O documento discute a importância da música na vida humana desde os primórdios. A música está ligada à memória e às emoções e pode ter benefícios terapêuticos. No entanto, o documentário é criticado por marginalizar estilos musicais como o funk e o rap, associando-os a baixa qualidade e inferiorizando as comunidades que os produzem e consomem.
O documento discute a importância da música na vida humana desde os primórdios. A música está ligada à memória e às emoções e pode ter benefícios terapêuticos. No entanto, o documentário é criticado por marginalizar estilos musicais como o funk e o rap, associando-os a baixa qualidade e inferiorizando as comunidades que os produzem e consomem.
O documento discute a importância da música na vida humana desde os primórdios. A música está ligada à memória e às emoções e pode ter benefícios terapêuticos. No entanto, o documentário é criticado por marginalizar estilos musicais como o funk e o rap, associando-os a baixa qualidade e inferiorizando as comunidades que os produzem e consomem.
No início da primeira parte do documentário “A primeira arte” nos é apresentado a forma
com que o ser humano é consideravelmente conectado com a música. A partir dos nossos primeiros momentos de vida, já é possível saber diferenciar a voz materna com uma voz de uma outra pessoa qualquer. Quando falamos em música, não falamos somente sobre ritmo, timbre ou letra, mas sim, de uma arte que está presente em nossas vidas desde os primórdios de nossa existência. De maneira análoga, Pitágoras, o pai da matemática, conseguiu entender a música de um jeito novo para sua época. O filósofo conseguiu achar uma relação entre matemática e música, onde cada fração estava proporcionalmente ligada aos sons emitidos por instrumentos. Não obstante, a música é capaz de nos fornecer memórias, muitas vezes esquecidas, ou nos fazer sentir coisas jamais imaginadas. A forma com que a música é usada como tratamento de algumas demências neurológicas ou como melhoria de funções cognitivas nos mais diversos cantos do mundo, só nos lembra a cada dia o quão poderosa e importante é uma “simples” nota musical. Sob outro ângulo, é assustador o jeito com que o documentário inferioriza e marginaliza as músicas descritas como “de baixa qualidade”. Produções musicais como funk, rap e outras de gênero semelhante fazem parte da cultura brasileira, você gostando ou não. O público que produz e consome esses gêneros musicais são, em sua grande maioria, pessoas periféricas, e quando você como ouvinte diminui o grande alcance desses gêneros, você marginaliza cada vez mais essas pessoas que já não são muito ouvidas em seu cotidiano. Portanto, quando um indivíduo periférico escreve uma letra considerada “pesada” por muitos, aquilo nada mais é do que uma descrição de sua realidade, não inferiorizando a comunidade apenas a aquilo, mas mostrando alguns pontos que precisam ser debatidos.