Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
O DESENVOLVIMENTO DA “POLIS”
“O nascimento da Polis é obscuro. É difícil, na verdade, marcar um início absoluto: a polis
representa um ideal, e tudo depende do critério adoptado.” (P. 59)
‘’A prova mais segura dos começos da polis é fornecida pela colonização.” (P.60)
“As colónias implantadas na sicilia, na Itália do sul e alhures, com excepção de certos
emporìa, são todas, desde o princípio, polis, que imitam as instruções das suas metrópoles,
prova evidente da existência da polis desde os começos da colonização” (P. 60)
A fragmentação física da Grécia teria tido por resultado a sua fragmentação política.” (P.60)
“o estabelecimento urbano instala-se na base de uma acrópole, que serve do refúgio aos
habitantes” (P.60)
“A polis constituiu-se primeiramente na Asia Meno, Grécia da costa leste e na Grécia central,
nas ilhas do Egeu em Creta. Chamou-se a atenção, a Justo título, para a relação entre o mapa
dos principais lugares micénicos conhecidos e a repartição desses poleis.” (P.61)
“Agumas das primeiras cidades ter-se-iam constituído em torno de antigas cidadelas
micénicas que lhes serviam de refúgio” (P.61)
“As duas cidades, a guerreira e a pacifica descritas por Homero no canto XIII da Ilíada seus
guerreiros por um lado, os seus Juizes por outra, serão poleis?” (P. 61)
“o mais antigo documento referente a existência de fórmulas de decisão coletiva-assim
decidiu a polis- e de uma instituição tão tipicamente- se cívica como a interdição da iteração
cretense da dreros” (P.60)
“em primeiro lugar, a partir do século VII, a codificação das leis muitas vezes pela acção de
um legislador, personagem de função profana e pública ao mesmo tempo: as normas que
regem a sociedade são definidas e subtraídas ao arbitrário do estádio do pré- direito ao do
direito” (P.61)
“uma característica essencial do desenvolvimento do sentimento comunitário, menos causa
do que sinal dessa evolução, é a reforma hoplítica que ocorre no discurso do século VII: O
soldado-cidadão combatendo em grupo torna-se o reflexo militar da cidade” (P.62) (10)
“Paralelamente à noção de cidadão, desenvolvem-se as noções antitéticas, as do não cidadão,
estranho à comunidade política, e, sobretudo, a do escravo, estranho total, privado de
liberdade e que, em teoria não possui qualquer direito: a noção de cidadão é simultaneamente
inclusiva e exclusiva.” (P.62)
“A época arcaica assistiu ao mesmo tempo ao desenvolvimento da noção comunitária, à
subida dos no interior da cidade e ao desenvolvimento da escravatura-mercadoria numa
apreciável.” (P. 62)
“Mas a instituição da escravatura-mercadoria, e a extensão que tomou, é uma novidade da
época arcaica, novidade inseparável do desenvolvimento da cidade” (P.63).
AS ORIGENS DA MOEDA
“A invenção da moeda deveria ressituar-se no quadro do desenvolvimento das relações
sociais e da definição dos valores, tendência fundamental da época arcaica.” (P.66)
“A vida da comunidade cívica não se concebe sem a existência e a aplicação de normas
conhecidas de todas: a invenção da moeda deveria classificar-se sob este aspecto.” (P.66)
“A circulação dos bens e a das moedas não são coincidentes, e o comércio a longa distância
não deve ter sido um dos factores da criação da moeda.” (P.67)
“É preciso fazer intervir sobretudo o desenvolvimento da consciência cívica: na história das
cidades gregas, a moeda será sempre antes do mais um emblema cívico.” (P.67)
“por outra lado, os tiranos contribuem para desenvolver o sentimento cívico (construção de
templos, de edifícios cívicos, promoção de falsas religiosas nacionais de cultos populares-
Dioniso- criação de uma moeda), facto tanto mais notável quanto os tiranos se situam sempre
mais ou menos à margem da cidade” (P. 80)
“Existência de uma classe de Hectémoros que podiam ser vendidos como escravos,
numerosos atenienses vitimas de escravatura por dívidas, abusos da aristocracia. A solução de
Sólon reflete o progresso da ideia comunitária: a existência dos Hectémores e a servidão por
dividas haviam parecido aceitáveis durante muito tempo” (P.80)
“A solução de Sólon foi radical: suprimiu de uma vez por todas o estatuto de hectémoro, fez
regressar (na medida do possível) os atenienses que haviam sido vendidos como escravos no
estrangeiro, suprimiu as dividas existentes e proibiu de futuro a obrigação por corpo.” (P.81)
“o que pode ter acontecido é que a libertação por Sólon dos hectémoros e dos escravos por
dividas tenha provocado automaticamente a sua transformação em pequenos proprietários
livres” (P.90)
“Atenas será, na época clássica, a cidade onde o cidadão verá o seu poder e os seus direitos
desenvolverem-se mais do que em qualquer outra lugar; mas será ao mesmo tempo a cidade
onde a escravatura-mercadoria conheceu a sua maior expansão.” (P.90)
“O desenvolvimento da noção de cidadão livre e a eliminação dos súbditos internos, por
outra, o desenvolvimento de uma forma nova da de servidão, a da escravatura-mercadoria
importada do estrangeiro.” (P.90)