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Na China, há vários séculos antes de Cristo, o povo adorava apenas um Deus. Eles o
chamavam de “Shang Ti” (O Senhor do Céu). Não é só o fato da China antiga ser
monoteísta (assim como os cristãos e judeus) que chama a atenção, pois tudo indica que
eles adoravam exatamente o Deus bíblico. Essa crença inclusive é anterior ao
Confucionismo, Taoismo e Budismo.
Assim como nosso Deus judaico-cristão Yahweh (que é representado pelo tetragrama
YHVH), “Shang Ti” era o único digno de adoração na China e não podia ser adorado
através de imagens ou de ídolos. Essa crença aparentemente durou até as primeiras
dinastias chinesas que vão desde 1066 a 770 aC, quando o imperador da época
determinou para si o título de “Suficientemente Bom”, tornando o culto à Shang Ti permitido
apenas uma vez por ano.
Pensa-se que foi a partir desse ponto que a China começou a ser tornar politeísta, pois ao
povo comum foi proibido render culto diretamente a Shang Ti. Foi imposta a ideia que eles
seriam “muito pequenos e humildes diante de Shang Ti, portanto somente o “grande pai
Imperador” podia prestar culto diretamente à Ele. Com o tempo, o povo começou também
cultuar não só deuses diversos, mas seus antepassados e homens deificados como
Confúcio, Lao Zi e Buda.
Três séculos depois da Dinastia Imperial, dois movimentos religiosos filosóficos (Taoismo e
Confucionismo) se materializaram tentando, talvez, preencher o vazio deixado pelo antigo
culto à Shang Ti e, a princípio, retomar uma legítima adoração monoteísta.
Jean-Pierre Abel-Rémusat observou que as 3 letras chinesas que transliteramos para ‘J, H,
V’ não pertencem a língua chinesa e as sílabas do texto chines não formam sentido neste
idioma, de modo que seria estranho que os sinais do Ser Supremo nada significassem na
língua chinesa, mas ao mesmo tempo, é estranho que se pareçam tanto com o tetragrama
sagrado dos hebreus que é transcrito pelas letras JHVH.
Por esses exemplos somos levados a crer numa origem comum edênica ou adâmica do
pensamento humano que buscava o conhecimento de um Deus único, criador do Universo
e do ser humano.
Fonte: Trechos retirados de uma aula sobre a Tradição Adâmica, da Série Evidências, do
Dr. Rodrigo Pereira Silva, Teólogo, Filósofo e Arqueólogo.