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Santa Teresa
2021
DHESSICA SOARES BUENO RECKEL
Santa Teresa
2021
(Biblioteca Major Bley do Instituto Federal do Espírito Santo)
68 f. : il. ; 30 cm.
Inclui bibliografias.
CDD 23 – 570..07
DHESSICA SOARES BUENO RECKEL
Eu, Dhessica Soares Bueno Reckel, declaro, para fins de pesquisa acadêmica,
didática e técnico-científica, que este Trabalho de Conclusão de Curso pode ser
parcialmente utilizado, desde que se faça referência à fonte e ao autor.
1 INTRODUÇÃO
Os insetos formam uma das maiores classes do reino animal possuindo cerca
de 80.000 espécies (FIOCRUZ, 2018). Estes vivem em todas as regiões desde
as polares até as zonas tropicais. A maior parte dessas espécies de insetos,
cerca de 98%, desempenha um delicado e importante papel no equilíbrio
biológico natural, cuja perturbação pelo homem pode resultar no desequilíbrio
ambiental não só com o aparecimento de novas pragas, mas também com o
aumento da população de determinadas pragas que antes se mantinham em
equilíbrio (SILVA, 2019).
Há pessoas que geralmente não levam em conta os serviços que o inseto presta
ao ambiente como polinizadores e como agentes de controle biológico, sendo
categorizados principalmente por atributos negativos como: praga, nojento e
perigoso (MODRO et al, 2011). Tal categorização gera atitudes violentas para
com estes seres (COSTA NETO & PACHECO, 2004), e a falta de interesse em
sua preservação. É necessário que as pessoas percebam o valor dos
polinizadores em suas vidas, comunidades, estados e país, tendo em vista que
os mesmos estão em declínio, prejudicando a própria produção agrícola que os
põe em risco (IMPERATRIZ-FONSECA, 2004).
2 JUSTIFICATIVA
As borboletas são muito mais que um inseto bonito e delicado como as abelhas,
algumas lepidopteras estão em risco de extinção, o seu papel na polinização
assim como as abelhas é essencial para a sobrevivência das flores e plantas e
também servem para mostrar como está o equilíbrio ambiental de determinadas
áreas do planeta.
Este trabalho tem como objetivo de informar as pessoas sobre a importância que
as borboletas têm para o meio ambiente e o que elas trazem para nossa forma
de pensar e agir, além de servir como um material de apoio para professores e
alunos sobre a preservação do ambiente e das borboletas.
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3 OBJETIVO
4. REFERENCIAL TEÓRICO
Estes insetos têm um grande potencial para serem usadas como indicadoras de
ambiente equilibrado em levantamentos, determinação de prioridades,
planejamento e administração de reservas naturais, pois são fáceis de encontrar
e avaliar (BROWN JR., 1992). Isto se deve ao fato de serem, em geral, diurnas,
grandes e coloridas, tornando-as de fácil visualização. Além disso, são
diversificadas, facilmente amostradas e identificadas, comuns o ano inteiro e têm
rápidas respostas a alterações ambientais. Assim, borboletas podem fornecer
mais informações do que vertebrados (aves e mamíferos), principalmente em
habitats fragmentados e antropizados, onde muitas aves e mamíferos não estão
mais presentes (FREITAS ET AL, 2006).
As informações sobre o ciclo das lepidópteras da 1ª, 3ª fase que se segue, foram
retiradas de artigo publicado por Evie dos Santos de Sousa da Empresa
Brasileira de Pesquisa Agropecuária – EMBRAPA. Já a 2ª e 4ª fase foi retirada
do site google borboletas e mariposas.
Após a fecundação, as fêmeas começam a busca pela planta onde irão pôr seus
ovos. Os ovos são de diversas formas e colorações dependendo da fase de
desenvolvimento. Geralmente, tem preferência pelas plantas-alimento para o
desenvolvimento de suas lagartas. Na figura 1 mostra os ovos de lagartas em
uma folha de planta.
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Nesta fase elas abrem caminho, comendo as cascas dos ovos em que estavam
contidas, e de imediato começam a comer as partes vegetais da planta em que
se encontram, cortando-as e mastigando-as com suas poderosas maxilas.
Devido a um determinado hormônio algumas lagartas não param de comer;
algumas comem durante o dia inteiro, outras o fazem durante toda a noite. A
diferença no tipo de alimentação da larva (plantas) e borboletas adultas (néctar,
frutas...). Isso permite que larvas e adultos coexistam, sem que se esgotem os
recursos naturais da região.
Durante essa fase elas são comedoras vorazes, elas se alimentam de plantas e
vão acumulando a energia até que esta seja suficiente para que possa passar
para a nova fase de desenvolvimento. Na figura 2 mostra a fase onde as lagartas
irão virar as borboletas.
Figura 2: Lagarta
3ª fase – pupa
Figura 3: as crisálidas:
4ª fase – Adulto
Em pesquisa realizada por BROWN & FREITAS (1999) indica para o Brasil, as
famílias Lycaenidae, Hesperiidae e Nymphalidae, respectivamente, as três mais
ricas em espécies, sendo que, alguns grupos da Família Nymphalidae são,
usados com indicadores de ambientes.
Fonte: http://nerdfilosofante.blogspot.com/2012/10/borboletas.html
Outra diferença entre essas duas lepidópteras é a posição das asas em relação
ao corpo - quando pousam as borboletas deixam suas asas elevadas, enquanto
as mariposas mantêm suas asas sempre abertas. As antenas são uma boa
forma de se identificar o lepidóptero observado. As mariposas têm as antenas
mais curtas, grossas e de aparência peluda, enquanto as borboletas geralmente
têm as antenas mais longas, de aparência lisa, tendo as extremidades
arredondadas como segue na figura 7.
Para que este material cumpra seu objetivo, é necessário que se estabeleça um
diálogo simples com seus leitores. Para tanto, sua elaboração deverá considerar
a utilização de formas de linguagens diferentes como a verbal e nas imagens
apresentadas que efetivamente se comunique com esse público-alvo trazendo o
interesse do público a ler a cartilha (GIORDANI,2020).
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5. Metodologia
O conteúdo teve como base uma revisão literatura para fundamentar os dados
que nela foram inseridos, com objetivo de sensibilizar, especialmente o público
alvo deste trabalho sobre as lepidopteras (borboletas).
Como fonte de revisão foram utilizados diversos artigo e sites com o conteúdo o
temático na forma de texto e fotos, pesquisados. Em geral, os artigos foram
pesquisados do portal Scielo, portal periódicos além dos sites da Empresa
Brasileira de Pesquisa Agropecuária- Embrapa, Instituto Nacional de Pesquisas
Espaciais- Inpe, Fundação Osvaldo Cruz- Fiocruz, Portal Educação, Ministério
do Meio Ambiente- MMA, dentre outros.
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6. RESULTADOS E DISCUSSÃO
A cartilha foi concebida com a intenção de ser mais um material didático, que
não tem a pretensão de esgotar o assunto, até porque o universo que delineia o
tema é extremamente vasto. A objetivo da sua produção, então, foi somar-se a
outros instrumentos de divulgação como ferramenta de uso pedagógico que
possa ser utilizada nas escolas de ensino fundamental e médio, afim de
contribuir para a sensibilização sobre a relevância das borboletas na natureza
como um agente polizador e bioindicador de equilíbrio ambiental, além, de
divulgar algumas curiosidades, onde surgiu e suas simbologias.
A intenção foi produzir nos alunos que fizerem uso desse material, e até mesmo
na escola que utilizar desse material didático uma visão de maior abrangência
da realidade sobre o porquê se deve preservar as borboletas para quando o
assunto vigente for a discussão sobre problemas ambientais, que elas possam
ser indicadoras para revelar como está o ambiente equilibrado ou não, buscando
uma educação mais humana e voltada preservação desse e de qualquer outro
ser vivo.
Alunos da
25% Escola David
Roldi
Alunos do Ifes -
75% Campus Santa
Teresa
Como pode ser observado pelo Gráfico 1, foram 75 % dos participantes foram
alunos da Escola David Roldi, localizada em São Roque do Canaã e 25% dos
participantes foram alunos do curso de agronomia do IFES Campus santa
Teresa.
Sim
100% Não
Em parte
Sim
100%
Não
Em parte
Através dos dados coletados podemos considerar alguns pontos para saber se
o instrumento elaborado realmente tem algum propósito para a educação assim
como se achou os textos elaborados interessante, se foi possível para aluno
compreender o que se tratava aquele material produzido.
Sim
100%
Não
15%
Sim
Não
Em parte
85%
10%
Sim
Não
Em parte
90%
Neste ponto pode-se notar que quando se retrata em aprender algo, foi de fato
visto que 10% dos alunos entenderam a cartilha somente um pouco e não por
completa diferentes dos outros 90% que diz ter aprendido 100% dos conteúdos
trazidos dentro da cartilha que foi apresentado a eles.
Equilíbrio ambiental
12
Boas ilustações
10
As borboletas
8
6 Imagens bem
explicativas
4 Cartilha perfeita
2
Não sei
0
Pontos Pontos Imagens que não
forte fracos precisavam aparecer
Fonte: autoria própria
Para saber mais o que os participantes acharam da cartilha foi feita uma
pergunta sobre os pontos forte e fracos do material, para saber o que poderia ter
sido feito para melhorar o material para ficar de acordo como seria o objetivo de
uma cartilha para seu aprendizado.
Em relação aos pontos fortes e fracos é possível ver que há muito mais pontos
fortes do que fracos, a cartilha foi de forma bem aproveita visto que os pontos
fortes se tratavam das ilustrações e textos descrito pelos alunos como perfeita.
Segundo Silva (2021) uma cartilha tem como significado:
No Brasil, a cartilha foi, desde a segunda metade do século XIX, material didático
fundamental para a iniciação dos brasileiros no mundo da escrita, para o acesso
a determinadas estruturas e funcionamentos da língua portuguesa como língua
nacional, para a construção de um imaginário sobre o que seja aprender a ler e
a escrever, conferindo uma identidade para os conhecimentos linguísticos, via a
construção discursiva de referentes, as operações de análise e de síntese, de
combinação e decomposição de palavras e frases; a construção em termos
lexicais, fonológicos e morfossintáticos de redes de memórias em que se fecham
espaços possíveis de interpretação, de derivas para sentidos outros
(Silva,2021).
7 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
BROWN Jr, K.S; A.V.I, FREITAS. 1999. Lepidoptera, p. 227-243. In: C.R.F.
BRANDÃO & E.M. CANCELLO (Eds). Biodiversidade do estado de São
Paulo, Brasil. Invertebrados terrestres. São Paulo, FAPESP,XVI+279 p.
41
Brown, Jr. K.S.; Freitas, A.V.L. 1999. Lepidoptera. In: Brandão C.R.F.;
Cancello, E.M. (eds). Biodiversidade do Estado de São Paulo, Brasil.
Invertebrados Terrestres. FAPESP, São Paulo (2000) Atlantic Forest
Butterflies: Indicadores for landscape conservation, Biotropica, 32(4b): 934-956.
FREITAS, A.L.V.; FRANCINI, R.B; BROWN Jr, K.S. 2004. Insetos como
indicadores ambientais. In: Cullen Jr. L.; Rudran, R.; Valladares-Padua, C.
(Ed.) Métodos de estudos em biologia e manejo da vida silvestre. Editora
da UFPR; Fundação O Boticário, pp. 125-151.
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APÊNDICES
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Papilionidae
Pieridae
Satyridae
46
Brassolidae
47
Nymphalidae
48
Identificação do questionado
1. Você considera que o material didático utilizado foi adequado em relação aos
objetivos do projeto?
Apresentação
Por ser uma criatura que passa por uma metamorfose (as fases do ciclo de vida)
para virar borboleta, muitos dos sentidos de sua simbologia vão estar atrelados
à sua transformação. Alguns desses sentidos observados através das borboletas
são: o despertar do ser; a renovação na forma de pensar, a forma de sentir e
agir; a fase de transformação da existência; o despertar da potencialidade do
ser; para algumas religiões é um símbolo da reencarnação que na visão
espiritual representa o desenvolvimento da alma.
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Borboleta Branca - paz, leveza, serenidade, diz-lhe que tudo vai correr
bem;
Borboleta Amarela - representa a renovação, anuncia mudanças e ventos
favoráveis;
Borboleta azul - simboliza a evolução e o crescimento, podendo anunciar
novidades positivas no campo profissional ou familiar;
Borboleta colorida - traz alegria e felicidade.
Borboleta preta - esta é a menos auspiciosa. Os antigos acreditavam que
ver uma borboleta preta anunciava uma morte ou uma separação
dolorosa.
Para cada povo existe uma forma diferente de referenciar e caracterizar o que
significa a borboleta alguns deles são:
Dizemos que o ciclo de vida das borboletas é formado por quatro fases.
A primeira é a fase de ovo – os ovos são colocados sobre folhas pela borboleta
fêmea adulta, após ter se acasalado com a borboleta macho da mesma espécie.
Os ovos são de diversas formas e colorações dependendo da fase de
desenvolvimento. Geralmente, tem preferência pelas plantas-alimento para o
desenvolvimento de suas lagartas.
Figura 8 Cyrestini
Figura 9 Charaxinae
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Muitas vezes algumas borboletas podem ser vistas tomando sol, mantendo as
asas esticadas e abertas. Suas cores vão do branco aos tons mais escuros,
sendo menos vistosas. São ativas durante a noite e facilmente atraídas pela luz
das casas e postes.
Família Papilionidae
Família Pieridae
Família Satyridae
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64
Família Brassolidae
Família Nymphalidae
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Referências bibliográficas
BROWN Jr, K.S & A.V.I, FREITAS. 1999. Lepidoptera, p. 227-243. In: C.R.F.
BRANDÃO & E.M. CANCELLO (Eds). Biodiversidade do estado de São Paulo,
Brasil. Invertebrados terrestres. São Paulo, FAPESP,XVI+279 p.
BROWN JR, K.S. & R.W. HUTCHINGS. 1997. Disturbance, fragmentation, and
the dynamics of diversity in Amazonian forest butterflies, p. 91-110. In: W.F.
LAURENCE & R.O. BIERREGAARD JR (Eds). Tropical forest remnants:
ecology, mangement and conservation of fragmented communities. Chicago,
University of Chicago Press.
Brown, Jr. K.S.; Freitas, A.V.L. 1999. Lepidoptera. In: Brandão C.R.F.;
Cancello, E.M. (eds). Biodiversidade do Estado de São Paulo, Brasil.
Invertebrados Terrestres. FAPESP, São Paulo (2000) Atlantic Forest
Butterflies: Indicadores for landscape conservation, Biotropica, 32(4b): 934-956.