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Estudos Tecnológicos em Engenharia, 11(1):9-21, janeiro-junho 2015

Unisinos - doi: 10.4013/ete.2015.111.02

Análise da trafegabilidade de rodovia segundo as


manifestações patológicas nas placas
de concreto: estudo de caso

Analysis of highway trafficability under the pathological


manifestations in the concrete plates: A case study

Bernardo Fonseca Tutikian1


Universidade do Vale do Rio dos Sinos
bftutikian@unisinos.br

Fabrício Longhi Bolina1


Universidade do Vale do Rio dos Sinos
fabriciolb@unisinos.br

Bruno Fernandes1
Universidade do Vale do Rio dos Sinos
fernandes.brn@gmail.com

Hinoel Zamis Ehrenbring1


Universidade do Vale do Rio dos Sinos
hinoelzamis@hotmail.com

Augusto Masiero Gil1


Universidade do Vale do Rio dos Sinos
augustomg@unisinos.br

Resumo. O descomedido incremento da frota na- Abstract. The increase of the Brazilian vehicle fleet
cional de veículos fomenta debates quanto à in- highlights the discussion about road infrastruc-
fraestrutura rodoviária, principalmente na cons- ture, especially the construction, expansion or re-
trução, ampliação ou recuperação das estradas habilitation of the existing roads. In this context, it
existentes. Nesse contexto, observa-se que a Rodo- is noted that the Mario Quintana highway (ERS-
via Mário Quintana (ERS-118) apresenta alarmante 118) shows poor conditions of conservation and
estado de conservação e trafegabilidade, provenien- trafficability, coming mainly from the high degree
te, principalmente, do grau de deterioração elevado of deterioration of the constituents of the concrete
das placas de concreto constituintes do pavimento. pavement slabs. The objective of this study was to
O objetivo deste trabalho foi determinar a integri- determine the integrity of this highway, following
dade funcional dessa rodovia segundo avaliação e an evaluation and analysis of pathological man-
análise das manifestações patológicas das placas de ifestations of concrete pavement. Based on the
concreto. Fundamentado no método desenvolvido method developed by the U.S. Corps of Engineers
pelo U.S. Corps of Engineers (USACE), através do ín- (USACE) through the pavement condition index
dice de condição do pavimento (ICP), o trabalho foi (PCI), the work was divided into three parts: (a)
estruturado em três partes: (a) método de avaliação method of evaluation, (b) result analysis and (c)
das placas, (b) análise dos resultados e (c) conclu- conclusion. The results indicate that the highway

1
Universidade do Vale do Rio dos Sinos. itt Performance. Av. Unisinos, 950, Cristo Rei, 93022-000, São Leopoldo, RS, Brasil.

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Análise da trafegabilidade de rodovia segundo as manifestações patológicas nas placas de concreto

são. Os resultados obtidos indicam que a rodovia has no more functionality and service life, conse-
não apresenta mais funcionalidade e que sua vida quently, consummated.
útil, por conseguinte, findou-se.

Palavras-chave: patologia, pavimentos de concreto, Keywords: pathology, concrete pavement, highway


rodovia ERS-118, Método ICP, trafegabilidade. ERS-118, ICP method, trafficability.

Introdução nal do pavimento. O estudo sustentou-se no


método proposto pelo United States Corps of
O incremento descomedido do tráfego de Engineers (USACE), intitulado de ICP (Índice
veículos automotores emerge com fervor de- de Condição do Pavimento). Esse método es-
bates concernentes ao investimento em infra- tabelece, por intermédio de um índice número
estrutura, tornando-se progressiva a relevância que varia de 0 a 100, o estado da integridade
da necessidade de construção, ampliação e re- funcional do pavimento analisado e, por con-
cuperação das rodovias nacionais. Dentre essas seguinte, sua trafegabilidade (Felix, 2008).
prevalências, as rodovias de pavimento rígido Para tanto, o trabalho é apresentado em
se sobressaem, devido à elevada dificuldade de três partes: (a) Método de avaliação das pla-
manutenção e custos operacionais (Felix, 2008). cas, (b) Análise dos resultados e (c) Conclusão.
No Brasil, entretanto, frente ao pequeno mon- No primeiro item, é descrita a fundamentação
tante de rodovias executadas com pavimentos teórica do método do ICP. No segundo item,
de concreto, pouco se fez até hoje em termos de são discutidas as respostas obtidas com a apli-
normalização, seja para o inventário e cadastra- cação do método, analisando, em paralelo, as
mento de defeitos, seja para estabelecer diretri- manifestações patológicas das placas. Final-
zes de restauração (Balbo, 2009). mente, no último item, presume-se o grau de
Nesse contexto, a rodovia Mário Quintana, comprometimento da rodovia evidenciada.
a chamada ERS-118, apresenta níveis alarman- O estudo foi realizado entre os quilômetros
tes de deterioração das placas de concreto cons- 012+400 e 012+880 da rodovia, nos dias 20 e 27
tituintes do pavimento. Situada no estado bra- de julho de 2013. Não foi elaborado nenhum
sileiro do Rio Grande do Sul, trata-se de uma ensaio destrutivo sobre essas placas. Todas as
estrada com inauguração datada de 1977 que, manifestações patológicas evidenciadas nes-
possuindo 80,2 km de extensão, liga a cidade te trabalho foram apoiadas em avaliações vi-
de Sapucaia do Sul, na região metropolitana, ao suais, tal como propõe o método do ICP.
litoral sul do estado. A ERS-118 é reconhecida
pelas elevadas estatísticas inerentes a acidentes Fundamentação teórica
e mortes, provenientes, principalmente, do seu
péssimo estado de conservação e trafegabili- As vantagens da aplicação dos pavimentos
dade. Segundo o Detran (G1, 2012), é a estrada de concreto são, segundo Senço (1997), a re-
com o segundo maior número de vítimas fatais sistência ao tráfego intenso e pesado, vida útil
dentre as rodovias gaúchas, registrando, entre elevada, superfície indeformável com o tráfe-
2007 e 2011, um total de 25 mortes. go, maior visibilidade, quando comparada ao
Constitutivamente, essa rodovia possui pavimento asfáltico, melhor aderência e custos
placas de concreto com 20cm de espessura. Na reduzidos de manutenção. Entretanto, como
base, foram empregados 10cm de CCR e, na qualquer outra estrutura constituída desse
sub-base, 15cm de brita graduada. Já no sublei- material, uma deficiência ou inexistência de
to, foi empregada argila vermelha. Cada placa manutenção adequada não raramente culmina
possui, em média, 3,5 x 6m de geometria. Na em elementos com manifestações patológicas
Figura 1, é apresentada uma seção transver- de significativa intensidade, acarretando, não
sal típica do projeto originalmente idealizado raras vezes, em custos de reparo ou substitui-
para a rodovia, conforme as informações cole- ção elevados (Helene, 2007).
tadas junto aos engenheiros que participaram Para garantir o funcionamento satisfatório
da construção. de um pavimento rígido, conforme destaca o
Com o intuito de avaliar a trafegabilidade DNIT (2005), é fundamental que seja perma-
dessa rodovia, baseado na magnitude das ma- nentemente feito o controle da ocorrência de
nifestações patológicas das placas de concreto defeitos, além do acompanhamento da sua evo-
constituintes, foi realizada uma análise funcio- lução no tempo, executando-se prontamente os

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Figura 1. Seção transversal típica da rodovia ERS-118.


Figure 1. Typical section of the ERS-118 highway.

reparos que assegurem a manutenção da condi- as amostras devem conter 20 placas cada. A
ção estrutural e funcional do pavimento. equação geral para determinação do número
Nesse contexto, o U.S. Army Corps of Engi- n de amostras a serem avaliadas é dada pela
neers (USACE) desenvolveu, em 1982, o que equação 1, não admitindo-se n inferior a 5.
Balbo (2007) categoriza como um dos índices
mais consistentes para avaliação de integri- N.S2
dade funcional dos pavimentos de concreto.
n= 2
. (1)
e . (N–1) + S2
Através de uma avaliação criteriosa das mani- 4
festações patológicas existentes, podem-se es-
tabelecer graus de severidade individuais para em que N: é o número total de amostras no
cada tipo de anomalia e, assim, determinar o trecho;
índice de condição do pavimento, o chamado n: é o número mínimo de amostras no
ICP (Felix, 2008). Segundo o DNIT (2004a), o trecho;
índice oferece ferramentas para a manutenção, e: é o erro admissível na estatística;
prevenção e recuperação das rodovias. Por ou- S: é o desvio-padrão das médias indi-
tro lado, conforme salienta ASTM E 2840:2011 viduais de ICP.
(ASTM, 2011), o ICP apoia-se em análises rea-
lizadas apenas sobre a superfície do pavimen- A avaliação das manifestações patológicas
to, indicando, de forma intuitiva, a integridade nas placas de concreto é baseada na inspeção
da estrutura e das condições de rolagem da ro- visual dos defeitos, registrando, durante a ins-
dovia. Segundo essa mesma norma, porém, o peção, a respectiva intensidade (média, baixa
ICP não realiza medidas quanto à capacidade ou alta) da inconformidade observada na pla-
estrutural da placa. ca. Os tipos de defeitos a serem relevados, bem
como as respectivas características e intensida-
Método de avaliação das placas des admitidas, estão relacionados na Tabela 1.
O valor deduzível (VD) de cada defeito é
As placas foram avaliadas aplicando-se o função do nível de intensidade e da sua densi-
método do ICP desenvolvido pelo USACE. dade, sendo determinado por meio de gráficos
Esse método é fundamentado em quatro eta-
desenvolvidos pelo USACE. Já o valor deduzí-
pas: (a) definição das seções ou trechos da ro-
vel total (VDT) é obtido, dentro de uma amos-
dovia a serem avaliados; (b) determinação do
tra, segundo o somatório dos valores deduzí-
tipo de avaliação; (c) levantamento dos defeitos
do pavimento e, finalmente, (d) cálculo do ICP. veis (VD) parciais de cada defeito. Por meio
A inspeção pode ser executada em toda a desse somatório, obtêm-se o valor deduzível
extensão do trecho admitido (universal), ou corrigido (VDC) para o segmento em questão,
através de seções devidamente selecionadas por intermédio das curvas apresentadas na Fi-
(amostragem), as chamadas de unidades de gura 2, onde q representa o número de valores
inspeção. Admite-se que essas unidades inspe- deduzíveis superiores a 5. O ICP é calculado,
cionadas (amostras) são, então, representati- então, conforme a equação 2.
vas do grau de integridade de toda a extensão
do trecho avaliado. Como critério do método, ICP = 100 – VDC (2)

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Figura 2. Curva dos valores deduzidos corrigidos (adaptado do USACE,1982).


Figure 2. Curve of the corrected net values (adapted from USACE, 1982).

Sendo ICP o índice de condição do radas, dentro desse trecho, sequencialmente,


pavimento e VDC o valor deduzível corrigido. de 1 a 160 (sentido crescente da quilometra-
O valor do ICP é limitado entre 0 (zero) e 100 gem), com a numeração iniciando na pista do
(cem). Zero seria a condição de um pavimento lado esquerdo da rodovia. Uma ilustração tí-
completamente degradado (não funcional) e pica da amostra de número 4 desse trecho é
cem um trecho que apresenta perfeitas condi- apresentada na Figura 3, bem como a conven-
ções de rolamento (funcional). ção de numeração dos defeitos.

Análise dos resultados Descrição dos defeitos observados

Universo da inspeção As manifestações patológicas das placas


observadas in loco, as quais foram admitidas
Foi admitido um trecho representativo no emprego do método do ICP, são discutidas
de 480m de extensão, do Km 012+400 ao Km a seguir.
012+880. Segundo o método, cada amostra de
um determinado trecho a ser inspecionado (a) Alçamento de placas
deve conter 20 placas. As amostras avaliadas Essa manifestação patológica proveio de
terão, portanto, 60m de extensão (sendo 10 uma variação térmica acentuada na placa, que,
placas na faixa da direita e 10 placas na fai- somada ao acúmulo de material incompressí-
xa da esquerda). O número total de amostras vel na junta, teve seu movimento de dilatação
será, portanto, oito. As placas foram nume- restringido (FHWA, 2003). As placas em que se

Figura 3. Detalhe das manifestações patológicas incidentes na amostra número 4.


Figure 3. Detail of the pathological manifestations incidents in sample number 4.

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Tabela 1. Tipos de defeitos (manifestações patológicas) e níveis de intensidade.


Table 1. Types of defects (pathological manifestations) and intensity levels.

Nível/ Descrição das condições


Defeito Contagem dos defeitos
Intensidade e padrões do defeito

Baixo (B) A identificação é muito visual. Quando


Conta-se como uma placa se
(1) Médio (M) o alçamento causa muito desconforto ao
afeta uma placa apenas. Se
Alçamento veículo em movimento é alto, quando
afeta duas placas (na junta),
de juntas Alto (A) não, é baixo ou médio, sem causar
conta-se como duas placas.
prejuízo ao tráfego.
Área entre fissura e junta não possui Conta-se como uma placa
Baixo (B)
fissuras. se possui um ou mais de
(2) Fissura
Área entre fissura e junta possui até duas um defeito, sem severidade.
de canto Médio (M)
fissuras. Se severidade diferentes,
Alto (A) Área possui mais de duas fissuras. considera-se a maior.
Baixo (B) Com até 8 fissuras de baixa severidade. Conta-se uma placa, se possui
≤8 fiss.média, >8 fiss.baixa ou ≤5 fisuras um ou mais de um defeito
Médio (M)
(3) Placa em alta severidade. com a mesma severidade.
fatias Se defeitos de severidade
Alto (A) Mais de 6 fissuras de alta severidade. diferentes, conta-se uma placa
na maior severidade.
Baixo (B) Se entre 3 a 10mm. Conta-se uma placa apenas. Se
(4) Escalona-
Médio (M) Se maior que 10 e menor que 20mm. ocorre em uma fissura dentro
mento
Alto (A) Se maior que 20mm. da placa, não é contado.
Baixo (B) Quando há pequenas perdas, isoladas.
Não se conta, mas classifica-
(5) Perda de Se julga necessário reselagem dentro de
Médio (M) se em função de sua condição
selante dois anos, no máximo.
geral na área toda de avaliação.
Alto (A) Necessidade imediata de reselagem.
(6) Desnível Baixo (B) De 25 a 50mm. Conta-se uma placa com
entre placa e Médio (M) De 50 a 100mm. o degrau de severidade
acostamento Alto (A) Superior a 100mm. observado.
Sem escalonamento. Qualquer fissura
Baixo (B)
inferior a 10mm.
Abertura entre 10 e 50mm. Sem Registra-se a severidade em
selante e com abertura até 50mm com uma placa, caso duas fissuras
(7) Fissuras Médio (M) escalonamento até 25mm. Fissura de média severidade estejam
Lineares preenchida de qualquer abertura e sobre a mesma placa, conta-
escalonamento maior 50mm. se como uma placa de alta
Não preenchida e abertura superior severidade.
Alto (A) a 50mm. Escalonamento superior a
100mm.
Baixo (B) Remendo em boas condições. Conta-se como uma placa com
Pouca deterioração e esborcinamento a severidade devida, desde
(8) Grandes Médio (M)
moderado das bordas. que muitos remendos sejam
reparos
de iguais severidades. Se
>0,45m² Muita deterioração do remendo,
Alto (A) diferentes severidades, conta-
recomenda-se a substituição.
se a maior delas.
Baixo (B) Remendo em boas condições. Conta-se como uma placa com
Pouca deterioração e esborcinamento a severidade devida, desde
(9) Pequenos Médio (M)
moderado das bordas. que muitos remendos sejam
reparos
de iguais severidades. Se
<0,45m² Muita deterioração do remendo,
Alto (A) diferentes severidades, conta-
recomenda-se a substituição.
se a maior delas.

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Análise da trafegabilidade de rodovia segundo as manifestações patológicas nas placas de concreto

Tabela 1. Continuação.
Table 1. Continuation.

Nível/ Descrição das condições


Defeito Contagem dos defeitos
Intensidade e padrões do defeito

De 2 a 3 pedaços (fissuras de baixa ou


Baixo (B) média severidade). De 4 a 5 pedaços
(fissuras de baixa severidade).
De 2 a 3 pedaços (fisuras alta severidade).
Conta-se um defeito por placa,
(12) Partição De 4 a 5 pedaços (fisuras severidade
Médio (M) porém, a de maior severidade
localizada média). Maior do que 5 pedaços (caso
encontrada.
fissuras severidade baixa).
De 4 a 5 pedaços (severidade fissuras
Alto (A) alta). Maior do que 5 pedaços (severidade
das fissuras é média ou alta).
Ocorrem sem a perda de materiais na
Baixo (B) Não contabilizado.
superfície.
(13) Fissuras Quando a área de perda é inferior a 15%
Médio (M)
de retração da área da placa
Conta-se uma placa.
Quando a área de perda é superior a 15%
Alto (A)
da área da placa.
Entre profundidade de 25mm e 50mm,
(14) Baixo (B) Áreas inferiores a 65cm² não
com área < 30x30cm.
Esborcina- Profundidade <50mm e área>30x30cm. são contadas. Caso ocorram
mento de Médio (M) diferentes severidades,
Profundidade >50mm e área <30x30cm.
canto considera-se a maior.
Alto (A) Profundidade >50mm e área>30x30cm.
Difícil remoção manual e pedaços
de qualquer comprimento. Qualquer
Baixo (B) largura. Faltando alguns pedaços, fácil
remoção e comprimento inferior a 60cm.
Qualquer largura.
Faltando alguns pedaços, fácil remoção
Se é ao longo de uma borda,
(15) dos demais e comprimento superior a
conta-se uma placa. Se a placa
Esborcina- 60cm. Qualquer largura. Falta quase
possui duas bordas com o
mento de todos os pedaços, largura menos que
Médio (M) defeito, conta-se uma placa
junta 10cm e comprimento maior que 60cm.
com o defeito mais severo.
Falta de quase todos os pedaços, largura
maior que 10cm e comprimento menor
que 60cm.
Falta de quase todos os pedaços, largura
Alto (A) maior que 10cm e comprimento maior
que 60cm.
(10) Indefinido Indefinido.
Anota-se a placa que possui o
Desgaste Indefinido Indefinido.
defeito.
superficial Indefinido Indefinido.
Juntas e fissuras de baixa severidade,
Baixo (B) onde observa-se junto à superfície
acúmulo de finos.
Juntas e fissuras de baixa e média
(11)
Médio (M) severidade, onde observa-se junto à Anota-se a placa que possui
Bombea-
superfície grande acúmulo de finos. o defeito. No caso das juntas,
mento de
Juntas e fissuras de média e alta anota-se as duas placas.
finos
severidade, observando-se junto à
Alto (A) superfície grande acúmulo de finos.
Perda da capacidade de suporte inferior
da placa (bailarina).

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verificou esse fenômeno estavam situadas pró- (c) Placa em fatias


ximas a um semáforo. Assim, outra justifica- Esse efeito geralmente é associado ao sur-
tiva plausível é o esforço horizontal excessivo gimento prévio de fissuras longitudinais e
exercido sobre essas placas, provenientes da transversais, sendo ocasionado, geralmente,
frenagem de veículos pesados. Uma ilustração pela sobrecarga ou baixa capacidade de supor-
típica do fenômeno é ilustrada na Figura 4. te (USACE, 1982). Após a primeira fissura, a
placa terá um comportamento estrutural dife-
(b) Fissura de canto renciado, que, somado ao fenômeno do bom-
Foi verificada a perda de material da sub- beamento de finos, acarretará na propagação
-base pelo efeito do bombeamento de finos. de novas fissuras. Uma ilustração típica do fe-
Esse fenômeno culmina na perda da capacida- nômeno é ilustrada na Figura 6.
de suporte dessa camada, manifestando-se sob
a forma de fissuras. Dependendo da região em (d) Escalonamento entre placas
que ocorrer essa erosão sub-superficial, serão Esse fenômeno se caracteriza pela diferen-
propagadas fissuras junto aos cantos da pla- ça de elevação entre as placas na região das
ca, em um ângulo de aproximadamente 45º juntas (FHWA, 2003), proveniente da ausên-
(FHWA, 2003). Na ocorrência dessa erosão, a cia de barras de transferência entre as juntas
placa teria um adiamento, mas não uma elimi- transversais. Entretanto, o fator preponderan-
nação, dessas fissuras, caso houvesse barras de te ao desencadeamento desse fenômeno foi o
transferência nas juntas transversais, as quais bombeamento de finos da camada superior do
proporcionariam uma melhora na transferência subleito, proporcionando um afundamento
de tensões para a placa vizinha. Uma ilustração das placas. Ademais, o próprio empenamento
típica do fenômeno é observada na Figura 5. térmico das placas é outra hipótese da incidên-
cia dos escalonamentos observados (USACE,
1982). Na Figura 7, é possível analisar uma
ilustração desse fenômeno. Conforme se ob-
serva, há um acúmulo de finos junto à super-
fície da placa à direita, evidenciando que esse
processo foi desencadeado devido ao bombea-
mento dos finos da sub-base.

(e) Perda de selante


Em nenhuma placa foi encontrado material
selante, sequer indícios, conforme ilustra a Fi-
gura 8. A ausência de selantes permite a entra-
da de materiais deletérios e água nas juntas,
o que pode acarretar no surgimento de outras
Figura 4. Alçamento de placas. manifestações patológicas (FHWA, 2003). Não
Figure 4. Uprising boards. foi possível obter informações do projeto ori-

Figura 5. Fissura de canto. Figura 6. Placa em fatias.


Figure 5. Corner crack. Figure 6. Plate sliced.

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seguido da exposição do material adotado na


sub-base.

(g) Fissura linear

Fissuras lineares transversais


São fissuras perpendiculares ao eixo do
pavimento (FHWA, 2003), sendo resultantes,
principalmente, da tensão de tração na flexão
das placas. Elas representam uma manifesta-
ção típica do consumo da resistência à fadiga
do concreto constituinte, indicando o fim da
vida útil desse pavimento. Os prováveis fato-
res do consumo de fadiga de uma placa qual-
Figura 7. Escalonamento entre placas.
quer são: (a) fck do concreto inapropriado; (b)
Figure 7. Scheduling between plates.
espessura de placas inapropriadas; (c) compri-
mento de placas inapropriado; (d) crescimen-
to do tráfego além do previsto no projeto; (e)
falta de controle de pesagem dos veículos de
grande porte ou (e) fim da vida útil do pavi-
mento. Uma ilustração típica do fenômeno é
observada na Figura 10.

Figura 8. Perda de selante.


Figure 8. Sealant loss.

ginal quanto a tipo, ou até mesmo, quanto ao


material empregado no selamento das juntas.

(f) Desnível faixa acostamento


Figura 9. Desnível entre faixa e acostamento.
No trecho avaliado, não foram executadas
Figure 9. Gap between strip and shoulder.
placas de concreto junto ao acostamento. Em
alguns pontos, foi observada a existência de
um capeamento asfáltico, que, devido à au-
sência de manutenção, também se deteriorou,
agravando o fenômeno e expondo o material
de sub-base. O material granular utilizado
como sub-base é muito propenso à lavagem
superficial. Nos trechos do acostamento em
que fora observada a sua exposição, tornou-
-se, portanto, inevitável o aparecimento de de-
graus, devido ao transporte de finos, que é um
dos motivos do surgimento da diferença de
elevação entre pavimento e acostamento (Fe-
lix, 2008). Não se descarta, inclusive, a também
ocorrência de uma compactação posterior des-
sa faixa. Na Figura 9, observa-se a deteriora- Figura 10. Fissura linear transversal.
ção da capa asfáltica aplicada naquele local, Figure 10. Transversal linear crack.

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Fissuras lineares longitudinais


São fissuras paralelas ao eixo do pavimen-
to (FHWA, 2003). Da mesma forma, essas
manifestações patológicas são indicativas do
consumo da resistência à fadiga do concreto
dessas placas. Entretanto, em algumas placas,
observaram-se fissuras longitudinais muito
próximas às juntas longitudinais, fornecendo
um forte indício de corte inadequado dessas
juntas em alguns pontos, outro motivo do
surgimento de fissuras dessa natureza (Felix,
2008). Para as placas executadas no cruzamen-
to de veículos, as fissuras podem ter provido
da passagem dos eixos no sentido perpendicu-
Figura 12. Grandes reparos.
lar às juntas longitudinais. Ademais, devido à
Figure 12. Major repairs.
desproteção da sub-base nos trechos do acos-
tamento, evidencia-se a ocorrência de uma
fuga de finos junto a esse ponto, induzindo a
propagação de fissuras longitudinais também
por descalço lateral da placa (bombeamento).
Uma ilustração desse fenômeno é observada
na Figura 11.

(h) Grandes reparos


Esse processo tornou-se um forte indicativo
de que ouve, em algum momento da vida útil
da placa, uma anomalia. No trecho analisado,
não foram verificados reparos com remoção e
posterior reconstituição de placa nas regiões
deterioradas. Em todos os casos, os reparos
foram realizados através da aplicação de uma
camada de material asfáltico sobre as placas Figura 13. Pequenos reparos.
degradadas. Na Figura 12, observa-se um re- Figure 13. Minor repairs.
paro executado. O contorno de linha contínua
vermelha indica os limites da placa, e o contor-
no amarelo de linha descontínua, os limites da (i) Pequenos reparos
capa asfáltica aplicada. Os pequenos reparos também são indica-
tivos de que ouve alguma anomalia na placa.
Esses reparos geralmente foram aplicados em
fissuras de grande abertura, preenchendo-as
com material asfáltico. A Figura 13 apresenta
uma ilustração típica desse processo. Observa-
-se nessa imagem, inclusive, o reparo já dete-
riorado.

(j) Polimento
Esse tipo de manifestação é identificada
pela exposição do agregado na superfície do
pavimento (FHWA, 2003), sendo típica de fe-
nômenos que ocorrem durante a execução da
obra: segregação e exsudação. Com a passa-
gem dos primeiros eixos, produz-se a remoção
dessa nata, que, com o subsequente uso da ro-
dovia, proporcionará o polimento dos agrega-
Figura 11. Fissura linear longitudinal. dos. Uma ilustração típica desse processo, de
Figure 11. Longitudinal linear crack. baixa intensidade, encontra-se na Figura 14.

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Figura 14. Polimento dos agregados. Figura 15. Bombeamento de finos.


Figure 14. Polishing of aggregates. Figure 15. Pumping of fine.

(k) Bombeamento de finos


Esse fenômeno evidencia-se através da ex-
pulsão do material da sub-base, sob a forma
de lama líquida, e sua consequente deposição
na superfície do pavimento, causado pelas car-
gas do tráfico (USACE, 1982). Observou-se o
acúmulo de partículas finas de solo nas juntas,
bordas e trincas das placas, o que evidencia o
processo (Felix, 2008). Além de fissuras longitu-
dinais e transversais, esse fenômeno incidiu sob
a forma de recalque diferencial entre as placas.
Esse mecanismo proveio de uma deficiência de
selagem das juntas e de uma sub-base com bai-
xa permeabilidade e alto teor de finos. Na Fi- Figura 16. Partição Localizada.
gura 15, evidencia o fenômeno, principalmente Figure 16. Located partition.
pelo acúmulo de materiais na superfície. Nota-
-se, ademais, um escalonamento entre placas.
(n) Esborcinamento de junta e de canto
Esborcinamentos são caracterizados por
(l) Partição localizada
quebras nos cantos de placas ou bordas das
A partição localizada é caracterizada pela
juntas (DNIT, 2004b). Essa manifestação pa-
quebra em pedaços do pavimento de concreto
tológica provém de tensões excessivas prove-
(USACE, 1982). Esse fenômeno inicia-se com o
nientes do tráfego de veículos nas cavidades
surgimento de fissuras transversais. Se o espa-
das juntas, combinada a uma baixa qualidade
çamento destas for pequeno (menor que 1,34
do concreto naquele local (excesso de arga-
m), há um comprometimento da transferência
massa ou ausência de agregados resistentes).
de carga, gerando fissuras longitudinais entre
Uma ilustração do fenômeno, observado junto
as fissuras transversais. Essa manifestação pa-
ao canto da placa, é apresentado na Figura 17.
tológica incide também sobre a forma de “Y”
(FHWA, 2003). A Figura 16 ilustra a fissuração
supracitada (1), bem como a partição do con- Análise da funcionalidade da rodovia
creto em pequenas partes (2). Nota-se que, em
ambos os casos, há desprendimento de peque- Conforme as manifestações patológicas
nos pedaços da placa analisada. diagnosticadas em campo, foram criadas
planilhas de cálculo individuais para cada
(m) Fissura de retração amostra, com o intuito de avaliar o índice de
Geralmente provém de concretagens reali- condição ICP do pavimento. Apresenta-se, na
zadas em dias e horários de insolação eleva- Tabela 2 o cálculo do índice referenciado para
das, ou falhas nas etapas de cura do concreto. a amostra número 4. Para os demais trechos,
Nessa rodovia, não foram verificadas fissuras apresenta-se na Tabela 3 uma planilha resumo
por retração plástica em níveis significativos. contendo o VDT, o VDC e o ICP.

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Bernardo F. Tutikian, Fabrício L. Bolina, Bruno Fernandes, Hinoel Z. Ehrenbring, Augusto M. Gil

Figura 17. Esborcinamento de canto.


Figure 17. Corner fail.

Tabela 2. Cálculo do índice ICP para a amostra número 4.


Table 2. PCI index estimation for the sample number 4.

Número % das Valor de dedução


Tipo de defeito Severidade
de placas placas (DV)
2 B 9 45% 35
3 M 13 65% 64
3 A 2 10% 35
4 B 11 55% 23
4 M 2 10% 8
4 A 1 5% 10
5 A 20 100% 8
6 B 6 30% 3
6 M 3 15% 7
7 B 1 5% 3
7 M 3 15% 8
7 A 14 70% 54
9 B 1 5% 0
9 M 2 10% 2
9 A 9 45% 17
11 B 6 30% 17
11 M 2 10% 7
11 A 9 45% 24
12 B 3 15% 22
12 M 1 5% 15
12 A 3 15% 43
13 B 2 10% 0
14 B 2 10% 1
15 B 4 20% 4
15 A 2 10% 2
Valor Deduzível Total (VDT) 412
Valor > 100
Valor Deduzível Corrigido (VDC)
(indeterminado)
ICP = 100 - (VDC) = zero rompido

Estudos Tecnológicos em Engenharia, vol. 11, n. 1, p. 9-21, jan/jun 2015 19


Análise da trafegabilidade de rodovia segundo as manifestações patológicas nas placas de concreto

Tabela 3. Planilha resumo do índice ICP dos Por intermédio de uma manutenção pe-
demais trechos. riódica e preventiva, o efeito poderia ter sido
Table 3. Spreadsheet summary of PCI index of identificado e estancado nas idades iniciais
other texts. do surgimento do fenômeno. Ademais, outros
defeitos, tais como: degraus entre pista e acos-
Amostra nº VDT VDC ICP tamento, esborcinamentos e perda de selantes
1 313 >>100 0 das juntas, dentre outros, poderiam ter sido
prevenidos também com tal atitude preventi-
2 272 >>100 0 va. Outro provável aspecto do surgimento de
fissuras nas placas de concreto foi a elevada di-
3 328 >>100 0
mensão geométrica desta (6 m de comprimen-
5 504 >>100 0 to). A experiência tem demonstrado que, na
região sul do Brasil, placas não armadas com
6 516 >>100 0
comprimentos superiores a 5,5 m são, atual-
7 471 >>100 0 mente, mais propensas à fissuração, devido ao
efeito térmico incidente sobre as placas.
8 407 >>100 0
Assim, conclui-se que os prováveis fatores
contribuintes na deterioração dessa rodovia
foram: (a) ausência de um efetivo sistema de
Discussão dos resultados drenagem; (b) emprego de material não apro-
priado na sub-base; (c) provável dimensão
Um dos fatores preponderantes que desen- elevada das placas; (d) deficiência de manu-
cadeou grande parte das manifestações patoló- tenções periódicas e preventivas; (e) ausência
gicas existentes na rodovia foi a incompetência do controle de carga dos veículos de grande
drenante do material aplicado no subleito do porte.
pavimento. Tal asserção se justifica na baixa
condutividade hidráulica típica de um material Conclusão
argiloso, podendo ser de até 0,051cm/h (Febus-
son e Debo in Georgia Stormwater Manage-
Nas oito amostras avaliadas pelo método
ment Manual, 2001). Em períodos de intensas
do ICP, os VDTs obtidos extrapolaram os limi-
precipitações pluviais, ocorre uma infiltração
tes contemplados pelo método. Isso demons-
(pelas juntas) e o respectivo acúmulo de água
tra que, além de encontrar-se em um estado
junto às camadas da sub-base (sob a placa). Em
totalmente rompido e, consequentemente, não
não havendo capacidade drenante da respetiva
funcional (ICP=0), a rodovia atingiu o fim de
argila empregada, ocorrerá, portanto, a satura-
sua vida útil.
ção dos poros desse solo do subleito. Durante
De fato, a validação desse índice conceitual
a passagem dos eixos, um acúmulo de tensões
é sustentada, na prática, pela temerária trafe-
hidráulicas ocorrerá nos poros saturados do
gabilidade dessa rodovia. Aufere-se, no local,
material, produzindo poro-pressão.
um desconforto dos usuários que dirigem com
Estando o material confinado, não haverá,
portanto, espaço para propagação lateral dessas velocidades superiores a 40km/h. A segunda
tensões. A água é então expelida para a super- concordância da conclusão obtida com o re-
fície externa da placa (dentre as juntas), carre- sultado desse método observado in loco é o
gando consigo finos da argila referenciada. Esse elevado número de manifestações patológicas
fenômeno é conhecido como bombeamento de incidentes sobre as placas. Desses dois pres-
finos e torna esta rodovia um exemplo nacional supostos, o índice numérico do método vem a
típico do estudo desse fenômeno, e suas con- comprovar, portanto, o que já se esperava con-
sequências. Como efeito, a placa foi perdendo cluir: a não funcionalidade da rodovia.
capacidade suporte ao longo do tempo, devi-
do à expulsão desse material da sub-base. Esse Referências
processo culminou no surgimento descomunal
de fissuras e escalonamento entre placas. Essas AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MA-
duas últimas consequências teriam sido retar- TERIALS (ASTM). 2011. ASTM E2840: Standard
Practice for Pavement Condition Index Surveys for
dadas, mas não eliminadas, caso tivessem sido
Interlocking Concrete Roads and Parking Lots. West
empregadas barras de transferência nas juntas Conshohocken, American Society for Testing and
transversais desses elementos. Materials, 21 p.

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