mM MgSO4
2.2.4 Equipamentos
Câmara de fotodetecção: Para obtenção de bioimagem da bioluminescência para
finalidades analíticas foi utilizada a câmara de fotodetecção dotada de câmara CCD
LightCaptureII (ATTO, Japão).
Câmara escura: a câmara escura utilizada para visualização da bioluminescência
durante aula prática foi feita a partir de caixa de isopor (30x30x20cm), coberta com papel
escuro para ficar completamente vedada da luz, contendo um orifício que permite a
visualização dos tubos emitindo bioluminescência (Figura 7A). Para a finalidade de
obtenção de fotos de bioluminescência com celular, também utilizamos dispositivo caixa-
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Figura 7. (A) Câmera escura feita de isopor acoplada à câmara fotográfica ou celular, (B) Dispositivo de
caixa escura adaptada à visualização de bioluminescência em celular [9]
2.3 Procedimentos
2.3.1 Extração de ATP de tecidos e amostras biológicas
O ATP deve ser extraído de amostras de tecidos ou células metabolicamente ati -
vos, como o corpo gorduroso de insetos, sangue ou bactérias, utilizando um tampão de
lise celular contendo o detergente Triton X-100. É importante que outras enzimas presen-
tes nestas amostras, que podem potencialmente hidrolisar o ATP, sejam inativadas. Para
isto o tecido é aquecido rapidamente a 95-98 °C por 1 min, colocado em gelo e então cen -
trifugado para precipitar o material insolúvel e obter um sobrenadante chamado de extrato
bruto contendo moléculas solúveis, incluindo o ATP. Cada amostra biológica utilizada é
tratada com ligeiras variações destes procedimentos básicos de extração de ATP.
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Tabela 3. Reagentes e volumes para o experimento de detecção de ATP em amostras biológicas com
conta-gotas.
Reagente Padrão Padrão Padrão Padrão Padrão Extrato de Extrato de Controle
de ATP de ATP de ATP de ATP de ATP bactérias Z. morio
2 mM 0,5 mM 0,2 mM 0,1 mM 0,05 mM
Solução 1 gota 1 gota 1 gota 1 gota 1 gota 1 gota 1 gota 1 gota
de ensaio
Tampão 2 gotas 2 gotas 2 gotas 2 gotas 2 gotas 1 gota 1 gota 3 gotas
Tris-HCl
Padrões 1 gota 1 gota 1 gota 1 gota 1 gota - -
de ATP
Amostra - - - - - 2 gotas 2 gotas
biológica
Obs 1. Aconselha-se a colocar no tubo primeiramente a solução de ensaio e tampão, e em seguida,
adicionar a solução contendo ATP ou amostra. Lembrando que, no caso dos experimentos aqui realizados
para as amostras biológicas, o ATP será fornecido pelos extratos de bactérias ou de larvas de Zophobas.
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3 Resultados
Nesta aula utilizaram-se os reagentes luciferina e luciferase do vagalume, e o
cofator magnésio para detectar a presença de ATP em diferentes amostras biológicas. A
luciferase do vagalume Amydetes vivianii é uma das luciferases recombinantes
disponíveis mais estável e eficiente cataliticamente [6], e por isto mostra-se apropriada
para ensaios demonstrativos visuais de bioluminescência que não necessitem de
equipamentos muito sensíveis à luz.
Desta forma, uma vez utilizados na forma correta, a mistura dos reagentes
contendo luciferina, luciferase, magnésio e o ATP presente em uma amostra biológica,
deverá resultar em emissão de bioluminescência verde suficientemente intensa para ser
facilmente visualizada em local escuro, especialmente utilizando uma câmara escura
improvisada.
Conforme pode ser visto na Fig. 8, a mistura da solução contendo luciferina,
luciferase e íons magnésio, com as amostras biológicas contendo ATP, resultaram na
emissão de luz verde visível suficientemente brilhante para ser fotografada com câmeras
fotográficas de celulares convencionais, dando uma demonstração clara da presença de
ATP nas amostras biológicas.
Figura 8. Bioluminescência gerada pela reação luciferina-luciferase, indicadora da presença de ATP: (A)
usando fotografia com celular (Iphone 8 Plus, Apple), e (B) bioimagem do mesmo experimento em câmara
de fotodetecção (ATTO, LightCapture II) com tempo de exposição de 5 segundos. Linha superior: padrões
de concentração de [ATP] conhecidos em µM; Linha inferior: amostras biológicas.
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Questões sugeridas
Sugerimos as questões abaixo para que os alunos elaborem os relatórios de aula
prática e aprofundem os fundamentos teóricos em que se baseiam a aula prática:
4 Discussão
Em aulas de bioenergética, seria muito didático que transações de energia
pudessem ser facilmente visualizadas e quantificadas. A luz é a forma de energia mais
informativa, deste modo, processos que envolvam a emissão de luz, como fluorescência e
bioluminescência, são facilmente demonstráveis por visualização e informativas.
Em uma aula prática publicada anteriormente sobre fotossíntese [12], mostramos,
por exemplo, que a absorção de luz por suspensões de cloroplastos ativos promovem (1)
transferência de elétrons e a fotorredução de um aceptor de elétrons artificial colorido, o
diclorofenolindofenol, e (2) em condições em que a transferência de elétrons impulsionada
pela luz é impedida por um inibidor, ou por desacoplamento de fotossistemas, a energia
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5 Considerações finais
Referências
[1] Langen P, Hucho F. Karl Lohmann and Discovery of ATP. Angew. Chem. Int. Ed. 2008;47:1824-1827.
[2] Nelson DL, Cox M. Princípios de Bioquímica de Lehninger. 6ª ed. Porto Alegre: Sarvier-Artmed; p.517-
527, 2014.
[3] Vivianii VR. Luciferases: as enzimas da luz. Ciência Hoje, Rio de Janeiro, vol. 34, p.18-25, 15 out. 2004.
[4] Vivianii VR. Luciferases de Vaga-lumes. Biotecnologia Ciência & Desenvolvimento (Online),
37:p.08,2008.
[5] Viviani VR, Amaral DT, Prado RA, Arnoldi FGC. A new blue-shifted luciferase from the Brazilian Amydetes
fanestratus (Coleoptera: Lampyridae) firefly: molecular evolution and structural/functional properties.
Photochemical Photob. Sci. 2011;10:1879-1886.
[6] Pelentir GF, Bevilaqua VR, Vivianii VR. A highly efficient, thermostable and cadmium selective firefly
luciferase suitable for ratiometric metal and pH biosensing and for sensitive ATP assays. Photochhem.
Photob. Sci. 2019;18:2061-2070.
[7] Silveira, Luiz Felipe Lima da, and José Ricardo M. Mermudes. Systematic review of the firefly genus
Amydetes Illiger, 1807 (Coleoptera: Lampyridae), with description of 13 new species. Zootaxa, vol.
3765, no. 3. (2014). fonte: The Integrated Taxonomic Information System
[8] Viviani, VR; Prado RA, Arnoldi FCG, Abdalla FC. An ancestral luciferase in the Malpighian tubules of a
non-bioluminescent beetle! Photochem. Photob. 2009;8:57-61.
[9] Viviani, V. R; Borras, M.A.; Ferrarini, C.F. Caixa escura para captura de imagens de luminescência
através de dispositivo móvel e o seu uso em ensaios de analíticos. 2021, Brasil.
Patente: modelo de utilidade. Número do registro: BR10202101664, Título: "Caixa escura para captura de
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imagens de luminescência através de dispositivo móvel e o seu uso em ensaios de analíticos”, Instituição de
registro: INPI - Instituto Nacional da Propriedade Industrial. Depósito: 23/08/2021.
[10] Sambrook J. Moleular Cloning – A laboratory manual. 4ª ed. Cold Spring Harbor Laboratory Press,
2012.
[11] Thore A, Ansahn A, Lundin A, Bergman S. Detection of Bacteriuria by Luciferase Assay of Adenosine
Triphosphate. J. Clin. Microbiol. 1975;1:1-8.
[12] Vivianii VR. Aula prática de fotossíntese demonstração da reação de Hill em cloroplastos com
dissipação de energia por fluorescência mediante desacoplamento ou inibição dos fotossistemas pelo
herbicida Diuron. Revista de Ensino de Bioquímica. 2016;14:73-88. [1] Santos S, Odetti H, Ocampo E,
Ortolani A, Júnior B, Santos B et al. The History of Science and Technology discipline: contributions to
chemistry teachers’ education and training. Educación Química. 2014;25(1):71-81.
[13] Stanley, P. E. A review of the bioluminescent atp techniques in rapid microbiology. J. biolum. chemilum.
v.4, p. 375-380, 1989.
[14] Campbell, A.K. Chemiluminescence: principles and applications in biology and medicine. VCH,
Chichester., 1988.
Agradecimentos
À Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP - processos
2010/05426-8, 2018/07925-3, 2015/06875-4) e ao Conselho Nacional de
Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq - processo 405060/2021-1) pelo suporte
financeiro. Ao Sr. Raone Reis (UFSCar) pela criação e elaboração da caixa escura de
isopor, à Pâmela Soto Garcia pela indicação da ferramenta Mind the graph e à Bruna
Vanessa Quevedo (PUC Sorocaba) pela ajuda no uso da ferramenta Chemsketch para
tornar esse trabalho mais ilustrativo.
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V. 20, N.2 / 2022
Educational Innovations
Prislaine Pupolin Magalhães1*, Rodrigo Cardoso de Oliveira2, Flávia Godoy Iano3, Isabela Pereira Ferraz1, Silvia
Regina Quijadas Aro Zuliani1
1
Programa de Pós-Graduação em Educação para a Ciência da Faculdade de Ciências – UNESP
2
Departamento de Ciências Biológicas, área de Bioquímica, da Faculdade de Odontologia de Bauru – USP
3
Departamento de Química da Faculdade de Ciências – UNESP
*e-mail: prislaine.magalhaes@unesp.br
Support: CAPES
Resumo
O Aprendizado Baseado em Problemas (PBL) e as Sequências de Ensino Investigativas (SEI) buscam auxiliar e
incentivar a construção do conhecimento, processo no qual o aluno é protagonista em uma proposta ativa de
aprendizagem. Este artigo apresenta a inserção de uma SEI contextualizada e interdisciplinar no âmbito de um
currículo fundamentado no PBL, a qual se constitui por uma sequência bem planejada de ações. A atividade
contempla e integra conceitos básicos e clínicos. A SEI foi previamente testada e validada em um curso de
medicina de uma universidade pública, utilizando como problematização e contexto o Diabetes mellitus.
Apropriados do problema e em grupo, os alunos fazem o levantamento de hipóteses, elaborando uma atividade
experimental com os materiais e aparatos disponíveis. Supervisionados pelo professor, realizam as testagens
experimentais, seguidas de análise e argumentação dos resultados obtidos, os quais foram discutidos e
apresentados pelos grupos na forma de mapas conceituais. Os alunos consideraram inovadora e frutuosa a
proposta didática, ressaltando a importância de estabelecerem-se relações entre conteúdos teóricos e
experimentais, básicos e clínicos, visando formar sujeitos autônomos e críticos.
Abstract
Problem-Based Learning (PBL) and Investigative Teaching Sequences (SEI) seek to help and encourage the
construction of knowledge, where the student is the protagonist in an activate learning. This article presents the
insertion of a contextualized and interdisciplinary SEI within a curriculum based on PBL. An activity contemplates
and integrates basic and clinical concepts. The SEI was previously tested and validated in a Medicine course at a
Public University, using Diabetes mellitus as a problematization and context. SEI by a well-constituted sequence of
actions. Appropriate to the problem, the group's students raise hypotheses, and develop an experimental activity
with the materials and apparatus available. Supervised by the teacher, as experimental tests, followed by analysis
and argumentation obtained, which were discussed and presented by the groups in the form of conceptual maps.
The students thought in an innovative and fruitful way, highlighting the importance of establishing relationships
between theorists and experimenting with the basic and critical proposal.
Ficha de atividade
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Inovações Educacionais: Sequência de ensino investigativa contextualizada com Diabetes mellitus
1 Introdução
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Inovações Educacionais: Sequência de ensino investigativa contextualizada com Diabetes mellitus
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Inovações Educacionais: Sequência de ensino investigativa contextualizada com Diabetes mellitus
difícil para professores e alunos [10]. A formação básica do docente que ministra essa
disciplina também pode ser considerada um dilema: professores da área, com ênfase em
Ciências Biológicas apresentam dificuldades com relação aos conceitos químicos, uma
vez que estes envolvem reações orgânicas relativamente complexas; já professores com
formação na área de Ciências Exatas, como Química, apresentam dificuldades de
contextualização com a Bioquímica Clínica [1,10].
A proposta contextualizadora deste trabalho envolve a urocultura. Sabe-se que o
exame de urina de rotina está entre os mais solicitados no laboratório bioquímico. É um
exame analítico relativamente simples, que auxilia no diagnóstico e na detecção de
inúmeras doenças, contribuindo para a investigação de pacientes assintomáticos e para o
acompanhamento da evolução do tratamento. A urocultura também fornece informações
importantes na triagem metabólica, auxiliando, diagnosticando e prevenindo doenças
renais [9]. Muito utilizadas para testagens rápidas, as tiras de teste de urina permitem
detectar a presença de sangue ou glicose, porém de forma puramente tecnicista.
Nesse sentido, acreditamos que se faz importante os alunos vivenciarem algumas
reações químicas básicas, conhecendo seu potencial analítico aplicado, refletindo sobre a
dialética entre os saberes básicos e os clínicos [1]. Geralmente as aulas experimentais
em Bioquímica são de cunho analítico qualitativo ou quantitativo, abordando de maneira
isolada a dosagem de proteínas, açúcares e lipídeos, e frequentemente desvinculadas de
casos clínicos ou aplicados [14]. Desse modo, acreditamos que as SEI podem ser uma
boa estratégia metodológica para experimentação no currículo fundamental no PBL [2,3],
promovendo argumentação e alfabetização científica vinculada a uma problematização
[4,5].
Como atividade síntese da SEI, foi proposta pelos grupos [15,16] a realização de
mapas conceituais (MC) colaborativos. Moreira [16] define-os como um diagrama de
significados, de relações significativas, ou seja, de hierarquias conceituais, podendo ser
usadas relações entre conceitos ou palavras para representá-los. Fundamentados na
teoria da aprendizagem significativa de David Ausubel [15, 17], os MC são utilizados para
organizar e representar o conhecimento, sendo muito eficientes quando utilizados em
trabalhos em grupo. Segundo Correia [13], desenvolver a construção colaborativa do
conhecimento como atividade síntese, utilizando-se de mapas conceituais, representa
uma sofisticação do uso dessa ferramenta. As atividades colaborativas envolvem
interação social, necessária aos processos de aprendizagem.
Devem ocorrer esforços para que as aulas experimentais de fato valorizem, de
forma ativa e fundamentada na literatura, tanto o trabalho individual do aluno quanto seu
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Inovações Educacionais: Sequência de ensino investigativa contextualizada com Diabetes mellitus
2 Percurso metodológico
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Inovações Educacionais: Sequência de ensino investigativa contextualizada com Diabetes mellitus
3 Resultados
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Inovações Educacionais: Sequência de ensino investigativa contextualizada com Diabetes mellitus
Foi informado que a presença de íons ferro, creatinina e ácido úrico foi descartada.
Divididos em grupos, os estudantes discutiram, iniciando-se o levantamento de hipóteses.
Com base nessas discussões, o planejamento experimental foi iniciado. A pesquisa sobre
as possibilidades experimentais foi realizada nos próprios celulares dos alunos e
orientada pelos docentes.
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Inovações Educacionais: Sequência de ensino investigativa contextualizada com Diabetes mellitus
Quadro 3. Possíveis testes físico-químicos das amostras padrão fornecidas, com os aparatos disponíveis
Analito Propriedades Materiais/Reagentes Técnica
(solubilidade em Físicas/Químicas
água)
1. Cloreto de sódio – Reage com nitrato de Água destilada; tubos de Reação de
Solúvel prata, formando um ensaio; solução de nitrato de precipitação (via
precipitado branco de prata. úmida).
cloreto de prata.
Observa-se uma chama Bico de Bunsen; alça de Teste de chama (via
amarela alaranjada platina. seca).
intensa no teste de
chama.
2. Enxofre – Pó amarelo que, ao sofrer Fita universal de pH; bico de Reação de
Insolúvel combustão, libera dióxido Bunsen; alça de platina. combustão e
de enxofre, o qual possui determinação de
mal cheiro e é ácido. acidez.
3. Cloreto de cálcio – Observa-se uma chama Bico de Bunsen; alça de Teste de chama (via
Solúvel vermelha intensa no teste platina. seca).
de chama.
4. Bicarbonato de Sal básico. Água destilada; fita universal Reação de hidrólise.
sódio – Solúvel de pH.
Em solução, libera gás Água destilada; tubos de Reação de
carbônico ao reagir com ensaio; HCl 1,0 mol/L. neutralização.
ácido clorídrico.
5. Albumina – Em solução, observa-se a Água destilada; tubos de Reação do Biureto
Solúvel formação de espuma ao ensaio; solução de sulfato de (via úmida).
agitar. cobre; solução de hidróxido
de sódio; banho-maria.
6. Ureia – Durante a dissolução, Água destilada; tubos de Dissolução
Solúvel pode-se sentir o tubo ensaio; termômetro. endotérmica.
resfriando.
7. Amido – Em solução, forma um Água destilada; tubos de Reação de
Solúvel a quente. complexo azul intenso na ensaio; Tintura de iodo; complexação.
presença de tintura de banho-maria.
iodo.
8. Lipídeo – Em água, observa-se Água destilada; tubos de Solubilidade e
Insolúvel duas fases, sendo a ensaio. densidade.
lipídica menos densa.
9. Glicose – Por ser um açúcar Tubos de ensaio; solução de Teste de Benedict
Solúvel redutor, forma um sulfato de cobre; solução de (via úmida).
precipitado vermelho hidróxido de sódio; solução
tijolo (óxido de cobre). de citrato de sódio; banho-
maria.
10. Cloreto de Reage com nitrato de Água destilada; tubos de Reação de
amônio – prata, formando um ensaio; solução de nitrato de precipitação (via
Solúvel precipitado branco de prata. úmida).
cloreto de prata.
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4 Discussões
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Inovações Educacionais: Sequência de ensino investigativa contextualizada com Diabetes mellitus
identificar o nível cognitivo das respostas elaboradas por alunos, observou-se que o nível
cognitivo de certas indagações feitas pelos estudantes é determinado pelo tipo de
questões levantadas pelo professor durante a atividade. Desse modo, conclui-se que não
se pode esperar que o aluno desenvolva uma resposta de alto nível cognitivo se não for
estimulado pelo seu professor/tutor [12] a fazê-lo.
Os estudantes puderam vivenciar termos comuns na prática experimental em
Bioquímica, como “amostra padrão”, “analito” e “amostras ou valores de referência”. A
atividade englobou todas as etapas do conhecimento científico: desde as propriedades
mais simples das biomoléculas até sua aplicação. No laboratório de Análises Clínicas,
puderam: conhecer e analisar criticamente a praticidade das “fitinhas” de urianálise;
observar prazo e validade; e refletir sobre como os reagentes são impregnados em sua
superfície.
Finalmente, a atividade síntese proposta envolveu a elaboração de mapas
conceituais colaborativos, uma ferramenta gráfica muito utilizada para estruturar e
organizar o conhecimento, apresentando relações significativas e organizadas
hierarquicamente. Os MC foram descritos previamente como forma de identificar pontos
de acoplamento entre as disciplinas Ciências da Natureza e Psicologia, Educação e
temas contemporâneos [15].
Dentro da SEI, observamos que o mapa conceitual foi uma possível estratégia para
representar a interface entre as disciplinas, identificando conceitos e estimulando a
interdisciplinaridade [14,15]. Alguns autores [13, 14, 16] também ressaltam que a
colaboração deve ser compreendida como algo que extrapola a mera contribuição isolada
de cada indivíduo, já que os participantes envolvidos nesse processo necessitam de
algum grau de compreensão mútua para a efetiva realização das atividades [13], ação
prevista dentro da proposta metodológica PBL [2]. Para isso, os mapas foram inicialmente
construídos pelos grupos em papel pardo, utilizando-se blocos de notas do tipo Post-it®,
sob a supervisão e a mediação do professor.
Por meio do currículo estruturado para o PBL, os estudantes puderam vivenciar
uma Sequência de Ensino Investigativa (SEI) previamente testada e validada [1]. O
presente artigo traz reflexões teórico-metodológicas extraídas da dissertação de mestrado
intitulada Sequências de Ensino Investigativas (SEI) e Aprendizagem Baseada Em
Problemas (PBL): aproximações teórico metodológicas e suas contribuições aos alunos
de Medicina em fase Inicial de formação e professores [14]. A pesquisa teve como
objetivo avaliar os impactos e as contribuições da aplicação de uma SEI para alunos em
fase inicial de formação, no contexto de um curso de medicina de uma universidade
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Inovações Educacionais: Sequência de ensino investigativa contextualizada com Diabetes mellitus
5 Considerações finais
Compartilhamos uma SEI que consideramos assertiva, por meio da qual os alunos
tiveram liberdade para planejar seu experimento, errar, tentar de novo, discutir hipóteses,
observar fenômenos e refletir sobre como é a Ciência de fato. Ressaltamos que a SEI
proposta neste trabalho pode ser planejada e contextualizada para aplicação em outros
cursos. Uma proposta interessante seria substituir a amostra desconhecida por albumina,
contextualizando com síndrome nefrótica.
Acreditamos que uma sequência didática dessa natureza, por ser constituída de
atividades investigativas que enfatizam a integração entre o currículo, possa promover o
desenvolvimento de habilidades específicas, além de aperfeiçoar o processo de ensino e
aprendizagem, principalmente de atividades experimentais que ainda utilizam roteiro
experimental preestabelecido. Sendo assim, consideramos que esta proposta é bem
diferente do ensino de Ciências experimental tradicional que ocorre na maioria das
instituições. Acreditamos que por mais que os professores tenham a intenção de estimular
o protagonismo de seus alunos, faltam cursos de formação pedagógica para os docentes
que atuam no ensino superior.
Referências
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Agradecimentos
Agradecemos à Capes pelo apoio; aos alunos de medicina em fase inicial de
formação por participarem prontamente desta pesquisa; e aos funcionários e técnicos da
FC/UNESP e FOB-USP.
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V. 20, N.2 / 2022
Educational Innovations
Resumo
A pandemia causada pelo Coronavírus trouxe desafios para todos os setores, incluindo a academia. Universidades
precisaram adotar o Ensino Remoto Emergencial em resposta à disseminação da Covid-19, e aulas online se
tornaram a principal modalidade de ensino em favor do distanciamento social. Enquanto aulas expositivas foram
rapidamente adaptadas usando as plataformas tecnológicas disponíveis para reuniões e conferências virtuais, as
aulas de laboratório que dependem de reagentes, soluções, vidrarias e equipamentos tiveram que ser planejadas
de outra maneira. Professores de bioquímica precisaram decidir como prover aos estudantes estes conteúdos, já
que aulas convencionais ou aulas síncronas online não eram possíveis. Uma série de 15 vídeos é aqui
apresentada com protocolos experimentais cobrindo os assuntos normalmente ofertados na graduação. Os
processos de planejamento, gravação e edição descritos permitiram uma alternativa de ensino e evitaram
parcialmente os imprevistos causados pela pandemia.
Abstract
The pandemic caused by Coronavirus has brought challenges to all sectors, including academia. Universities had
to adopt Emergency Remote Teaching as a response to the spread of Covid-19, and online teaching became a
main modality in favor of social distancing. While lectures were readily adapted using the technological platforms
available to promote virtual meetings and conferences, laboratory classes that depend upon reagents, solutions,
glassware and equipments had to be planned otherwise. Biochemistry professors had to decide how to provide
students with these subjects, since conventional instruction or even synchronous online classes were not
attainable. A series of 15 videos is presented herein with experimental protocols covering subjects normally
provided on undergraduate biochemistry courses. Planning, shooting and editing processes of the material are
described, which allowed for better teaching and partially avoided the unforeseen disruption of classes caused by
the pandemic.
Keywords: Emergency Remote Teaching; Experimental Biochemistry Classes; Online Video Classes.
Inovações educacionais: Aulas de Bioquímica experimental durante a quarentena de Covid-19: uma
alternativa para o período de Ensino Remoto Emergencial
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Inovações educacionais: Aulas de Bioquímica experimental durante a quarentena de Covid-19: uma
alternativa para o período de Ensino Remoto Emergencial
1 Introdução
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2 Procedimentos
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Inovações educacionais: Aulas de Bioquímica experimental durante a quarentena de Covid-19: uma
alternativa para o período de Ensino Remoto Emergencial
Quadro 1. Videoaulas produzidas com identificação dos objetivos e relação teórico-prática dos temas.
Videoaula / Tema Objetivos Relação Teórico-Prática
- Apresentar as principais medidas de
segurança no trabalho em laboratório.
- Identificar as principais vidrarias e
1 - Introdução ao laboratório equipamentos utilizados. N/D
- Demonstrar a maneira correta de medir
volumes com precisão utilizando pipetas
graduadas e pipetas automáticas.
- Determinar o pH de soluções utilizando
método colorimétrico Conceitos de ácidos e
- Reconhecer a capacidade tamponante bases; Ionização da água;
2 - pH e Tampões (parte I) de soluções. Definição de pH;
- Relacionar os conhecimentos Composição de tampões;
adquiridos ao funcionamento de tampões Efeito tamponante
de importância biológica.
- Realizar a titulação de uma solução de
Titulação ácido-base;
glicina com sucessivas adições de uma
Definição de pKa;
base forte.
3 - pH e Tampões (parte II) Equação de Henderson-
- Relacionar as observações com a curva
Hasselbach; Ionização de
de titulação desse aminoácido e
aminoácidos
identificar as regiões características.
- Evidenciar a presença de proteínas por
meio de reações de coloração com
ninhidrina e biureto.
4 - Proteínas: Reações de - Observar os principais fatores de Estrutura e função de
caracterização e precipitação desnaturação em proteínas. proteínas
- Realizar a solubilização (salting-in) e a
precipitação (salting-out) de proteínas
através da adição de sais.
- Reconhecer a importância do método
da espectrofotometria na determinação
de concentrações de diferentes
Estrutura e função de
compostos.
5 - Determinação da proteínas; Ondas
- Montar uma curva de calibração
concentração de proteínas eletromagnéticas e
utilizando soluções padrão de proteínas
absorção da luz visível
e o método colorimétrico do biureto.
- Determinar a concentração de
proteínas em amostras desconhecidas.
- Apresentar uma aplicação prática da
determinação de concentração de
Estrutura e função de
proteínas utilizando espectrofotometria.
proteínas; Caracterização
6 - Fracionamento das proteínas - Evidenciar a precipitação isoelétrica da
do ponto isoelétrico;
do leite caseína presente no leite.
Fermentação láctica de
- Calcular a porcentagem de proteínas
derivados do leite
totais e de caseína numa amostra de
leite.
- Demonstrar a natureza proteica das
enzimas.
- Determinar qualitativamente a atividade
7 - Caracterização da enzima enzimática da urase. Estrutura e função de
urease de soja - Exemplificar o processo de inibição proteínas; Enzimas
enzimática.
- Demonstrar a especificidade da ação
enzimática.
8 - Cinética enzimática (Parte I) - Demonstrar o comportamento da Enzimas; Estrutura e
enzima invertase em diferentes função de carboidratos
condições experimentais.
- Analisar o efeito da variação da
concentração da enzima e do tempo de
incubação sobre a atividade enzimática.
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Inovações educacionais: Aulas de Bioquímica experimental durante a quarentena de Covid-19: uma
alternativa para o período de Ensino Remoto Emergencial
costumeiramente faz durante as aulas práticas presenciais. Além disso, o conteúdo grafa-
do na lousa com giz apresentou baixo contraste no vídeo após as filmagens teste, o que
tornava tais informações ainda mais entediantes e sem destaque. Foi estabelecido então
que as cenas em que era necessária a filmagem da lousa, em especial nas etapas 1, 3 e
5, seriam gravadas sem nenhum conteúdo escrito com giz na lousa, e que as informações
necessárias, como textos, figuras, tabelas, gráficos e animações, seriam posteriormente
inseridas digitalmente utilizando as ferramentas de edição disponíveis. Esse mesmo pro -
cesso também foi utilizado eventualmente durante as demais etapas da aula (etapa 4)
para complementar as informações sobre os experimentos em andamento.
Após as gravações de todas as cenas de uma aula os arquivos contendo os vídeos
foram transferidos para um computador desktop Dell Optiplex 750, com processador Intel®
CoreTM i5-2400 3.10GHz, 8 GB de memória RAM (DDR3) instalada, rodando em sistema
operacional Windows 10 Pro (64 bits), e equipado com uma placa de vídeo Nvidia
GeForce (KP-GT210/2 64-Bit) com 2 GB de memória RAM (DDR3) dedicada. O software
Hitfilm Express (versão 12.1) foi utilizado para realizar a edição de todo o material
gravado para as videoaulas. A fim de dar maior destaque à produção final, uma vinheta
criada gratuitamente online (https://flixpress.com) foi inserida em cada uma das
videoaulas (etapa 2), o que serviu também para reforçar ainda mais a identidade visual do
material. Após toda a seleção, cortes e organização das cenas, inserção de elementos
digitais e aplicação de efeitos de áudio e vídeo, cada videoaula foi renderizada (1080p full
HD - 60 fps) para gerar um arquivo único com extensão do tipo MP4 Vídeo File (.mp4). O
material final foi então inicialmente disponibilizado aos estudantes e docentes através do
AVA-Moodle próprio da UFPR (https://ufprvirtual.ufpr.br), e posteriormente disponibilizados
na internet através da plataforma de streaming YouTube® para que fossem utilizados
como material didático referente à carga horária de aulas práticas nas disciplinas de
bioquímica durante o período de ERE.
3 Material produzido
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Inovações educacionais: Aulas de Bioquímica experimental durante a quarentena de Covid-19: uma
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Cada uma das videoaulas é iniciada com uma breve saudação do professor,
seguida pela introdução ao tema que será trabalhado e as recomendações de como
proceder ao longo da atividade (etapa 1). Na sequência, também em todos os vídeos,
uma curta vinheta animada em 3D foi inserida durante o processo de edição para chamar
a atenção dos estudantes antes do início das aulas (etapa 2). Essa etapa foi sugerida
com o intuito de reproduzir as características de muitos vídeos publicados nas diversas
plataformas e redes sociais da internet, e cujo formato atrai a atenção dos estudantes que
pertencem a uma geração de “nativos digitais” e hiperconectada. Esse recurso também
funcionou como uma maneira de reforçar a identidade visual proposta para o material
produzido e dar um caráter menos academicista às videoaulas.
Ao adentrar propriamente no conteúdo que trabalhado em cada videoaula (etapa 3)
o professor inicia as atividades com uma revisão da teoria correspondente ao respectivo
tema, além de apresentar explicações específicas sobre os princípios de reações
químicas ou de funcionamento de equipamentos que serão utilizados durante o
desenvolvimento dos experimentos.
Quando necessário, a organização de cada reagente, enzima e demais
componentes que constituem cada amostra a ser analisada também é esmiuçada nesta
etapa com o intuito de tornar o mais compreensível possível para os estudantes a análise
e interpretação dos resultados que serão posteriormente coletados. Ainda, é nesta etapa
que o professor elucida determinados fenômenos que serão demonstrados na etapa
experimental subsequente, sem, contudo, adiantar os resultados dos experimentos antes
de sua realização, dando a oportunidade para que os estudantes tenham a chance
ponderar acerca dos processos envolvidos.
A fase experimental das videoaulas (etapa 4) é seguramente a parte mais relevante
do material produzido considerando a necessidade de se atingir os objetivos educacionais
previstos para aulas práticas virtuais de bioquímica. Uma vez que numa situação ideal de
aulas presenciais são os estudantes que de fato realizam todo o protocolo experimental
proposto pelo professor, e que nesta metodologia aqui proposta de aulas online
assíncronas essa condução torna-se inviável, o planejamento das filmagens e os recursos
de edição utilizados nesta etapa da videoaula precisam garantir a que demonstração dos
experimentos seja dada da forma mais fidedigna possível, garantindo aos estudantes a
plena capacidade de assimilar e compreender os fenômenos observados.
Neste ponto, em todas as videoaulas disponibilizadas, o professor reproduziu com
a maior observância possível desde o preparo dos materiais até a execução do passo a
passo dos protocolos experimentais, bem como dos procedimentos de incubação,
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4 Considerações finais
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Inovações educacionais: Aulas de Bioquímica experimental durante a quarentena de Covid-19: uma
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Inovações educacionais: Aulas de Bioquímica experimental durante a quarentena de Covid-19: uma
alternativa para o período de Ensino Remoto Emergencial
DOI: https://doi.org/1016923/reb.v20i2.1025
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V. 20, N.2 / 2022
Creating stop motion animations as a strategy for studying the transport of substances across cell
membranes in high school
Support: O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível
Superior – Brasil (CAPES). Camila Coelho de Melo foi bolsista é bolsista CAPES/Brasil.
Resumo
O ensino de biologia celular, como o conteúdo de transporte de substâncias através da membrana celular,
apresenta complexidade devido à sua natureza microscópica, o que exige um grau elevado de abstração por parte
dos estudantes do Ensino Médio. Assim, é importante que novas abordagens e metodologias que auxiliem a
visualização e a compreensão destes temas abstratos sejam incorporadas. As tecnologias digitais de informação e
comunicação (TDIC), como animações stop motion, instrumentalizam o ensino lúdico, contribuindo para a
aprendizagem, além de permitir a formação de um ambiente propício à discussão de vários temas científicos .
Diante disso, o presente trabalho teve por objetivo produzir uma Sequência Didática com estudantes do Ensino
Médio de uma escola estadual do município de Santo Antônio de Pádua/RJ, abordando propriedades e a
importância da membrana celular e seus mecanismos de transporte por meio de animações stop motion. Os
próprios estudantes construíram moldes simbolizando a membrana, fotografaram e editaram os vídeos, criando a
ilusão de movimento, o que facilitou a aprendizagem desses processos biológicos. A atividade auxiliou os
estudantes na compreensão do conteúdo, além de gerar maior interesse, entusiasmo durante as aulas e
engajamento entre os mesmos, evidenciando a importância da utilização das TDICs, principalmente em assuntos
considerados abstratos.
Abstract
The teaching of cell biology, as the content of transport of substances across the cell membrane, presents
complexity due to its microscopic nature, which requires a high degree of abstraction from high school students.
Thus, it is important that new approaches and methodologies that assist the visualization and understanding of
these abstract themes are incorporated. Digital information and communication technologies (TDIC), such as stop
motion animations, instrumentalize ludic teaching, contributing to the learning process, in addition to allowing the
formation of a favorable environment to the discussion of various scientific topics. That said, this work is aimed to
produce a Didactic Sequence with High School students from a public school in the city of Santo Antônio de Pádua
(located at Rio de Janeiro State), addressing properties and the importance of the cell membrane and its transport
mechanisms through Stop Motion animations. The students themselves built molds representing the membrane,
photographed and edited the videos, creating the illusion of movement, which made the learning of these biological
processes easier. The activity helped students to understand the content, in addition to generate greater interest
and enthusiasm during classes, and engagement between them, highlighting the importance of using TDICs,
especially in matters considered abstract.
Ficha da atividade
DOI: https://doi.org/1016923/reb.v20i2.936
ISSN: 2318-8790
265
REB na Escola: Criação de animações stop motion como estratégia para o estudo do transporte de
substâncias através da membrana celular no Ensino Médio
1 Introdução
Segundo Reece [5] (p.124) a membrana celular pode ser conceituada como:
… o limite da vida, a fronteira que separa a célula viva de seu ambiente e
controla o tráfego de dentro para fora e de fora para dentro da célula. Como
todas as membranas biológicas, a membrana celular possui permeabilidade
seletiva, isto é, permite que algumas substâncias a atravessem mais
facilmente do que outras. A capacidade da célula em distinguir suas trocas
químicas com o ambiente é fundamental para a vida, e a membrana celular e
seus componentes moleculares tornam possível essa seletividade.
DOI: https://doi.org/1016923/reb.v20i2.936
ISSN: 2318-8790
266
REB na Escola: Criação de animações stop motion como estratégia para o estudo do transporte de
substâncias através da membrana celular no Ensino Médio
do estudante, fazendo com que ele tenha desinteresse pelos conhecimentos científicos
[7].
Pesquisas apontam que os estudantes apresentam dificuldade na compreensão de
temas relacionados a Biologia Celular, como a membrana plasmática, sendo um assunto
considerado complexo e abstrato [8, 9, 10, 11]. Portanto, torna-se importante a utilização
de recursos e metodologias norteadoras que contribuam para tornar o ensino, desta
estrutura microscópica, menos descontextualizado e fragmentado, facilitando sua
visualização e assimilação [8].
Com o intuito de favorecer o envolvimento e motivar os estudantes, é necessário
que o professor utilize diferentes estratégias de ensino [12]. Um dos recursos que pode
enriquecer as aulas, propiciar o aprendizado e estimular os alunos a produzir e divulgar
conhecimento é o uso das tecnologias digitais de informação e comunicação (TDIC) no
ensino [12]. O avanço no uso das tecnologias digitais em diversos campos da sociedade
demonstra a importância dos vídeos no processo de ensino [13].
(p.100)
De acordo com Benchimol [14] "o desenvolvimento tecnológico e cultural que
vivenciamos atualmente torna evidente a necessidade de reinventar a forma de ensinar e
aprender. Educar com novas tecnologias é um desafio que demonstra cada vez mais a
(p.2)
necessidade de ser enfrentado com profundidade". Ernst, Silveira e Lima [15] afirmam
que “o processo de emancipação tecnológica faz parte do reconhecimento do sujeito
como integrante da sociedade”.
(p.9)
Segundo Vasconcelos e Leão [16] “a maioria dos alunos tem preferência em
vídeos curtos, animados e educativos”. Devido à necessidade de metodologias que
facilitem a compreensão de temas relacionados a biologia celular), realizamos uma
sequência didática utilizando a técnica de animação stop motion, que permite criar
diferentes processos ou personagens, fotografados em sequência, criando uma ilusão de
movimento, a partir de objetos de baixo custo, como massinha de modelar, papel, E.V.A,
(p.15)
alimentos ou utensílios domésticos. A animação stop motion, segundo Braga [12] ,
“consiste em tirar fotografias digitais fixas de objetos ou imagens depois de terem sido
movidos manualmente para simular o movimento”.
Autores como Nascimento [17], Martins, Galego, Araujo [18], Oliveira et al. [19] e
Costa [20], Abordam a técnica de stop motion no contexto escolar, oferecendo um leque
de possibilidades e estratégias metodológicas na área da Biologia.
A utilização desta abordagem didática, aliada a um planejamento pedagógico,
tende a incrementar o processo de ensino [21]. A técnica de stop motion instrumentaliza o
ensino lúdico, contribuindo para a aprendizagem, além de permitir a formação de um
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substâncias através da membrana celular no Ensino Médio
2 Metodologia
2.1 Sondagem
Inicialmente foi projetada a imagem de uma célula de mucosa bucal, com auxílio do
“microscópio virtual de luz e estudo de células animais e vegetais” [27], ilustrando como é
a utilização de um microscópio. Em seguida, foram realizadas algumas indagações aos
estudantes com o intuito de sondar os conhecimentos prévios sobre membrana celular.
Alguns questionamentos foram adaptados de Lopes [12]:
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Figura 2. Mapa Mental utilizado para explicação do conteúdo sobre Membrana Celular
Fonte: autores.
Figura 3. Fluxograma dos processos de troca entre a célula e o meio externo utilizado para trabalhar o
conteúdo em sala de aula
Fonte: autores.
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substâncias através da membrana celular no Ensino Médio
3 Resultados e Discussão
A proposta para criação dos vídeos em stop motion gerou o engajamento entre os
alunos, os quais demonstraram maior interesse e entusiasmo durante as aulas. Aos
vídeos produzidos foi adicionado o código QR (Quick Response code), para que
pudessem ser facilmente acessados por todos (Figura 5).
Os cinco grupos conseguiram apresentar seus vídeos com clareza, demonstrando
compreensão dos conceitos contidos em suas animações. O Quadro 2 apresenta um
resumo do enfoque dado em cada um dos vídeos. Os alunos se mostraram confortáveis
no uso das ferramentas digitais, porém o grupo responsável pela Fagocitose citou a
complexidade da edição, principalmente na etapa onde é ilustrada a formação da
vesícula, devido à movimentação dos fosfolipídios e ao grande número de fotografias
necessárias para criar a ilusão de movimento.
O grupo que desenvolveu o tema Osmose teve dificuldade na edição do vídeo,
gravando-o em posição invertido. Os grupos responsáveis pelos temas "Osmose" e
"Bomba de sódio e potássio" foram alertados sobre a apresentação do trabalho, gerando
a impressão de um trecho de membrana disperso, descaracterizando o conceito de
célula.
Quadro 2. Conteúdo apresentado nos vídeos stop motion produzidos pelos alunos.
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4 Considerações Finais
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278
V. 20, N.2 / 2022
Teaching Research
Aline da Silva Goulart1, Kellen Mariane Athaide Rocha1, Quelen Colman Espíndola 2, Nilda Vargas Barbosa 2, João
Batista Teixeira da Rocha 2, Vanderlei Folmer 3
1
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2
Universidade Federal de Santa Maria, 3Universidade Federal do
Pampa
*e-mail: vanderleifolmer@unipampa.edu.br
Abstract
As a result of the COVID-19 pandemic, in-person school activities were replaced by remote teaching. Thus, we
believe that many students had difficulties in understanding issues related to the virus. Therefore, the objective of
this study was to know the students' conceptions about the virus. An investigation was carried out with students
from 7th to 9th grade, where they drew and wrote about what they understood about SARS-CoV-2. The results
show that the students present erroneous knowledge about viruses. The students also represented the coronavirus
with humanized characteristics and associated with bacteria. However, students emphasize in their descriptions
that viruses are invisible, but they do not know exactly what their actual size is. Thus, the importance of more in-
depth approaches to this topic is emphasized, which facilitate student learning so that they to be knowledgeable
and disseminators of correct information.
Resumo
Em decorrência da pandemia COVID-19, as atividades escolares presenciais foram substituídas pelo ensino
remoto. Assim, acreditamos que muitos estudantes tiveram dificuldades em entender questões relacionadas ao
vírus. Diante disso, o objetivo deste estudo foi conhecer as concepções dos estudantes sobre o vírus. Foi
realizada uma investigação com estudantes do 7º ao 9º ano, onde os mesmos desenharam e escreveram sobre o
que entendiam sobre o SARS-CoV-2. Os resultados mostram que os estudantes apresentam conhecimentos
errôneos sobre vírus. Os alunos também representaram o coronavírus com características humanizadas e o
associaram com bactérias. No entanto, os estudantes enfatizam em suas descrições que os vírus são invisíveis,
mas não sabem ao correto o tamanho real do mesmo. Assim, ressalta-se a importância de abordagens mais
aprofundadas acerca dessa temática, que facilitem a aprendizagem dos estudantes para que os mesmos sejam
conhecedores e disseminadores de informações corretas.
1 Introdução
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Concepções de estudantes do Ensino Fundamental sobre o SARS-CoV-2
salientam que:
Apesar de frequentemente negligenciada, a Microbiologia está intimamente ligada
ao exercício da cidadania, pois sua incompreensão pode permitir que
pensamentos de senso comum, como o de que determinadas doenças são
específicas e naturais das camadas menos privilegiadas da sociedade ou de uma
determinada região do mundo. [14] (p.42)
Ainda, o ensino de microbiologia enfrenta dificuldades relacionadas ao tema, a
exemplo disso, a abstração acerca dos microrganismos pelo fato de serem invisíveis a
olho nu. Esses fatores acabam culminando com a construção de conhecimentos errô -
neos e o distanciamento do conhecimento científico sobre os microrganismos [15].
Diferentemente do termo concepção, que trata daquilo que os estudantes já sa-
bem antes de uma experiência, a percepção refere-se à interpretação dos indivíduos em
relação ao conhecimento de mundo [11-16]. Ainda, para Matos [11], a interpretação é
“um fator importante: isso significa que não percebemos o mundo diretamente porque a
nossa percepção é sempre uma interpretação desse mundo”.
Mediante o panorama atual e sabendo que a Base Nacional Comum Curricular
(BNCC) [12] contempla estudos sobre microbiologia nos anos finais do Ensino Funda-
mental, com objetivo de fornecer conhecimentos de cunho científico para que os estu-
dantes possam entender as situações de saúde da sociedade no qual estejam inseridos,
o presente estudo tem por finalidade analisar as concepções dos estudantes dos anos
finais do Ensino Fundamental sobre o SARS-CoV-2.
2 Metodologia
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Concepções de estudantes do Ensino Fundamental sobre o SARS-CoV-2
indica a frequência com que essas são mencionadas [21]. Para preservar a identidade
dos participantes da pesquisa, os mesmos foram numerados de 01 a 10 para cada ano
escolar, por exemplo “E01: 7” representa o estudante 01 do 7º ano.
3 Resultados e Discussões
Para a interpretação dos desenhos, inicialmente foi realizada uma exploração nos
materiais, e análise por meio de observação dos elementos presentes nas ilustrações dos
participantes. A partir das análises dos desenhos e descrições, e partindo do pressuposto
de analisar o entendimento dos estudantes sobre o vírus, foi possível classificar as con-
cepções dos mesmos em relação ao coronavírus em 3 categorias: 1) vírus como mostra -
do na mídia, 2) vírus comparado a outros microrganismos e 3) Antropomorfismo.
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Concepções de estudantes do Ensino Fundamental sobre o SARS-CoV-2
E: 02 E: 07
E: 10
Figura 1. Representação sobre o SARS-CoV-2. Fonte: Estudantes “E02: 7”, “E07: 8”, “E10: 9”
Desse modo, as análises mostram que as informações apresentadas nas mídias ti-
veram influência sobre o entendimento dos estudantes em relação à estrutura do vírus,
como mostra o quadro 1. Simon, Enzinger e Fink [23] ressaltam que os assuntos sobre ví-
rus abordados nas mídias podem influenciar as percepções dos estudantes, em termos
de conhecimentos e importância. Ainda os autores supracitados explicam que essas per -
cepções podem ocorrer indiretamente, principalmente com sujeitos mais novos, pois es -
ses assuntos relacionados aos vírus são mediados por outros membros da família. Essas
concepções podem ser observadas nos relatos dos estudantes, como mostra o quadro 1.
Quadro 1: Vírus como mostrado na mídia: Descrição dos estudantes acerca do SARS-CoV-2.
Estudante “E02: 7” “Bom eu desenhei o coronavírus porque foi o que pediram em outra tarefa e
como vi na televisão”
Estudante “E07: 8” “Desenhei o coronavírus como vi na TV”
Estudante “E10: 9” “O meu desenho mostra a partícula do vírus covid-19 eu fiz como eu lembro
de ter visto na TV”
Dito isso, ressaltamos a influência das mídias sobre a maneira como os estudantes
percebem algum fenômeno ou avaliam determinadas situações. As mídias têm sido bas-
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Concepções de estudantes do Ensino Fundamental sobre o SARS-CoV-2
tante utilizadas para inúmeras atividades humanas, a exemplo disso, para dialogar em
tempo real, estudar por meio de plataformas digitais e online, assim como para o entrete-
nimento [7]. Além disso, o uso das mídias interfere na formação dos sujeitos, nesse con -
texto:
O uso das ferramentas tecnológicas tem avançado em grandes escalas e atingido
muitos setores da vida social e, na educação, não poderia ser diferente, pois o
impacto desse avanço se efetiva como processo social, adentrando a muitas
instituições públicas e privadas, invadindo a vida do homem, adentrando em sua
casa. [7] (p.86)
Ainda, de acordo com os autores do excerto, em uma sociedade mediada por mei-
os de comunicação digital, no âmbito escolar, se faz necessário que os docentes não ig -
norem as experiências vivenciadas pelos sujeitos com as mídias digitais. Já que a maioria
das informações estão disponíveis nos meios digitais e de comunicação e que os estu-
dantes têm fácil acesso, fazendo com que se tornem agentes da própria aprendizagem,
desenvolvendo suas próprias percepções.
A segunda categoria surgiu com base em narrativas que demonstram que alguns
estudantes apresentam conhecimentos errôneos com relação ao coronavírus. Na análise
dos desenhos, foi possível compreender que os estudantes relacionam o vírus com outros
microrganismos, como por exemplo, o vírus sendo uma bactéria. Tais concepções foram
observadas nos três anos escolares, como apresentado na Figura 2.
Segundo Azevedo e Sodré [24] é corriqueiro que estudantes relacionem microrga-
nismos apenas com bactérias e seus malefícios e isso ocorre pelo fato de o ensino de mi -
crobiologia ser abordado de maneira tradicional, distanciando os estudantes dos conheci -
mentos acerca dos microrganismos. Essas concepções errôneas também são influencia-
das pelos meios de comunicação, convívio social e até no âmbito escolar [24]. Nossos re-
sultados seguem a mesma tendência, uma vez que os participantes da pesquisa também
fazem essa mesma relação, conforme mostra o quadro 2.
Na mesma direção, o estudo de Simon, Enzinger e Fink [23] constatou que o equí -
voco em igualar um vírus a uma bactéria foi frequente entre estudantes tanto do Ensino
Médio, quanto universitários. Portanto, percebe-se que o processo de ensino de microbio-
logia carece de novas propostas pedagógicas para o desenvolvimento dos conteúdos mi-
nistrados em sala de aula, visto que existe uma “relevância dos microrganismos, os alu-
nos demonstram apenas conhecimento de senso comum, sendo incapazes de explicar o
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Concepções de estudantes do Ensino Fundamental sobre o SARS-CoV-2
(167).
mundo microbiano ao seu redor usando o óculo da ciência” [15]
Figura 2. Representação sobre o SARS-CoV-2. Fonte: Estudantes: “E05: 7”, “E01: 8”, “E06: 9”
Quadro 2. Vírus comparado a outros microrganismos: Descrição dos estudantes do 7º ao 9º, sobre o
SARS-CoV-2
Estudante “E05: 7” “É assim que eu imagino o coronavírus bactérias”
Estudante 01 “E01: 8” “Eu desenhei tipo uma bactéria mas pra mim é um vírus”
Estudante “E06: 9” “Uma bactéria”
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Concepções de estudantes do Ensino Fundamental sobre o SARS-CoV-2
mãos e pés) e com feições monstruosas [26]. Ainda, autores supracitados afirmam que
esses equívocos são estabelecidos como informações que vão contra o saber científico e
isso impede do processo de aprendizagem seja eficaz.
E: 02 E: 04
E: 01 E: 06
E: 01 E: 05
Figura 3. Representação sobre o Sars-CoV-2. Fonte: Estudantes: (“E02: 7” e E04: 7), (“E01: 8” e “E06: 8”),
(“E01: 9” e “E05: 9”), respectivamente
Nossos resultados também mostraram nessa etapa que o entendimento dos estu-
dantes sobre o vírus humanizado foram mais comum nos desenhos dos estudantes do 7°
e 8º ano. Os estudantes do 9º ano representaram o vírus de forma mais similar a sua es -
trutura real, arredondada com espículas e material genômico. Apesar de não saberem de -
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Concepções de estudantes do Ensino Fundamental sobre o SARS-CoV-2
nominar essas estruturas, as mesmas são apresentadas nos desenhos, como mostra a
Figura 3.
Ainda, constatou-se o mesmo entendimento de vírus com características humani-
zadas no relato descritivo dos estudantes do 7º e 8º ano. Com relação aos estudantes do
9º ano, alguns ressaltaram que o desenho não ficou como desejavam. Entende-se que
possivelmente esses estudantes possuem maior clareza sobre a estrutura do vírus, mas
não conseguiram representar adequadamente em seus desenhos. Tais concepções são
apresentadas no quadro 3.
Nessa ótica, inferimos que esses erros de não saber de fato como realmente seja
um vírus seja fruto de experiências e informações adquiridas inadequadamente. Ainda, os
conceitos de vírus são considerados difíceis pelos estudantes, isto inclui compreender as
características dos vírus e distinguir a estrutura do corpo. Bem como distinguir os vírus de
outros microrganismos [23].
A análise da terceira parte da atividade, referente ao questionamento sobre o
tamanho do vírus, mostra que independente do ano escolar, a maioria dos estudantes
demostram não ter conhecimento do tamanho real de um vírus. No entanto, alguns
estudantes do 8º e 9º apresentam em suas concepções que os vírus são invisíveis a olho
nu e que para enxergá-los é necessário o uso do microscópio. Essas concepções podem
ser observadas na Figura 4.
Segundo Lacerda et al., [13] é durante o ensino de microbiologia que os
estudantes têm contato com a temática microrganismos, entre esses, os vírus,
caracterizados como seres invisíveis a olho nu. Devido a este fato percebe-se diversas
dificuldades no processo de ensino e aprendizagem em relação a esse assunto. Nesse
seguimento, um estudo realizado por Aquino e Borges [27] destaca que os docentes da
educação básica se sentem despreparados para abordar conteúdos referentes aos
microrganismos.
Dito isso, acreditamos que são vários os fatores que levam a precariedade no en -
sino da temática microbiologia. Assim, é pertinente repensar e replanejar as abordagens
sobre esse e demais temas correlacionados, com vistas a extinguir lacunas que possam
comprometer a construção do conhecimento científico e ao mesmo tempo, proporcionar
uma aprendizagem significativa aos estudantes. Também, é necessário buscar estraté-
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E:03
“Tamanho de um ovo”
E:02
E:1
0
“Os vírus são invisíveis a olho
nu, então só poderia ser visto
usando um microscópio”
Figura 4: Ilustrações referentes ao tamanho do SARS-CoV-2. Fonte: estudantes “E03: 7”, “E02: 8”, “E10: 9”
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Figura 5: nuvens de palavras com entendimento dos estudantes do 7º ao 9º ano acerca do tamanho do
SARS-CoV-2
Além disso, também foi possível identificar que os estudantes tendem a relacionar
o vírus com algo do seu cotidiano e que apresentam dificuldades em reconhecer a dife-
rença entre tamanho macro e microscópico, igualando o tamanho dos vírus a objetos e
alimentos. No entanto, parte dos estudantes, principalmente do 9º ano, demonstram en-
tendimento que o vírus é invisível ao olho nu, e que causa sérios danos. Essas concep -
ções são possíveis de observar nas seguintes narrativas:
“E04: 7”: “Eu acho que esse é do tamanho de um ovo, mas não podemos ver.”
“E07: 8”: “o menor possível, mas que dá um prejuízo enorme”
“E10:9” “os vírus são invisíveis a olho nu, então só poderia ser visto usando
microscópio”
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Concepções de estudantes do Ensino Fundamental sobre o SARS-CoV-2
Ciências durante o período escolar. Nessa perspectiva, o ensino de Ciências pode contri-
buir no processo de articulação entre conteúdos abordados e as informações científicas
presentes no cotidiano dos sujeitos e as divulgadas por meio das mídias. Também, opor -
tunizar aos sujeitos o desenvolvimento de habilidades crítica e reflexiva, de modo a saí-
rem do papel de receptores de informação e tornarem-se proativos em sua aprendizagem
e formadores de opinião.
O ensino de Ciências é fundamental para a plena realização do ser humano e a
sua integração social. Continuar aceitando que grande parte da população não
receba formação científica de qualidade agravará as desigualdades do país e
significará seu atraso no mundo globalizado. Investir para constituir uma
população cientificamente preparada é cultivar para receber de volta cidadania e
produtividade, que melhoram as condições de vida de todo o povo [29] (p.63)
O ensino de Ciências também tem por objetivo formar indivíduos que consigam re-
solver problemas do dia a dia, levando em conta os saberes próprios da Ciência e as me-
todologias de construção de conhecimentos próprias do campo científico [30]. A Alfabeti-
zação Científica é uma forma de desenvolver sujeitos alfabetizados cientificamente, de
forma que consigam fazer o uso social do conhecimento científico. Portanto, questões re-
lacionadas à Ciência e à Tecnologia fazem parte dos debates sociais a serem desenvolvi-
dos na escola e fora dela.
Chassot [31] destaca que a Alfabetização Científica é entendida “como o conjunto
de conhecimentos que facilitariam aos cidadãos fazer uma leitura do mundo onde vivem”
[31](p.19). Por meio destes conhecimentos os sujeitos compreendem os fenômenos de mu-
danças que ocorrem na sociedade. No entanto, segundo Lorenzetti e Delizoicov [30] a Al-
fabetização Científica não almeja somente formar cientistas, mas fornecer subsídios para
os estudantes compreenderem a linguagem das ciências fazendo com que esses conhe-
cimentos façam sentido para eles.
Nessa perspectiva, cabe ao docente promover um processo de ensino dinâmico e
inovador, objetivando uma aprendizagem eficaz e que ao mesmo tempo faça sentido para
os sujeitos. No entanto, cabe ressaltar que, para que uma aprendizagem efetiva ocorra é
necessário que os docentes estejam atualizados. Para tanto, é fundamental a busca por
novas estratégias e metodologias para suas práticas pedagógicas, “buscando não apenas
reformular o método de ensinar, mas iniciar uma mudança que vá além de melhorar as
aulas, mas que contribua para uma formação de um cidadão crítico e participativo em so-
ciedade” [32] (p.02).
Buscando contribuir nesse contexto, destacamos a forte influência que as mídias
digitais exercem no conhecimento dos estudantes. Vale ressaltar que ainda que esses su -
jeitos estejam expostos a uma gama de informações, nem todas são verdadeiras, e isso
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Concepções de estudantes do Ensino Fundamental sobre o SARS-CoV-2
Desse modo, as TIC’s podem ser utilizadas como apoio pedagógico e recursos
complementares, pois auxiliam os docentes a desenvolverem um aprendizado lúdico que
desperta o interesse dos estudantes. Ela também pode ajudar na aproximação das te-
máticas abordadas com as vivências dos estudantes, contribuindo também para uma mai-
or interação. Ainda, pode favorecer uma infinidade de alternativas para conduzir o proces -
so de ensino e aprendizagem em tempo de ensino remoto e híbrido.
Nessa situação, sabendo que o ensino remoto é temporário e que pode ocorrer a
consolidação do ensino híbrido (integração das modalidades de ensino presencial e online
juntas), as TIC’s podem servir como uma aliada na prática docente. Confirmando, Costa
et al., (2020 p.04) [36] descrevem que as TIC’s “se tornam um reforço de suma importân-
cia na educação atual, pois apresentam como funções instruir os alunos, colaborar com a
metodologia dos docentes e enriquecer o trabalho dos gestores, entre outras contribui-
ções”.
Em síntese, entende-se que o uso das ferramentas digitais possa contribuir de for-
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Concepções de estudantes do Ensino Fundamental sobre o SARS-CoV-2
4 Considerações finais
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Concepções de estudantes do Ensino Fundamental sobre o SARS-CoV-2
dos pelos docentes das turmas pesquisadas, como subsídio às futuras propostas de ensi -
no sobre microrganismos, pois considerando o entendimento e o nível de conhecimentos
demonstrados pelos estudantes pode-se planejar e desenvolver atividades direcionadas a
suprir as lacunas conceituais e de aprendizagem sobre esse importante tema, principal-
mente durante o ensino remoto.
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Concepções de estudantes do Ensino Fundamental sobre o SARS-CoV-2
Agradecimentos
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V. 20, N.2 / 2022
Teaching Research
Kellen Mariane Athaide Rocha1*, Aline da Silva Goulart2, Andréia Caroline Fernandes Salgueiro1, Vanderlei Folmer1
1
Universidade Federal do Pampa, 2 Universidade Federal do Rio Grande do Sul
*e-mail: vanderleifolmer@unipampa.edu.br
Abstract
Since 2019 the world has witnessed the health crisis caused by the SARS-CoV-2 virus, responsible for causing
COVID-19. The imposed social distancing conditions forced the university community to suspend face-to-face
classes. In this context, the shift to remote learning has become a challenge due to the need not to compromise the
learning process. Thus, the present study have aimed to report the experience of academics and professors facing
remote classes in the curricular components of Chemistry and Biochemistry in different undergraduate courses.
The present study have adopted a qualitative approach that is characterized as descriptive. The research was
carried out in 3 different campuses of a Federal Public University in the state of Rio Grande do Sul (RS), and the
research instrument consisted of online questionnaires intended for teachers and students. The results show the
perception of students and professors on the restructuring of curricular components, perception of learning,
perception of remote teaching and the use of technologies, and professors' perception on hybrid learning, which is
considered a good format for the demands of contemporary society. Through the results obtained, it can be
concluded that remote teaching provided changes and reflections on teaching practice, potentially significant
learning due to new skills and development of students' autonomy.
Resumo
Desde 2019, o mundo presencia a crise de saúde causada pelo vírus SARS-CoV-2, responsável por causar a
COVID-19. As condições de distanciamento social impostas obrigaram a comunidade universitária a suspender as
aulas presenciais. Nesse contexto, a mudança para o aprendizado remoto tornou-se um desafio devido à
necessidade de não comprometer o processo de aprendizagem. Assim, o presente estudo teve como objetivo
relatar a experiência de acadêmicos e professores frente a aulas remotas nos componentes curriculares de
Química e Bioquímica em diferentes cursos de graduação. O presente estudo adotou uma abordagem qualitativa e
caracterizada como descritiva. A pesquisa foi realizada em 3 diferentes campi de uma Universidade Federal do
estado do Rio Grande do Sul (RS) e o instrumento de pesquisa consistiu em questionários online destinados aos
docentes e discentes. Os resultados mostram a percepção dos discentes e docentes acerca da reestruturação das
componentes curriculares, percepção da aprendizagem, percepção sobre o ensino remoto e uso de tecnologias e
percepção docente sobre o ensino híbrido, este sendo considerado um bom formato para as demandas da
sociedade atual. Por meio dos resultados obtidos, pode-se concluir que o ensino remoto proporcionou mudanças e
reflexões quanto à prática docente, aprendizagens potencialmente significativas devido a novas habilidades e
desenvolvimento da autonomia dos estudantes.
1 Introduction
Since the year 2020 the world has been experiencing the COVID-19 pandemic,
caused by the SARS-CoV-2 virus (Coronavirus). As a way of controlling the spread of the
virus, health bodies recommended that non-pharmacological preventive measures should
be adopted, such as the use of mask, alcohol gel, and social distancin [1]. With the
implementation of social distancing, face-to-face classes had to be suspended, and in
order to continue teaching, Higher Education Institutions (HEIs) were forced to adopt
online teaching methods, called Remote Teaching (RT). However, the implementation of
RT at the first moment was carried out on an emergency basis, without any planning, and
the practices and methodologies established in face-to-face teaching, in most cases, were
just transferred to online teaching [2,3].
Online teaching is a challenging task for teachers due to their lack of experience,
training and technological support [4]. Knowing how to format content for online mode,
having a stable technological infrastructure and receiving adequate institutional support
are the pillars for successful online learning. However, many higher education institutions
have found difficult to implement sophisticated learning management systems due to the
large financial and technical implications [5].
There is still confusion regarding the definition of terms such as RT, Distance
Learning (DL) and Blended Learning (BL), which are often used synonymously. However,
there are conceptual and practical differences between them: DL is a teaching modality
with online activities and its materials and application are fully planned for the virtual
environment; on the other hand, RT was the way found to keep education alive with all
offline and online resources available in times of crisis [6]; still, BL is a teaching modality in
which face-to-face activities are often combined with technology-mediated activities for
more active learning in face-to-face classes [7].
Currently, digital learning technologies, the search for innovations and the use of
alternative learning models have been used in the most diverse areas of learning [5].
However, even today, higher education in Brazil, for the most part, lacks innovation and
the traditional method of teaching is still used through face-to-face classes. Therefore, it is
evident that in this country teachers and students previously used to face-to-face teaching
had to reinvent themselves, as they were not prepared or trained for the changes that
occurred during the COVID-19 pandemic.
Given this scenario, discussions about the different strategies and approaches
adopted by teachers and the ability of students to adapt their learning to this format are
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299
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Process of Chemistry and Biochemistry
even more important. In addition, online strategies are not limited to focusing only on
approaches related to theory, but also on other academic demands, such as possible
practical laboratory classes [8]. In teaching curricular components such as Chemistry and
Biochemistry, practical classes are widely used by teachers [9] in order to provide a more
contextualized teaching and provide practical subsidies to foster the construction of
knowledge [10]. However, given the need for social distancing, one of the challenges to be
considered is how to maintain the offer of practical activities.
In fact, the pandemic scenario has brought new and old reflections and concerns to
the educational field. Given the above, it is necessary to recognize the perceptions of
higher education academics and professors about their experiences with RT, since this
sudden change in the usual modus operandi have contributed to important changes in
teaching practice and in learning processes. Thus, the present study have aimed to report
the experience of academics and professors facing remote classes in the Chemistry and
Biochemistry curriculum components in different undergraduate courses.
2 Methods
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Process of Chemistry and Biochemistry
participate in the research was sent to the e-mail of the professors and the students
received the invitation to participate by the institutional e-mail that was sent by the
coordinators of the campuses. The questionnaires for both teachers and students were
composed of open and closed questions. The questions were related to academic
characteristics; satisfaction with remote teaching, investigation of teaching methodologies;
assessment of students' perception of their own learning, students' perception of the use
of Digital Technologies (DT) in higher education. For the professors, questions were asked
about the opportunities and limitations of remote teaching, assessment of the difficulties in
adapting curricular components to remote teaching, professors' perception of the use of
DT in higher education, as well as their perceptions about Blended Learning.
After the execution of the protocol for discursive textual analysis, five different
categories were determined: Characterization of Participants, Restructuring of Curricular
Components, Perception of Learning, Perception of Remote Teaching and Use of
Technologies, and Teachers' Perception of Blended Learning.
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Remote Teaching and COVID-19: Perceptions of professors and students about the Teaching-Learning
Process of Chemistry and Biochemistry
Figure 1. Word cloud of the tools used in the remote teaching period
Another aspect raised was in relation to the adaptation of teachers and students to
RT, since in the literature this is a widely reported and discussed aspect as a factor that
brings difficulties with online teaching. In relation to this aspect, teachers and students
were asked: “On a scale from 1 (I did not adapt) to 5 (Totally adapted) what is your level of
adaptation with remote teaching?” In this question, the Likert Scale was used in order to
measure the level of adaptation of teachers and students, as shown in Figures 2 and 3.
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Process of Chemistry and Biochemistry
Professors and students showed high levels of adaptation with the RT but, a
difference can be seen in the rates of them, in which students showed lower levels
compared to professors. Several aspects may have interfered in this difference, from lack
of familiarity with the digital tools used by professors, not having the habit of studying
online, not having a quality internet or even adequate equipment. In addition, the lack of
interaction may also have been a factor that negatively affected the adaptation of these
students.
Another factor raised was the duration of classes, about what the professors were
asked: “Compared to face-to-face classes, have there been changes in duration of classes
during the pandemic?” 90% of teachers answered that yes, there was a change in the
duration of classes during the pandemic.
For those professors who reported changes in the duration of classes, another
question was asked: “Why was this change necessary?” They reported numerous different
motivations that led them to change the total time of synchronous classes, these data are
presented in Frame 3.
Another question that was asked to the professors was about the teaching
methodologies. They were asked: "Compared to face-to-face classes, have there been
changes in the teaching methodologies used at this time of a pandemic?" 90% of teachers
reported that they changed teaching methodologies during the RT period. In addition, the
same questioning was carried out to the students of these curricular components, to verify
if they had noticed changes in the teaching methodologies used by teachers during the
pandemic compared to face-to-face teaching. 80% of the 40 participating students
reported noticing changes in the methodologies used by the professors when compared to
the moment before the pandemic.
As changes in the teaching methodologies used were reported, teachers were also
asked “What were the most used teaching methodologies during the pandemic?” These
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Remote Teaching and COVID-19: Perceptions of professors and students about the Teaching-Learning
Process of Chemistry and Biochemistry
In this pandemic, it became evident that the main challenge faced by everyone was
the ability to adapt. Faculty had to adapt their classes, learning activities and assessment
strategies to the remote learning modality in order to help students achieve learning
outcomes while accommodating their individual circumstances. However, even though all
the necessary changes that took place were a huge challenge, pedagogical solutions in
atypical situations can be lasting, thus favoring the resolution of problems and paradigms
that until then seemed insurmountable [2].
From the didactic point of view, the challenges for the teacher in the RT are the
same as in face-to-face teaching, where the teacher needs to plan the content, establish
the learning objectives, propose activities and carry out the evaluation of the student's
learning, however, now in a virtual environment [14]. When planning online activities,
aspects such as: Student communication (synchronous or asynchronous); the use of DT
as a support for teaching and learning, and planning the time management of actions [2].
In this study, the need to readjust the classes, the workload, the teaching
methodologies, as well as the assessment of learning for the new format, became evident.
However, even in face-to-face teaching, all these factors are always a challenge for
professors who teach curricular components with theoretical and practical workload.
Besides, now, in the context of RT, these challenges have become even bigger and more
challenging.
One of the changes reported by professors and students was regarding the
teaching methodologies used during the RT period, which are different from face-to-face
teaching. The use of more active methodologies was evidenced, which, unlike traditional
teaching, has the student as the main agent responsible for their learning, favoring their
autonomy and the teacher as a facilitator of this, generating opportunities for
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Remote Teaching and COVID-19: Perceptions of professors and students about the Teaching-Learning
Process of Chemistry and Biochemistry
problematization [15]. The reasons related to active learning constitute actions and
operations that enable students to develop thinking through reflection and collective
analysis [16].
A fact that could be observed in the Figure 4 and that is interesting to highlight is
that only 40% of the responding teachers mentioned teaching methodologies, such as
lecture-dialogued classes, seminars and gamification. The other professors (60%) cited
teaching resources in their responses, such as Jamboard, Padlet, among others. These
data are interesting because they show that even for higher education professors there is
still confusion regarding terms and knowledge related to didactics.
Even today, in most postgraduate programs, little appreciation is given to
pedagogical training, whose meritocracy has been based on scientific production [ 17]. In
short, graduate students (future professors) develop theoretical and instrumental
knowledge related to research, which is an evaluation criterion for the progression of the
teaching career [18].
These aspects mentioned above generate unprepared university professors and
even without knowledge about the teaching and learning process. Thus, professors end up
not knowing their role as mediators and facilitators of the learning process, keeping them
away from undergraduate teaching activities [18]. Therefore, the need to rethink higher
education teacher training is highlighted, which should be part of institutional policies and
involve the subjects themselves in this process of reflection, in order to culminate in the
development of strategies that promote the improvement of the quality of the teaching and
learning of future professionals in training [19].
Specialized pedagogical training will not only be able to contribute to changes in the
knowledge and professional action of teachers, but will also allow to bring the teaching
aspect of academic work to an equal place with the other components that characterize
the profession. In addition, it seems essential to broaden the training and professional
learning practices of individual initiative, but also to increase the role of institutions in this
process, as it is not enough to gather individual wills to make relevant, consistent and
lasting innovations. Therefore, it is of paramount importance to promote and sustain
institutional processes of change and innovation that rely on the adhesion of teachers and
that are a factor that enhances it [20].
The evaluation process was another aspect investigated, for which the professors
were asked “How did the evaluation process take place?” And, as well as the duration of
classes and teaching methodologies that were changed due to the RT, the evaluation
process also underwent changes according to most of the participating professors. In this
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Remote Teaching and COVID-19: Perceptions of professors and students about the Teaching-Learning
Process of Chemistry and Biochemistry
context, 30% of them maintained the system of written tests as an assessment method,
while 70% reported changes in the ways of assessing student learning. The main
assessment methods used by teachers during remote teaching are shown in Figure 5.
In the evaluation process, the quality of the dissemination of knowledge and the
learning process must be taken into account. In traditional and face-to-face assessment
methods, the test is the main assessment strategy, especially the theoretical test.
Literature shows that this tool is usually used to classify students and not to assess
established theoretical and practical knowledge [21].
The evaluation process needs to be procedural and formative for inclusion,
autonomy, dialogue and collective reflections [22]. Assessment should be a permanent
activity, inseparable from the teaching-learning dynamics, following the progress of
students and recognizing their difficulties in intervening with sensitivity and with the
participation of all those involved. Thus, the instruments for monitoring the teaching-
learning process must be built thinking about overcoming the traditional model, which
prioritizes the simple verification of accumulated contents aimed at the theoretical field,
being more comprehensive and oriented to all its aspects, including the own program and
teaching activity [23].
In this study, it was evidenced that some professors realized that the evaluation
needs to be continuous and diversified, both in methodologies and in tools. The RT
provided the use of several technological resources that helped this process. Therefore,
professors need a more critical and reflective look to assess students in the context of RT,
taking into account the qualitative and training aspects to the detriment of quantitative
aspects, since traditional assessments no longer have space in this training context.
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Process of Chemistry and Biochemistry
the RT period. However, due to all the unknowns regarding this new teaching model and
all its particularities, learning is one of the main current concerns. In this regard, the
teachers were asked “Do you believe that remote teaching has/will brought any harm to
student learning?” About this, 30% of professors believe so, that remote teaching will harm
students' learning, while 20% believe not. The other 50% of them believe that there are
variables that may have affected learning during this time. The main variables mentioned
by the professors are shown in Figure 6.
Figure 6. Main variables cited by professors that can affect student learning during the pandemic
In fact, not all of them have structured and well-equipped spaces for carrying out
these works. Like the professors, the students also had to adapt their home environments
to continue their academic routine, and sometimes these environments are shared by
other family members, which can harm their studies. In addition, not only are physical
environments shared, but the equipment as well, and a single computer can fullfill all
family members in their demands. These difficulties once again expose the social and
structural inequalities that hamper the promotion of equality in the educational process.
The internet, a factor highly highlighted by the professors, although it is essential at
this moment, must be taken into account in the planning of remote classes is the possibility
of access to the internet by the students. The last Continuous National Household Sample
Survey carried out in 2021 showed that access to computers, internet and broadband does
not reach 80% in most states. In Rio Grande do Sul, where the HEIs evaluated in this
study are located, the data show that 82% have internet at home and of these, only 60%
have broadband internet [24]. Therefore, it is extremely important to research students'
technological resources and needs, adapt course materials to the technology that students
have, and provide tasks that teach them how to use this technology [25].
In addition to professors’ perception, the students' perception of their own academic
performance while using the RT was also investigated. Students were asked “Do you
believe that your academic performance has improved or worsened with the use of remote
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Process of Chemistry and Biochemistry
Figure 7. Students' perception of the positive aspects of remote teaching on academic performance
Figure 8. Students' perception of the negative aspects of remote teaching on academic performance
This abrupt change in the teaching modality caught not only teachers, but also
students by surprise; so, they needed to quickly establish new effective study habits while
dealing with the changes [25]. Furthermore, although most academics are familiar with
electronic equipment and digital tools, many were not yet familiar with RT platforms and
interfaces. The students’ difficult adaptation to the use of these resources is
understandable, after all, synchronous and asynchronous tools are useful, but the
relationships established by face-to-face teaching are not yet equal [26].
It is possible to list a range of variables that may be associated with student
performance, from related elements ranging from social and economic characteristics to
the influence that teachers or their educational methods have. Another factor that may be
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Remote Teaching and COVID-19: Perceptions of professors and students about the Teaching-Learning
Process of Chemistry and Biochemistry
associated with the variation in adaptation and performance of students is regarding their
learning style, which may or may not be favorable for online learning [27]. The learning
process is not identical for all human beings and can be classified by different styles,
having individual forms and characteristics of information, feelings and behaviors in a
learning situation [28].
It is evident the importance of knowing the learning methods of each student and
analyzing whether they are compatible with the teaching methods applied at graduation.
This is because, when the teaching in which the student is inserted is different from their
learning style, there is a need for teaching planning in order to make them have more
interest in studies [28]. This issue would facilitate the construction of knowledge, since
considering the individual characteristics of students, they would have a better
performance in graduation, and probably in the future profession [27].
Regarding the practical classes, these took place by video classes recorded by the
professors or by online practical classes carried out in the laboratories by them. However,
the absence of practical classes or the realization of these through different means of
classroom teaching is a variable often reported by professors as a possible cause of
damage to students' learning. This perception of the professors can be seen in the
excerpts of the answers presented in Frame 4.
Frame 4. Professor perception in relation to losses in students' learning.
“I believe that regardless of the way of teaching, good students will always stand out and the "bad" ones
will always be bad, or rather, they will not be interested in the content, whether in person or remotely. In
this sense, I can only point out here the issue of practical classes, which in fact can cause some harm to
students, especially practical classes such as chemistry, physics and related areas“.
“Our academics do not present self-taught study behavior, harming their learning. In addition, the lack
of experimental practices in the physical laboratory causes great harm to learning”.
“One of my main fears, as I teach many practical components, is that graduates end up not using
other spaces for the development of practical activities, because if they do not feel confident to use a
laboratory”.
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Remote Teaching and COVID-19: Perceptions of professors and students about the Teaching-Learning
Process of Chemistry and Biochemistry
mobilize students, called active activities, do not depend on the place where they occur
[30].
Having research and laboratory experience and developing communication skills
are necessary factors for academics in order to prepare them for future job market
opportunities [31]. With this new teaching configuration, the main obstacle was, without a
doubt, the need to reconfigure practical classes for an online format. Before, the focus was
mainly on laboratory skills, today, the pandemic has allowed the focus to be placed on
other activities as important as, for example, literature review, data analysis, interpretation,
presentation and writing of research reports.
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Remote Teaching and COVID-19: Perceptions of professors and students about the Teaching-Learning
Process of Chemistry and Biochemistry
outlining the objectives, professors must prepare study guides to guide students in relation
to the teaching material, given the possible dispersion of students if not well oriented [36].
The use of RT has brought numerous challenges for professors, both in terms of
adapting classes and the need for changes in teaching methodologies, as well as in the
difficulty of motivating students. However, the RT not only brought challenges to teaching,
as numerous possibilities for improving teaching were possible due to this shift to remote
classes. Therefore, the professors were asked “What is your perception of the possibilities
and limitations of Remote Teaching?” These data are shown in Frame 5.
Another question asked to the professors was “Do you believe that remote teaching
has positively added to your teaching career?” 90% of professors answered yes, and 10%
answered no. The positive aspects highlighted by the professors can be seen in Figure 9.
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Remote Teaching and COVID-19: Perceptions of professors and students about the Teaching-Learning
Process of Chemistry and Biochemistry
Figure 9. Professors’ perception regarding the positive aspects of remote teaching on the teaching career
There are numerous ways to learn, although individuals have similar characteristics,
each student's personal way of learning (learning styles) is distinct [37]. Like students,
teachers have a unique teaching style and according to their own learning style, which
may or may not be favorable for their adaptation to online teaching [38]. Therefore,
although teachers have their own teaching style, they must use a wide variety of teaching
styles that help to align students' learning styles to achieve successful learning outcomes
adapted to the new reality [39].
Teachers' ability to manage online learning can significantly affect students' learning
experience [5]. Therefore, the need and importance of training faculty members in the use
of active technologies and methodologies, as well as content projection and evaluation for
the online format, is evident [33]. However, these issues must also be rethought and
discussed for the face-to-face format, knowing the need for innovation in higher education.
Bringing new issues of practice and seeking to understand them from the
perspective of theory and in practice itself allows articulating new knowledge in the
construction of teaching, dialoguing with those involved in the process that surrounds
training [40]. Based on this, DT has been considered an ally to teacher training, as it
provides new and diverse spaces for communication and learning [41]. However, it is not
enough to just insert these technologies, as it is necessary to use them in new practices,
making teachers the protagonists of this training [42].
Students were also asked “Do you believe that remote teaching will bring harm or
benefits to your future career?” 55% of students classified that they believe that remote
teaching will bring harm and, of these, 50% cited the lack of practical classes as one of the
main factors. The other 45% of students classified that they believe that RT will bring
benefits to their future career and, of these, 45% mentioned that having learned new
technologies is the main positive aspect.
There is still no answer as to whether the practical classes that were taught during
the RT will be a point that will actually harm the students or if the format used by the
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Remote Teaching and COVID-19: Perceptions of professors and students about the Teaching-Learning
Process of Chemistry and Biochemistry
teachers did not favor learning. However, it seems that, although uncertain and not
experienced in the same way by everyone, the changes may have been beneficial
because they occurred in a different way to the traditional one, allowing new learning, new
experiences and thus showing that the realization of practical knowledge can be carried
out in a format other than within a laboratory environment. In general, even though it was a
challenging period for both components of the teaching-learning process, it brought
innovation to teaching, new experiences for students and teachers and showed that DT
can contribute to teaching.
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Remote Teaching and COVID-19: Perceptions of professors and students about the Teaching-Learning
Process of Chemistry and Biochemistry
because they use technologies, there are conceptual differences that need to be
understood by everyone in the academic environment.
The emergency RT was a temporary alternative to the educational scenario
imposed by the pandemic. This modality involves the use of alternative teaching tools that
are totally remote due to the impossibility of face-to-face teaching. In addition, the RT's
proposal was to offer temporary access and provide educational support quickly and
reliably during an emergency crisis [2].
The DL has been used for many years in Brazil. This teaching modality provides a
broader learning that occurs with the use of information and communication means and
technologies, with qualified personnel, with access policies, with compatible monitoring
and evaluation. In addition, it develops educational activities for students and education
professionals who are in different places and times [43].
BL is a teaching model that combines online and face-to-face pedagogy and has
been gaining ground in recent years. Faculty who employ hybrid pedagogies intentionally
incorporate technological tools to enhance student learning and respond to a wide range
of learning preferences [7]. In this bias, it is believed that BL can contribute to the
personalization of teaching, as it transforms mass education into one that allows students
to learn at their own pace and according to previously acquired knowledge [44].
The BL is based on a disruptive innovation, seeking to break the performance
standard of the industrial teaching model. Part of this rupture presupposes that student
learning has different rhythms, based on two points: on different skills and on the prior
knowledge that each student has [45]. Therefore, the flexibility of this model and the focus
on shared knowledge motivates the student to actively participate, interacting and making
experiential associations, making them protagonists and promoting their engagement in
the processes [46].
Based on data referring to professors' perception of hybrid learning, we can
conclude that even though it is something new and there is a need to train teachers for its
implementation, their view is quite positive. This is because BL allows students to have
more productive time in the classroom, also generating greater possibilities for students
from other locations. In addition, innovation in Brazilian education is something much
discussed, being seen as something extremely necessary. And today, technologies make
this innovation possible, providing the personalization of learning and autonomy to
students. Therefore, it is believed that BL can become a valid possibility for the future of
higher education in Brazil, if implemented responsibly and with a lot of planning.
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4 Conclusion
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Remote Teaching and COVID-19: Perceptions of professors and students about the Teaching-Learning
Process of Chemistry and Biochemistry
Appendix
1- Genre:
Feminine
Masculine
I prefer not to classify myself
4- On a scale from 1 (I did not adapt) to 5 (Totally adapted) what is your level of adaptation with remote
teaching?
1
2
3
4
5
5- Compared to face-to-face classes, have there been changes in duration of classes during the pandemic?
Yes
No
6- If your previous answer was yes, why was this change necessary?
*open question
7- Compared to face-to-face classes, have there been changes in the teaching methodologies used at this
time of a pandemic?
Yes
No
8- What were the most used teaching methodologies during the pandemic?
*open question
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Remote Teaching and COVID-19: Perceptions of professors and students about the Teaching-Learning
Process of Chemistry and Biochemistry
11- With the return of face-to-face classes, do you intend to continue using technologies in your classes?
Yes
No
12- Do you believe that remote teaching has/will brought any harm to student learning?
*open question
13- What is your perception of the possibilities and limitations of Remote Teaching?
*open question
14- Do you believe that remote teaching has positively added to your teaching career?
Yes
No
Other
15- Do you believe that blended learning is the projection of the future of higher education?
Yes
No
Other
1- Genre:
Feminine
Masculine
I prefer not to classify myself
DOI: https://doi.org/1016923/reb.v20i2.1027
ISSN: 2318-8790
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Remote Teaching and COVID-19: Perceptions of professors and students about the Teaching-Learning
Process of Chemistry and Biochemistry
Biochemistry
Both
4- On a scale from 1 (I did not adapt) to 5 (Totally adapted) what is your level of adaptation with remote
teaching?
1
2
3
4
5
5- Compared to face-to-face classes, have there been changes in the teaching methodologies used at this
time of a pandemic?
Yes
No
6- Do you believe that your academic performance has improved or worsened with the use of remote
teaching? Why?
*open question
DOI: https://doi.org/1016923/reb.v20i2.1027
ISSN: 2318-8790
321
V. 20, N.2 / 2022
Submitted in:03/feb/22
Published in: 02/dec/22
Educational Innovations
Como calcular o equilíbrio de Hardy-weinberg para o ensino de polimorfismos genéticos? Uma planilha
facilitadora para aula remota de biologia molecular
Howard Lopes Ribeiro Junior 1,2,3*, João Vitor Caetano Goes 1,3
1
Post-Graduate Program of Pathology, Federal University of Ceara - CE.
2
Post-Graduate Program in Translational Medicine, Federal University of Ceara - CE.
3
Center for Research and Drug Development (NPDM), Federal University of Ceara - CE.
*e-mail: howard@ufc.br
Abstract
This article describes a complete self-filling spreadsheet for Hardy-Weinberg Equilibrium (HWE) calculate to
facilitate understanding of the importance of calculating HWE for experimental research on polymorphism analysis
in a molecular biology remote class during the Coronavirus 2019 (COVID-19) pandemic period.
Resumo
Este artigo descreve uma planilha de autopreenchimento completa para o cálculo de Hardy-Weinberg Equilibrium
(HWE) para facilitar a compreensão da importância do cálculo de HWE para pesquisa experimental sobre análise
de polimorfismo em uma classe remota de biologia molecular durante o período pandêmico do Coronavirus 2019
(COVID-19).
DOI: https://doi.org/1016923/reb.v20i2.659
ISSN: 2318-8790
323
How to calculate the hardy-weinberg equilibrium for polymorphisms teaching? A facilitating spreadsheet for
molecular biology remote class
1 Introduction
Since the announcement of the Coronavirus disease 2019 (COVID-19) pandemic
by the World Health Organization in March 2020, all global organizations need to readjust
to the social isolation necessary to minimize the spread of the COVID-19 virus, especially
the face-to-face teaching [1]. Some studies have shown that polymorphisms in the human
angiotensin I converting enzyme 2 (ACE-2) gene, the main target for viral binding to the
membrane of lung cells could influence the COVID-19 susceptibility infection rate and the
poor outcome of the COVID-19 disease [2,3]. It is known that an important topic to be
addressed in molecular biology classes on studies of genetic polymorphisms is the
presentation of concepts about the Hardy-Weinberg Equilibrium (HWE) and its
assumptions [4,5].
Based on the studies by Hardy [4] and Weinberg [5], Smith and Baldwim [6]
didactically summarize that HWE advocates that HWE assumes that a population is in
genetic equilibrium if the genotype frequencies and allele frequencies are the same in
each generation at birth. Among the seven assumptions of the HWE [7], it is necessary to
expand the experimental analysis in such a way as to maintain a balance of the genotype
frequencies in a population in which the size (read as “sample number”) of the population
must be infinitely large. Therefore, analyzing whether the genotypes obtained in the
molecular analyzes are in HWE or not is essential for understanding whether the
evaluated sample size is sufficient to verify differences in genotype distribution. It is known
that testing deviation from the HWE is generally performed by Pearson's chi-squared test
using the observed genotype frequencies obtained from the data and the expected
genotype frequencies obtained using the HWE.
About this finding, one important question should be raised: Could teachers
improve molecular biology classes, especially about polymorphism studies, to be
accessible and understandable when taught remotely? This report will seek to present an
online tool that demonstrates the step-by-step process of how to calculate the HWE to be
applied to a group of students in the Postgraduate Course in Pathology at a public
university in Northeast Brazil. In this report, we describe a complete self-completing
spreadsheet for HWE calculations that is based on the Microsoft (MS) Excel platform to
facilitate understanding of the importance of calculating HWE for experimental research on
polymorphism analysis (Figure 1). This spreadsheet will be available in the cloud (Google
drive®) for students to use in real time in class.
DOI: https://doi.org/1016923/reb.v20i2.659
ISSN: 2318-8790
324
How to calculate the hardy-weinberg equilibrium for polymorphisms teaching? A facilitating spreadsheet for
molecular biology remote class
3. Based on the binominal expansion and selected sample size, the spreadsheet
will calculate the expected genotypic values according to equation 3:
DOI: https://doi.org/1016923/reb.v20i2.659
ISSN: 2318-8790
325
How to calculate the hardy-weinberg equilibrium for polymorphisms teaching? A facilitating spreadsheet for
molecular biology remote class
(3)
q2 x n + 2pq x n + p2 x n
4. Based on the observed and expected frequency values, the spreadsheet will
calculate the chi-square values (x2) for all evaluated genotypes according to equation 4:
(4)
x2 = (f(CC) – Exp f(CC))2 / Exp f(CC)
x2 = (f(CT) – Exp f(CT))2 / Exp f(CT)
x2 = (f(TT) – Exp f(TT))2 / Exp f(TT)
5. Pearson's chi-square value will be calculated from the sum of all squares of
calculated genotypes according to equation 5:
(5)
x2= ∑(f(CC) – Exp f(CC))2 / Exp f(CC) + (f(CT) – Exp f(CT))2 / Exp f(CT) + (f(TT) –
Exp f(TT))2 / Exp f(TT)
7. The result of the HWE analysis will be presented in color. If the cell is colored
green, it means that the genotype frequencies are in HWE since the p value was ≥ 0.05.
This result will validate the sample number used in the survey. On the other hand, if the
cell is colored red, it means that the genotype frequencies are not in HWE, since the p
value was < 0.05. Therefore, the sample number of the research has not been validated;
thus, it would be necessary to increase the number of cases evaluated. We reinforce that
the spreadsheet will be of free access and unlimited access for use by teachers and/or
researchers.
DOI: https://doi.org/1016923/reb.v20i2.659
ISSN: 2318-8790
326
Section name: Title (Arial, 10, italic, left, single paragraph)
For this remote class, polymorphism analysis data presented in the study by
Ribeiro-Jr and collaborators will be used [9]. To facilitate the virtual meet and prevent
internet problems, students will be asked to download the worksheet onto their computers
and to read this paper and the article with genetic data prior to class.
Khoury and colleagues describes that HWE is not a simple a theoretical law
because its deviations can signal essential problems or errors in the analyzed data sets
[10]. Thus, in summary, we have followed the current demands of remote education by
addressing virtual practices and skills involving the concepts of genetic polymorphisms
and HWE assumptions, also linked to biostatistics analyses. We know that the
development of this teaching tool comes against the fact that it is essential and necessary
that higher education teachers improve their classes with the use of didactic, accessible,
and low-cost virtual tools. Regardless of the teaching method, we know that practical
knowledge is indispensable for the researcher's educational and training process in
biochemistry and molecular biology [11,12].
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ISSN: 2318-8790
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