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Rede de gás

O dimensionamento da rede de gás é efetuado de acordo com o tipo de gás utilizado nas canalizações:

 GN - Gás Natural;
 GLP - Gás Liquefeito de Petróleo.

Gás Natural e GLP


 Para a utilização do gás natural, assume-se uma pressão de cálculo de entrada de 1,96 kPa (200 mm.c.a).
 Para a utilização do gás liquefeito de petróleo, assume-se uma pressão de cálculo de entrada de 2,74 kPa (280 mm.c.a).

Para o dimensionamento das redes de GLP e GN, o programa segue os seguintes passos, de acordo com a norma NBR15526/2012 - Redes de distribuição
interna para gases combustíveis em instalações residenciais e comerciais - Projeto e execução:

 Determinar a potência computada (C), em quilocaloria por hora, do trecho considerado. Esta potência consiste na soma das potências nominais dos
aparelhos abastecidos por esta tubulação. A potência nominal pode ser informada pelo fabricante, ou deve-se adotar os seguintes valores contidos na
tabela:

Aparelhos Tipo Potência Nominal Média (kcal/h)


Fogão 2 bocas Portátil 2494
Fogão 2 bocas De bancada 3096
Fogão 4 bocas Sem forno 6966
Fogão 4 bocas Com forno 9288
Fogão 5 bocas Sem forno 9976
Fogão 5 bocas Com forno 13390
Fogão 6 bocas Sem forno 9976
Fogão 6 bocas Com forno 13390
     
Forno De parede 3010
     
Aquecedor de passagem 6 L/min 9600
Aquecedor de passagem 8 L/min 12308
Aquecedor de passagem 10-12 L/min 15000
Aquecedor de passagem 15 L/min 18000
Aquecedor de passagem 18 L/min 22500
Aquecedor de passagem 25 L/min 27000
Aquecedor de passagem 30 L/min 37500
Aquecedor de passagem 35 L/min 45000
     
Aquecedor de acumulação 50 L/min 4360
Aquecedor de acumulação 75 L/min 6003
Aquecedor de acumulação 100 L/min 7078
Aquecedor de acumulação 150 L/min 8153
Aquecedor de acumulação 200 L/min 10501
Aquecedor de acumulação 300 L/min 14998
     
Secadora De roupa 6020

 Determinar o fator de simultaneidade (F) em função da potência computada (C), de acordo com as fórmulas apresentadas a seguir.

Clima frio (NBR15526/2012):


 

Clima quente:

Na revisão 2022-05 foi removida a configuração "Clima" das propriedades da rede Gás. Agora, no dimensionamento do projeto de Gás, o programa considera
os critérios de cálculo do "Clima Frio".

 C em quilocaloria por hora.

 Determinar a potência adotada (A), em quilocaloria por hora, multiplicando-se o fator de simultaneidade (F) pela potência computada (C).
 Determinar a vazão de gás (Q), em metro cúbico por hora, obtida dividindo-se a potência computada (C) pelo poder calorífico inferior do gás;

- Poder calorífico inferior do GLP (20°C e pressão de 1,033 kgf/cm²):

24000 Kcal/hora;                                                                                                                                                                                                                                    

- Poder calorífico inferior do GN (20°C e pressão de 1,033 kgf/cm²):

8600 kcal/hora; 

Cálculo da vazão
O dimensionamento  da vazão é efetuado aplicando a seguinte fórmula:
Onde:

Q:  é a vazão do gás, em metro cúbico por hora;

PA:  é a potência adotado, em quilocalorias por hora;

PC:  é o poder calorífico, em quilocalorias por metro cúbico. 

Cálculo do diâmetro
 O diâmetro das tubulações de gás é calculado de acordo com a seguinte fórmula:

Q:  é a vazão do gás, em metro cúbico por hora;

D:  é o diâmetro interno do tubo, em milímetro;

H:  é a perda de carga máxima admitida, em quilopascal;

L:  é o comprimento do trecho da tubulação, em metro;

S:  é a densidade relativa do gás em relação ao ar (adimensional),  GLP: 1,8 e GN: 0,6. 

Cálculo da Perda de Carga


 A pressão final na tubulação de gás é calculada de acordo com a seguinte fórmula:

Cálculo para pressões acima de 7.5 Kpa

 Para GN e GLP
Sendo:

Q:  é a vazão do gás, em metros cúbicos por hora;

D:  é o diâmetro interno do tubo, em milímetros;  

L:   é o comprimento do trecho da tubulação, em metros;

S:   é a densidade relativa do gás (adimensional);

PA:  é a pressão na entrada de cada trecho, em quilopascal;

PB:  é a pressão na saída de cada trecho, em quilopascal. 

Cálculo para pressões de até 7.5 Kpa

 Para GLP

 Para GN

Sendo:

Q:  é a vazão do gás, em metros cúbicos por hora;

D:  é o diâmetro interno do tubo, em milímetros;  

H:  é a perda de carga máxima admitida, em quilopascal;


L:   é o comprimento do trecho da tubulação, em metros;

S:   é a densidade relativa do gás em relação ao ar (adimensional);

PA:  é a pressão na entrada de cada trecho, em quilopascal;

PB:  é a pressão na saída de cada trecho, em quilopascal.

Variação da pressão nos trechos verticais


Devido a densidade do GLP e GN serem diferentes, é necessário efetuar um cálculo considerando a variação de pressão na tubulação vertical.

Como o GLP é mais pesado que o ar quando o escoamento é ascendente, a rede perde pressão, Já para o GN, como é mais leve que o ar quando o escoamento é
ascendente, ele ganha pressão.

A variação de pressão nos trechos verticais é calculada aplicando a seguinte fórmula:

Onde:

S:   é a densidade relativa do gás (adotar 1,8 para GLP e 0,6 para GN);

P:   é a perda de pressão, em quilopascal;

H:   é a altura do trecho vertical, em metros.

Pressão mínima necessária


A perda de carga máxima, admitida na rede que alimenta diretamente os aparelhos, não pode ser superior a 10% do valor da pressão de operação.
 

A perda de carga máxima admitida na rede que alimenta um regulador de pressão, não pode ser superior a 30% do valor da pressão de operação.

Onde:

Pmin: Pressão mínima;

Pin: Pressão inicial.

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