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Sistemas de Esgotamento Sanitário – SES – Fevereiro de 2023

Exercícios Complementares de Rede Coletora de Esgotos (E1) e Estação Elevatória


de Esgotos (E2)

Objetivos:

Conforme comentado em sala de aula, apesar de termos neste curso realizado os


dimensionamentos das principais partes constituintes de um sistema de Esgotamento
Sanitário ( comtemplando uma visão sistêmica de um município), redundando nos
trabalhos T1 (Redes), T2 ( tratamento Preliminar) e T3 ( EEE); os mesmos pelas suas
peculariedades, por exemplo; topográficas ou de fator escala não exigiram a
análise/exploração/adoção de situações extremas de determinados parâmetros de projeto,
normas ou especificações.

Mediante esses fatos, como forma de tornar mais abrangente a exploração do


desenvolvimento do projeto foi sugerido pelo professor a realização de Exercícios
Complementares para análise de situações específicas/atípicas que poderão ocorrer em
projetos reais.

E1. Rede Coletora de Esgotos

A Figura apresentada a seguir, ilustra trechos finais de uma rede de esgotos, que irão desaguar
no poço de uma EEE.
O trecho (I) interliga o TIL10 ao PV29, recebendo vazões à sua montante (Q i = 0,1 L/s, e Qf =
0,5 L/s).
O trecho (II) interliga o PV29 ao PV30, e recebe além das vazões advindas do trecho I, vazões à
sua montante iguais a (Qi = 28,2 L/s, e Qf = 79,71 L/s
O trecho (III) interliga o PV30 ao poço da EEE, recebendo vazões à sua montante conforme
indicado na Figura.
Considerar que não existam contribuições de esgoto ao longo dos trechos, e despreze as
vazões de infiltração de água do lençol.
Adotar coeficiente de rugosidade de Manning, n= 0,013. As extensões dos trechos e cotas dos
terrenos estão apresentadas na Figura.
singularidade Cota do terreno
TIL 10 100,00
PV 29 100,00
PV 30 75,00
Poço da EEE 75,00

Pede-se:
 efetuar o dimensionamento dos trechos I, II e III, respeitando-se todos os critérios utilizados
no projeto desenvolvido em sala: ( limites de lâminas, declividades, velocidades, tensão trativa
mínima, velocidade critica, critério de mínima escavação, etc). Adote profundidade mínima do
coletor igual a 1,50m. Adote profundidade max dos PVs = 4,00m.
 Compatibilizar as lâminas no PV 30 e apresentar um “ croquis” de maneira que contenha
todas as informações necessárias à sua construção ( Ex.: cotas da lâminas, diâmetro das
tubulações, altura do PV 30, altura do rebaixo? , etc. ).

E2. E.E.E. – Estação Elevatória de Esgotos

A Tabela 1 a seguir apresenta as curvas de geração reais de esgotos medidas em campo para duas sub-
bacias (Sub-bacia 1 e Sub-bacia 2), sendo representativos dos períodos do dia de maior consumo em um
ano. Vi e Vf representam respectivamente os volumes gerados no início e final de plano respectivamente.
Tabela 1. Curvas de geração reais de esgotos para as duas sub-bacias
Sub-bacia 1 Sub-bacia 2
periodo Vi (m3) Vf (m 3) Vi (m3) Vf (m 3)
0-2 2,4 24,0 4,8 26,4
2-4 3,2 32,0 12,0 66,0
4-6 4,0 40,0 9,6 52,8
6-8 14,4 144,0 76,8 422,4
8-10 16,0 160,0 96,0 528,0
10-12 19,2 192,0 57,6 316,8
12-14 22,4 224,0 48,0 264,0
14-16 16,0 160,0 38,4 211,2
16-18 12,8 128,0 48,0 264,0
18-20 25,6 256,0 43,2 237,6
20-22 16,0 160,0 31,2 171,6
22-24 8,0 80,0 14,4 79,2

Os esgotos provenientes dessas duas sub-bacias serão juntados e encaminhados para um Poço de Sucção
Comum de uma EEE, que vocês deverão dimensionar.

Efetuar o dimensionamento do poço de sucção da EEE, considerando os seguintes dados e aspectos:

Adotar :

 NA mínimo situado a uma altura de 0,70 m do fundo do poço.


 tempo de ciclo mínimo da bomba, T = 15 min
 tempo de detenção hidráulico máximo dos esgotos no poço, T DH max = 30 min
 cota do terreno no local onde será instalado a EEE = 100,00m
 profundidades de chegada das tubulações no poço comum da EEE: profundidade da tubulação
que vem da sub-bacia 1 = 2,00m e profundidade da tubulação que vem da sub-bacia 2 = 2,50m.
 Adotar uma folga entre a geratriz inferior externa da tubulação de chegada no poço (tubulação
que chega mais profunda e que vem da sub-bacia 2) e o N.A máx do poço de sucção igual a
1,00m.

Fazer um croquis do Poço da EEE, apresentando todas suas dimensões e inclusive a sua conexão com as
duas tubulações de chegada das duas bacias.

A tubulação que chega da sub-bacia 1 apresenta um diâmetro igual a 250mm e a que chega da sub-bacia
2 um diâmetro de 300mm.

Apresentar as cotas dos NAs mínimo, máximo e médio e do fundo do poço, bem como as cotas das
tubulações de chegada das duas sub-bacias. Todas estas cotas devem ser calculadas tendo como
referência a cota do terreno da EEE, que foi considerada igual a 100,00m.

OBS.:

O problema requer uma análise cuidadosa/ criteriosa dos conceitos de vazões mínimas e máximas
para efeito do dimensionamento do volume do poço.

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