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Polis Aristocrática:
a.1) Desaparecimento da monarquia, substituída por magistrados eleitos pela nobreza de sangue
entre os seus próprios membros;
ATENÇÃO: NÃO SE FORMARAM POR TODO O TERRITÓRIO GREGO, MAS APENAS EM ALGUMAS REGIÕES,
ACENTUANDO-SE UM DESENVOLVIMENTO DESIGUAL.
b) Conselho: Antes órgão consultivo do rei, agora era o centro da vida política.
c)Significação:
c.2) De algum modo, os aristocratas se apoderaram das terras melhores e mais extensas.
d.2)Ágora: Ásty ou cidade baixa, cujo ponto focal era o lugar de reunião e posteriormente
também um mercado com lojas;
ATENÇÃO: PARA OS GREGOS ESSA DIVISÃO NÃO EXISTIA. PARA ELES, A CIDADE-ESTADO ERA FORMADA
PELA COMUNIDADE DE SEUS CIDADÃOS (DAÍ FALAVAM EM ATENIENSES, CORÍNTIOS, LACEDEMÔNIOS
PARA SE REFERIREM À ATENAS, CORINTO E ESPARTA).
e) Tipos:
I) Ethnos era o Estado sem um centro urbano, isto é, formado por regiões rurais
atrasadas (ex: Macedônia e Arcádia);
II) Pólis: Tinha uma cidade como núcleo (ex: Atenas, Corinto e Mileto).
a) As principais fontes escritas sobre as cidades-Estados estão na época Arcaica, marcada por uma crise
de lutas entre facções. Razões da crise:
a.2) melhores terras monopolizadas pela aristocracia de sangue, que dispunha de todo o poder
político e judiciário, em contraste com os lotes dos camponeses pobres que só diminuíam por conta das
partilhas sucessórias;
I) Perda da terra pelos camponeses, continuando esse a trabalhar na terra, porém, como
arrendatário;
II) Escravidão ou Servidão por dívidas: já que o pagamento era garantido pela pessoa do
devedor e de seus familiares.
b.2) Urbanização;
c) Cunhagem de Moedas: A moeda, inventada no reino da Lídia (séc VII a.c), passou às cidades gregas ao
longo das décadas. Seu surgimento, no início, pelo menos, tinha fatores extra-econômicos:
b) Soberania efetiva dos cidadãos: participação direta dos cidadãos no processo político (decisões
coletivas votadas depois de discussão - preeminência da palavra sobre qualquer instrumento de poder) -
não participavam os mentecos, os escravos e as mulheres (assembléia popular em Atenas era a Eclésia);
c) inexistência de uma separação absolutaentre órgãos de governo e de justiça, e o fato de que a religião
e os sacerdócios integravam o aparelho de Estado.
Mecanismos Ideológicos:
a) Religião;
b) crença de que as cidades-Estados governavam não os homens, mas as leis. A legitimidade da lei
consuetudinária decorria da antiguidade que lhe era atribuída de forma histórica;
Ambos os mecanismos eram transmitidos pela educação formal e informal. Tal educação inculcava
valores hierárquicos. Mesmo os analfabetos absorviam os elementos legitimadores do regime político e
da divisão social.
A Colonização Grega:
a) Ocorrida nos séculos arcaicos, mas tendo se estendido pelos séculos clássicos (V e IV a.c), a
colonização grega teve como principais fatores de impulso (duas primeiras são principais):
a.1) Saída para a crise agrária: buscava-se terras cultiváveis e buscava-se terras para alocar
cidadãos pobres;
a.4) Controle de portos comerciais e minas de ouro na Trácia e cortes de madeira para a
construção naval (colônia de Anfípolis);
c.2) Fundada por uma metrópole que enviava um guia ou fundador (oikistés) e financiava a
expedição;
c.3) Buscava-se, na maioria das vezes, uma planície litorânea fértil, cujas terras eram divididas
igualitariamente entre os primeiros colonos (situação não durável após redivisões provocadas por novas
ondas migratórias);
c.4) A intervenção das autoridades metropolitanas era clara: não se tratava de migrações
espontâneas organizadas em caráter privado. Eram realizados sorteior e quem se negasse a partir
quando designado era apenado com a morte e o confisco dos bens. admitia-se, no entanto, voluntários.
d) Situações possíveis nas colônias:
d.4) grupos de colonos enviados por uma cidade posteriormente expulsos por outros recém-
chegados;;
d.5) mistura dos colonos com a população indígena, adotando-se o sistema comunitário de
propriedade.
Repercussões políticas:
a) Questiona-se sobre a repercussão da união dos seguintes fatores: crise agrária, colonização,
urbanização, progressos tecnológicos, expansão do artesanato e da economia mercantil.
II) Ricos não pertencentes à Aristocracia Tradicional: Visavam obter a fixação das leis por
escrito e certos direitos políticos.
a.2) Foi nas colônias ocidentais ena costa da Ásia Menor, ao que parece, que surgiram os
primeiros legisladores. Eles não se limitavam a fixar por escrito os direitos aristocráticos e
consuetudinários, mas agiram também como reformadores políticos e sociais, chamados que foram
como mediadores das facções em conflito. Nomeados vitaliciamente ou por tempo limitado, gozavam de
poderes extensos legislativo e executivo;
a.3) Mudança no modo de fazer guerra (o que implicava numa mudança social): Dos duelos
passou-se ao combates de infantaria (hoplitas), pela chamada "revolução hoplítica";
a.4) Mudança social e política: o combate singular era prórprio de uma aristocracia militar que
monopolizava, ou quase, o uso das armas. Já a falange hoplítica exigia um grande número de
combatentes bem treinados. Para adquirir o armamento de um hoplita era preciso ser pelo menos um
camponês médio, com alguma renda. isso levou, mesmo assim, a uma partilha, ainda que limitada, do
poder político: a assembléia popular que reunia o povo (demos) ou, pelo menos, seu setor capaz de
armar-se, começou a sair do silêncio;
a.5) Surgimento da Tirania: na medida em que os problemas fundamental das massas populares
não eram cabalmente solucionados, abria-se a possibilidade para esse novo regime político peculiar. A
partir de meados do século VII a.C., e por mais de 100 anos, diversos líderes populares, quase sempre de
origem nobre, considerados usurpadores por uma tradição aristocrática antiga, tomaram o poder pela
força ou ardilosamente. Nem todas as cidades tiveram tiranos. Os tairanos chegavam ao poder por
diversas maneiras:
II) líderes militares de grande popularidade que deram golpes de estado bem-sucedidos;
I) o governo do tirano era do tipo pessoal e considerado ilegal pelos aristocratas, embora
ele mantivesse o aparelho tradicional dos órgãos de sua polis funcionando paralelamente;
II) sua legitimidade e sua base social vinham do fato de proteger os populares contra a
classe dominante (o autor argumenta que por esse motivo não se pode considerar esse governo como
ilegal);
III) Em quase todos os casos, o tirano era um nobre, ou pelo menos parcialmente
descendente de nobres;
ATENÇÃO: HÁ AUTORES QUE ARGUMENTAM QUE NESTE PERÍODO, ASSIM COMO NA MONARQUIA, NÃO
SE PODERIA FALAR EM CIDADE-ESTADO, UMA VEZ QUE CARACTERIZA A PÓLIS A SOBERANIA EFETIVA
DOS CIDADÃOS.