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MANUAL DE

INSTRUÇÃO
LAJE PRÉMOLDADA
TRELIÇADA

ARMAZENAMENTO
TRANSPORTE
MONTAGEM
ARMAÇÃO
CIMBRAMENTO
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RodrigoCarvalhoEstruturas

Rodrigo_Carvalho_engenharia

Prof. Rodrigo Rocha Carvalho


Eng. Civil Especialista em Engenharia de Estruturas -(UFMG)
MANUAL DE INSTRUÇÃO

LAJE PRÉ-MOLDADA TRELIÇADA


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MANUAL DE INSTRUÇÕES – LAJE PRÉMOLDADA TRELIÇADA

1- COMO ARMAZENAR:

No canteiro de obras, o acodicionamento dos componentes básicos do sistema de


construção de lajes nervuradas pré-fabricadas com vigotas treliçadas deve obedecer a
algumas condições;

1.1 – Vigotas treliçadas

São empilhadas na posição horizontal e, para isso, a base do local de


acodicionamento deve ser nivelada. No desenho e tabela abaixo há dados essenciais
a serem observados para que o empilhamento preserve tanto os materiais quanto a
segurança dos que manuseiam.

Altura da treliça 8 12 16 20 25
Nº máximo de vigotas na altura da pilha 18 14 11 9 8
Nº mínimo de vigotas na largura da pilha 6 6 6 6 6
Distância máxima entre ripas (m) 2 2,25 2,50 2,75 3

1.2 – Lajotas Cerâmicas:

As lajotas cerâmicas são estocadas geralmente ao ar livre, já que resistem à ação de


chuvas, ventos e sol.

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Obs: Nas obras que necessitam de pequenas quantidades de lajotas de cerâmica, é


comum as pilhas de armazenagem serem menores. Nesses casos, é preciso sempre
monta-las com largura equivalente a no máximo 75% do comprimento e altura de,
no máximo, 80% do comprimento adotado.

Altura da Lajota Nº Máximo de Nº Máximo de Altura Média da


De Cerâmica (cm) Lajotas na Lajotas no Pilha (m)
Largura da Pilha comprimento da
Pilha
8 37 50 2,5
12 25 33 2,5
16 19 25 2,5
20 15 20 2,5
24 12 17 2,5

1.3 – Blocos de EPS:

Os blocos de EPS precisam ser protegidos do vento, fogo e exposição prolongada a


raios ultravioleta. Há 3 formas de fazer o empilhamento desse material:
empilhamento dos blocos soltos, cintados ou ensacados. Em qualquer dos casos, a
base do apoio das peças deve ser nivelada.

No caso dos blocos soltos, a altura da pilha deve equivaler a, no máximo, 50% da
largura, enquanto o comprimento da pilha deve ser de, pelo menos, 3 vezes o
comprimento de uma peça.

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Quando se armazena blocos de EPS cintados, o comprimento mínimo da pilha deve
equivaler ao dobro do comprimento de uma peça isolada e a altura não pode ser
superior à largura da pilha.

O acondicionamento do material embalado em sacos deve ser feito


preferencialmente sobre uma base quadrada. A pilha pode ter altura máxima igual
ao comprimento e à largura da base.

2- TRANSPORTE DAS VIGOTAS

Há muitas maneiras de transportá-las, em razão dos diversos pontos de içamento.


Sugerimos a seguir 2 formas de içamento (com 2 ou 3 pontos), com variações em relação à
posição do ponto de içamento. A tabela seguinte apresenta as situações mais usuais.

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Comprimento máximo das vigotas para transporte (m)


Condições para o Altura das Treliças (cm)
transporte 8 12 16 20 25
2 pontos Pegando nas
2,80 3,20 3,60 4,00 4,40
de extremidades
Pegando a
içamento 20% das 6,55 7,50 8,45 9,40 10,30
extremidades
3 pontos Pegando nas
de extremidades
6,85 7,80 8,80 9,80 10,75
e no ponto
içamento central
Pegando a
15% das
extremidades 11,30 12,90 14,50 16,15 17,75
e no ponto
central

Veja a seguir as ilustrações referentes às 4 possibilidades apresentadas na tabela:

 Transporte em 2 pontos de içamento, posicionados nas extremidades das peças.

 Transporte em 2 pontos de içamento, posicionados a 20% do comprimento das


peças, distantes das extremidades das mesmas.

 Transporte em 3 pontos de içamento, posicionados nas extremidades e no centro


das peças.

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 Transporte em 3 pontos de içamento, 1 ao centro e 2 a 15% do comprimento da


peça, distantes das extremidades das mesmas.

3 –MONTAGEM DA LAJE

3.1– Escoramento

É a estrutura provisória que permite às vigotas treliçadas pré-moldadas o suporte a


carga que sofrem na fase de montagem e concretagem da laje e na de cura do
concreto. A seguir, alguns detalhes importantes do processo de escoramento

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3.1.1 – Distância entre linhas de escoras e pontaletes

A tabela abaixo apresenta as distâncias padronizadas entre as linhas de


escoramento. A distância entre escoras de madeira em uma linha determinada deve
ser de aproximadamente 1m. Quando se usa madeira e o pé-direito é superior a 2,70
m ou é duplo, é necessário utilizar o contraventamento para garantir a estabilidade
global de todo o escoramento. Quando da utilização de escoramento metálico, é
necessário seguir as orientações do fabricante ou fornecedor do equipamento.

3.2 – Colocação das Vigotas e Blocos

Para estabelecer o posicionamento correto das vigotas, é preciso colocar o conjunto


das peças nas posições aproximadas em que serão montadas e, a seguir, posicionar
as 2 primeiras fiadas dos elementos de enchimento nas extremidades de cada
vigota, como na ilustração abaixo. A seguir, os demais elementos de enchimento
são posicionados.

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Devem ser observadas as condições de apoio das vigotas obedecendo às dimensões


mínimas que estas deverão ter nos apoios.

Para os blocos de enchimento, devem ser observadas as dimensões mínimas dos


seus apoios nas vigotas e nas extremidades ( primeira linha de enchimento apoiando
um lado nas cintas de amarração ou nas vigas)

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3.3 – Nervuras Transversais

No caso de lajes armadas em uma direção, a NBR 6118 adota a colocação de


nervuras secundárias de travamento, ortogonais às nervuras principais, quando o vão
teórico for superior a 4 metros, e exigindo, no mínimo, duas nervuras se esse vão
ultrapassar 6 metros.

3.4 – Contra flecha

As vigotas deverão ser posicionadas para concretagem com uma elevação na sua
parte central, denominada contra-flecha, no valor igual ao vão da laje dividido por 350, ou
conforme projeto. Para maior facilidade, apresentamos tabela de contra-flecha e ilustração.

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3.5 – Armaduras Complementares

Cada obra exige a definição de armaduras complementares específicas, que são


aplicadas durante a execução. As armaduras complementares dividem-se em 4 categorias:

3.5.1 – Nervura transversal de travamento

Item já explicado em 3.3

3.5.2 – Armadura de Distribuição

Após a montagem da laje (Treliças + Blocos de enchimento), é colocado


sobre a mesma uma armadura de distribuição, posicionada nas duas direções, com seção de
no mínimo 0,9 cm2/m para aços CA-25 e de 0,6 cm2/m para aços CA-50, CA-60. As
funções desta armadura são: A) Combater os efeitos da retração; B) Consolidar a estrutura
da nervura com a capa; C) Efetuar um controle da abertura de fissuras; D) Efetivar a
distribuição das cargas pontuais.

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Tabela de especificações das malhas POP utilizadas nas armações das capas de concreto

3.5.3 – Armadura superior de tração (negativo)

Na fase de projeto o calculista deve determinar e detalhar as armaduras


negativas que irão reforçar as regiões dos momentos negativos, como é feito normalmente
nas lajes maciças.

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3.5.4 – Armadura adicional inferior de tração

Armadura positiva adicionada sobre a base de concreto da vigota, no interior


da armação treliçada. Sua aplicação, em camadas secundárias, só é indicada nos casos em
que, por determinação de cálculo, sejam necessárias armaduras além das aplicadas durante
a fabricação. Esta armadura é determinada pelo calculista no projeto estrutural.

3.6 – Capa de Concreto

É o concreto aplicado na obra sobre todos os demais componentes. A espessura e


resistência desse concreto (Fck) devem atender as especificações do projeto estrutural.
Como valores mínimos, a espessura deve ter valor igual a 4cm e o concreto com (Fck)
igual a 20 Mpa.

É de fundamental importância fazer a cura do concreto mantendo a superfície da


laje molhada durante a primeira semana após a concretagem. Este procedimento deve ser
iniciado logo após o início da pega do concreto, o que ocorre poucas horas depois do
lançamento e adensamento.

3.7 – Descimbramento

Quando se emprega concreto feito com cimento comum, o prazo mínimo para
retirada das escoras é de 21 dias após o término da concretagem.

O procedimento de retirada das escoras é mostrado nas ilustrações seguintes

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