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DESENVOLVIMENTO
DE UM AUTOMATISMO
EM FUSION 360
PARA AUTOMATIZAÇÃO DO
ESCALONAMENTO DE SOLAS DE SAPATO E
RESPETIVOS MOLDES
ORIENTADOR
VITOR MARTINS AUGUSTO
PROFESSOR NO DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA METALÚRGICA E DE
MATERIAIS
ORIENTADOR
MIGUEL FALCÃO GRAÇA
ORIENTADOR NORCAM
RITA CÁSSIA SOUSA COSTA UP201407816
9 00
MANUEL VIEIRA
CARLOS RELVAS
RESUMO
O mercado atual revela-se cada vez mais competitivo e tecnológico, incentivando as
empresas na procura pela melhoria dos seus processos e inovação dos seus métodos de
trabalho. Neste enquadramento, a presente dissertação tem como objetivo o
desenvolvimento de um processo automático em Fusion 360, para escalonamento de solas
de sapato e respetivos moldes, com o intuito de explorar a possibilidade deste software
ser utilizado como ferramenta universal CAD, CAM e CAE.
Para além disso, foi realizada uma comparação entre o Fusion 360 e o PowerShape
Ultimate, incluindo uma análise do tempo necessário para modelar, de forma a analisar a
viabilidade, das empresas de solas de sapatos, realizarem a troca entre estes dois
programas. Com este estudo, ficou concluído que, apesar do maior número de
funcionalidades do Fusion 360, este demonstra-se mais moroso na modelação CAD. Assim,
esta desvantagem não apoia esta possibilidade de substituição, pois o tempo necessário
para modelar é um fator importante para a produtividade das empresas de solas de
sapatos.
Em suma, para que o Fusion 360 represente uma opção viável para o desenvolvimento
de processos automáticos é fundamental que a Autodesk melhore o seu método de debug
e identificação de erros, e para que a substituição do PowerShape Ultimate pelo Fusion
360 seja viável, as suas funcionalidades CAD têm de ser alargadas e/ou aperfeiçoadas, de
modo a diminuir o tempo necessário para modelar.
PALAVRAS-CHAVE
Fusion 360; Software CAD; Add-in; Indústria de solas de sapatos; PowerShape Ultimate
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DESENVOLVIMENTO DE UM PROCESSO AUTOMÁTICO EM FUSION 360
ABSTRACT
The current market proves to be increasingly competitive and technological,
encouraging companies on the search for improving their processes and innovating their
working methods. Therefore, this dissertation aims to develop an automation in Fusion
360 for scaling shoe soles and respective molds, in order to assess if this software can be
used as a universal tool for CAD, CAM and CAE.
To achieve this outcome, first, it was necessary to study how to scale shoe soles, the
different functions provided by Fusion 360, the programming language used by Python and
the API provided by Autodesk to develop Scripts and Add-ins. Hence, several codes were
developed in order to build the automatism. Once those were built, they were included
in the software and the respective debug was done. During this process, an error was
found in the construction of the code, which we wer unable to identify and correct, thus
impossible to complete and operate the Add-in. Thereby, it can be concluded that the
Fusion 360’ API is difficult to understand and that its debugging and error identification
must be improved. If these aspects remain the same, this software doesn’t seem to be
the most advantageous for the development of automatisms, due to the difficulties that
it brings to the users.
In addition, a comparison was made between the software Fusion 360 and
PowerShape Ultimate, including an analysis of the time required to design, in order to
analyze the viability of the shoe soles companies to change from one program to another.
As the study shows, despite the greater number of features of Fusion 360, the user needs
more time to model the same object, using surface modeling, than with PowerShape
Ultimate. Therefore, this disadvantage does not support the possibility of substitution, as
the time required to model is an important factor for the productivity of shoe sole
companies.
In short, in order to use Fusion 360 as a viable option for the development of
automatisms, it is essential that Autodesk improves its debugging and error identification
method. Furthermore, in order to support the replacement of PowerShape Ultimate by
Fusion 360, the CAD features of Fusion 360 have to be extended and/or improved to reduce
the amount of time that a user needs to model.
KEY-WORDS
Fusion 360; Software CAD; Add-in; Soles Shoe industry; PowerShape Ultimate
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DESENVOLVIMENTO DE UM PROCESSO AUTOMÁTICO EM FUSION 360
AGRADECIMENTOS
A elaboração deste documento não seria possível sem o apoio e incentivo de
determinadas pessoas, às quais me sinto extremamente grata pela ajuda que me
proporcionaram neste percurso.
Ao meu irmão, que sem dúvida foi indispensável nesta fase da minha vida, por toda
a sua disponibilidade, pela paciência e pela atenção.
Aos meus pais, por me possibilitarem uma vida tão confortável, por me
transmitirem bons valores, e pela sua preocupação comigo e com o meu futuro. Em
especial ao meu pai por me colocar sempre em primeiro lugar e me oferecer tanto amor,
sem ele teria sido bem mais difícil.
Aos meus amigos, pelo apoio constante, por me fazerem acreditar nas minhas
capacidades e continuar a trabalhar com convicção, e por serem o meu escape quando
mais precisei.
Aos restantes Engenheiros da Norcam, por me terem recebido tão bem, apesar da
minha passagem, pela empresa, ter sido breve.
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DESENVOLVIMENTO DE UM PROCESSO AUTOMÁTICO EM FUSION 360
ÍNDICE
1. OBJETIVO........................................................................................................................................... 1
2. INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 1
2.1. SITUAÇÃO ATUAL ...................................................................................................................... 1
2.2. NORCAM ..................................................................................................................................... 1
2.3. MOTIVAÇÃO PARA TEMA DA DISSERTAÇÃO........................................................................... 2
2.4. ESTRUTURA DA DISSERTAÇÃO ................................................................................................ 3
3. REVISÃO DA LITERATURA ................................................................................................................ 4
3.1. FUSION 360................................................................................................................................ 4
3.2. SOFTWARE CAD ........................................................................................................................ 5
3.2.1. VANTAGENS E DESVANTAGENS DO MODO CAD DO FUSION 360 ................................ 8
3.3. VANTAGENS E DESVANTAGENS GERAIS DO FUSION 360 ..................................................... 9
3.4. MODELAÇÃO DE SOLAS DE SAPATOS.....................................................................................10
3.4.1. MOLDAÇÃO POR INJEÇÃO DE BORRACHA E RESPETIVOS MOLDES ............................11
3.4.2. PRODUÇÃO DOS MOLDES DE SOLAS DE SAPATOS ........................................................13
3.5. ESCALONAMENTO DE SOLAS DE SAPATOS ...........................................................................14
3.5.1. ESPECIFICAÇÕES DAS SOLAS DE SAPATOS....................................................................17
3.6. AUTOMAÇÃO .............................................................................................................................18
3.7. ADD-IN .......................................................................................................................................19
3.8. API (APPLICATION PROGRAMMING INTERFACE) .................................................................19
3.8.1. API DO FUSION 360 ..........................................................................................................20
3.8.2. PYTHON .............................................................................................................................22
4. MÉTODOS EXPERIMENTAIS .............................................................................................................23
4.1. APRENDIZAGEM DO SOFTWARE FUSION 360 .......................................................................23
4.2. APRENDIZAGEM DA LINGUAGEM DE PROGRAMAÇÃO PYTHON ..........................................23
4.3. ANÁLISE DE UM SCRIPT PARA O FUSION 360 ......................................................................24
4.4. DESENVOLVIMENTO DE UM ADD-IN PARA O FUSION 360 ...................................................25
4.4.1. TESTE E ANÁLISE DE ADD-INS DISPONÍVEIS NO SITE DA AUTODESK .........................25
4.4.2. DESDOBRAMENTO DO RACIOCÍNIO PARA O ADD-IN .....................................................26
4.5. DESENVOLVIMENTO DOS FICHEIROS DE CÓDIGO NECESSÁRIOS PARA CONSTRUIR O
ADD-IN ...................................................................................................................................................29
4.5.1. CÓDIGO PARA DEFINIR INPUTS NECESSÁRIOS E INTERFACE DO UTILIZADOR .........29
4.5.2. CÓDIGO PARA LEITURA DAS ESCALAS ...........................................................................30
4.5.3. CÓDIGO PARA CONSTRUIR PAINEL E COMANDOS DO ADD-IN.....................................32
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LISTA DE FIGURAS
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LISTA DE TABELAS
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LISTA DE ABREVIATURAS
CAD – Computer Aided Design
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DESENVOLVIMENTO DE UM PROCESSO AUTOMÁTICO EM FUSION 360
1. OBJETIVO
O objetivo desta dissertação foi avaliar a capacidade do Fusion 360 ser utilizado como
ferramenta universal, para substituir os software CAD, CAM e CAE atualmente utilizados
pelas empresas. Esta questão surgiu devido ao facto da Autodesk alterar o paradigma
CAD/CAM/CAE, incorporando todas estas ferramentas num só programa, e ainda outras
características como a possibilidade de realizar renderizações, animações, acrescentar
add-ins etc. Este software para além de ter todas estas funcionalidades integradas num
só programa, apresenta um preço díspar, visto que as licenças são mais baratas
comparativamente aos outros software usados no mercado. Como o mercado é cada vez
mais competitivo, é de grande interesse avaliar a possibilidade de utilizar apenas um
software, e a um preço mais barato. Desta forma, para ajudar a responder a esta questão
foi proposto desenvolver um add-in no Fusion 360, como resposta a uma necessidade da
indústria de solas de sapatos, o escalonamento das mesmas e respetivos moldes, com o
intuito de explorar e avaliar o programa, e verificar a sua viabilidade para substituir o
software atualmente mais utilizado neste tipo de indústria, o Powershape.
2. INTRODUÇÃO
Este documento foi elaborado no âmbito da dissertação, a qual foi iniciada em
ambiente empresarial e mais tarde terminada remotamente, do Mestrado Integrado em
Engenharia Metalúrgica e de Materiais da Faculdade de Engenharia da Universidade do
Porto em parceria com a empresa de Engenharia e Design Industrial, Norcam.
2.2. NORCAM
A Norcam é uma empresa de Engenharia e Design Industrial, criada em 1991, que é
especializada no desenvolvimento e implementação de soluções industriais, com forte
ênfase em sistemas CAD/CAM/CAE, impressão 3D, digitalização tridimensional, células
robóticas e outros meios tecnológicos avançados de uma forma integrada, de modo a
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elaborar soluções para uma grande complexidade de problemas. A empresa integra uma
equipa coesa e multidisciplinar, formada por um conjunto de especialistas com
experiência comprovada [1].
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exigência da parte dos consumidores e pressão dos mesmos por preços mais competitivos,
a automação industrial é uma grande ferramenta para dar suporte à produção [7], [8].
Outro ponto importante, é a profunda transformação digital que tem ocorrido nas
empresas industriais. Esta transformação, propulsionada pelos avanços nas novas
tecnologias digitais, deu origem à 4ª Revolução Industrial, mais conhecida como Indústria
4.0, responsável por mudar a dinâmica da maioria das indústrias. A indústria 4.0
corresponde a uma Era de interação entre o digital e o real, dando ênfase a investimentos
em tecnologia de ponta para conectar tudo e todos. Assim, a intenção é aplicar todos
esses sistemas para o desenvolvimento de fábricas e de processos produtivos inteligentes,
os quais terão capacidade de se autocontrolar e monitorizar [8], [9].
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3. REVISÃO DA LITERATURA
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Com todas as suas características, este software é uma ferramenta de design robusta
capaz de auxiliar qualquer engenheiro a elaborar as suas ideias, independentemente do
nível de perícia ou experiência na indústria. Para além disso, é uma plataforma ideal para
ensinar, e provar que estas ferramentas podem ser utilizadas para inovar e desenvolver
[11], [12], [13].
Ao contrário do que seria de esperar, visto que este software tem inúmeras
funcionalidades, existe uma versão gratuita e outra versão para empresas a um preço
baixo. A licença gratuita é permitida para uso pessoal (estudantes e professores) ou para
empresas startup com receita anual inferior a 90 mil euros. Para as restantes empresas o
valor é cerca de 415 euros por ano. Esta filosofia adotada pela Autodesk, visa assegurar
que empresas startup e empreendedores, tenham ferramentas necessárias para
administrar seus negócios com sucesso, sem grandes investimentos iniciais. O software
funciona através de uma cloud, o que garante que todos os participantes estejam na
mesma versão de software [11], [12], [13], [14].
As aplicações CAD evoluíram da seguinte forma: 2D, 3D por modelo de arames, 3D por
superfícies e 3D por sólidos. Existem também os modelos híbridos que possuem
características dos modelos sólidos e dos por superfície [18]. Na Figura 2 temos um
esquema que mostra os diferentes métodos de modelação que podemos utilizar em CAD.
3D por
Constraint
modelo de CSG B-Rep -Based
arames
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necessárias para reproduzir ou criar o objeto. Este tipo de modelo é encontrado em vários
tipos de indústria, tais como, engenharia mecânica, arquitetura, engenharia civil,
cartografia etc. [18], [19].
Mais tarde, ocorreu uma revolução no mundo CAD: foi desenvolvido CAD 3D por
sólidos, um novo conceito de modelação de geometrias, representado na Figura 3 e 6.
Este tipo de modelos constituem uma representação completa, única e livre de
ambiguidades [18], [19], [20].
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De acordo com aquilo que já foi referido, existe mais uma forma de realizar modelos
geométricos: Feature-based. Estes sistemas de modelação foram desenvolvidos para
simplificar a modelação por sólidos, e permitem construir modelos sólidos a partir de
características geométricas que são objetos de padrão industrial, tal como, furos, slots,
ranhuras e outros tipos de orifícios. Desta forma, não é preciso especificar cada primitiva
ou perfil necessário para criar a geometria sólida complexa. A grande vantagem desta
técnica é a manutenção do design independentemente das alterações realizadas, como
está representado na Figura 9 [18], [19].
Dentro das várias vantagens que o Fusion 360 apresenta, existem algumas que são
específicas do modo CAD. Este software, não permite apenas modelar com as ferramentas
convencionais (modelação por sólidos e modelação por superfícies) como também permite
esculpir completamente entidades 3D (modo Form), através de ações Push/Pull. Para unir
essas entidades existe a ação Bridge. Assim, oferece aos designers uma grande
flexibilidade para criar geometrias de forma livre, as quais seriam difíceis de realizar
através de modelação por superfícies. Para além destas ferramentas, este software
permite criar virtualmente componentes de folha metálica, através do modo Sheet metal.
Outra vantagem do modo CAD, é a rapidez e facilidade com que se alterna o modo de
modelação [22], [23].
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Este programa cobre quase todos os aspectos de design, visto que para além de
apresentar várias ferramentas de modelação, também permite renderizar e criar
animações do modelo [23].
Dentro das opções de assemblagem, o Fusion 360 traz uma novidade: As-Built
Joints. Nesta forma de construir juntas, as peças são desenhadas todas no mesmo ficheiro,
já estão posicionadas na montagem, e existe movimento relativo entre os componentes.
Assim, não é necessário perder tempo a juntar todas as peças armazenadas em ficheiros
separados, como normalmente acontecia [22].
Apesar de todas estas ferramentas CAD, este software ainda é recente, e por isso pode
não apresentar certas funcionalidades que o utilizador esteja habituado a utilizar noutros
programas de modelação. Desta forma, pode surgir mais vezes a necessidade de procurar
soluções alternativas para realizar determinado design [24].
O modo CAM deste software suporta fresagem e torneamento 2D, 3D, 4 eixos e 5 eixos,
numa forma fácil e intuitiva de usar. A somar a esta facilidade de utilização, este
programa processa rapidamente cálculos e percursos de ferramentas, permitindo que o
utilizador faça facilmente alterações nas operações de maquinagem. Ademais, este
software oferece a opção de usar as estratégias: 2D e 3D Adaptive Clearing. Esta calcula
os percursos com base num algoritmo sofisticado, que considera de uma forma constante
o material restante e mantém o funcionamento ideal da ferramenta durante o corte. Isto
é, como se mantém a carga de corte constante, a ferramenta pode ser utilizada mais
rapidamente e com maior profundidade no material, e garante que o desgaste é uniforme
em todo o comprimento da ferramenta. A Autodesk alega que esta estratégia reduz o
tempo de desbaste das peças em média 40%, reduz o desgaste da ferramenta pela metade
e praticamente elimina a quebra da ferramenta. Para além disso, o facto de também ser
um software CAD, e todo o projeto ser realizado dentro da mesma plataforma, elimina
problemas de tradução, permite colaboração eficiente, melhora o controle de qualidade
e minimiza o tempo de inatividade [24], [25].
Relativamente ao modo CAE, este software, para além de permitir simular vários tipos
de esforços aos quais os materiais podem estar sujeitos, tem um modo designado Shape
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Esta possibilidade de funcionar através de uma cloud, torna-o perfeito para projetos
colaborativos, visto que todos os dados ficam guardados na mesma, e quem tiver
autorização pode aceder ao mesmo projeto, em qualquer lugar. Assim, todos os
responsáveis pelo projeto podem visualizar, marcar e comentar modelos e desenhos 3D.
Este software é por isso uma plataforma útil para gerir arquivos e projetos online. Esses
projetos podem ainda ser visualizados na aplicação do Fusion 360 para Android e iOS [23],
[26], [27].
Outras qualidades do Fusion 360 são, o facto de ser compatível tanto para PC como
para MAC, e o facto de não existirem versões do software, já que estando ligado à cloud,
atualiza regularmente [26], [27].
Uma desvantagem que tem sido questionada em relação a este programa é a sua
segurança. Isto é, algumas empresas, não adotam o Fusion 360, por este consistir numa
solução em cloud, o que pode não estar de acordo com os seus requisitos de segurança
[24].
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qualidade técnica, o custo dos equipamentos e dos moldes é mais elevado e a substituição
de um molde e preparação é mais demorada [30].
2) A maquete é colada sobre uma caixa, cuja superfície superior tem o perfil do
fecho do molde;
5) Coloca-se o modelo em gesso refratário numa caixa em aço, revestida por placas
de fibra cerâmica, a qual é constituída por uma tampa com uma abertura para fazer o
vazamento do metal líquido;
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Para escolher o material de fabrico dos moldes para solas de sapatos, é importante
considerar o componente do molde a fabricar, a sua função e os seus requisitos de
trabalho. Assim, os materiais mais adequados às solicitações de projeto dos moldes de
injeção de plásticos são diversos tipos de aço, e algumas ligas de alumínio e cobre. A
tendência, por parte das empresas, era fabricar os moldes em aço, mas atualmente,
ocorreu um aumento da integração do alumínio, no fabrico de moldes industriais, devido
à sua alta resistência mecânica, excelente condutibilidade térmica e à facilidade com que
é maquinado. Esta substituição permite diminuir o peso (um molde de alumínio pode ser
até 70% mais leve que de aço) e aumentar a facilidade na troca e manutenção do molde.
Para além disso, é perceptível uma redução de custos, que pode chegar aos 40%, tendo
em conta que: o tempo de maquinagem é reduzido em 70% e o de acabamento em 80%;
os ciclos de produção são mais rápidos, devido à condutibilidade térmica quatro vezes
superior ao aço; velocidade de corte e maquinabilidade e tempo de vida útil do molde
[33].
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Figura 13. Exemplo da definição das medidas da largura (X) e do comprimento (Y), numa palmilha, e divisão
do desenho em duas regiões [34].
(𝑵𝑫 − 𝑵𝑷) × 𝑽𝑪
𝜷 = 𝟏. 𝟎 + + 𝑪𝑻𝑴
𝑪𝑷
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𝒙(𝑵𝑫) = 𝒙 × ∝
𝒚(𝑵𝑫) = 𝒚 × 𝜷
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3.6. AUTOMAÇÃO
O conceito de automação corresponde à substituição do trabalho humano ou animal
por máquina. O sistema automático funciona com a mínima interferência do operador
humano, e automático significa ter um mecanismo de atuação própria, que realize uma
ação solicitada em tempo determinado ou em resposta a certas condições. Para além
disso, também se pode definir automação como sendo um sistema que tende a aumentar
a eficiência de um determinado processo [36], [37].
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apresenta algumas limitações tais como: capacidade limitada para tomar decisões; tem
de ser programada ou ajustada para controlar a sua operação nas condições especificadas;
necessita de calibração periódica, de forma a garantir sua exatidão nominal; e requer
manutenção eventual para garantir que a sua precisão nominal não se degrada [36], [37].
3.7. ADD-IN
A definição add-in pode ser utilizada em diferentes contextos, tais como: para
denominar um componente que se pode adicionar a um computador ou outro dispositivo,
com intuito de amplificar as capacidades dos mesmos (acrescentar memória, adicionar
recursos gráficos, etc.), e um programa de software que amplia as capacidades de outro
programa maior [39]. No caso deste trabalho, o add-in foi um programa desenvolvido para
acrescer uma funcionalidade ao programa Fusion 360, e foi utilizada a API disponibilizada
pela Autodesk.
Para além destas facilidades proporcionadas pelo o uso de APIs, a sua integração
apresenta várias vantagens para quem opta por usá-la, tais como:
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Atualmente, é impossível enumerar a quantidade de APIs que existe, mas uma delas é
a API disponibilizada pela Autodesk que permite desenvolver Scripts ou Add-ins para o
Fusion 360 [42].
Uma das diferenças entre o uso da interface interativa do Fusion 360 e o uso da
API, é como os objetos específicos são acedidos. Isto é, no modo interativo o utilizador
seleciona itens graficamente no programa e novos objetos são gerados usando
determinados comandos. No caso da API, os objetos são acedidos através do que é
chamado, o Modelo de Objeto. O Modelo de Objeto do Fusion 360 é uma estrutura
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hierárquica de objetos, sendo bastante útil para trabalhar com a API. Na Figura 16 está
reproduzida a parte do Modelo de Objeto utilizada para criar extrusões [42].
Assim, podemos verificar como está definida uma parte da estrutura hierárquica do
modelo, e os diferentes patamares da mesma. Neste exemplo, temos os seguintes objetos:
• Component – conhecido como componente raiz, a partir deste são acedidos todos
os sketches, features, geometria de construção, componentes etc. [42].
Todos os objetos estão organizados desta forma, e na maioria dos casos, deve ser
lógico qual é a sequência para obter um objeto específico. Por exemplo, se o utilizador
desejar aceder a uma determinada linha de sketch, terá de pensar que os vários tipos de
sketchs pertencem ao objeto sketch, e este pertence ao objeto component, e assim
sucessivamente [42].
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3.8.2. PYTHON
O Python é uma linguagem de alto nível, orientada a objetos, com uma sintaxe clara
e precisa, o que facilita a legibilidade do código-fonte, tornando a linguagem mais
produtiva. Esta linguagem é utilizada como linguagem principal no desenvolvimento de
sistemas, e também como linguagem script em vários software, permitindo automatizar
tarefas e adicionar novas funcionalidades. É ainda possível integrar o Python a outras
linguagens, como linguagem C e Fortran, e esta linguagem, apresenta muitas similaridades
com outras dinâmicas, como Perl e Ruby [43], [44].
Existem várias razões pelas quais o Python se destaca como uma plataforma para
computação científica, entre as quais:
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4. MÉTODOS EXPERIMENTAIS
Figura 18. Mala de viagem modelada (frente, traseira e com a tampa aberta).
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editor de texto escolhido para programar foi: Visual Studio Code, visto ser bastante
intuitivo e ser o mais adequado para utilizar com o Fusion 360.
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O próximo passo foi escolher a opção Create (1) e criar um Script, selecionando a
linguagem Python e a localização para guardar o ficheiro. Para evitar eventuais problemas
na leitura dos ficheiros, é aconselhado localizá-lo na pasta correspondente aos Scripts do
programa, que se encontra na pasta: Autodesk Fusion 360. Posteriormente, selecionou-se
a opção Edit (2) para começar a editar o código para o Script. Neste passo, surgiu um
problema: ao selecionar Edit o ficheiro não abria. Assim, após análise, as soluções
encontradas foram: procurar o ficheiro na pasta onde estava guardado, selecionar a opção
abrir com, e escolher a aplicação Visual Studio Code, ou então, carregar no botão direito
do rato e selecionar a opção Open file location.
Após uma pesquisa na informação disponível na documentação sobre o Fusion 360
em Product Documentation, no Learn & Support do site da Autodesk, seguindo a
sequência: Programming Interface, Sample Programs, Modeling e Sketches, encontrou-se
vários códigos que podem ser utilizados para associar ao Fusion 360, dos quais se escolheu
um, em Python, para criar um círculo através do centro e raio (Create circle by center
and radius API Sample). Este código foi introduzido no ficheiro do Script criado. Por fim,
basta selecionar o comando Run (3) para colocar o mesmo a funcionar no Fusion 360.
Terminados todos estes passos, foi realizada uma análise do código utilizado, de forma a
entender a função de cada linha, o raciocínio presente e a forma como é conectado ao
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Para além disso, foi feita uma análise da variada documentação disponível na
secção Programming Interface, e de um código disponível no site GitHub, chamado Nester.
Assim, foi possível entender melhor como se utiliza os objetos da API, no código de um
Add-in, as classes e os objetos que são necessários para criar a interface com a qual o
utilizador irá interagir, que tipos de comandos poderiam ser utilizados no add-in a
desenvolver, e o raciocínio fundamental para interligar o nosso código com o software
Fusion 360. Concluiu-se que seria útil dividir o código em duas partes: uma responsável
por criar todo o contexto visual da interface, ou seja, a janela com os diferentes
comandos, onde o utilizador irá colocar os inputs necessários, e por desenvolver a forma
como esses comandos funcionam com o software; a segunda parte responsável por
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Por fim, era preciso indicar qual escala se queria usar, visto que existem várias
utilizadas no mercado. No desenvolvimento deste add-in foram consideradas duas escalas:
a inglesa e a francesa. Para colocar a hipótese de escolher qual a escala a utilizar, foi
criado um comando que disponibiliza uma lista, na qual podemos escolher.
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Escala Francesa
Comprimento: +/- 6.66 mm
Largura: +/- 1.5 mm
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Para ser possível ler essa biblioteca, e mais tarde conectá-la ao código principal,
foi necessário construir outros ficheiros de código. O primeiro ficheiro a ser importado
está representado na Figura 23, na qual é explicado a função das linhas de código.
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Figura 33. Funções para obter a escala responsável pelas alterações dimensionais.
Após se encontrar o valor da escala, foi necessário descobrir a melhor forma para
escalar as superfícies desejadas, tendo em consideração as suas características. Para isso
foram desenvolvidas várias e distintas funções, de modo a testar diferentes soluções.
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Para além desta possível solução, foi desenvolvida outra com um raciocínio
diferente. Assim, foram construídas quatro funções, duas das quais eram responsáveis por
escalar o modelo, e as outras duas por substituir as superfícies selecionadas pelas novas,
já escaladas. Na Figura 35 estão retratadas as funções responsáveis por escalar o corpo,
diferenciando-se no facto de uma aplicar escalas diferentes em X e em Y, correspondente
às superfícies selecionadas com dimensões distintas, e outra aplicar a mesma escala em
ambas as coordenadas, que por sua vez corresponde às superfícies com dimensões iguais.
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Debug do Fusion 360 para detectar eventuais erros. Foram utilizados modelos de solas de
sapatos, fornecidos pela empresa Norcam, para testar o add-in.
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mensagens que descrevem os erros de código, para facilitar o trabalho dos utilizadores, e
ajudá-los a alcançar o seu objetivo. Ademais, este fator é conveniente para a Autodesk,
não só para vender licenças do software, mas também pelo facto desses add-ins
desenvolvidos poderem ser do seu interesse. Assim, para que o Fusion 360 seja encarado
como uma solução vantajosa para o desenvolvimento de processos automáticos, é
necessário que esta empresa aperfeiçoe estas funcionalidades do software e procure
simplificar a aprendizagem da API.
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DESENVOLVIMENTO DE UM PROCESSO AUTOMÁTICO EM FUSION 360
Para além de ser possível economizar com o facto de se utilizar apenas um software
para as diferentes fases do processo, o Fusion 360 apresenta também um preço díspar do
usual no mercado, sendo que uma licença anual custa apenas 415 euros (sem IVA). No caso
do PowerShape, existem três opções de licença anual: standard por 2245 euros (sem IVA),
Premium por 3005 euros (sem IVA) e Ultimate por 4690 euros (sem IVA). A Tabela 1
representa uma comparação geral entre as três versões existentes [45], [46].
Desta forma, a versão Ultimate foi considerada a mais adequada para a indústria
de solas de sapatos, devido ao facto de permitir a utilização de malhas triangulares
(modelação Mesh), fator importante para as texturas das solas.
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DESENVOLVIMENTO DE UM PROCESSO AUTOMÁTICO EM FUSION 360
Tabela 2. Comparação das funcionalidades CAD do PowerShape Ultimate e do Fusion 360 [45],
[46].
Através da análise da Tabela 2, podemos conferir que a o Fusion 360 apresenta três
características em falta no PowerShape Ultimate: Modelação Paramétrica, Sheet metal e
Modelação Freefrom.
41
DESENVOLVIMENTO DE UM PROCESSO AUTOMÁTICO EM FUSION 360
Fusion 360 para Android e iOS. A Tabela 3 demonstra uma comparação geral entre os dois
software [45], [46].
Após esta comparação entre os dois software, foi possível concluir que o Fusion
360, além de apresentar de uma forma geral mais funcionalidades, que o PowerShape,
permite também economizar bastante no investimento necessário, visto que a diferença
entre os preços é no mínimo de 1830 euros, dependendo da versão do PowerShape
escolhida. No caso da indústria de solas de sapato, a versão mais adequada é a Ultimate,
e por isso, esta substituição, economizaria 4275 euros.
Assim, foi importante avaliar outras questões impostas nesta substituição, tais
como: a curva de aprendizagem e respetiva necessidade de formação envolvida, e uma
análise do tempo necessário para modelar, e consequente produtividade.
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DESENVOLVIMENTO DE UM PROCESSO AUTOMÁTICO EM FUSION 360
POWERSHAPE ULTIMATE
APRENDIZAGEM
FUSION 360
APRENDIZAGEM
Outro ponto a considerar é o facto do Fusion 360 poder ser mais facilmente
autodidático, visto que existe um maior número de vídeos de apoio e informação
documentada em relação a este programa, do que para o PowerShape, no site da
Autodesk.
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DESENVOLVIMENTO DE UM PROCESSO AUTOMÁTICO EM FUSION 360
indústria de solas de sapatos. A Tabela 4 representa uma análise do tempo necessário para
modelar uma peça utilizando modelação por superfícies.
Tabela 4. Análise do tempo necessário para modelar uma peça, utilizando modelação
por superfícies.
PowerShape Fusion
Software
Ultimate 360
Tempo para modelar a
0,23h (14 min.) 0,3h (18 min.)
peça
Estimativa do número de
peças realizadas em 1 dia 8h/0,23h ≈ 34 8h/0,3h ≈ 26
de trabalho (8h)
Tabela 5. Análise do tempo necessário para modelar uma peça, utilizando modelação
por sólidos.
PowerShape Fusion
Software
Ultimate 360
Tempo para modelar a
0,17h (10 min.) 0,12h (7 min.)
peça
Estimativa do número de
peças realizadas em 1 dia 8h/0,17h ≈ 47 8h/0,12h ≈ 66
de trabalho (8h)
44
DESENVOLVIMENTO DE UM PROCESSO AUTOMÁTICO EM FUSION 360
Como podemos confirmar pela Figura 44, as solas de sapatos têm de ser
maioritariamente produzidas através de modelação por superfícies, devido às suas formas
mais orgânicas. Assim, tendo em conta este fator, o software mais benéfico para a
indústria de solas de sapatos é o PowerShape Ultimate, já que, para modelar através de
superfícies, necessita de menos 23% do tempo que o Fusion 360, permitindo uma maior
produtividade à empresa.
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T •
•
Necessidade de investir em novas formações.
Falta de especialistas no programa.
46
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6. CONCLUSÕES
Esta dissertação teve como principal objetivo avaliar a capacidade do Fusion 360 ser
utilizado como ferramenta universal, para substituir os software CAD, CAM e CAE,
atualmente utilizados pelas empresas.
Para responder a esta questão foi desenvolvido um add-in no Fusion 360, como tentativa
de dar resposta à necessidade da indústria de solas de sapatos, para escalonamento das
mesmas e respetivos moldes, com o intuito de explorar e avaliar o programa e verificar a
sua viabilidade para substituir o software atualmente mais utilizado neste tipo de
indústria, o PowerShape.
Assim, de modo a alcançar este objetivo, foram desenvolvidos vários ficheiros de código,
utilizando a linguagem de programação Python e a API disponibilizada pela Autodesk. Esta
linguagem revelou-se bastante acessível, no entanto, a API revelou-se de difícil
compreensão.
Relativamente ao add-in desenvolvido, não foi possível testar a sua exequibilidade, devido
à incapacidade de resolver o último problema encontrado no debug realizado. Apesar de
terem sido analisadas várias possibilidades de solucionar este problema, a identificação
do mesmo, pela parte do próprio software, não foi suficiente para possibilitar a sua
resolução. Desta forma, conclui-se ser relevante para a Autodesk e para os seus
utilizadores, melhorar as mensagens que descrevem os erros de código e o método debug,
de modo a facilitar a progressão no desenvolvimento dos add-ins, e a tornar o
desenvolvimento de processos automáticos menos moroso. Este fator prejudica a
viabilidade deste programa ser utilizado, pelas empresas, para desenvolver processos
automáticos, já que existem no mercado software com melhores APIs e sistemas de debug.
No entanto, seria interessante voltar a explorar este tema, procurando solucionar o
problema encontrado no desenvolvimento deste add-in, ou procurando alternativas para
desenvolver um add-in com a mesma finalidade, visto que este poderia ser aplicado para
aumentar a produtividade na indústria de solas de sapatos.
A comparação realizada entre os programas, permitiu concluir que o Fusion 360 apresenta
mais funcionalidades, é uma ferramenta mais completa, visto que é CAD, CAM e CAE, é
mais intuitivo, logo de aprendizagem mais fácil, e a licença anual é mais barata. Em
termos da produtividade permitida pela modelação CAD, o Fusion 360 necessita de,
aproximadamente, mais 23% do tempo para modelar através de superfícies, enquanto,
para modelar através de sólidos, o PowerShape Ultimate precisa de mais 29% do tempo.
Considerando que, para desenvolver uma sola de sapato, o tipo de modelação mais
apropriado é por superfícies, devido às suas formas mais orgânicas, para uma empresa
produtora de solas, o PowerShape Ultimate é o programa mais vantajoso, logo, a
substituição deste programa pelo Fusion 360, no caso deste tipo de indústria, não é viável.
Assim, a escolha do software mais benéfico depende das características e competências
necessárias, e do tipo de empresa.
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Em suma, o Fusion 360 é um programa bastante versátil, que merece ser mais explorado,
e considerado pelas empresas que necessitam de adquirir um software CAD, CAM e/ou
CAE, e até mesmo para substituir os programas que atualmente as empresas utilizam. No
entanto, apresenta características que devem ser aperfeiçoadas, para evitar que o
utilizador necessite de procurar soluções alternativas por falta de determinadas
funcionalidades, e deve melhorar a sua API e sistema de debug, principalmente a
identificação precisa dos erros encontrados, de forma a facilitar o desenvolvimento de
add-ins, de modo a amplificar a sua capacidade de competir com os software presentes
no mercado. No caso da indústria de solas de sapatos, o Fusion 360 ainda não representa
a solução mais benéfica para as empresas, e como tal, a substituição do PowerShape
Ultimate por este programa não é viável.
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