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Correção do teste de avaliação sumativa 4 – GEOGRAFIA C – 12.

° ANO

Grupo I
1. A.
2. B.
3. D.
4. D.
5. C.
6. B.

Grupo II

1.1 A APD é um instrumento de apoio aos países em desenvolvimento que tem como objetivos
principais: melhorar o nível de vida das populações, aumentando o acesso à educação, à
saúde e a uma alimentação mais cuidada; apoiar as populações afetadas por catástrofes
naturais ou desastres causados pelo ser humano, como a desertificação; reduzir a pobreza,
aumentando o rendimento das populações mais pobres; compensar as elevadas dívidas
externas.

1.2 O aluno deverá referir pelo menos duas das seguintes responsabilidades dos países
doadores, que constituam razões explicativas para a ineficácia da ajuda:
• metade da ajuda destina-se à compra de bens fornecidos pelo país doador;
•corrupção nos países doadores e recetores;
• a ajuda serve para construir bases navais ou aéreas usadas por governos
estrangeiros. Dos países recetores:
•Gastos em armas;
•Gastos em projetos sumptuários.

1.3 Ao longo das últimas décadas, a APD tem desempenhado um importante papel na ajuda às
populações mais pobres. A sua orientação para a construção de infraestruturas tem
também sido importante, dotando as populações de escolas, hospitais, estradas, sistemas
de irrigação, etc., que melhoram a vida das pessoas. A APD também tem mostrado eficácia
na implementação de pequenos projetos de desenvolvimento que envolvem as populações
de forma mais direta, ajudando assim a combater a pobreza e a exclusão social.

2.1Referir que a violência decorrente das guerras civis, dos confrontos étnicos e do terrorismo
que perpassam o continente africano está relacionada com o processo histórico da
colonização. Explicar a responsabilidade, direta ou indireta, dos europeus nas grandes
questões que minam a emancipação dos Estados africanos referidas no texto como
estando na base dos sucessivos e sangrentos conflitos, de que são exemplo os da África
Central, que põem milhões de pessoas em fuga – as migrações internas constantes e as
vagas de refugiados assumem uma dimensão de catástrofe humana e ambiental em
resultado dos conflitos, muitas vezes sob a forma de guerra civil, originados pela má
definição de fronteiras:
• as fronteiras arbitrariamente desenhadas pelas potências europeias na Conferência de
Berlim (1884-85), sem qualquer respeito por culturas, línguas e etnias;
• a imposição, pelas antigas potências colonizadoras, de modelos políticos desenquadrados
das tradições culturais das populações locais;
• a natureza autocrática dos regimes.

O aluno deverá, ainda, referir que as jovens nações se vão deparar com sérias dificuldades como
reflexo de um longo e profundo processo de colonização nos planos económico,
demográfico e cultural, referindo, para cada um deles, pelo menos uma consequência.

No plano demográfico:
•Ritmo de crescimento demográfico acelerado (redução da taxa de mortalidade e
manutenção de índices de fecundidade elevados).
•Urbanização acelerada em consequência da desintegração das economias rurais tradicionais
e do êxodo rural.

No plano económico:
• A colonização subverteu as estruturas económicas do mundo, pois tornou desiguais as
relações colónia-metrópole, na medida em que impôs a lógica da DIT, originando a
deterioração dos termos de troca e o endividamento externo.
•As necessidades de financiamento originadas pelo baixo nível de acumulação de capital
provocaram um elevado endividamento externo, bloqueando o processo de
desenvolvimento.
•Apenas as indústrias extrativas e a produção de produtos agrícolas haviam progredido,
embora controladas por grandes empresas estrangeiras e destinadas, em grande parte, ao
mercado externo.

No plano cultural:
•Elevadas taxas de analfabetismo em resultado da inexistência de investimentos no ensino.
•Falta de quadros técnicos locais devido ao recurso sistemático a mão de obra qualificada
vinda do exterior.
•A imposição de valores, modos de vida e comportamentos aos povos colonizados originou
tensões e conflitos, cuja consequência mais grave se traduziu na eliminação física de povos e
sociedades.

2.2 Com o aumento de situações de emergência, em virtude do acréscimo dos conflitos e dos
impactes das catástrofes naturais, as organizações internacionais multilaterais têm confiado
nas ONG a execução de numerosas ações de ajuda de emergência (segurança alimentar e
proteção) e de programas de desenvolvi- mento, sobretudo na área da saúde e da educação e
formação profissional. Este apoio multilateral tem sido uma ajuda preciosa nas situações de
crise humanitária, ajudando as populações, denunciando dramas humanos e apelando à
comunidade internacional. Foram as ONG que introduziram um conceito muito importante, o
de «dever de assistência», que a ONU, em 1988, passou a designar por «dever de ingerência
humanitária».
3.1 Zâmbia, Burundi e Antilhas Holandesas.

3.2 São causas justificativas da degradação dos termos de troca: a elevada dependência da
evolução dos mercados devido à especialização (países monoexportadores); o facto de os
países industrializados exportarem produtos manufaturados de maior valor relativo, devido à
sua posição privilegiada na Divisão Internacional do Trabalho. Os países em desenvolvimento,
por sua vez, ocupam uma posição na DIT como fornecedores de mão de obra e de produtos
agrícolas e de matérias-primas. Deste modo, à medida que as nações estabelecem trocas
comerciais, o dinheiro vai-se acumulando nos países industrializados. Para os países do Sul, o
défice comercial é cada vez maior, dado que estes países se veem obrigados a pagar mais
dinheiro pelas suas importações verificando-se a diminuição da procura de produtos
tradicionais exportados pelo Sul. O endividamento externo destes países resulta também da
necessidade
de recorrer à ajuda internacional e a empréstimos para compensar o défice da Balança
Comercial.

4.1 Atualmente, verifica-se uma evolução muito desigual do desenvolvimento. Se, por um lado,
alguns países como os NPI se têm aproximado do nível dos países industrializados, o fosso em
relação aos menos desenvolvidos acentuou-se, já que os desequilíbrios no comércio mundial
são hoje mais graves. A deterioração dos termos de troca continua, e o défice crónico da
balança comercial dos países em desenvolvimento tem aumentado. Por isso, é necessário
atenuar os desequilíbrios do comércio internacional para que os benefícios possam ser
distribuídos de forma mais equilibrada, servindo também os interesses dos países em
desenvolvimento. Para tal, os PED precisam de uma liderança eficaz dos governos, uma
participação aberta na economia mundial e políticas sociais inovadoras que abordam as
necessidades de desenvolvimento humano internas. Para além destas medidas, os PED
anseiam por uma regulação eficaz do comércio mundial: garantindo uma justa remuneração
dos preços das matérias-primas exportadas pelos países do Sul e o acesso aos mercados do
Norte através da abolição total de todas as formas de protecionismo. Os PED reivindicam,
também, a redução do endividamento, através de mecanismos de renegociação da dívida e
do prolongamento dos prazos de pagamento, de forma a diminuir os efeitos económicos e
sociais da dívida.

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