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1) Estilo de aprendizagem: Relatar se a criança/estudante aprende melhor através de estímulos visuais (vídeos, imagens,
escritas...), auditivos (pede ajuda, ouve as explicações, explica verbalmente...) ou cinestésicos (necessita de
demonstrações práticas, gosta de experimentar...); se tem melhor desempenho nas tarefas que relacionam movimento; se
tem melhor desempenho em tarefas que relacionam música; se aprende melhor quando trabalha individualmente ou em
grupo, etc.
2) Competências Pedagógicas: Relatar se a criança/estudante acompanha os conteúdos curriculares do ano em que está
matriculado; se consegue participar das atividades relacionadas com a escola; se sabe escrever o nome, se identifica as
partes do corpo, se identifica as letras e a sequência alfabética, qual o nível de desenho; qual o nível de escrita; qual o
conhecimento sobre formas, cores e números; qual o conhecimento quanto a relação número/quantidade; qual o
conhecimentos sobre as operações matemáticas e situações problemas, qual o conhecimento sobre os conceitos básicos
de história, geografia e ciências, etc.
3) Objetivos gerais: Citar os(s) objetivos(s) gerais do plano de ensino, dando enfoque às áreas principais a serem
trabalhadas. Exemplos: Desenvolver as habilidades potenciais da criança/estudante, ampliando a qualidade no seu
processo de ensino e aprendizagem; favorecer o processo de comunicação, autonomia e independência a
criança/estudante; explorar a coordenação motora em diversas atividades; estimular mecanismo de autorregulação; etc.
4) Planejamento:
Organizativas:
- Par tutor - Agrupamento onde um colega de sala auxilia a criança/estudante na realização das atividades, atuando como
mediador da aprendizagem.
- Trabalho individual com ADI/AEE - Agrupamento onde a ADI/AAE permanece individualmente ou em dupla com a
criança/estudante para mediar à aprendizagem, auxiliando na realização das atividades.
- Par amigo - Agrupamento onde um colega de sala incentiva a criança/estudante na realização das atividades; esse
agrupamento depende de uma condição de afinidade a criança/estudante com determinado(s) colega(s).
- Trabalho individual com o(a) professor(a) - Agrupamento onde o(a) professor(a) permanece individualmente com a
criança/estudante, auxiliando na realização das atividades ou explicando conteúdos.
Deve-se descrever os envolvidos nos agrupamentos, bem como a forma do suporte e os períodos/momentos em que
serão oferecidos. Exemplos: O par tutor, Lucas, permanecerá com a criança/estudante nas aulas de matemática e
Ciências, auxiliando no uso do material dourado e na leitura dos materiais.
Espaços: Referem-se às adaptações ambientais necessárias para melhor desempenho escolar e acadêmico a
criança/estudante.
Adaptações estruturais e organizacionais - Adequações na estrutura ou organização do ambiente físico. Exemplos:
construção de rampas de acesso; organização do mobiliário de sala de aula para mobilidade a criança/estudante, etc.
Deve-se descrever as adaptações existentes ou que serão implementadas, que constituem o planejamento de ensino a
criança/estudante.
Do trabalho pedagógico:
Modificação no nível de complexidade dos conteúdos: Referem-se às adaptações no nível de exigência de objetivos e
conteúdos, necessárias para o(a) aluno(a). Caso o(a) aluno(a) não necessite de adaptações, a opção “nível de
exigência igual” deve ser marcada.
Adequação nos auxílios para execução das atividades : Refere-se aos auxílios necessários ao aluno(a) para execução
das atividades.
- Terceiro como escriba: Estratégia em que um terceiro realiza a escrita dos apontamentos linguísticos feitos pela
criança/estudante
- Terceiro como leitor: Estratégia em que um terceiro realiza a leitura para a criança/estudante dos materiais
disponibilizados.
- Terceiro como auxiliar/orientador: Estratégia em que um terceiro auxilia e/ou orienta a criança/estudante para execução
das atividades.
- Outros: Quaisquer outras estratégias que atuem como auxílios para que a criança/estudante execute as atividades;
deve-se descrever quais são elas.
- Braille: O sistema Braille é um processo de escrita e leitura baseado em 64 símbolos em relevo, resultantes da
combinação de até seis pontos dispostos em duas colunas de três pontos cada. Pode-se fazer a representação tanto
de letras, como algarismos e sinais de pontuação. Ele é utilizado por pessoas cegas ou com baixa visão, e a leitura é
feita da esquerda para a direita, ao toque de uma ou duas mãos ao mesmo tempo1.
- Sorobã: O Sorobã é um aparelho de cálculo usado há muitos anos no Japão pelas escolas, casas comerciais e
engenheiros, como máquina de calcular de grande rapidez, de maneira simples. Na escrita de números reside a
principal vantagem, que recomenda o sistema sorobã como método ideal de cálculo para deficientes visuais. Com
alguma habilidade o deficiente visual pode escrever números no sorobã com a mesma velocidade ou até mesmo mais
rápido que um vidente escreve a lápis no caderno2.
- LIBRAS: LIBRAS é Língua Brasileira de Sinais. De acordo com a lei n° 10.436 de 24 de abril de 2002, LIBRAS é
reconhecida como a segunda língua oficial do Brasil. SINAIS são gestos feitos com as mãos que "sinalizam" a palavra
em questão. Pois LIBRAS é uma língua sinalizada e não falada3.
- Leitura Labial: A leitura labial é uma técnica aplicada principalmente por surdos, em que sons e palavras emitidas pelo
interlocutor são captadas pela leitura (interpretação) dos movimentos de seus lábios. Estudos demonstram que
mesmo o leitor labial mais experiente consegue captar apenas em torno de 50% do que se é dito. Boa parte de sua
habilidade está ligada à sua capacidade de intuir o que esta sendo dito, completando o restante, proferido de maneira
ilegível, ou mesmo naturalmente irreconhecível. Sons como “p” e “m”, “d” e “n” e “s” e “z”, podem ser facilmente
confundidos entre si4.
- Atividade Estruturada: A atividade estruturada está centrada nos princípios do Programa TEACCH. “O TEACCH
(Treatment and Education of Autistic and Related Communication Handicapped Children) é um programa
psicoeducacional com bases em teorias fundamentadas em pesquisas que visa à estruturação da vida da pessoa com
autismo em todos os ambientes. Tem como princípio básico a organização visual por meio da qual educadores, pais e
profissionais podem ajudar pessoas com autismo na melhor compreensão do mundo, na facilitação da aprendizagem
e na rotina da vida diária” 8. Cada professor pode adaptar as ideias gerais que lhe serão oferecidas ao espaço de sala
de aula e aos recursos disponíveis, e até mesmo às características de sua própria personalidade, desde que,
compreenda e respeite as características de suas crianças/estudantes9.
- Programas / Softwares Computacionais: Muitos programas e softwares estão disponíveis para venda ou gratuitamente,
para promoção de acesso ao computador e/ou promoção e auxílio à comunicação e à aprendizagem. Ex: Dosvox (para
acesso computacional de deficientes visuais); Boardmaker (para auxílio à comunicação de pessoas sem ou com
dificuldades de comunicação), etc.
Deve-se descrever as técnicas/métodos/programas que já estão sendo utilizados ou que serão implementados, e a forma
como serão utilizado. Ex: Comunicação suplementar e alternativa- serão usados cartões de comunicação avulsos
com imagens ilustrativas diversas e fotografias de objetos do cotidiano a criança/estudante; Braille: será utilizada a
máquina Braille para escrita de respostas dos enunciados, porém como a criança/estudante não tem o domínio da
leitura Braille, necessitará de um ledor das atividades.
Introdução de recursos de tecnologia assistiva : Refere-se aos recursos diretos e indiretos para auxílio a acesso ao
currículo.
- Recursos para deficientes visuais: Os recursos para auxílio a acesso ao currículo para deficientes visuais são variados;
existem recursos específicos para pessoas com visão subnormal (lupas, telelupas, pranchas inclinadas, etc.), para
deficientes visuais totais ( reglete e punção, máquina Braille, gravador, etc.) e materiais de artes (materiais específicos de
artes para deficientes visuais totais, ex: relevo).
- Material concreto: Quaisquer materiais que auxiliem a aprendizagem, pelo manuseio, pela observação, pela análise, pela
identificação e pela operação com os materiais. Ex: materiais pedagógicos (material dourado, letras e números móveis,
etc.), materiais recicláveis (tampinhas de garrafa, palitos de sorvete, bolinhas de isopor, etc.), materiais lúdicos (jogos,
brinquedos, etc.), entre outros.
- Outros recursos de tecnologia assistiva: Quaisquer outros recursos de tecnologia assistiva que auxiliem para o acesso
ao currículo de forma direta e indireta (lápis adaptado, mouse adaptado, colher adaptada, tesoura adaptada, etc.).
Deve-se descrever os recursos que já estão sendo utilizados ou que serão implementados, e a forma como serão
utilizado. Ex: Material concreto (imagens, objetos miniaturas, materiais esquemáticos, materiais pedagógicos e lúdicos)
será utilizado em todas as disciplinas; o quadro imantado e as letras móveis serão utilizados para resposta dos
enunciados, em todas as disciplinas.
Adaptação dos materiais: Refere-se às adaptações realizadas na estrutura física ou organizacional de materiais para
promover o acesso ao currículo da criança/estudante.
- Didáticos: Quaisquer adaptações nos materiais didáticos. Ex: Ampliação dos textos; utilização de imagens para facilitar
a compreensão dos conteúdos; textos fatiados, etc.
- Brinquedos e jogos: Quaisquer adaptações nos objetos lúdicos que sejam usados para promover a participação plena
da criança/estudante nas atividades curriculares. Ex: Dominó adaptado- peças com ilustrações e escritas para auxílio à
formação de palavras; o aluno terá auxílio de peças com ilustrações e escritas para participar do jogo “Stop”, já que não é
alfabetizado.
- Mobiliário Escolar: Quaisquer adaptações nos mobiliários escolares que a criança/estudante utiliza. Ex: Confecção de
apoio para pés, confecção de bordas para mesa escolar, etc.
- Outros: Quaisquer outras adaptações realizadas na estrutura física ou organizacional de materiais para promover o
acesso ao currículo da criança/estudante.
Deve-se descrever as adaptações que já estão sendo utilizadas ou que serão implementadas, e a forma como serão
utilizadas. Ex: As adaptações nos materiais didáticos serão utilizadas nas disciplinas de História, Geografia, Língua
Portuguesa e Ciências.
Temporalidade
Tempo: Refere-se às adaptações de tempo necessárias para promoção da participação plena da criança/estudante
nas atividades curriculares.
- Maior tempo para execução de atividades: A criança/estudante precisa de maior tempo para realizar as atividades
propostas para a turma.
- Maior tempo para assimilação dos conteúdos: A criança/estudante precisa de maior tempo para assimilar os conteúdos
propostos.
- Menor tempo para execução de atividades A criança/estudante precisa de menor tempo para realizar as atividades
propostas para a turma.
- Menor tempo para assimilação dos conteúdos: O(a) aluno(a) precisa de menor tempo para assimilar os conteúdos
propostos para a turma.
Adptação da carga horária - Refere-se às adaptações ou flexibilização de carga horária durante determinado período,
para que sejam conduzidas ações de adequação às necessidades A criança/estudante.
- Redução: Quando sugerido ou solicitado por relatório médico e após analisado pelo professor(a) do AEE; especialista
que acompanha a criança/estudante na unidade escolar, setor, equipe gestora, supervisor(a) da unidade escolar. Pode ser
solicitada para adaptação com um novo medicamento, realização de terapias, por apresentar convulsões e ministrar
medicação; etc.
- Devem-se descrever as ações de contrapartida planejadas para execução durante o período de adaptação da nova carga
horária, bem como a previsão de normatização da mesma. Ex: Durante o período de adaptação a criança/estudante fará
acompanhamento médico psiquiátrico terapias na Saúde, atividades esportivas, etc; a previsão para normatização da
carga horária se dará da seguinte forma: meia hora a cada duas semanas, atingindo o período integral em seis semanas.
Avaliativas:
Adequação na forma de aplicação da avaliação : Refere-se às adaptações necessárias para as atividades avaliativas.
- Organização de portfólio: O(a) professor(a) deverá organizar num portfólio individual com atividades que demonstrem a
resposta da criança/estudante às propostas previstas no plano de ensino personalizado. Para a criança/estudante que
não realizam os registros, caberá ao professor(a) realizar anotações sobre o desempenho dos mesmos.
- Realização de avaliações adaptadas de acordo com o nível de exigência de aprendizagem dos conteúdos propostos: A
criança/estudante realizará avaliações adaptadas em relação às avaliações propostas para a turma.
Adequação do tempo: Refere-se às adaptações de tempo necessárias para a realização das avaliações.
- Tempo maior para realização da avaliação: A criança/estudante precisa de maior tempo para realizar as avaliações.
- Tempo menor para realização da avaliação: A criança/estudante precisa de menor tempo para realizar as avaliações.
Local de execução da avaliação: Refere-se ao local diferenciado do restante da turma para execução das avaliações,
devido às necessidades da criança/estudante. Deve-se descrever o local provável de aplicação das avaliações, caso esse
item seja marcado.
Periodicidade na avaliação do PEI: Citar a periodicidade (Mensal, Bimestral, Semestral) com que o documento será
revisto, considerando as necessidades da criança/estudante.
Data: Citar o município de elaboração e data.
Assinaturas: Concordância e ciência dos envolvidos na elaboração do documento, bem como, de seus responsáveis.
Referências Bibliográficas:
- Informações do estudo de caso adaptadas de: Organização Mundial da Saúde. Classificação Internacional de
Funcionalidade, Incapacidade e Saúde. Apostila. Acesso em: 13 de dezembro de 2013.
1. http://revistaescola.abril.com.br/inclusao/educacao-especial/como-funciona-sistema-braille-496102.shtml
2. http://intervox.nce.ufrj.br/~fabiano/soroba.htm
3. http://libraseufalocomasmaos.comunidades.net/index.php?pagina=1249878220
4. http://pt.wikipedia.org/wiki/Leitura_labial
5. http://www.escoladegente.org.br/terminologia.php?initialLetter=L
6. http://pt.wikipedia.org/wiki/Tadoma
7. http://www.comunicacaoalternativa.com.br/comunicacao-alternativa
8. http://www.cedapbrasil.com.br/portal/
9. BRASIL. Saberes e práticas da inclusão: dificuldades acentuadas de aprendizagem: autismo. Coordenação geral-
Francisca Roseneide Furtado do Monte, Idê Borges dos Santos. Brasília: MEC, SEESP, 2004. 64 p. –(Educação Infantil; 3).
10. APAE Bauru. Currículo Funcional Natural na Abordagem Ecológica- Manual Prático para aplicação na Escola
de Educação Especial da APAE de Bauru- Deficiência Intelectual, Múltipla e Autismo. Disponível em:
http://www.bauru.apaebrasil.org.br/arquivo.phtml?a=16884. Acesso em: 17 de dezembro de 2013.