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ESCOLA ALFA E ÔMEGA

TRABALHO DE TEOLOGIA
HISTÓRIA DA IGREJA

Alexandre Martins
Hezelaine Aparecida da Silva

Jonathan dos Reis Gonçalves


Juliene Gomes
Natália Coêlho Christofori
Roberto Márcio Ferreira
Patrícia Aparecida Trindade

A História de Policarpo de Esmirna

Juiz de Fora / 2023


Com intuito de apresentar a bibliografia do Policarpo de Esmirna, no qual, foi o
tema separado para a materialização desse trabalho da matéria “História da Igreja”,
iremos identificar com um breve relato sobre a fundação da Igreja Primitiva e, assim,
enfatizar quem foi Policarpo? Qual foi o seu chamado? Como foi sua morte? E etc.
Durante o tempo dos apóstolos iniciou-se a Igreja Primitiva, ou seja, a primeira
comunidade que se apropriou da igreja cristã. A história dessa Igreja se reproduziu desde
a primeira metade do século 1 d.C. até o final do mesmo século. Esse período faz parte
da maior história do Cristianismo, no qual, podemos chamar de Igreja Antiga. Sua origem
segundo os estudiosos aconteceu no marco do dia de pentecostes descrito sobre o
derramamento do Espírito Santo em Atos 2.
Essa Igreja era liderada pelos apóstolos de Jesus, esses homens foram escolhidos
pra que junto aos profetas fundamentarem os ensinos da Igreja de Cristo. Em Efésios 2:20
está escrito que: “Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, de que
Jesus Cristo é a PRINCIPAL pedra da esquina”. Com o propósito de pregar até os confins
da terra, homens separados pelo Senhor iniciou o processo de alicerçar a Igreja Primitiva.
Segundo Tim Keller existiam cinco características dessa Igreja pelo qual os tornavam
singular: 1) Era uma igreja multirracial e se fortalecia em unidade; 2) A Igreja Primitiva
tinha como prioridade a reconciliação e o perdão; 3) Ela cumpria em zelar pelos pobres e
aos que sofriam, buscavam sempre acolher os miseráveis; 4) Reesposáveis e
comprometidos em viver a santidade da vida e 5) Preservou o céu e ensinava sobre o
pecado sexual, ou seja, era uma igreja que protestava contracultura sexual.
No final do século I João morreu em Éfeso, sendo o último dos apóstolos. Ele
serviu Jesus fielmente durante sua vida inteira, mesmo ele indo viver em seu lar celestial,
Deus não deixou a igreja sozinha. Já havia preparado homens capacitados para zelar do
seu rebanho. A doutrina dos chamados “Pais da igreja” (pois foram os responsáveis para
desenvolver a comunidade cristã e ministrar a Verdade), ainda vem sendo até hoje como
base para a Igreja. Do século II até o século IV, nomes como: Clemente de Roma;
Clemente de Alexandria; Inácio de Antioquia; Policarpo de Esmirna, Justino o mártir,
Irineu de Lião, Origines, Tertuliano e entre outros, foram os executores dos ensinamentos
bíblicos.
Diante disso, Policarpo de Esmirna não possui informações precisas sobre sua
infância, formação e familiar, alguns estudiosos afirmam que ele nasceu na segunda
metade do primeiro século. Seu nome tem como significado “o que produz muitos frutos”.
Ele optou em viver sua vida em santidade e devoção. Além, de servir a igreja com
ensinamentos e exortações, alguns autores irão afirmar que Policarpo era um homem
acolhedor e justo. Foi discípulo do apóstolo João, consagrado a bispo da igreja de
Esmirna, que ficava localizada onde atualmente fica a cidade de Izmir, na Turquia. A
única epístola que sobejou de Policarpo, foi sua Carta aos Filipenses, no qual, chama
atenção para que os irmãos vivam uma vida em virtude e fortalecimento de fé em Jesus
Cristo.
Policarpo de Esmirna foi um dos primeiros líderes cristãos e um dos primeiros
mártires do cristianismo. Ele foi martirizado por se recusar a renunciar à sua fé durante a
perseguição do imperador romano Marco Aurélio, no ano 155 d.C. A história do martírio
de Policarpo é uma das mais conhecidas do cristianismo primitivo e é relatada em diversas
fontes históricas e documentos da igreja. Segundo relatos históricos, Policarpo foi
denunciado às autoridades romanas por causa de sua fé cristã. Ele foi preso e levado
diante do governador romano em Esmirna, onde foi questionado sobre sua crença em
Jesus Cristo. O governador tentou persuadir Policarpo a renunciar à sua fé, oferecendo-
lhe liberdade e riqueza em troca.
No entanto, Policarpo se recusou a renunciar a Jesus e declarou: "Durante 86 anos
servi a Cristo, e Ele nunca me fez mal. Como posso então blasfemar contra meu Rei e
Salvador?" Diante da recusa de Policarpo em renunciar à sua fé, o governador romano o
condenou à morte por queimação na fogueira. Enquanto era levado ao local da execução,
Policarpo não demonstrou medo nem hesitação e continuou a afirmar sua fé em Jesus
Cristo. Quando chegou ao local da execução, Policarpo disse aos soldados romanos que
o prenderam: "Deixem-me estar como estou. Pois aquele que me dá forças para suportar
o fogo me dará também a força para permanecer imóvel na estaca, sem se mexer." Antes
de ser queimado vivo, Policarpo fez uma breve oração, pedindo a Deus que aceitasse o
seu sacrifício e que abençoasse a sua igreja. Quando o fogo foi aceso, Policarpo não gritou
nem se contorceu, mas morreu tranquilamente, como se estivesse dormindo.
Segundo relatos históricos, a fogueira queimou apenas as extremidades do seu
corpo, deixando o resto intacto. O martírio de Policarpo teve um grande impacto na igreja
primitiva e é considerado um exemplo de coragem e devoção cristã. A sua história
inspirou muitos outros cristãos a permanecerem firmes em sua fé, mesmo diante da
perseguição e da morte. A história de Policarpo foi registrada em documentos da igreja e
em obras de escritores cristãos, como Irineu de Lyon, que foi discípulo de Policarpo. O
martírio de Policarpo é comemorado pela igreja católica em 23 de fevereiro, data em que
é celebrado o seu dia litúrgico.
A igreja em Esmirna, que foi fundada por Policarpo, não existe mais, apesar de
estudiosos acreditarem que o templo ficava da região de Kizlaragasi Han (Izmir, cidade
turca), onde em 1620 foi construída a igreja de São Policarpo. A morte de Policarpo foi
uma das muitas perseguições que os cristãos enfrentaram no Império Romano. Durante
os primeiros séculos do cristianismo, os cristãos eram frequentemente perseguidos e
executados por professarem sua fé, que era vista como uma ameaça ao poder romano e
aos deuses pagãos. A morte de Policarpo foi um lembrete da brutalidade da perseguição
e da coragem dos primeiros cristãos que permaneceram fiéis a Jesus, mesmo diante da
morte. Apesar da perseguição, o cristianismo continuou a crescer e a se espalhar pelo
Império Romano. A morte de Policarpo e de outros mártires inspirou muitos a se
converterem ao cristianismo e a se tornarem cristãos dedicados. Com o tempo, o
cristianismo se tornaria a religião oficial do Império Romano, uma mudança histórica que
teria sido inimaginável nos dias de Policarpo. A morte de Policarpo foi uma injustiça
terrível, mas sua coragem e devoção cristã ainda inspiram milhões de pessoas em todo o
mundo. A sua história é uma prova de que o amor de Jesus pode superar todas as
dificuldades e que a verdadeira liberdade é encontrada em Cristo.
Bibliografia:

As cinco caracteristicas da igreja primitiva. Disponível em:


<https://coalizaopeloevangelho.org/article/5-caracteristicas-da-igreja-primitiva-que-a-
tornaram-singular/>. Acesso em 23/03/2023.

Ferreira, Franklin. Servos de Deus: espiritualidade e teologia na história da igreja. Editora


Fiel, 2013.

Quem foram os pais da igreja. Disponível em: <https://www.cacp.app.br/quem-foram-os-


pais-da-igreja/>. Acesso em 23/03/2023.

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