Você está na página 1de 20

UNIVERSIDADE ZAMBEZE

FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA

ANÁLISE DO DESEMPENHO DE UMA UNIDADE FABRIL ATRAVÉS DO


MODELO DE PRODUTIVIDADE SISTEMATICA
Estudo de Caso: Ferpinta Moçambique S.A.R.L

PROJECTO DE PESQUISA: ENGENHARIA DE PROCESSOS INDUSTRIAIS

BEIRA
Abril de 2022
ANÁLISE DO DESEMPENHO DE UMA UNIDADE FABRIL ATRAVÉS DO
MODELO DE PRODUTIVIDADE SISTEMATICA
Estudo de Caso: Ferpinta Moçambique S.A.R.L

LUTEGERO MARQUES

Orientador:

Projecto de Pesquisa submetida à Faculdade de


Ciências e Tecnologia – Departamento de
Engenharia Mecatrónica da Universidade
Zambeze - Beira, como Requisito Parcial para
obtenção do título de Engenheiro de Processos
Industriais.

BEIRA
Abril de 2021

II
INDICE

CAPITULO I: INTRODUÇÃO.................................................................................................. 4
1.1. Nota Introdutória ............................................................................................................. 4
1.2. Justificação ...................................................................................................................... 5
1.3. Problematização............................................................................................................... 6
1.3.1. Problema ...................................................................................................................... 6
1.4. Hipóteses ......................................................................................................................... 7
1.4.1. Hipótese Primária ........................................................................................................ 7
1.5. Relevância da pesquisa .................................................................................................... 7
1.5.1. Relevância científica .................................................................................................... 7
1.5.2. Relevância social ......................................................................................................... 7
1.6. Objectivos da Pesquisa .................................................................................................... 8
1.6.1. Objectivo Geral ............................................................................................................ 8
1.6.2. Objectivo Específicos .................................................................................................. 8
1.7. Delimitação ...................................................................................................................... 9
CAPITULO II: REVISÃO LITERÁRIA ................................................................................. 10
2.1. Análise de desempenho e Produtividade Sistémica ...................................................... 10
2.1.1. Planeamento Estratégico ............................................................................................ 10
2.1.2. Medição De Desempenho .......................................................................................... 10
2.1.3. Indicadores de Desempenho ...................................................................................... 13
2.1.4. Principais Características ........................................................................................... 13
2.1.5. Metodologias de Implantação .................................................................................... 14
2.1.6. Produtividade Sistémica ............................................................................................ 16
CAPITULO III: METODOLOGIAS........................................................................................ 17
3.1. Métodos de Pesquisa ..................................................................................................... 17
3.1.1. Pesquisa bibliográfica ................................................................................................ 17
3.1.2. Documentação indirecta ............................................................................................ 18
3.1.3. Pesquisa de Campo .................................................................................................... 18
3.1.4. Observação sistemática .............................................................................................. 18
3.2. Cronograma das Actividades do Projecto ..................................................................... 19
3.3. Referências Bibliografias .............................................................................................. 20

3
CAPITULO I: INTRODUÇÃO

1.1. Nota Introdutória

Actualmente, perceber quais as melhores estratégias a adoptar para fazer face a um


mercado tão competitivo, ainda representa um problema no mundo empresarial. Há algumas
décadas que o sucesso de uma empresa é medido através de activos tangíveis, contudo com a
transformação social e tecnológica surge a necessidade de prestar atenção a novas variáveis,
como a motivação dos colaboradores e a aposta na responsabilidade social da empresa, por
exemplo (FIGUEIREDO, 2017).
Desta forma, e no sentido de acompanhar a globalização, o mercado e a evolução da
própria empresa, são contruídas ferramentas de gestão necessárias para o acompanhamento
constante da informação e da estratégia implementada. Nesta ordem de ideia, o conceito de
produtividade foi introduzido e desenvolvido nas organizações para auxiliar, avaliar e melhorar
seu desempenho, porém o mesmo, levando em consideração apenas uma variável de entrada,
não mais representa de forma desejada a realidade. Há, portanto, a necessidade de se
desenvolver um modelo integrado e sistémico para a determinação da produtividade, para que
as organizações, actuando nos seus respectivos sectores, construam vantagens comparativas.
O objectivo principal do Presente Projecto de Pesquisa é analisar o desempenho de
uma unidade fabril através do modelo de Produtividade sistemática na Ferpinta Moçambique
SA, dentro deste contexto a medição do desempenho passa a ser definida como a quantificação
da eficiência e da eficácia de uma organização.
De acordo com (OLIVEIRA, 2006), a correcta medição e avaliação do desempenho
dos processos e do sistema produtivo em geral constituem a única forma de garantir os
objectivos estratégicos da empresa, qualidade, tempo, flexibilidade e custo. Porém nos dias de
hoje, a sobrevivência das organizações não é mais suficiente para garantir o sucesso, as
organizações devem buscar qualidade, em parceria com o meio ambiente e tendo como parceira
a sociedade com a qual convivem e para qual devem demonstrar sua preocupação com a
qualidade da vida desta e das futuras gerações.

4
1.2. Justificação

A Análise de desempenho é uma medida estratégica de sobrevivência da organização.


Logo, o Sistema de Medição de Desempenho não deve ser uma ferramenta apenas de controlo
e monitoramento, e sim uma ferramenta de apoio à gerência da empresa, embasando suas
decisões e auxiliando na identificação de acções de melhoria. O tema do Presente projecto de
Pesquisa foi escolhido tendo-se em vista a importância de uma gestão integrada e sistémica da
produtividade e o desenvolvimento de um processo para a sua análise na Ferpinta Moçambique,
por forma a contribuir para um melhor desempenho organizacional, um controlo mais
estruturado e sistemático da evolução do negócio e maior diligência na tomada de decisão. Visto
que para uma empresa permanecer competitiva, é necessário uma gestão integrada do
desempenho, em que a produtividade tem de ser medida através de uma abordagem sistémica
e vinculada à estratégia de operações da empresa (KING, 2007).
Entretanto, para que a organização consiga mensurar seu desempenho, não só no
ambiente produtivo como também no ambiente social, económico e ambiental com a mesma
importância, bem como analisar os dados adquiridos e adoptar as providências necessárias com
base nos mesmos, a empresa deve controlar suas actividades operacionais, alimentar seus
sistemas de incentivo dos funcionários, além de controlar seu planeamento e melhorar
continuamente seu processo.

5
1.3. Problematização

Com os mercados altamente competitivos, as organizações sentem-se obrigadas a


implementar novas estratégias para acompanhar a concorrência, Nos dias actuais as
multinacionais optam pela expansão para novos mercados para enfrentar as falhas dos mercados
pois, por norma, expandem o seu negócio, quando os seus produtos não são reconhecidos no
país de origem. Portanto, a expansão para novos mercados devem ser acompanhadas pela
evolução tecnológica com vista a equilibrar-se na era competitiva. A presenta Pesquisa terá
como base principal a utilização de uma modelo análise da produtividade em todos os sectores
produtivos da empresa Ferpinta Moçambique SA, visando analisar o desempenho, uma vez que
investir apenas no mercado nacional não é suficiente para aumentar a sua rentabilidade e
diferenciam-se internacionalmente como estratégias. Neste sentido, a Ferpinta Moçambique,
além de apostar na sua internacionalização em diferentes partes do mundo e em diversas
culturas, opta pela expatriação organizacional que consiste em enviar colaboradores para fora
do país de origem com intuito de exercerem funções num outro que de alguma forma podem
impactar no aumento da mão-de-obra estrangeira e reduzir a nacional. Em Moçambique,
particularmente na Cidade da Beira existem muitas de origem externa, a maioria Portuguesas e
Sul-africanas. Estas foram atraídas pela mão-de-obra barata, úteis rotas marítimas de comércio,
um país vizinho a muitos potenciais mercados.

1.3.1. Problema

 Até que ponto a adopção do Modelo de Produtividade sistémica na Ferpinta


Moçambique pode gerar benefícios e melhoria dos seus processos.

6
1.4. Hipóteses

1.4.1. Hipótese Primária

A análise do sistema de medição de desempenho é importante para a melhoria contínua


da empresa, pois o mesmo é usado para avaliar, planejar, controlar o planeamento, identificar
os problemas que necessitam intervenção, por isso a estruturação para adopção do Modelo de
Produtividade sistémica poderá gerar benefícios e melhoria dos seus processos e propiciar em
novas fonte de informação para as tomadas de decisões

1.5. Relevância da pesquisa

1.5.1. Relevância científica


Do ponto de vista científico a pesquisa terá relevância significativa em diversas áreas
relacionada a Engenharia, com destaque para a análise da produção colectiva e individual dos
Colaboradores, implantação de diversos sistemas de gestão de pessoal orientados a melhoria da
produtividade contínua das organizações, e outros ramos relacionados a inovação tecnológica.
O projecto será relevante também no que concerne ao incremento do acervo bibliográfico aos
vários estudantes deste ao ensino Técnico-Profissional ao Superior na realização de diversos
trabalhos de pesquisas curriculares numa situação que este pode contribuirá na resolução
científica de alguns possíveis problemas que possam advir.

1.5.2. Relevância social


A presente pesquisa terá uma relevância significativa para os Colaboradores da
organização escolhida como o foco deste estudo, pós através deste, espera-se que o projecto
contribuía na melhoria da qualidade de vida de todos os intervenientes do processo e no
aumento dos diversos subsídios e geração de novos postos de emprego para a população
circunvizinhas da empresa. Espera-se também que a pesquisa contribuía para a redução dos
custos de retrabalho e aumente a disseminação de um ambiente favorável de trabalho desejado
por todos.

7
1.6. Objectivos da Pesquisa

1.6.1. Objectivo Geral

 Analisar o desempenho de uma unidade fabril através do método de Produtividade


sistemática, tendo como o estudo de caso, Ferpinta Moçambique S.A.R.L.

1.6.2. Objectivo Específicos

 Identificar os indicadores de desempenho utilizado pela unidade fabril, bem como as


suas possíveis falhas
 Descrever a metodologia para a implantação do método de produtividade sistemática;
 Compara o método actualmente usado pela Ferpinta Moçambique S.A.R.L para a
medição, analise com o modelo proposto para a melhoria seu processo.

8
1.7. Delimitação

A Pesquisa terá como a delimitação espácio-temporal, a empresa Ferpinta


Moçambique – SARL, cuja missão assenta-se em destacar-se pela sua posição no mercado
internacional na indústria siderúrgica, não só nas áreas geográficas onde está presente, como
nas proximidades devido à sua privilegiada localização, esta é unidade fabril vocacionada na
produção e distribuição local de chapa perfilada e tubos de aço, complementada com produtos
longos. A unidade localiza-se avenida Acordos de Lusaka, Talhão 3490 – Beira, Moçambique,
a constante preocupação com a satisfação dos seus clientes e a qualidade dos produtos faz parte
dos seus valores, bem como o investimento em inovações técnicas que respeitem o meio
ambiente e recursos envolventes. A presente Pesquisa compreenderá um período de Abril à
Setembro do ano em curso e sequenciar-se-á ao cronograma ilustrado no quadro 1.

9
CAPITULO II: REVISÃO LITERÁRIA

2.1.Análise de desempenho e Produtividade Sistémica


2.1.1. Planeamento Estratégico

Ao longo das últimas décadas, as exigências do mercado foram se somando a factores


já esperados de desempenho empresarial, aumentando a complexidade da gestão nas empresas.
Neste cenário, um diferencial competitivo passa a ser a tecnologia gerencial, exigindo das
empresas um posicionamento definido e reconhecido pelo mercado (MÜLLER,
CORTIMIGLIA, et al., 2003)

O Autor (OLIVEIRA, 2006)define planeamento estratégico como a correspondência


ao estabelecimento de um conjunto de providências a serem tomadas pela administração para a
situação em que o futuro tende a ser diferente do passado. Entretanto, a empresa tem condições
e meios de agir sobre as variáveis e factores de modo que possa exercer alguma influência.

Segundo (MÜLLER, CORTIMIGLIA, et al., 2003)o planeamento estratégico não


produz acções nem mudanças visíveis na empresa – sua resultante é apenas um conjunto de
planos e intenções. A implementação estratégica (acções) se dá ao nível dos processos
organizacionais, onde justamente as acções são efectivas. Na tentativa de garantir a
implementação ou operacionalização do planeamento estratégico, o sistema de indicadores
exerce o papel de desdobrar metas aos processos e retornar seu desempenho. O sucesso da
empresa não provém da melhoria de indicadores específicos. É preciso que haja conexão destes
com os objectivos organizacionais estratégicos. A discussão da integração é pertinente no
sentido de colaborar para a melhoria de resultados dos planos estratégicos desenvolvidos nas
empresas, oferecendo prioridade aos processos operacionais das mesmas.

2.1.2. Medição De Desempenho

Medir desempenho significa aferir algo que já aconteceu. Em uma organização, a


medição de desempenho é parte constituinte de diversas actividades e provê informações sobre
o desempenho para diversas finalidades. Sua operacionalização ocorre através de medidas de
desempenho, as quais buscam quantificar o desempenho do objecto de estudo (OLIVEIRA,
2006).

10
Portanto medir o desempenho e gerar dados importantes contribui para o bom funcionamento
da empresa.

Figura 1:Processo de Gestão do Desempenho e a Posição do Sistema de Medição de Desempenho

Fonte: Adaptado de (MARTINS, 2005)

A partir da Figura 1, (MARTINS, 1999), salienta que o processo de gestão do


desempenho é o meio pelo qual a empresa administra o desempenho de acordo com as
estratégias e seus objectivos. No centro do processo de gestão do desempenho está o sistema de
medição de desempenho que integra todas as informações dos sistemas relevantes, como a
revisão e desenvolvimento da estratégia, a contabilidade gerencial, a administração por
objectivos, as medidas de desempenho, os esquemas de incentivos/bónus e as avaliações de
desempenho individual. É importante destacar que a efectividade do processo depende de como
as informações, ilustradas na Figura 1, são utilizadas.

O autor (MARTINS, 2005), procura demonstrar que, partindo do pressuposto de que


um sistema de medição de desempenho precisa estar integrado ao sistema de gestão da empresa
e voltado para a melhoria contínua, um sistema organizacional deverá ser medido através da
eficácia, eficiência, qualidade, produtividade, qualidade de vida do trabalho, inovação e
lucratividade. A Figura 2 ilustra de forma simples e esquemática os pontos nos quais esses
critérios devem ser medidos.

11
Figura 2:Sistema Organizacional e os Critérios de Desempenho

Fonte: Adaptado de (MARTINS, 2005)

De acordo com Martins (1999), as medidas de desempenho sofrem contingência da


estrutura organizacional da empresa, do ambiente operacional e da estrutura de recompensas.
Os objectivos da empresa motivam e determinam as metas das medidas de desempenho e, por
sua vez, as medidas de desempenho acusam quanto foi alcançado. Como demonstrado na figura
abaixo:

Figura 3:Modelo para Medição do Desempenho

Fonte: Adaptado de (MARTINS, 2005)

12
2.1.3. Indicadores de Desempenho

Em toda empresa é necessário dispor de informações e dados que permitam gerenciar


o seu presente e o seu futuro em face das mudanças do mercado. Um sistema de medição
objectiva estabelecer o grau de evolução ou estagnação dos seus processos, assim como, da
adequação ao uso de seus bens e serviços, fornecendo informação, para que se possam tomar
as acções preventivas/correctivas que levem à consecução das metas da organização
(OLIVEIRA, 2006).

De acordo com (OLIVEIRA, 2004), os indicadores podem ser classificados em:


 Indicadores Estratégicos: determinam a posição da organização quanto à direcção da
consecução de sua visão, reflectindo assim, o desempenho em relação aos factores
críticos para o êxito.
 Indicadores de Produtividade (eficiência): São encontrados dentro dos processos e
tratam da utilização dos recursos para a geração de produtos e serviços. Servem para
identificar e prevenir problemas nos processos, estando ligados intimamente aos
indicadores de qualidade.
 Indicadores de Qualidade (eficácia): estão mais ligados às saídas do processo
representando a eficácia com que o processo sob estudo atende às necessidades de seus
clientes indicando a sua satisfação e as características do produto/serviço.
 Indicadores de Efectividade (impacto): Objectivam medir o grau de modificação da
situação-problema (desafio) que deu origem à acção estratégica.
 Indicadores de Capacidade: medem a capacidade de resposta de um processo através
da relação entre as saídas produzidas por unidade de tempo.

2.1.4. Principais Características

A seguir será visto as principais características de um sistema de medição de desempenho


adequado às novas condições ambientais, interna e externas, das empresas (MARTINS, 1999):
 Ser congruente com a estratégia competitiva;
 Ter medidas financeiras e não-financeiras;
 Direccionar e suportar a melhoria contínua;
 Identificar tendências e progressos;
 Facilitar o entendimento das relações de causa-e-efeito;
 Ser facilmente inteligível para os funcionários;

13
 Abranger todo o processo, desde o fornecedor até o cliente;
 Informações disponíveis em tempo real para toda a organização;
 Ser dinâmico;
 Influenciar a atitude dos funcionários; e avaliar o grupo e não o indivíduo.

2.1.5. Metodologias de Implantação

Para (CARDOZA, CARPINETTI e MARTINS, 2003), é necessário para o desenvolvimento e


implementação de um SMD:
 A primeira actividade é definir os objectivos estratégicos das unidades organizacionais,
identificando as competências, oportunidades, ameaças e restrições globais que a
empresa sofre pelo ambiente externo e interno;
 Em seguida, é necessário identificar as áreas críticas de desempenho (ACP’s). As ACP’s
são os factores críticos de sucesso que levam a organização a alcançar os objectivos
estratégicos;
 Outra actividade essencial no início do projecto é apontar a necessidade de medir o
desempenho da empresa, identificando os factores externos e internos que afectam a
performance das unidades de negócio;
 A seguir, a equipe define as métricas de desempenho apropriadas para cada uma das
ACP’s.
 Depois, o projecto de SMD deve ser implementado. Ao mesmo tempo, a proposta deve
ser revista pelos participantes;
 Outra actividade importante é o meio que será utilizado para comunicar e visualizar o
desempenho da empresa; e finalmente, as últimas etapas são identificar e implementar
as iniciativas de melhorias nas áreas que apresentam resultados insatisfatórios e rever o
impacto dessa melhoria no desempenho geral da empresa.

Em suma pode-se observar o desenvolvimento e a implementação de um Sistema de Medição


de Desempenho na Figura 4.

14
Figura 4:Etapas de desenvolvimento, implementação e utilização do SMD

Fonte: Adaptado de (MARTINS, 1999)

Naturalmente que o processo de tentativa e erro deve ser feito de forma sistemática,
bem como a procura da solução de um problema. Para tanto, o referido autor apresenta um
caminho a ser seguido.
Etapas necessárias para a companhia:
 Comprometer-se com a melhoria do desempenho;
 Vender o programa para a gerência;
 Definir o que significam “produtividade” e “qualidade” para os seus clientes e para a
empresa;
 Definir as medidas de desempenho chave para a empresa;
 Definir as medidas de desempenho e as restrições para cada unidade operacional, se isso
não tiver sido feito durante a etapa anterior.
 Designar alguém para ser responsável por cada factor chave do desempenho;
 Vender o programa novamente.

15
2.1.6. Produtividade Sistémica

Segundo (MACEDO, 2002), Aplicar a Produtividade Sistémica dentro de uma


empresa é um processo que exige a participação de todos os envolvidos uma vez que, após o
entendimento e aplicabilidade do conceito, as melhorias devem ser contínuas. Nesse sentido, a
ferramenta PDCA pode ajudar a melhor entender a necessidade, as fases e aplicabilidade do
modelo. O quadro 3, a seguir, retracta esta relação:

Etapas Sub-etapas

1- Diagnóstico Contactos Iniciais.


Colectar dados e informações.
Se os dados apresentarem inconsistência, solicitar complementos ou verificações.
Aplicar a análise Quantitativa da Produtividade Sistémica (Indicadores e
desdobramento dos Indicadores da Produtividade).
Com base no resultado da Análise Quantitativa, aplicar o diagnóstico Qualitativo.

2 - Análise Aplicar o cruzamento dos dados (Análise Q x Q).


Identificar pontos fortes e passíveis de melhoria.
Fazer um detalhamento dos problemas.
Priorizar as soluções.

3 - Plano de Acção Estabelecer a estratégia de acção.


Estabelecer metas, prazos e responsabilidades.

4 - Execução Implementar as mudanças e melhorias definidas.

5 - Verificação Verificar as mudanças em andamento ou já concluídas (monitoramento). Verificar


se as mudanças foram efectivas e suficientes.

6 - Comparação Aplicar nova medição dos indicadores do PS.


Comparar o planejado com o realizado.
Analisar os resultados obtidos.
Verificar se houve melhoria de forma sistémica.

7 - Padronização Padronizar as melhorias implementadas a fim de evitar a sua reincidência.

8 - Conclusão Identificar novos problemas ou oportunidades de melhorias.


Aplicar um novo PDCA (recomeçar o processo).

Tabela 1:Método PDCA para GPS - Etapas principais

Fonte: Adaptado de (KING, 2007)

16
CAPITULO III: METODOLOGIAS
O método de pesquisa utilizado será caso de estudo à Ferpinta Moçambique. Este
método visa o estudo profundo de poucos objectos de maneira que se permita o detalhado
conhecimento. Portanto, a metodologia de pesquisa utilizada, é de natureza aplicada, pois tem
por objectivo gerar conhecimentos para aplicação prática dirigidos à solução de problemas
específicos (SILVA; MENEZES, 2001).
A Pesquisa possui os objectivos descritivos e explicativo, porque de acordo com os
mesmos autores visa identificar os factores que determinam ou contribuem para a ocorrência
dos fenómenos. Em relação à forma de abordagem, é considerada qualitativa.

O trabalho é estruturado essencialmente em duas partes: levantamento bibliográfico e


pesquisa de campo. O levantamento bibliográfico envolve os temas Planeamento Estratégico,
Medição de Desempenho, Gestão de Indicadores, Produtividade, Produtividade Sistémica e
metodologia de avaliação da produtividade. A partir da literatura, será formalizado o conceito
da produtividade sistémica.
Em relação às actividades na organização, serão analisados os dados disponíveis e sua
colecta, relatórios e indicadores levantados. Além da realização de entrevistas com os
responsáveis.
Em seguida, serão feitas análises do actual método utilizado, buscando a melhor forma
de transição para uma estrutura que trará um melhor retorno para empresa, baseada no conceito
de produtividade sistémica. Visto que ocorrerá em mudanças de conceito e proposição de
melhorias. Para a análise do desempenho desta unidade fabril será necessário o conhecimento
relacionado a Gestão de qualidade.

3.1. MÉTODOS DE PESQUISA

3.1.1. Pesquisa bibliográfica

Conforme (Gil, 2002, p. 44), a “pesquisa bibliográfica é desenvolvida com base em


material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos. No entanto,
para o projecto, irá se procurar obter informações sobre os trabalhos similares já realizados
relacionados com o tema.

17
3.1.2. Documentação indirecta

Para a realização da Pesquisa foram usadas como auxílio a Documentação indirecta,


visto que toda pesquisa implica o levantamento de dados de variadas fontes, quaisquer que
sejam os métodos ou técnicas empregadas. Esse material-fonte geral é útil não só por trazer
conhecimentos que servem de background ao campo de interesse, como também para evitar
possíveis duplicações e/ou esforços desnecessários; pode, ainda, sugerir problemas e hipóteses
e orientar para outras fontes de colecta, (LAKATOS, 2003).

3.1.3. Pesquisa de Campo

Pesquisa de campo é aquela utilizada com o objectivo de conseguir informações e/ou


conhecimentos acerca de um problema, para o qual se procura uma resposta, ou de uma
hipótese, que se queira comprovar, ou, ainda, descobrir novos fenómenos ou as relações entre
eles. A pesquisa de campo propriamente dita "não deve ser confundida com a simples colecta
de dados (este último corresponde à segunda fase de qualquer pesquisa); é algo mais que isso,
pois exige contar com controlos adequados e com objectivos preestabelecidos que descriminam
suficientemente o que deve ser colectado" (TRUJILLO, 1974).

3.1.4. Observação sistemática

A observação sistemática também recebe várias designações: estruturada, planejada,


controlada. Utiliza instrumentos para a colecta dos dados ou fenómenos observados.
 Realiza-se em condições controladas, para responder a propósitos preestabelecidos.
 Todavia, as normas não devem ser padronizadas nem rígidas demais, pois tanto as
situações quanto os objectos e objectivos da investigação podem ser muito diferentes.
 Deve ser planejada com cuidado e sistematizada.
 Na observação sistemática, o observador sabe o que procura e o que carece de
importância em determinada situação; deve ser objectivo, reconhecer possíveis erros e
eliminar sua influência sobre o que vê ou recolhe.

18
3.2. CRONOGRAMA DAS ACTIVIDADES DO PROJECTO

Tabela 2: Cronograma de Actividades dos Projectos

Meses
Nº Actividades
Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro

1 Revisão Bibliográfica X
Avaliação das Referências e discussão teórica
2 em função da determinação dos Objectivos X
Localização e identificação das fontes de
3 obtenção dos dados ou documentos X X
Determinação de categorias para tratamento dos
4 dados X
Comparação dos dados colectados no campo de
estudo com as informações disponibilidades
pelos outros autores em relação ao assunto em
5 Destaque X

6 Análise e interpretação X

Redacção e Revisão da Monografia X X


7 Divulgação dos resultados/Defesa X
Fonte: Adaptado do próprio autor, 2022

19
3.3. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFIAS

i. CARDOZA, E.; CARPINETTI, L. C. R.; MARTINS, A. M. Estudo sobre o Processo


de Implementação do Sistema de Medição de Desempenho em Empresas
Manufatureiras. Encontro Nacional de Engenharia de Produção, 25 March 2003.
Disponivel em:<.>.
ii. FIGUEIREDO, A. I. T. Conceção de um Balanced Scorecard na empresa Ferpinta
Moçambique. Universidade de Porto. Porto. 2017.
iii. GOREN, A.; COSTA, C. M.; MÉNDEZ, L. Baterias de iões-lítio. A revolução na
modalidade electrica, Braga, 2017.
iv. KING, N. C. O. Desenvolvimento de um processo para análise da Produtividade
Sistêmica. Curitiba: PUC, 2007.
v. LAKATOS, E. M. Fundamentos de Metodologia Cientifica. 5. ed. São paulo:
EDITORA ATLAS S.A., 2003.
vi. MACEDO, M. M. Gestão da produtividade nas empresas. In: ______ Revista FAE
Business. Curitiba: [s.n.], 2002. p. 18-22.
vii. MARTINS, R. A. Sistemas de medição de desempenho: um modelo para
estruturação do uso. Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. São Paulo.
1999.
viii. MARTINS, R. A. E. M. R. A. M. Fatores que afetam o suporte da medição de
desempenho para o processo de melhoria contínua: estudos de caso em empresas
certificadas ISO 9001: um estudo de caso. In: ______ Simpósio de Engenharia de
Produção. Bauru: Anais, 2005.
ix. MONTEIRO, D. F. Diemensionamento de um sistema de armazenamento de
energia para edificios Residenciais utilizando energia Solar. Universiodade
Coimbro. Coimbra, p. 20. 2017.
x. MÜLLER, C. J. et al. Gerenciamento de processos e indicadores em educação à
distância. Porto Alegre: ABEPRO, 2003.
xi. OLIVEIRA, C. R. I. Um estudo sobre a medição de desempenho organizacional nas
concessionárias de veículos automotores localizadas na região metropolitana do
Recife. Recife. 2006.
xii. OLIVEIRA, D. P. R. Planejamento Estratégico. In: ______ Conceitos, Metodologia e
Práticas. São Paulo: Atlas, 2004.
xiii. TESLA. PPLWARE, 2021. Disponivel em:
<https://pplware.sapo.pt/ciencia/megapack-bateria-tesla-capacidade/>. Acesso em: 21
Julho 2021.
xiv. TRUJILLO, A. F. Metodologia da ciência. 3. ed. Rio de Janeiro: Kennedy, 1974.

20

Você também pode gostar