Você está na página 1de 22

DIRECÇÃO NACIONAL DO ORÇAMENTO DO ESTADO

REGRAS ANUAIS DE EXECUÇÃO DO OGE 2022:


PRINCIPAIS ALTERAÇÕES
ÍNDICE

1. ENQUADRAMENTO

2. PRINCIPAIS ALTERAÇÕES FACE AS REOGE 2021

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
ENQUADRAMENTO
ENQUADRAMENTO

• Tendo em conta a dinâmica e os desafios nos domínios da arrecadação de receita e execução


da despesa pública, em cada ano, as regras de execução do Orçamento Geral do Estado, são
actualizadas e publicadas por Decreto Legislativo Presidencial (Artigo 35.º da Lei n.º 15/10, de
14 de Julho - Lei do OGE).

• Neste contexto, as Regras de Execução do OGE 2022 foram aprovadas, por intermédio do
Decreto Presidencial n.º 73/22, de 1 de Abril.

• Assim, o presente documento visa apresentar as principais alterações ocorridas no referido


diploma legal, face as Regras Anuais de Execução de 2021, reflectidas no Decreto Presidencial
nº 59/21, de 05 de Março:

2021 2022

• Decreto • Decreto
Presidencial Presidencial
n.º 59/21, de n.º 73/22, de 1
05 de Março de Abril

<4>
REGRAS DE EXECUÇÃO DO OGE 2022
PRINCIPAIS ALTERAÇÕES
REOGE 2022 – PRINCIPAIS ALTERAÇÕES

• A desconcentração da execução do OGE, através do SIGFE, requer uma maior


responsabilidade dos gestores das UO e dos OD na execução dos respectivos orçamentos.

• Nesta perspectiva, as Regras de Execução do OGE 2022 (REOGE 2022) trazem alterações de
normas e procedimentos nos seguintes domínios:

Capítulo I – Disposições Gerais

Capítulo II - Disciplina Orçamental

Capítulo III – Despesas com o Pessoal

Capítulo IV – Ajuste Orçamental

Capítulo VI – Fundo Permanente

Capítulo VII – Prestação de Contas

<6>
CAPÍTULO I – DISPOSIÇÕES GERAIS
CAPÍTULO I – DISPOSIÇÕES GERAIS

Utilização e Acessos no SIGFE – Artigo 4.º

• Os gestores das UO’s devem remeter até ao dia 31 de Janeiro de cada ano, uma lista com a
identificação dos funcionários utilizadores do SIGFE, Portal do Munícipe e Portal de Serviços
(n.º 5).

• Os Órgãos da Administração Central remetem a lista ao SETIC-FP e os Órgãos da Administração


Local remetem às DPF’s (n.º 6).

<8>
CAPÍTULO II – DISCIPLINA ORÇAMENTAL
CAPÍTULO II – DISCIPLINA ORÇAMENTAL

Execução da Receita – Artigo 6.º


• As Receitas Próprias arrecadadas pelos Órgãos da Administração Local revertem a 100% para estes órgãos
(n.º 8).
• Para os Órgãos da Administração Central mantém-se a regra na base de 40% para a CUT e 60% para
entidade arrecadadora (n.º 7).

Execução Financeira – Artigo 8.º


• As solicitações de abertura de conta bancária dos Órgãos da Administração Local são remetidas às DPF’s
para autorização da Ministra das Finanças (n.º 5).
• Nos processos de cadastramento de coordenadas bancárias dos beneficiários no SIGFE, os Órgãos de
Soberania e da Administração Central remetem à DNT e os Órgãos da Administração Local remetem às
DPF’s (n.º 6).
• Os bens de capital doados aos Departamentos Ministeriais e Governos Provinciais devem ser objecto de
inventariação e registo nos termos da Lei do Património Público (18/10) (n.º 17).

Execução da Despesa – Artigo 9.º


• No âmbito do processo patrimonial, findo o processo aquisitivo, devem os Órgãos da Administração Local
comunicar este facto às respectivas DPF’s, e os Órgãos da Administração Central devem comunicar à
DNPE (n.º 7).
• A não submissão de relatórios de prestação de contas no âmbito do PIDLCP, condicionam as afectações de
verbas para o mês seguinte (n.º 10).
• As associações que venham a ser declaradas como de “utilidade pública”, só beneficiarão de subsídios do
OGE após 12 meses desde o seu reconhecimento (n.º 15).

<8>
CAPÍTULO II – DISCIPLINA ORÇAMENTAL
Execução de Contratos Públicos – Artigo 10.º
• Todos contratos que tenham sido celebrados mediante procedimento emergencial e a contratação
simplificada com base no critério material, é vedada a sua renovação (n.º 5).

• Os contratos de fiscalização de empreitada de obras públicas passam a admitir adiantamentos ou


pagamentos iniciais até 7,5% do valor do contrato, e excepcionalmente até 15%, mediante autorização do
Ministro das Finanças (n.º 20).

• As unidades orçamentais no âmbito do pagamento de facturas resultantes de contratos de empreitadas de


obras públicas com valor acima de Kz 500 milhões e as aquisições de bens e serviços com valor acima de
Kz 182 milhões, devem solicitar informações dos co-contratantes que conduzam à mitigação das acções de
branqueamento de capitais (n.º 21).

Promoção e Instrução do Processo de Aquisição ou Arrendamento de Imóveis – Artigo 11.º


• Os gestores das UO’s que utilizam ou administram bens imóveis do Estado têm o dever de informar
anualmente a DNPE sobre a existência, caracterização e situação matricial (n.º 2).
• Todo o gestor que não proceder ao levantamento, inscrição e regularização dos bens patrimoniais móveis e
imóveis será responsabilizado disciplinar e administrativamente (n.º 3).

Promoção de Atrasados– Artigo 15.º


• O Ministério das Finanças deve assegurar, nos termos da legislação em vigor, o pagamento de atrasados do
Estado referentes às despesas dos exercícios passados, após certificação pela IGAE.

<8>
CAPÍTULO III – DESPESAS COM O PESSOAL
CAPÍTULO III – DESPESA COM O PESSOAL

Admissão e Promoção de Agentes Públicos – Artigo 19.º


• As admissões e promoções de pessoal, que aumentam o fundo salarial, são realizadas mediante
autorização do TPE após instrução do Ministério das Finanças (n.º 3).

Processamento de Salários – Artigo 20.º

• Os processos para actualização da base de processamento de salários dos Órgãos da Administração


Local passam a ser remetidos à DPF, que consulta se necessário a DNOE e a DNAP (n.º 13).

• Nos processos de alteração de domicílio bancário deixa de ser exigida a Declaração de Idoneidade, e os
Órgãos da Administração Local passam a remeter os processos às DPF’s (n.º 15).

• As DPF’s passam a autorizar os processos relativos à isenção do pagamento do IRT ao nível local, bem
como a validação das ocorrências do pessoal em provimento provisório para o quadro definitivo ao nível
local (actualização de categorias).

<11>
CAPÍTULO IV – AJUSTE ORÇAMENTAL
CAPÍTULO IV – AJUSTE ORÇAMENTAL

Créditos Orçamentais – Artigo 23.º


• O prazo para solicitação de créditos orçamentais com recurso à reserva orçamental passa do dia 30 de
Outubro para o dia 15 de Outubro (n.º 11), findo o prazo os mesmos não serão considerados.

Créditos Adicionais por Contrapartida da Reserva Orçamental – Artigo 24.º


• Os créditos adicionais destinados a projectos e actividades financiados com recursos próprios são aprovados
pela Ministra das Finanças (n.º 11).

Créditos Adicionais por Contrapartida Interna – Artigo 25.º


• O prazo para solicitações de créditos adicionais por contrapartida interna referente ao IV Trimestre passa de
25 de Novembro para 17 de Dezembro (alínea d, n.º 1), findo o prazo os mesmos não serão considerados.
• As solicitações de contrapartida interna em Actividade Básica e Despesas de Apoio ao Desenvolvimento
dos Órgãos da Administração Local que não estejam inseridas no mesmo projecto passam a ser
solicitadas às DPF’s (n.º 7).
• A DPF passa a autorizar contrapartidas internas em Actividade Básica (excepto despesa com o pessoal) e
DAD entre OD’s da mesma UO, bem como contrapartidas internas em Actividade Básica dos serviços
periféricos e desconcentrados dos Ministérios (excepto DPF’s), desde que no mesmo projecto ou actividade
(n.º 8).
• As dotações orçamentais e eventuais saldos orçamentais, em ACT, DAD e PIP em acordos específicos,
somente podem constituir contrapartidas internas, desde que no mesmo acordo, a saber: Pnlcp-Combate a
Pobreza, Om-Munícipe, Próprio, Covid-19, Piim, Hemodiálise.
• As contrapartidas internas no PIP ao nível local passam igualmente ser efectivados pelas DPF’s, desde que
no mesmo projecto.

<13>
CAPÍTULO VI – FUNDO PERMANENTE
CAPÍTULO VI – FUNDO PERMANENTE

Fundo Permanente – Artigo 32.º


• A cabimentação das despesas do Fundo Permanente deve ser realizada em actividade própria
cadastrada no SIGFE, denominada “Fundo Permanente”.

• O montante máximo anual de Fundo Permanente para cada entidade corresponde a até 10% do
orçamento aprovado na categoria de bens e serviços das Despesas de Funcionamento, fonte
Recursos Ordinários do Tesouro (n.º 3).

<15>
CAPÍTULO VII – PRESTAÇÃO DE CONTAS
CAPÍTULO VII – PRESTAÇÃO DE CONTAS

Documentação e Prazos – Artigo 35.º

• O prazo para as DPF’s submeterem o relatório síntese mensal sobre a análise das prestações de contas
dos Órgãos Locais a DNCP passa do dia 12 para o dia 15 do mês subsequente (n.º 3).

• O prazo para os órgão da Aministração central submeterem à DNCP o relatório síntese sobre a análise
das prestações de contas passa de 5 dias úteis para 10 dias do mês subsequente devendo incluir nos
relatórios a perpectiva do género (n.º 6).

• As Administrações Municipais devem remeter às DPF’s o relatório de execução do Orçamento do


Munícipe, até 15 úteis após o fecho do trimestre (n.º 8).

• A AGT deve encaminhar à DNCP, DNOE e GERI até ao 10.º dia útil de cada mês, a informação relativa à
receita consolidada do País arrecadada no mês anterior, bem como receita tributária em cobrança,
correspondente ao stock da dívida activa.

<17>
CONSIDERAÇÕES FINAIS
CONSIDERAÇÕES FINAIS

• As regras de execução do Orçamento para o exercício económico de 2022, reforçam a


implementação do processo de desconcentração de poderes do Órgãos Orçamentais Centrais
para os Locais, de modo a garantir maior fluidez no tratamento das questões orçamentais,
permitindo uma melhor e mais célere execução das despesas públicas, tendentes à manutenção
dos serviços e correspondente satisfação das necessidades dos cidadãos.

Execução
de Receitas
Próprias
Abonação
de
Prestação
Assinaturas
de Contas
dos
Gestores

Melhoria do Reconhecim
Ajustes Processo de ento de
Orçamentai
Execução Dívida pelo
s
Estado
Orçamental

Despesa Execução
com o de
Pessoal Contratos

Pagamento
ao Exterior
pelas UO

<19>
nicola.mvuayi@minfin.gov.ao
OBRIGADO

Você também pode gostar