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- J.
5UMÁRlo
Nclta do ed'itor, 7
ÀgradecirnemCIã, :'9
Prefáeio, 1L
Iatrodução, 13
Um breve histdrico,, 16
Definição do produto, 26
tçcalÍaaçãq, 36
Tipos de hotel, 42
0 projeto, 88
Parânrçtros de custos, 234
Bibliografi-,ã,, 239
Índice gga1,,24
rrr.
NOTA DO EDITOR
I
AGRADECIMENTOS
adecimentos
Queremos manifestar nossos profundos agt
ANcera.PAGLIUSOBASSO,peladedicaçáoeentusiasmoComqueparticÈ
des-
pou desta empreitada, desdobrando-se sempre que precisamos de aiuda,
de o levantamento de informações, escolha de ilustrações, produção
de
que sequer
desenhos, copidesque, sugestões; algumas que pedíamos e outras
eiaboraÇão des-
imagrnâvamos. Enfim, uma arquiteta dos sete instrumentoslA
te livro teria sido bem mais difícil sem sua colabotaçáo-
LucraNe. BoN DUARTE, pelo desenvolvimento da pesquisa
bibliográfica
inicial e de índices hoteleiros.
AMAURI ANTONTO PELLOSO, pela ConSultoria que forneceu pafa o setor de
equipamentos pafa cozinhas e lavanderias, com a disponibilidade
e compe-
sua empresa
tência que cafact eúzamsua atuaçào, bem atestadas pelo êxito de
de consultoria, a Placontec'
LUIZ ANTONiO DE MORAES, pela Contribuição no que se refere
aos siste-
mas de ar-condicionado e exaustão'
Hrcton PERTZ, que reviu e complementou as informações relacionadas
com os sistemas eiétricos.
JoRGE DuARTE, pela colabonçáo na parte de
PREFACIO
TNTRODUçAO
TNTRODUçÃO 15
Os autores
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INTRODUçÃO
O comércio é o responsável histórico pelas formas mais antigas de oferta
hoteleira. As rotas comerciais da Antiguidade, na Lsia, na Europa e na Africa,
getaram núcleos urbanos e centros de hospedagem para o atendimento aos
viajantes. Na Idade Média, a hospedagem era feita em mosteiros e abadias.
Nessa época, atender os viajantes era uma obrigação moral e espiritual.
Mais tarde, com o advento das monarquias nacionais, a hospedagem era
exercida pelo próprio Estado, nos palácios da nobreza ou nas instalações
militares e adminisïrativas. Os viajantes que não contavam com o beneplácito
do Estado eïam atendidos, precariamente, em albergues e estalagens. Poste-
riormente, com a Revolução Industrial e a expansão do capitalismo, a hospe-
dagem passou a ser tratada como uma atividade estritamente econômica a ser
explorada comercialmente. Os hotéis cor.rr staff padronizado, formado por
gerentes e recepcionistas, apârecem somente no início do século XD(.
O turismo passa por uma transformaçã.o ndrcalapartrr da Segunda Guer-
ra Mundial, com a expansão acelerada da economia mundial, a melhoria da
renda de amplas faixas da população (basicamente nos países mais desenvolvi-
dos da Europa central, nos EUA e no Canadâ) e a ampliaçáo e melhoria dos
sistemas de transporte e comunicação, principalmente com a entrada em cena
dos aviões a jato paÍa passageiros, de grande capacidade e longo alcance.
Após a Segunda Guerra Mundial, o turismo passa a ser uma atividade
econômica significativa, principalmente para os países desenvolvidos, nos quais
havta crescimento e ampliação da renda da população, o que geÍava mais
disponibilidades de tempo e recursos paÍa o lazer. O processo de desenvolvi-
mento e de globalizaçáo da economia mundial, além de gerat um progressivo
fluxo de viagens regionais e intemacionais, ampliou de forma acelerada o
setor de lazer e de turismo, que passou a ser, efetivamente, o grande promo-
tor de redes hoteleiras. A sociedade de consumo de massa ampliou-se pata o
setor de lazer e de turismo.
É importante lembrar que a classe média, enquanto base para uma so-
ciedade de consumo de massa, apatece no século )O(, e, em casos como o
Brasil, após a década de 40. Nos países desenvolvidos, o operariado com
capacidade aquisitiva para o lazer e o turismo passa a ser repÍesentativo no
mesmo período.
O conceito de quarto com banheiro privativo, hoje chamado apafia-
mento, foi introduzido pelo César Ritz, em 1870, no primeiro estabeleci-
BREVE HISTORICO rg
A HOTELARIA NO BRASIL
No período colonial, os viajantes se hospedavam nas casas-grandes dos
engenhos e fazendas, nos casarões das cidades, nos conventos e, principalmen-
te, nos ranchos que existiam à beira das estradas, erguidos, em geral, pelos
proprietários das terras marginais. Eram alpendres construídos às vezes ao lado
de estabelecimentos ústicos que fomeciam alimentos e bebidas aos viajantes.
Aos ranchos e pousadas ao longo das estradas foram se agregando outras ativi-
dades comerciais e de prestação de serviços que deram origem a povoados e,
opornrnamente, a cidades. Nessa época era comum as famílias receberem hós-
pedes em suas casas, havendo, em muitas, o quarto de hóspedes.
Movidos pelo dever da candade, os jesuítas e outras ordens recebiam
nos conventos personalidades ilustres e alguns outros hóspedes. No mosteiro
de São Bento, no Rio deJaneiro, foi construído, na segunda metade do século
XVI[, edifício exclusivo para hospedana.
BREVE HISTORICO 21
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o problema
da escassez de hotéis no Rio de Janeiro, gu€ jâ acontecia
em meados do século xIX, prosseguiu no século )o(, levando o governo a
criar o Decreto nn 1160, de 23 de dezembro de 1907, que isentava por sete
anos, de todos os emolumentos e os cinco primeiros
grandes hotéis que se instalassem no Rio de Janeiro. Esses hotéis vieram, e
com eles o Hotel Avenida, o rraior do Brasil, inaugurado em l-908. O Avenida,
com 220 quartos, maÍca, por assim dizer, a maioridade da hotelaria no Rio de
Ianeiro.
' A fixação do termo "hotel" no jatgáo nacional se deu, definitivamente, em virtude da necessida-
de de anunciar o serviço junto aos estrangeiros da cidade do Rio de Janeiro. A Gazeta do Rio de
-laneiro, por exemplo, tÍaz, no ano de 181.7, anúncio de um mesmo estabelecimento com denom
nação de Hospedaria do Reino do Brasil e depois Hôtel Royaume du Brésil.
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BREVE HISTORICO 25
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QUADRO Í
O MERCOSUL EM FACE DO TURISMO MUNDIAL
Indicadores Mercosul Mundo
1992 1995 2005* 1992 1995 2005*
Faturamento bruto (US$ bilhões) 7n oq 156,44 3,217 3,380 7,176
Empregos (milhões) -7 tr,^
10,26 192 212 338
% do total 6,80 Í-ì <Í-ì 6,39 10,5 10,7 1 1,8
Consumo pessoal (US$ bilhões) 32,19 38.38 84,65 1,789 1,898 3,866
% do total 7.18 7,18 7,17 11,4 11,4 11 ,7
lmpostos (U5$ bilhões) 10,69 12,69 ?7 0? 627 656 1,405
% do total qq? ),4 | 5,43 11,3 11 ,1 11,6
* Estimativas
Fonte: WTTC (World Travel and Tourism Council). Artigo extraído jornal S.
Paulo, 18 de fevereiro de 1996.
DEF|N|çÃO DO PRODUTO 2s
do PIR regional e 6,4 por cento do emprego total, o que sugere um potencial
turístico ainda não suficientemente explorado nesses países, inclusive, ou prin-
cipalmente, no Brasil.
A econômica da Espanha no período pós-Franco, quando
iniciou sua integraçáo efetiva na Comunidade Européia, foi possível através
do turismo, que contirrua a ser o carro-chefe da economia do país. Na divisão
e distribuiçáo de atividades econômicas nacionais, no contexto da Comunida-
de Européia, Portugal teve sua economia vinculadabasicamente às atividades
turísticas.
A evolução da hotelaria, a espinha dorsal do turismo, levou o sistema
hoteleiro a trabalhar a demanda de forma a canalizâ-la e moldâ-la gradual-
mente a seus interesses. Do ponto de vista de mercado, a demanda passou a
ser trabalhada pot segmentos de mercado, processo que se mostrou o mais
adequado pata a orientação do crescimento hoteleiro.
SEGMENTO DE MERCADO
DEFTNTçÃO DO PRODUTO 31
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DEFtNTçÃO DO PRODUTO
DEFTNTçÃO DO PRODUTO 35
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INTRODUçÃO
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LOCALTZAçÃO
HOTEL CENTRAL
. Tem como objetivo ficar ou no centro da cidade,ou o mais próximo possíüel.
. RestriçÒes quanto ao uso e à ocupação do solo.
. Compatibilidade entfe o preço do terreno, o poÍte e o padrão do empreendi-
mento. O custo do terreno não pode ultrapassar o valor determinado pelos
estudos de viabilidade econômico-financeira.
. Facilidade de acesso ao aeroporto e às principais vias da cidade.
. Existência de redes de infra-estrutura confiáveis (âgta, esgoto, energia elétrica,
telefones).
. Localização em via sem congestionamento de trânsito.
. Localizaçào de fácil ..lentificação na cidade.
HOTEL ECONOMICO
. Localizaçáo na principal via de ligação entre a rodovia regional de acesso à
cidade e o centro urbano.
. Localizaçáo de fácil visualizaçáo e identificação em relaçáo à cidade e à rodovia.
. Terreno de custo baixo e com dimensões adequadas para petmiúr pátio de estacio=
namento e uma consffuÉo horizontal ou, no máXimo, de três pavimentos.
. Terreno servido por redes de infra-estrutura (drenagem, âgta, esgoto, energia
elétrica, comunicações).
HOTEL DE CONVENçÕEs
. Localização em cidades caracterizadas como impofiantes centros de negócios
e de serviços.
. Existência de redes confiáveis de infra-estrutura urbana'
. Localizaçã"o de fácil identificaçáo na cidade.
. Dimensões de terreno que permita implantar âreas de estacionamento de veículos.
HOTEL DE SELVA
Localizaçâo em meio a floresta ou pafque ecológico, com grande apelo turís-
tico e paisagístico.
Facilidade de acesso por meio de rodovia ou hidrovia.
LOCALTZAçÃO 41
HOTEL-CA55INO
. Local de fâci. acesso ao aeroporto por meio de rodovias de bom desempenho.
' Existência de redes confiáveis de infra-estrutuÍa urbana.
. Localização em via sem congestionamento de trânsito.
. Dimensões de terreno que permitam implantar âreas de estacionamento, lazer
e tecteaçáo.
' Localização em âreas com recursos paisagísticos.
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TNTRODUçAO
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ta de instalações e serviços diferenciados em rclaçáo ao hotel como um tcdc'
TIPOS DE HOTEL
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urbano e rural).
srgn predominância
de uns e
hospedagem
HOTÉ15 CENTRAIS
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TIPOS DE HOTEL 47
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Localização
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Os hotéis localizados em áreas centrais têm na proximidade das princi-
iü pais atividades de comércio, serviços e lazer um importante fator de atraçáo
de hóspedes. E é por essa ruzáo que, na maioda das cidades, as âreas centrais
reúnem a maior quantidade de hotéis.
Se por um lado a localização central é um fator altamente positivo para
o sucesso de determinado hotel a ser construído, a acirrada competição entre
os hotéis de uma mesma ârea impõe a necessidade de outros cuidados de
planejamento.
A microlocalização, por exemplo, é um fator da maior importância. Si-
tuar-se em uma zona ptestigiosa, em meio a um comércio diversificado e de
qualidade, e não em uma zoÍra em processo de decadência faz grande dife-
rença. A facilidade de acesso a outros pontos de interesse da cidade, a dispo-
nibilidade de bom transporte público, a qualidade do ambiente urbano da
vizinhança, a segurança, etc. são fatores de diferenciação que podem trazer
vantagens a um hotel em relação a seus competidores mais diretos. Assim, no
planejamento de um novo hotel central, sua localização deve ser cuidadosa-
mente estudada. A situação atual e as tendências de desenvolvimento da cida-
de - que poderão influir positiva ou negativamente sobre o futuro
empreendimento -, devem ser levadas em consideraçáo.
Em cidades como São Paulo, com elevadas taxas de crescimento
demográfico e urbano há um constante deslocamento de atividades pata fio-
vas frontekas. Zonas prestigiosas e valorizadas entram em decadência num
processo muitas vezes extremamente rápido, vêm seus imóveis desvaloriza-
dos e tornam-se menos adequadas para as atividades nelas instaladas, que
sofrem grandes prejuízos.
É importante considerar que nem todos os hotéis centrais se destinam a
um mesmo tipo de hóspede. Há variações quanto aos níveis de renda (e
conseqüentemente quanto às tarifas que podem ser cobradas) e a outros
fatores, o que determina critérios diferenciados pafa sua localizaçáo. São co-
muns hotéis voltados preferencialmente para tipos muito particulares de hós-
pedes, como os destinados a pequenos comerciantes ou a executivos do
mercado financeiro, pata os quais é importante a proximidade de centros de
comércio atacadista no primeiro caso, e da ârea bancária ou da bolsa de
valores, no segundo.
Em algumas cidades, como Rio de Janeiro, Salvador e Recife, a coexis-
tência de praias com áreas de acentuado desenvolvimento urbano viabiliza
iI n"téis destinados tanto a executivos quanto a turistas.
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TIPOS DE HOTEL 51
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TIPOS DE HOTEL 55
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TÌPOs DE HOTEL 57
Enr São Paulo, a legislação qlre Íege a construção de hotéis (Lei 8.006/74) exige vffra- vaga para
cada dois quartos com fiìenos de 50 rrretros quadrados, LÌlna vaga para cada quarto maior do que
i0 metros quadrados, além de vagas adicionais para cada 100 metros quadrados de área de
restaurantes e afins. e para cada 10 metros quadrados de áreas de reuniào.
QUADRO 3
HOTÉIS CENTRAIS: SíNTESE
Localização Asáreasdeintensaatividadecomercial,denegocios'derecreaçãoede
lazer são as mais adequadas.
a As áreas em processo de decadência devem ser evitadas'
A oreferência de atendimento a nichos especiais de mercado com
a
requisi-
tos particulares de localização deve estar predefinida'
, A legislação de uso do solo no local deve a construção de um
hote|comtamannocompatíve|comorndicadoporestudospréviosde
mercado.
,opreçodoterrenodeveestarsituadodentrodosparâmetrosindicados
pelo estudo de viabilidade'
, As dimensóes a fOrma do terreno devem proporcionar
acessos e condi-
çÕesdecirculaçãoadequadosparahÓspedes'visitantes'funcionáriose
Íornecedores, e para os veículos de passeio e de carga'
Tamanho e oAáreatotaldeconstruçãoéfunçãodaáreadeterrenodisponíve|eda
diversidade das legislação de uso do solo.
instalaçÕes .onúmerodeapartamentosdeveserdefinidope|osparâmetrosindicados
em estudo Prévio de mercado'
.Aouantidadederestaurantes,bares,|ocaisparareunião,etc'deveser
definidaemfunçãodonúmerodeapartamentosedaconcorrênciacom
estabelecimentos similares disponíveis nas imedtaçÓes
TIPOS DE HOTEL 59
Estacionamento r São necessárias poucas vagas para hospedes, pois a maioria dos hóspedes
dos hotéis centrais utiliza o avião como meio de transporte predominante.
O número de vagas, respeitada a legislação, deve ser dimensionado em
função das áreas do hotel destinadas aos demais freqüentadores das suas
instalaçÕes, como restaurantes, bares, locais de reunião, etc.
A disponibilidade de vagas pode constituir-se em importante fator estra-
tégico para a captação de eventos e freqüentadores das instalações so-
ciais do hotel.
r Devem ser previstas algumas vagas proximo à entrada principal do hotel
para visitantes de curta permanência.
HOTÉIS NÃO-CENTRAIS
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Localização
A locahzação, um atributo de fundamental importància para qualquer
tipo de hotel, adquire, no CaSo dos hotéis não-Centfais, um peso ainda maìor
como fator condicionante do sucesso ou do fracasso do empreendimento.
O hotel não-central deve dispor de condições e meios de acesso fácil às princi-
pals âreas de interesse da cidade ou do setor em que se localaa. Deve estar próximo
aaveridas,vias expressas ou rodovias que o liguem tão rapidamente quanto possível
ao centro principal dacidadee a subcenffos, no caso de cidades maiores, ao aeropor-
to ou a áreas particulares de interesse estratégico, visando atender nichos específicos
de mercado, como áreas de grande concentÍação industrial ou de atrativos fr:rísúcos,
A acessibilidade por meio de transporte público, em países e cidades
onde o transporte público de qualidade existe, é um requisito muito desejável,
Nas cidades brasileiras, o transpofte pfivado é o único que pode, até aqui, ser
considerado em empreendimentos hoteleiros de alguma qualidade. A medida
que o automóvel passa a ser predominante, a visibilidade do hotel adqttire
TIPOS DE HOTEL 61
trevos de acesso,Sua
importância. às cidades ou a àsub-regiões
localizaçáo metropolitanas
beira de vias expressas ou constitui um atra-junto aos
de rodovias,
tivo que permite diferenciá-lo de seus competidores menos visíveis.
É imporante,rnlcralaa@o e no planejamento de um hotel não-central,atentar
para as tendências de desenvolvimento da re$áo e para a anâljre. de planos de desen-
volvimento dessa mesma região existentes ou em elatxxapo, de modo a velitfrcat a
compatibilidade entre suzts propostas de ocupação e uso do solo com os objetivos
iniciais do empreendimento e a continuação dessa compatibilidade ao longo do tempo.
Nesse sentido, pode ser importante prever, na fase de implantação, es-
paços para futuras expansões que acompanhem o potencial de desenvolvi-
mento do local. Além de pouco onerosa, essa previsão pode ser estratégica,
uma vez que futuras aquisições de terreno poderão não ser mais possíveis.
Outro fator a ser considerado é a disponibilidade de infra-estrutura vista
de maneira dinàmica, desde o momento da construção e ao longo do tempo,
tendo em vista a repercussão sobre os custos do empreendimento. É impor-
tante considerar a eventual necessidade de suprir deficiências da rede públi-
ca? por exemplo, com a perfuração de poços profundos ou a construção de
estação própria pata tratamento de esgotos.
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TIPOS DE HOTEL 63
Características do lobby
As mesmas considerações feitas com relaçào aos hotéis centrais valem
pata os lobbies dos hotéis mais afastados. Dependendo das regiões onde se
situam, geralmente menos servidas por restauÍantes, bares, lojas, etc., os hotéis
não-centrais tendem a suprir essas deficiências incluindo em seu interior parte
das instalações e dos serviços indisponíveis nas rcdondezas. Isso pode se refle-
tir na necessidade de lobbies mais amplos. Por outro lado, uma atividade social
menos intensa, cuja ocorrência seria mais comum e freqüente nos hotéis cen-
trais, indicaria a tendência para a criaçáo de lobbies de menor dimensão.
Características dos apartamentos
As dimensões usualmente adotadas nos hotéis centrais são tambémvâ-
lidas para os dos hotéis não-centrais. Aplicam-se, igualmente,
^partamentos
os mesmos comentários, com exceção ao que se refere aos terraços. Os hotéis
náo-cenúais, devido às dimensões maiores dos teÍrenos e do tratamento
paisagístico que pode ser dado a âreas externas de esportes elazer, proporci-
onam as condições necessárias para viabilizar terraços, mesmo em locais na-
turalmente desprovidos de atrativos paisagísticos.
Estacionamento
Nos hotéis não-centrais é maior a necessidade de vagas para estaciona-
mento do que nos hotéis centrais. Em locais mais afastados de outros centros
de interesse e com menos altetnativas de transporte público, aumenta a pof-
centagem de hóspedes que se utilizam do automóvel, próprio ou alugado.
Para os demais usuários (não-hóspedes), freqüentadores dos restaurantes, dos
night clubs, das instalações esportivas e de recreaçáo, e, principalmente, dos
locais de reunião, em grande parte da própria ou cida-
des vizinhas, o automóvel é o meio de transporte predominante, quando não
o único, particularmente nas cidades e/ou locais carentes ou totalmente des-
providos de transporte público de qualidade.
Ainda que a legislação de uso e ocupação do solo possa desconsiderar
a necessidade diferenctada de vagas para estacionamento, é importante, no
planejamento do hotel, dimensionar cuidadosamente as vagas vinculadas a
cada uma das suas dependências, considerando os diferentes horários das
respectivas funções exercidas e atentando ainda para a simultaneidade que,
necessariamente, ocorre entre as funções.
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Localização .
áreas de interesse da
Deve haver fácil acesso ao centro e às prìncipais
crdade ou região
.DevemsercurdadosamenteanaIisadasastendênciasdedesenvo|vimen-
to do local Pretendido'
. A legislação de uso do solo do local deve possibilitar a construção de um hotel
.omtamanhocompatÍvelcomoindicadoporestudospréviosdemercado.
.Deveserava|iadaaconveniênciadeáreasparafuturasexpansÓes.
.osnichosespeciaisdemercadoparaosquaisohote|quersevoltar
devem ser Predefinidos'
.opreçodoterrenodeveestarsituadodentrodosparâmetrosindicados
Por estudo de viabrlidade'
As dimensÓes e a forma do terreno devem
proporcionar acessos e
'
condiçÓesdecirculaçáoadequadosparahospedes,vtsitantes,funcroná.
e de carga'
rios e fornecedores' e para os veículos de passeio
.oterrenodevecomportaráreassuficientesparaaquantidadedevagas
de estacionamento Pretendida'
. É desejável que o terreno seja visível a
partir das vias principais de acesso'
. Deve ier verìficada a infra-estrutura de água,
esgotos, energia, teleco-
municaçÓes e gás' existente ou planejada'
TIPOS DE HOTEL
65
Estacionamento . são necessárias mais vagas para hóspedes do que nos hotéis centrars,
tendo em vista a maror probabilidade de que um número significativo
deles utilize automóveis, próprios ou alugados;
o número de vagas, respeitada a legislação, deve ser dimensionado em
função também das áreas do hotel destinadas aos demais freqüentaoores
das suas instalações (restaurantes, bares, locais de reunião)e em função
da disponibilidade de transporte público.
são também menores as possibilidades de existir. nas proximidades.
estacionamentos alternativos.
HOTÉIS ECONOMTCOS
Para determinados tipos de hóspedes, são desnecessárias muitas das insta-
lações e dos serviços disponíveis nos hotéis convencionais de diversas categori-
as. É o caso, por exemplo, de profissionais de vendas ou de representação de
empresas em suas viagens rotineiras pelo interior dos estados. Esses profissio-
nais necessitam apenas de um bom apartamento, com boas instalações sanitâ-
rias, no pouco tempo que permanecem no hotel, entre o fim de um exaustivo
dia de trabalho ou de viagem e a manhá do dia seguinte. Restaurantes,
tes de lazer, sauna, piscina, serviço de quarto 24horas, etc. são perfeitamente
dispensáveis para esse tipo de hóspede, que) no entanto , faz questão absoluta
de conforto, higiene, café da manhã completo e confiabilidade das instalações.
Assim, os hotéis econômicos não podem ser confundidos com hotéis
instalações mais ou menos diversificadas, porém de alguma forma precã-
rias ou decadentes, que procuram oferecer úma gama vaúada de serviços
num arremedo dos hotéis de categoria superior. O que esse tipo de hotel tem
em comum com os hotéis econômicos de que aqui tratamos são apenas as
tarifas reduzidas que oferecem, oriundas dabaixa qualidade das suas instala-
ções e dos seus setwiços, As tarifas dos hotéis econômicos decor-
rem fundamentalmente do fato de as instalações e os serviços serem limitados
ao que é essencial, sem prejuízo da qualidade e da eficiência da operação.
A característtcabâsica dos hotéis econômicos advém da redução das instala-
ções e dos serviços ao mínimo considerado essencial ao tipo de hóspede a que se
destinam. As instalações resumem-se, de manetra geral, a apattamento de dimen-
sões e mobiliário adequados, com instalações sanitárias completas e ar-condiciona-
do, uma pequena recepção, Iocal para café da manhã"ou uma pequena lanchonete,
e estacionamento. os serviços limitam-se ao atendimento na recepção, à troca das
roupas de cama e banho, àIknpeza e à manutenção das dependências do hotel e
ao preparo do café da manhá e ao funcionamento de eventual lanchonete.
Algumascadeiashoteleirasinternacionaistêmentreseusprodutoshotéis
que'comalgumasVafiações'enquadram-SenaCzltegoriz-dehotéiseconômi-
tem o produto sleep Inn' com
cos aqui definida. A choice Hotels International
para construção em teffe-
unidaães de 6Za pouco mais de 700 apartamentos,
nos de cerc de 5 mil metros quadrados a7
milmetros quadrados' A Holiday
InntemoprodutoHolidaylnnExpress;aAccor'oprodutolbis;eaMehâ'o
produtoSolMeliá.EssascadeiasComeçamagot2-aserimplantadasnoBrasil,
,"rpond".rdo à demanda por hotéis com essas características'
Algumastentativasanterioresdeimplantaçáodehotéiseconômicosno
devido principal-
Brasil encontraram e continuam a encontrar dificuldades' da construção
mente à faltade investidores dispostos a afcaf
co{n os custos
de uma quantidade mínima de hotéis, necessária para garantir a
simultânea
(reservas' compras' treinamento
economia de escala Ã^ op.ruçao do conjunto
l, centrahzzçáo de algumas atividades) com serviços de qualidade e
de pessoa
Canard, de Lages eJoinville, implan-
tanfasreduzidas. os hotéis econômicos Le
pof empfesas podem ser considerados um sucesso patcial'
tados
Localização
A|oca|tzaçãopreferencia|parahotéiseconômicosépróximoarodovi-
as,juntoaentradasdecidadesoujuntoaentroncamentosdeondederivam
acessosparamaisdeumacidade.Aimplantaçáoaolongodeumeixorodo_
vtâtiopodeadotatcomocritériode|oca|izaçáo,a|émdarededecidades,
pontosconsideradosestratégicosparapandasemviagensdepercursomui-
tolongo,ComoSãoPaulo_Brasíia,Rio-SalvadoÍ,e[C.Emgrandescidades,é
expandidos'
chamados centros
desejável localtzatos hotéis econômicos nos
de ônibus'
próximo a estações de trem' metrô ou terminais
Tamanho e diversidade das instalações
Tendoemvistaanecessáriasimpltficaçáodosprocedimentos
ter' preferivel-
devem
operacionais e de manutenção, os hotéis econômicos
entre 60 e 100' aproximadamen-
mente, número reduzido de apaÏtamentos,
a insta|açâo ou o uso obrigatório de elevadores, tanto p^ra
te. Para ev|t^f
que a construçáo seia predomi
hóspedes quanto p^f^ oserviço, é desejável
horizãntal. Dois pavimentos estabelecem uma boarclaçáo entre
nantemente
do uso de e'lesradores e as âreas de terreno necessárias' um
a desnecessidade
númeromaiordepavímêntoq-deveseradotadoapenasquandoopreçodo
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Características do lobbY
Nos hotéis econômicos, o lobby limita-se a um pequeno ambiente de
e de
estar e à âreada recepção, em que o atendente pode ser o próprio gerente,
onde tem total controle sobre o movimento de entada e saída dos hóspedes'
Características dos aparta mentos
Algumas cadeias internacionais mantêm em seus hotéis de tarlfa reduzida
quartos de dimensões semelhantes às dos quartos de seus produtos de tarffa
elevada. Em certas rotas, algumas cadeias adotam apartamentos até maio-
res, quando quefem atair famlias que vtaiam de carro. Nesses casos'
quartos
maiofes, particulafmente no comprimento, permitem a colocaçáo de camas
quarto'
adicionais ou sofás-ca mas, paÍa acomodar toda a faní\a em um mesmo
No entanto, em hotéis econômicos, os apattamentos podem ser menofes
do que o padrão adotado universalmente em hotéis mais caros' Apartamentos
com uma única cama podem ser combinados com apaftamentos de duas
ca-
mas. os espaços para circulação podem ser reduzidos, assim como a dimensão
O
dos armários. Da mesma forma, os banheiros podem Sef bastante compactos'
que não pode faltar nos quartos é uma mesa, que possa comportaf um compu-
tador portâtll, e espaço adicional para o desenvolvimento de trabalhos'
uma iluminaçáo cuidadosamente proietada para tral>alho, leitura ou re-
pouso, assim como ar-condicionado. são requisitos indispensáveis.
Estacionamento
Nos hotéis econômicos, particularmente nos situados fora de áreas ur-
banas, é importante dispor de vagas de estacionamento em quantidade
equi-
.uma vez que a clientela bâsica é
valente ao número de quartos, pelo menos,
constituída pot vraiantes com seus próprios automóveis'
QUADRO 5
HOTÉIS ECONÔMICOS: SíNTESE
TIPOS DE HOTEL
HOTÉIS DE AEROPORTO
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HOTEL
SISTEI\,IA SUETERRÂNÊO
L
QUADRO 6
HOTÉIS DE AEROPORTO: SíNTESE
Localização As áreas mais favoráveis são aquelas junto às vias de acesso ao aeropor-
to, em local de grande visibilidade.
o local deve ser tão próximo quanto possível dos terminais de passagei-
ro5.
Características dos' DimensÕes básicas do quarto: 3,80 metros de largura e 5,50 metros de
apartamentos comprimento, com variaçÕes de cerca de 10 por cento'
Devem ser previstos apartamentos especiais destinados a portadores de
deficiências físicas.
As instalaçÕes do hotel, principalmente os apartamentos, devem
apresentar alto grau de proteção contra ruído das aeronaves'
a os terraços devem ser evitados em função do elevado nível de ruído.
TIPOS DE HOTEL 73
RESORTS
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TIPOS DE HOTEL
QUADRO 7
RESORTS; SíNTESE
Antecedentes . Spas e casas de banho das antigas Grécia e Roma, que ressurgiram na
Renascença, após perÍodo de inatividade na ldade Média.
Exemplos r Atlantis Paradise. Bahamas; Boca Raton Resort & Club, Flórida; Sonesta,
signif icativos3 Bermudas.
. No Brasil, Transamérica, llhéus; Mediterranée, Bahia; Caesar Park Cabo
de Santo Agostinho, Pernambuco.
Tamanho e . O número de apartamentos deve ser suficiente para dar suporte econô-
diversidade mico ao conjunto de instalaçÕes de recreação, esportes e eventos.
das instalaçóes . Para determinar o número de restaurantes, bares e outras instalaçÕes
deve-se considerar o tempo médio de permanência dos hóspedes e a
necessidade de oferecer alternativas devido ao isolamento do hotel.
. As instalaçóes para congressos e reuniões ajudam a manter taxas
médias de ocupação elevadas.
o Deve ser considerada a necessidade e/ou conveniência de aloiamento
para funcionários e suas famílias.
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TIPOS DE HOTEL
Hotéis de selva
São hotéis cujas atrações giram em torno de florestas, no interior das
quais se situam.
Na Amazônia, podem ser mencionados o Hotel Ariaú Amazon Towers,
com205 apartamentos, cujo nome deriva das construções circulares, de vários
andares, assentadas sobre palafitas nas âguas do Rio Ariaú; o Amazon Village
e o Overlook Jungle.
Hotéis de convenções
Muito comuns nos Estados Unidos, e a rigor ainda inexistentes no Brasil,
os hotéis de convenções são voltados principalmente paraarealizaçáo de even-
tos e congressos de grandes proporções) com áreas específicas para essa finall-
dade e capactdade para acomodar alguns milhares de pessoas simultaneamente.
Podem se locahzar em áreas centrais, mais afastadas dos centros ou nas proxi-
midades de aeroportos, assumindo também características próprias dos hotéis
com as localizaçóes mencionadas, os quais, como vimos, costumam ter entÍe
suas instalações também âreas para reuniões, exposições e eventos de nature-
zas diversas, sem se caracterizatem como hotéis de convenÇões.
5pas
São voltados pata hóspedes interessados em saúde e cuidados com o
corpo. Originalmente, os qDas vinculavam-se a locais onde as propriedades
terapêuticas das âguas constituíam a affativo principal. Hoje, o interesse por
esse tipo de instalação vem se ampliando, sendo desviado para o
controle de peso e o condicionamento físico.
Hotéis-cassino
São hotéis cuja receita principal advém principalmente da exploração
de jogos de azar. A hospedagem e os serviços de alimentaçáo, recreação e
lazer sã.o atrativos freqüentemente subsidiados para a atividade principal, que
é o jogo. No Brasil, onde os jogos de azar são proibidos desde 1.946, os
poucos hotéis desse tipo deixaram de existir ou sofreram transformações que
os descaracterizaram. No exterior, são famosos os gigantescos hotéis-cassino
de Las Vegas e Atlantic City, que possuem milhares de apattamentos, vários
restaurante s, âreas de lazer, fantâsticas instalações para espetáculos, além das
instalações dos cassinos propriamente ditos.
l-{oÍéis-residências (apa rt-hotéis e f/ats)
u.-"'
Os hotéis-residências, também conhecidos como apatt-hotéis eflats, tëm
como cliente-alvo as pessoas que, tendo que permanecer em determinado local
um tempo relativamente longo, embora insuficiente pata estabelecer domicílio,
necessitam de acomodações com dimensões e outras condições que os hotéis
normalmente não conseguem proporcional, a preços que possam pagat. Olt-
troS'clientes em potencial são moradores permanentes da cidade (casais idosos
ou sem filhos, por exemplo), que podem pagat pelas acomodações e pelos
seruiços e preferem ficar liberados das responsabilidades e rotinas domésticas.
Os hotéis-residências oferecem apafiamentos com âreatotal pouco maior
do que a dos apartamentos standard dos hotéis e têm características que os
aproximam dos apartamentos residenciais comuns. Em vez do vestíbulo de
entrada com armârio, quarto de dormir e banheiro , os apartamentos dos hotéis
residenciais costumam apÍesentaf pequena sala de estar com kitcbenette, Ltall
cle distribuição, banheiro e um ou mais quartos.
Outra característica que distingue os hotéis-residências dos outros ho-
téis é a oferta de serviços, que geralmente se limitam à recepçã'o, àlimpeza,
troca e lavagem de roupas de cama e ao café da manhã', serwido no próprio
com tarifa dlferenciada, ou no restaurante em funcionamento
no prédio e normalmente arrendado.
Essas características originais dos hotéis-residências vêm se altetando
nos últimos anos' e alguns dos novos empreendimentos do gênero vêm ad-
quirindo gfaus de sofisticaçáo e complexidade que os tornam cada vez mais
semelhantes aos demais hotéis. Seus apartamentos Íesumem-se ao conjunto
vestíbulo-quarto-banheiro, em nada diferenciado dos apattamentos de hotéis.
\ Isso porque muitos dessesflats constituem uma nova forma de fazet um
hotel. Se muitos ou quase todos os hotéis-residências surgiram da convergência
TIPOS DE HOTEL A7
AtuaÌmente, na crdade de São Paulo, estão em fase de lançamento e construção cerca de 11 mil
unidades do tipo flat.
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INTRODUCAO
O PROJETO
91
' Distribuição
total construída e sobre
espacial aqualidade
dos diversos que compõem
e a economia
setores o hotel
do empreendimento.
(âreas sociais e públicas, âreas de serviço, centrais de sistemas e
I
equipamentos, áreas de estacionamento, etc.).
,ìt O partido básico deve incorporaÍ as restrições básicas de uso e ocupação
do solo e da presewaçáo do meio ambiente vigentes emcadalocal, assim como
as relacionadas com a topografia, a paisagem e a infra-estrutura existente.
O desenvolvimento do projeto requer o cuidadoso estudo de todas as
areas de cada setor específico do hotel, das respectivas localizaçóes (definidas
nos estudos iniciais de distribuição espacial), e a observância criteriosa das
relações funcionais identificadas por meio de diagramas funcionais.
Ánens
Area de hospedagem
Andar-tipo
Para se definir o apartamento-tipo com dimensões, instalações, layout
do mobiliário, etc., deve-se conhecer com clareza as necessidades do hóspe-
de, que pertence a um determinado segmento de mercado, para o qual o
hotel será projetado.
É preciso lembrar que a ârea d,e hospedagem pode representar de 65 a
85 por cento da ârea total do hotel, sendo em geral sua maior fonte de receita.
Assim, as soluções de projeÍo adotadas para o apaftamento-tipo deverão ser
rigorosamente testadas e otimizadas.
Aârea de hospedagem) que reúne os apartamentos e as suítes do hotel,
distribui-se em pavimentos idênticos ou muito semelhantes, chamados anda-
resiipos.
A configuruçã,o do andar-tipo varia de hotel para hotel em função de
fatores diversos, na medida em que seus componentes básicos sáo organiza-
dos e dispostos de formas diferenciadas. Em uma mesma configuração bâsica
podem ainda ocorrer variações em função da combinaçã,o de apartamentos-
tipos com um ou mais modelos de suítes.'
As diferentes configurações derivam principalmente:
' A reÌação entre o número de suítes e o número total de apartamentos pode variar significativa-
mente de um hotel para outro, sendo geralmente determinada pelo estudo de mercado ou pelo
interesse da operadora M captaçâo de um
interesse da operadora M captaçâo de um certo tipo especial de hóspede. Comumente, essa
reÌação situa-se em torno de 10 por cento do número total de apartamenros.
O PROJETO
95
' Do tipo de corredor, que pode ser central, com apaftamentos dos dois
lados, ou lateral.
' Da forma e da disposição das alas oe apartamentos (em forma de
quadrado, círculo, cÍuz, estrela, com átrio, etc.).
. Da posição no andar das circulações verticais (escadas e/ou elevado_
res) de hóspedes e de serviços.
A configuraçáo do andartipo a ser adotada em cada projeto pode ser
influenciada pela forma do terreno, pelas caructeirsticas dapaisagem circundante
e por outros fatores. Cabe chamar a atençã,o para o observado mais adiante,
no item "Dimensionamento", com relação à economicidade das alternativas,
tendo em vista que a área de pode Íepresentar de 60 a por
cento da ârea total construída do hotel, dependendo do seu padrão.
As ilustrações a seguir apresentam configurações de andares de hospe-
dagem de alguns hotéis.
Legenoa
1 - Apartamento-tipo
2 - Corredor
3 - Hail de elevadores de hóspedes
4 - Hal/ de elevadores de serylço
5 - Rouparia / governança
6 - Terraço
- Vazia
Legenoa
1- Apartamentoìipo
2 - Corredor
3 - Hal/ de elevadores de hóspedes
4 - Rouparia/ governanea
Legenoa
'l - Apartamento-tipo
2 - Corredor
3 - Hal/ de elevadores de hóspedes
4 - Hal/ de elevadores de seNiço
5 - Rouparia/ Governança
Legenoa
'1 - Apartamônto-tipo
2 - Corredor
3 - Hal/ de elevadoÍes de hóspedes
4 - Hail elevadores de seryìço
5 - Rouparia/ governança
6 - Terraço
Legenoa
1 - Apartamentoìipo
2 - Corredor
3 - Hal/ de elevadoÍes de hóspedes
4 - Hal/ de elevadores de seruiço
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Legenda
1 - Apartamentctipo
2 - Corredor
3 - Hal/ de elevador$ de hóspedes
4 - Hal/ de elevadores de seruiço
5-Rouparia/gwernançâ
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Legenda
1 - Apartamênto-tipo
2 - Corredor
3 - Hal/ dê elevadores de hóspedes
4 - llla// de elevadores de serviço
Legenda
1 - Apartamento-tipo
2 - Corredor
3 - Ha,// de elevadores
de hóspedes
4 - Hall de elwadotesde seryiço
5 - Rouparìa/ goveínança
6 - Vaio
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1- Apafrâmentetipo
2 - Corodor
3 - Hal/ dê elevadoíes de hóspedes
4 - Hal/ dê elevadors de seNiço
5 - Roupâria / governançâ
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O PROJETO
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Legendâ
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- - - circulação de funcionáros
-
I unidades presentes
f] Unidades eventualmente presentes
Apartamento-tipo
A unidade bâsica formadora do andar-tipo é o apaïtamento-tipo (ou
módulo). Suítes sào apartamentos maiores) com maior número de dependên-
cias, que aproveitam âreas particulares do andar (extremidades, cantos, etc.)
ou que são resultantes da composição de um ou mais módulos.
Como elemento que se repete dezenas, centenas e até milhares de ve-
zes, repÍesentando parcela significativa no custo total do hotel, o apartamen-
to-tipo deve ser objeto de cuidadosos e detalhados estudos para, dentro de
parâmetros de economia, adequar-se ao tipo de hotel, ao segmento de metca-
do a que se destina e até mesmo aos padrões adotados internacionalmente.
O projeto detalhado do apanamento-tipo, que inclui acabamentos, ins-
talações (elétricas, hidráulicas, condicionadores de ar, detecção e combate a
incêndios) e mobiliário, deve ser complementado por um protótipo idêntico
às unidades a serem posteriormente construídas, onde as soluções poderão
ser testadas e os eventuais erros, corrigidos. Por meio do protótipo, condições
similares às do local da construção poderão ser simuladas, e os desempenhos
térmicos poderão ser testados, principalmente os acústicos (ruídos das tubula-
ções e equipamentos, ruídos entre apafiamefitos, ruídos provenientes dos
corredores e ruídos externos). Poderão ser testadas, ainda, outras condições
de conforto importantes para os hóspedes, como tipo e dimensão das janelas,
iluminação geral e localizada para trabalho e leitura. Poderão ser estabeleci-
dos procedimentos para racronalizar a execução e a montagem de elementos
repetitivos, como móveis, peças de arremates, etc. Finalmente, poderão ser
estabelecidos, detalhadamente, os custos de cada unidade completa.
O PROJETO
1..1
QUADRO 8
DESIGNAçÃO DE APARTAMENTOS EM FUNçÃO DO TAMANHO DAS CAMAS
Fonte:W. A. Rutes e R. H. Penner. Hotel planning and design (Whitney Library of Design/
Watson-Gruptill Publications, Nova york: 1 9g5).
, Corfeto
pisos, paredes
dimensionamento
e tetos. dos atmâtios, em função do tipo de hotel,
com previsão de espaço païa apoio e abertura de malas'
, Definição sobfe a necessidade efetiva de frigobaf ou apenas pequena
geladeira para âgua e gelo, e fespectivas localizações.
. Cuidadosa disposição das peças no banheiro, tendo em vista a
otimizaçáo do aspecto e do conforto em espaço telativamente limita-
do, e a racionalização das instalações hidráulicas em função da prumada
vertical {shafò.
. Na medida do possível, os banheiros devem ter bancada para lavato-
rio, com espelho getal, espelho de aumento, secador de cabelos' to-
mada para barl>eador, portaJenços de papel, bacia, banheita e box'2
1 - Cama
2 - Maleiro
3 - Mesa de trabalho
4 - Cadeira
5 - Televrsor
6 - Luminária
/ - teteTone
8 - Blackout + Cortina decorativa
1 - Cama
2 - Mesa de cabeceira / Crtado
J - 50Ía
4 - Armário
X e)
t^l 5 - Maleiro
6 - Mesa de trabalho
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t-t l 7 - Cadeira
8 - Televisor
U 9 - Fnqooar
10 - Espelho de aumento
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1 1 - Barra de segurança
12 - Luminária
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1 3 - Cortina para box
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1 - Poltrona
2 - Cama
3 - lVesa de cabeceira / Crrado
4 - Sofá
5 - Armário
6-
7 - Nrlesa
B - Mesa de trabalho
9 - Cadeira
1 0 - Televisor
11 -Frgobar
12 - Cafeteira
1 3 - Abajur
14 - Espelho de aumento
1 5 - Barra de seguranea
16 - Luminária
17 - Box vidro temperado
18 - Blackout+ Voil + Cotina decorativa
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OPROJETO 115
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O PROJETO
Quanto ao mobiliário:
a Os armários devem ter porta de correr ou abertura de 180o.
o As prateleirase os cabides devem estar a uma altura mâxima de I,20
metro e a prateleira mais baixa, a 0,30 metÍo do piso.
A, cama deve ter altura de 0,52 metro, isto é, a mesma do assento da
cadeira de rodas.
As mesas e as penteadeiras devem tef um vão livre que permita o
acesso de pessoas em cadeira de rodas, ou seja, esse vão deve ter
altura de 0,70 metro a partir do piso, largura mínima de 0,80 metro e
profundidade mínima de 0,60 metro (ver ilustração abaixo)'
Os pés de mesas e penteadeiras não devem ser centrais nem em for-
ma de ctuz.
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1 r,ro
tuFço requêddo para movimenhç3o
Quanto ao banheiro:
. A porta do banheiro privativo do apartamento deve ter larguta míni-
ma de 0,80 metro.
a O piso do banheiro deve ser plano, antidenapante e uniforme'
a O espaço interno livre deve permitir o acesso da pessoa em cadeira
de rodas a todos os equipamentos sanitários.
As dimensões mínimas, que possibilitam o acesso e a circulação de
portador de deficiência em cadeira de rodas, são apresentadas nas
iìustraçòes acima.
o O banheiro deve dispor de cadeira higiênica patabanho.
a O bidê deve ser substituído por ducha do tipo telefone.
A ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) emitiu, em setembro de 1994, a NBR 9050,
,,Acessibiiidade de pessoas portadoras de deficiências a edificações, espaço, mobiìiário e equipa-
mentos urbanos", aplicável a todos os tipos de edificações, e que deve ser obserwada nos proietos
de hotéis em todas as dependências e não apenâs nos apaftamentos especiais.
É importante considerar que, nos hotéis, os carros particuiares costumam ser conduzidos entre a
porta principal de entrada e a garagem e vice-versa por manobristas. Isso determina a necessida-
de de conclições adequadas de circulação nesses pelcuÍsos, de que o manobfistâ possa
entregar o veículo ao seu conclutor original no mesmo local onde o recebeu, geralmente próximo
o PROJETO 119
-*r t 7L. J
para têclâdo
-supode
f*"'
Corte 1
Corte 2 Corte 3
Escaninhos lmpressora e armário de papel Posição de computado, e guu"à,
Legenoa
circulação de hóspedes
- - Circulaçáo de funcionários
-...........
DesejáveL quando possível em centros
- de eventos de médìo e grande porte
f] unidades presentes
Bares e restaurantes
Os restaurantes e os bares derrem estar estrategicamente integrados ao
lobbjt, com fácil ecesso pàïa a ftla. para qlle a qualquer momento do dia ou da
noite as pessoas tenham livre acesso a eles.
I LozÌnna II cozrnhê |
I leím na
I
I
termlnal I
I I
Cozinha principal
Iegenda
atr. ,l:r;n do hncnodo<
- - - Circulação de funcionários
o PROJETO 125
hotéis, com exceção dos de tipo econômico ou de padráo muito baixo. Embo-
ra os investimentos sejam grandes e nem Sempre compensadores sob o ponto
de vista da receita, bares e festaufantes são serviços importantes pafa os
hóspedes e essenciais para conferir ao hotel padtáo de qualidade.
Nos hotéis maiores é comum a existência mais de um bar ou restau-
fante, tendo em vista principalmente a conveniência dos hóspedes, mas tam-
bém a receiÍa que eles podem proporcionar. Oferecendo aos hóspedes
alternativas de cardãpio, de ambientes e de tipos de serviços é possível mantê-
los mais tempo no hotel, freqüentando seus bares e restaurantes em vez de
estabelecimentos concoÍrentes.
No entanto, o número de bares e festaufantes, que não guarda necessa-
riamente proporção com o número de apartamentos, deve ser decidido atra-
vés de um cuidadoso estudo de viabilidade que leve em consideração, entre
outros fatores, a locahzação do hotel, o mercado de clientes potenciais e a
concorrência representada por bares e restaurantes da vizinhança'
De qualquer modo, como regra geral e pelas tazões apontadas, desde
que respeitadas as condições de mercado e com o mesmo número de lugares,
é preferível que o hotel possua mais de um bar um restaurante.
Com relação à localização, deve ser observada para bares e restaurantes
a regra bâsica que determina como condição essencial de sucesso o acesso
conveniente a partir do lobby. E como eles não são exclusivos para hóspedes,
é importante o acesso fâcll também para quem vem de fora, se possível dire-
tamente da rua. Como essa segunda condição é possível apenas em alguns
casos especiais, o que se deve buscar é um lobblt facilmente visível a partir da
entrada principal ou de uma entrada especial, que estimule emvez de inibir a
ida ao restaurante ou ao bar. O que se deve evitar, por outro lado, são locali-
zações escondidas ou situadas em outros pavimentos, dependentes de esca-
das acanhadas e corredores tortuosos. Restaurantes de cobertuta, por exemplo,
raramente são bem-sucedidos, a náo ser quando proporcionam vistas deslum-
brantes ou têm comida e serviços excepcionais; mas mesmo estes devem
contar com recepção própria, em baixo, e elevadores exclusivos.
Cadabar e restaurante deve ter seu apoio de serviço ou sua cozinha em
terminais adjacentes e interligados com a cozinha principal (que no caso de
um único restaurante é sua própria cozinha ) e com as demais áreas de supri-
mento (despensa, adega, central de gelo, etc.). Embora esse não seja um
requisito fundamental, a proximidade da cozinha principal é altamente dese-
iável, assim como é desejável que ela se situe no mesmo nível. Quando isso
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O PROJETO 131
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Area de eventos
Hoje em dia, os locais para evefitos são obrigatórios em hotéis de vários
tipos e tamanhos, taI a importància que reuniões, festas, congressos e exposi-
ções têm no competitivo mercado hoteleiro.
O turismo relacionado com congressos e conferências cresce a taxas
que se aproximam de 10 por cento ao aíro, e mais de 100 milhões de pessoas
se hospedam em hotéis para participar desses eventos. Em cidades como São
Paulo, por exemplo, a ocupação dos hotéis está intimamente ligada aos negó-
cios e à grande quantidade de feiras, exposições e congressos que a cidade
abrtga. Mas mesmo em outras cidades com apelos turísticos mais diversifica-
dos, os eventos têm cada dia mais importância para a manutençáo da aÍivida-
de hoteleirainstaladaepara o surgimento de novos hotéis. Como decorrência,
verifica-se um constante esforço dos hotéis de vários tipos e localizações para
implantar âreas destinadas a eventos ou ampliar as jâ existentes.
Essas áreas podem variar de apenas algumas poucas salas para reuni-
ões, pequenas ou de médio porte, até grandes centros de convenções ou
congressos, que reúnem salas e salões de tamanhos variados e em condições
de acolher, simultaneamente, diversos tipos de eventos de variadas dimen-
sões.
Embora nào haja qualquer parâmetro que relacione diretamente o nú-
mero de apartamentos com as proporções das âreas de eventos, estas costu-
mam ser menoÍes em hotéis com pequeno número de apartamentos. Grandes
centros de convenções, por süavez, estão freqüentemente associados a hotéis
de maior porte. Hotéis maiores podem mais facilmente dar suporte a eventos
que reúnem centenas ou milhares de pessoas e que demandam sistemas com-
plexos de infra-estrutura e equipamentos, além de serwiços de vaúadas natu-
rezas. Apenas grandes hotéis podem proporcionar os serviços de hospedagem
e alimentação nas proporções exigidas nesses casos, principalmente quando
situados em lugares isolados.
Compõem as âreas de eventos as salas e/ou os salões, o foyer e as
instalações de apoio e serviços, constituídas por administração de eventos,
chapelaria, sanitários, cabines de projeção e de tradução simultânea, cozinLra
ou copa de distribuição depósito de móveis. Alguns cerÌtros de eventos
maiores possuem, ainda, área especial para exposições e auditório, além do
salão, usualmente designado como ballroom.
As áreas de eventos devem estar localtzadas no pavimento térreo ou
logo abako ou acima, tendo em vista facilidades de acesso, principalmente
para saída das pessoas em casos de emergência. Essas âreas devem ser aces-
O PROJETO 135
Cround Floor-Ballroom
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3 - Auditório
4 - Palco
5 5anitário
6 - Areas de servtço
7 - Depósito
8- GeÌência de eventos
9 - Serviço de bar
10 - Chapelaria
11 - Terráço/Expos(ões
12 - Camarins
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2 - Entrada de evéntos
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5 - Salóes
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7 - Sanitários
B - Telgfones
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10 - Administração
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12 - Recepção
O PROJEÏO
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Legenda
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O PROJETC)
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Elevâdorês
Legenoa
Ctrculação de hóspedes
- - - Circulação de Íuncìonários
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Administracão
Recepção
A recepção é responsár,el pelo registro e por um conjunto de atividades
de informação e dos hóspedes. Na recepção se estabelece o primeiro
contato do hóspede com o pessoal do hotel. Como já mencionado, ela deve
estar localizada em uma posição estratégica, ou seja, ser facilmente visível
desde a entada principal e permitir a total visualizaçã,o dos acessos às áreas
de hospedagem (corredores e/ou elevadores).
O balcão deve ser funcional, garantindo ao hóspecle conforto e acesso
às informações desejadas, e aos funcionários, as condições e os equipamentos
necessários à prestação de serwiços do mais elevado padrão. Ao lado da re-
cepção localizam-se os caixas, os cofres de segurança, o depósito de baga-
gens e, tão próximo quanto possível, as âreas administrativas de apoio e as
gerências de recepção e hospedagem.
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Gerente de
hospedagem
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Balcão / recepção Balcão / caixas
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Hóspedes
Legenda
Circulaçáo de hóspedes
- - - Circuièçáo
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o PROJETO 147
Áreas administrativas
As áreas destinadas à administraçã.o são geralmente definidas pela em-
pÍesa responsável pela operação do hotel. O diagrama funcional apresentado
corresponde às necessidades de âreas para a administração de um hotel de
gtande porte, a saber: reservas, cPD, centrul de segurança, vendas, gerência
de marketing, A&8, patrimônio, controller, etc., além das áreas de contabili-
dade, compras, pessoal, recÍutamento e seleção, treinamento. ambulatório
médico, posto bancário, etc.
É importante observar que as áreas da administraçáo podem seÍ agrupa-
das conforme seu relacionamento com hóspedes, público, fornecedores e fun-
cionários. Os diferentes grupos assim constituídos podem estar reunidos em um
único local ou ser separados em diferentes locais (ou pavimentos), respeitada a
acessibilidade das diferentes categorias de pessoas com as quais se relacionam
e garantida a ligaçáo, através de corredores, escadas e elevadores, entre eles e
as âreas de serviço, de recepção, públicas, sociais e de hospedagem.
os grupos segundo os quais pode ser dividida a adminLstração são:
' A gerência, que compreende a sala do gerente geral e de outros geren-
tes, conforme o caso, secÍetaria geral. salas de reuniões e espera. A
gerência deve ser acessível aos hóspedes, a pessoas de fora que neces-
sitem entrar em contato com a alta administração do hotel e aos fun-
cionários. As salas da gerência podem se situar no pavimento de entrada,
em mezanino ou nos pavimentos imediatamente superiores ou inferio-
res' O dos hóspedes e do público externo às dependências da
gerência pode ser feito por escadas pelos elevadores sociais. O acesso
dos funcionários deve se dar por escadas e elevadores de serviço.
' os setores de vendas, reservas e marketing, que apresentam Íequisi-
tos de localizaçáo semelhantes aos da gerência, tendo em vista os
contatos com público externo de nível social semelhante.
' Os setores de contabilidade e recursos humanos (recrutamento e sele-
çào, teinamento e administraçã.o de pessoal), que têm relações ape-
nas eventuais com público exteÍno. Esses setores podem sifuar-se em
outros pavimentos que não o térreo, porém com fácil acesso a party
de via pública, em função do recrutamento de funcionários.
' O setor de compras, que mantém muitos contatos com vendedores e
fornecedores, deve também estar estrategicamente localizado próxi-
mo à entada de serwiço.
' O setor de protocolo, que preferencialmente deve situar-se próximo à
entrada de serviço.
. O ambulatório, que por exigência legal deve existir nos hotéis a pattir
de determinado porte' destina-se prioritariamente ao atendimento dos
funcionários, assim como a exames médicos que antecedema admissão
de funcionários. Sua localizaÇáo, pofianto, deve ser definida com base
nessa função. O ambulatório precisarâ dar atendimento a hóspedes em
caso de emergência. Por isso deve-se cogitar a possibilidade de colocá-
lo em um lugar facilmente acessível a funcionârios e hóspedes.
Deve-se considerar a importância de reduzir o número de entradas e,
conseqüentemente, o número de controles necessários, tendo em vista a pró-
pria eficiência do Contfole e a economia de instalações, equipamentos e' prin-
cipalmente, funcionários.
Engenharia e manutenção
O setor de engenharia e manutenção, subordinado à gerência de
patrimônio, recebe também pessoas de fora, mas relaciona-se predominante-
mente com o pessoal próprio de manutenção. Sua localização tem mais a ver
com as oficinas e o almoxarlfado. É importante que as âreas de controles
operacionais (CCO, central de segurança/som/TY, etc.) fiquem próximas ao
setor de engenharia.
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O PROJETO
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O PROJETO
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Legenda
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C rculação de público externo
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1 - Vestrános 11 -Bar
2 - Almoxarifado 1 2 - Controle
3 -WC 13-Vasihames
4 - Lixo 14 - Equ pamentos
5 - Câmaras frigoríficas 1 5 - ReÍeitórios
1 9 - Manutençáo
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HOTEL: PLANEJAMENTo E PROJETo
o PROJETO 159
andares
um espaçode hospedagem) deve condicionar
pata a acumulação a localizaçã.o
das roupas que vão sendodalançadas.
lavanderia nos
Estas
precisaminferiores.
andares Nouma
passar por localtriagem
correspondente à projeção
imediatamente, antesdododuto deve serpata
transporte previsto
as
máquinas de lavagem. A existência do duto de roupas em hotéis verticais é
recomendável por poupar o uso dos elevadores de serviço, que são utilizados
apenas para o transporte das roupas dos hóspedes, pouco volumosas. Em
hotéis horizontais e naqueles onde nào hâ duto de roupas, estas chegam à
lavanderia em carros apropriados, e devem também contar com espaço pàrà
acumulação antes do início do processo de lavagem.
As roupas dos hóspedes devem ser manuseadas com mais cuidado. Elas
devem ser conduzidas à lavanderia acondicionadas em pequenos sacos, ou
envelopes plásticos, identificados individualmente. Como seu volume é pe-
queno, elas não repÍesentam sobrecarga nos elevadores de serviço.
Por conta da conveniência de se instalar dutos de roupas, a lavanderia
deve localrzar-se sempre abaixo dos andares de e preferencial-
mente abaixo também dos andares onde selocalizam os restaurantes, o refeitó-
rio de empregados e os locais de eventos. Na localizaçáo dalavanderia devem
ser consideradas ainda facilidades para ventilação, natural ou mecânica. Quan-
do localizada no subsolo, os requisitos de ventilação e exaustão são ainda mais
rigorosos, tendo em vista os equipamentos a gâs, que necessitam de ventilação
especial acoplada a um sistema de alarme em caso de vazamento.
Na lavanderia, o processamento das roupas é feito com a utlhzaçáo de um
conjunto de equipamentos: lavadoras extratoras, secadoras, lava-seco, tira-man-
chas, calandras e outros. As dimensões desses equipamentos, o calor gerado
por eles e as condições especiais de ventilação e exaustão exigidas determinam
pés-direitos altos o bastante para comportar as máquinas e as instalações e
proporcionar também condições ambientais satisfatórias pata o desenvolvimen-
to dos trabalhos, com condições razoáveis de conforto para os empregados.
Diferentemente da cozinha, na lavanderia náo é necessário forro.
Cuidados especiais devem ser tomados na escolha e na instalação dos
equipamentos por causa da vrbraçáo das lavadoras e extratoras; se não for
bem controlada, essa vibração pode afetar a estrutura do edifício. As bombas
de vácuo e os compressores, que integram o conjunto de equipamentos da
lavandert4 produzem muito ruído e devem ser cuidadosamente instalados em
local acusticamente isolado.
Outros cuidados dizem respeito à drenagem ao sistema de esgoto,
que devem ser estudados e dimensionados para dar vazào à âgua e ao sabào
que as máquinas descarregam. Deve haver uma caixa de espuma , para inspe-
ção.
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O PROJETO 161
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I limpa | | limpeza I
Legenda
Circulaçãodefuncionários
Areas recreativas
As instalações recreativasvariammuito conforme alocalização, o tipo, o
padrào e o porte do hotel, não sendo possível tatâ-las de modo genérico
Em hotéis de cidade, particularmente os centrais, as âreas recreativas se
resumem, com maior freqüência a salas pan ginâstica, sauna e massagens, e
piscinas. Dependendo do núrnero de apafiamentos e do padrão do hotel,
esse conjunto de instalações assume as características de um bealtb club, ou
com salas equipadas com variados e sofisticados aparelhos de ginástica, dife-
rentes tipos de sauna, duchas, etc. A piscina, quase sempre com dimensões
reduzidas, pode ser externa ou interna (nesse caso, geralmente é climatizada).
Algumas outras instalações pata recreação presentes em hotéis centrais são
aquelas relacionadas com jogos de salão (baralho, bilhar, jogos eletrônicos,
etc.). Alguns hotéis dispõem ainda de quadras de squasb.
Em hotéis não-centrais, às instalações mencionadas somam-se outras,
relacionadas principalmente com atividades esportivas. No Hotel Transamérica
São Paulo, por exemplo, há um pequeno campo de golfe. Por disporem de
maior ârea de terreno, é mais fácil encontrar piscinas externas nesses hotéis.
Mas é sobretudo nos hotéis de \azer, principalmente em sua forma mais
recente e complexa, o resort, que as âreas fecreativas são mais desenvolvidas
-. .......
- - Circulação de funcionários
Circulação de público externo
-