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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO OESTE

UNICENTRO

DISCIPLINA: LITERATURA INFANTO-JUVENIL – PEDAGOGIA

ATIVIDADE BASEADA EM PESQUISA

ACADÊMICO: ALEXANDRE FERREIRA DA SILVA

RA: ED5802115004IM

DOCENTE DA DISCIPLINA: REGINA CHICOSKI

IRETAMA

MAIO/2021
ATIVIDADE DE ENVIO DE ARQUIVO

Análise do livro de literatura infantil “História meio ao contrário”, da


autoria de Ana Maria Machado, e Ilustração de Renato Alarcão.

Publicado na década de 1970, o livro História meio ao contrário, de Ana


Maria Machado, oferece ao leitor a oportunidade de séria e rica reflexão sobre
o questionamento dos valores e costumes estabelecidos. A obra opera uma
revisão e transformação do imaginário e das fórmulas que nortearam a tradição
da narrativa infanto-juvenil, deixando patente seu caráter crítico ao
estabelecido e ao imposto.

Analisam-se aqui os meios utilizados pela autora para essa quebra de


paradigmas, através do estudo da construção de algumas personagens e
episódios, bem como de questões levantadas pelo discurso literário, que, por
vezes, em trechos nos quais a reflexão é mais evidente, assume um tom
ensaístico.

https://www.pensador.com/classicos_da_literatura_infantil_brasileira/
Essa história é meio ao contrário, pois começa com: "E então eles se
casaram, tiveram uma filha linda como um raio de sol e viveram felizes para
sempre" ou seja, com o mais tradicional desfecho dos contos infantis. O
clássico “Era uma vez...” foi colocado ao final da narrativa com objetivo de
surpreender os leitores através de um desfecho totalmente imprevisível e
soluções contrárias às encontradas na maioria dos contos de fadas.
A autora escreve sobre um reino comandado por uma família real
ingênua na qual o rei se espanta ao perceber que o dia havia sido roubado.
Dessa forma, as personagens da trama agem de modo diferente dos
padrões de comportamento encontrados na maioria dos contos de fadas, e
ainda contam com a ajuda de um gigante adormecido, um príncipe encantado e
um dragão
A leitura dessa obra é interessante pois sua originalidade provoca a
inteligência e o senso crítico da criança através da intertextualidade com outros
contos de fadas.
Na Literatura infantil se o ilustrador vai além do texto verbal, a imagem
terá mais força significativa, chamará mais atenção do seu público alvo e terá
uma aceitação maior (parte do texto da professora Regina CHICOSKI).
A obra analisada pode ter um conceito de discurso utilitário das avessas,
pois apesar de não deixar claramente explícita a intenção de ensinar, ensina de
maneira disfarçada, camuflada.

Análise do livro “Dom Casmurro”, da autoria de Machado de Assis,


adaptação de Hildebrando A. de André.

Dom Casmurro é um romance escrito por Machado de Assis, publicado


em 1899 pela Livraria Garnier. Escrito para publicação em livro, o que ocorreu
em 1900 – embora com data do ano anterior, ao contrário de Memórias
Póstumas de Brás Cubas (1881) e Quincas Borba (1891), escritos antes em
folhetins –, é considerado pela crítica o terceiro romance da "Trilogia Realista"
de Machado de Assis, ao lado desses outros dois, embora o próprio autor não
tenha formulado esta categoria.
https://www.amazon.com.br/Dom-Casmurro-Cole%C3%A7%C3%A3o-Reencontro-
Literatura/dp/8526256440/ref=asc_df_8526256440/?tag=googleshopp00-
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Bentinho e Capitu são criados juntos e se apaixonam na adolescência.


Mas a mãe dele, por força de uma promessa, decide enviá-lo ao seminário
para que se torne padre. Lá, o garoto conhece Escobar, de quem fica amigo
íntimo. Algum tempo depois, tanto um como outro deixam a vida eclesiástica
e se casam. Escobar com Sancha, e Bentinho com Capitu.

Os dois casais vivem tranquilamente até a morte de Escobar, quando


Bentinho começa a desconfiar da fidelidade de sua esposa e percebe a
assombrosa semelhança do filho Ezequiel com o ex-companheiro de
seminário.

O discurso literário da obra citada, pode ter o conceito de discurso


estético, pós apresenta um discurso aberto, livre sem tentativas de conduzir o
leitor por um caminho pré-estabelecido (texto professora Regina CHICOSKI).

Análise do livro de literatura infantil “João e o pé de feijão”, recontado por


Flávio de Souza, ilustração de Roberto de Weigand.

As histórias infantis, mais do que entreter crianças (e adultos, também,


por que não?), tem o objetivo claro de ensinar lições para a vida cotidiana.
Lições como: honestidade, obediência, perseverança, etc.

Curiosamente, uma das mais famosas histórias infantis, “João e o pé de


feijão”, não tem uma lição de moral direta. Para aqueles que não se lembram
deste clássico publicado pela primeira vez, por Benjamin Tarbat, em 1804. De
forma extremamente sintetizada, eis a história:

João era um menino pobre que vivia com a sua mãe. A


única fonte de renda da família era uma vaquinha velha e
debilitada que a cada dia dava menos leite. Quando
finalmente cessou de dar leite, a mãe decidiu vender a
vaca no mercado da cidade, mas como não podia ir até a
cidade, pediu que João fosse e vendesse a vaca. No
caminho, João encontra um vendedor que também estava
indo ao mercado. Ele estava indo vender alguns feijões
mágicos que encontrara. João, querendo evitar a fadiga
de ir até o mercado, troca ali mesmo a velha vaquinha por
um punhado de feijões. Ao voltar pra casa e contar à mãe
a sua troca, ela fica furiosa e joga os feijões pela janela.
No dia seguinte, um pé de feijão gigante nasceu no
quintal de João. O pé ia até o céu, por entre algumas
nuvens. Curioso, João sobe pelo pé de feijão e lá em cima
descobre um castelo. No castelo, mora um gigante.
Enquanto explora o castelo, João ouve o gigante se
aproximando e se esconde. Após jantar, o gigante cochila
e João aproveita para fugir, não sem antes levar algumas
moedas de ouro que o gigante deixara sobre a mesa.
João volta pra casa e conta para a mãe e sucedido.
Ambos se alegram pela boa sorte e vivem bem por um
tempo com as moedas roubadas por João.
Tempo depois as moedas acabam e, para evitar nova
penúria, João sobre novamente no pé de feijão e
novamente vai ao castelo com o fito de roubar algumas
moedas. Porém dessa vez João descobre uma ganso que
colocava ovos de ouro (algumas versões dizem uma
harpa de ouro que tocava sozinha). E mais uma vez,
enquanto tentar fugir, o gigante chega, janta e acaba
cochilando. Desta vez, ao tentar sair do castelo com o
ganso, este grasna e acorda o gigante. Vendo que está
sendo roubado ele persegue João. João desce pelo pé
de feijão, e enquanto o gigante descia, ele corta o pé de
feijão que cai, derrubando o gigante, matando-o. João
então vive feliz para sempre com seu ganso que coloca
ovos de ouro. (PERROTTI, 1986).

São inúmeras as variações desta história, em algumas, João invade o


castelo três vezes, em outras há uma galinha ao invés de um ganso; algumas
dão conta que João rouba, além do dinheiro e de uma galinha, uma harpa que
toca sozinha. Porém, o ponto em comum em todas estas histórias é que, ao
contrário das fábulas tradicionais, não há uma lição de moral direta.

https://www.google.com/search?q=jo%C3%A3o+p%C3%A9+de+feij%C3%A3o
&rlz=1C1GCEA_enBR951BR951&sxsrf=ALeKk00Ux4JlbmMSzB3QGjNH1I6Mi
wnNmw:1622137141272&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=2ahUKEwjs99P
gs-
rwAhXLGbkGHTgyDwAQ_AUoAnoECAEQBA&biw=1280&bih=625#imgrc=MV
HEai4rKzbxJM
A obra em questão está classificada como Discurso utilitário, com fim
didático, que tem o intuito de ensinar, transmitir algo por meio do texto. (texto
professora Regina CHICOSKI)

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

Teoria de PERROTTI (1986), disponível no autoestudo III da disciplina de


Literatura Infanto-Juvenil;
Material disponível da disciplina Literatura Infanto-Juvenil ilustração e
ilustradores na literatura infantil (Regina Chicoski);

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