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Fonte: Cossalter,2004
Fonte: Dailymail
a) p: entre eixos;
b) d fork offset: distância perpendicular entre o eixo de rotação da estrutura
dianteira e o centro da roda dianteira;
c) Ɛ: ângulo de caster;
d) : raio da roda traseira;
e) : raio da roda dianteira;
f) : raio da seção transversal da roda traseira;
g) : raio da seção transversal da roda dianteira.
h) =( : raio do centro do toróide traseiro;
i) =( : raio do centro do toróide dianteiro;
j) = sin Ɛ – d : normal trail
k) = = tan Ɛ - :trail.
Pode ter 1200 mm no caso de Scooters, 1300 mm para motocicletas 125cc, 1350
mm para motocicletas médias com250cc, até 1600 mm ou mais para motocicletas do
tipo touring.
Figura 20: Classificação das motocicletas (a) Scooter, (b) Sport, (c) Trail, (d) Super Sport, (e)
custom, (f) Touring.
= (
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Considerando agora uma motocicleta com pneus de espessura não nula, que
descreve o mesmo raio de viragem com a mesma velocidade angular. Uma vez
que a espessura dos pneus não é zero, o ângulo de rolamento que é necessário
para o equilíbrio dos momentos exercidos pelas forças do peso e da força
centrífuga, é maior do que o ideal. Sendo assim, o ângulo efetivo de rolagem (figura
30) pode ser definido como:
φ= +
Vimos que o torque a ser aplicado no guidom pode ter o valor zero para
assegurar o equilíbrio, positivo (um torque de acordo com o ângulo de direção), ou
negativo (um torque contrário ao ângulo de direção).
Quaisquer modificações a motocicleta trará variações do torque a ser aplicado
no guidom, a influência dos principais parâmetros geométricos e de inércia sobre o
torque de direção é mostrado na figura 32.
Pode ser observado que o ângulo de caster, o raio da secção do pneu
dianteiro transversal, da altura do centro de gravidade e o normal trail são os
parâmetros que mais influenciam no valor do torque. (COSSALTER, 2006).
Figura 33: Comportamento direcional de uma motocicleta influenciado por distúrbios externos
Quando uma criança está aprendendo a andar de bicicleta logo ela aprende
que para virar para direita basta girar o guidom na mesma direção, e a força
centrífuga leva a bicicleta de volta a sua posição vertical.
O caminho que a bicicleta segue é influenciado pelas ações de controle
continuamente feitas pelo ciclista para manter a bicicleta vertical. Portanto, como
resultado, a bicicleta segue um caminho curvilíneo, e a “curvilineadade” é
determinada pela habilidade ciclista.
Os mesmos princípios são usados para controlar o equilíbrio vertical da
motocicleta em baixa velocidade.
Quando a moto se inclina para a direita sua queda é contrabalançada girando
o guidão para a direita. A motocicleta começa a virar à direita, criando a força
centrífuga que endireita a moto de volta. (COSSALTER, 2006).
Para entrar rápido em uma curva à direita (figura 38), o piloto aplica um torque
rápido no guidom para a esquerda. O movimento da roda dianteira em torno da
coluna de direção gera uma força lateral no pneu dianteiro que tem o efeito de
inclinar a moto para a direita. O efeito giroscópio gerado na roda dianteira e da
rotação da direção também tem um efeito importante sobre a entrada rápida em uma
volta. Este momento do efeito giroscópio inclina a moto para a direita. Uma vez que
a moto começar a rolar para a direita o piloto pode girar lentamente o guidom para a
direita, e a moto entra na curva.
O piloto (em aprox. 14 m) dirige rapidamente para a esquerda e a motocicleta
imediatamente tem movimento angular para o mesmo lado seguindo um caminho
para a esquerda. Ao mesmo tempo, a motocicleta começa a rolar para a direita.
O momento giroscópio contribui para a geração do movimento de rolamento
devido ao fato de que está presente desde o início da manobra. Este exemplo
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destaca as técnicas de "saída de pista" que consistem em entrar em uma curva para
direita direcionando a direção por um curto tempo para a esquerda. A fase de
entrada pode ser melhorada pelo deslocamento lateral do corpo do piloto na curva.
O deslocamento lateral do piloto faz com que a motocicleta incline-se e pode ser
utilizado para reduzir o contra esterço inicial. (COSSALTER, 2006).
Suponhamos que se deseja realizar uma manobra, tal como uma curva em
forma de U ou chicana em forma de S, por exemplo, no menor tempo possível. As
posições iniciais e finais na pista são conhecidas, mas existem muitas possibilidades
de trajetórias que podem levar o veículo a partir do ponto inicial até o final. Nós
estamos olhando para a mais rápida, o que melhor explora as características
intrínsecas da motocicleta.
Além disso, vamos supor que nós observamos apenas o sistema da moto
sem considerar os limites físicos e psicológicos do condutor, como o torque máximo
que ele é capaz de aplicar, ou a taxa de torque máximo de direção ele é capaz de
alcançar. Esta situação corresponde a ter uma motocicleta conduzida por um
motorista ideal. O melhor desempenho que conseguimos com a motocicleta
quantifica a sua capacidade de manobra. Neste sentido, a capacidade de manobra
está relacionada com a capacidade da moto em fazer manobras complexas no
menor tempo possível. Se considerarmos ainda os limites de desempenho do
condutor, o melhor desempenho que conseguimos com a motocicleta quantifica seu
manuseio. Assim, o manuseio, é a capacidade de a moto fazer manobras
complexas, levando em consideração os limites do motorista. Em outras palavras,
uma motocicleta, que tem uma melhor manuseabilidade do que outra é mais rápida,
e ao mesmo tempo o piloto pode conduzi-la com menos esforços físico e
psicológico.
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Estar habilitado para conduzir carros, ônibus, etc., não significa dizer que o
condutor também está apto a conduzir uma motocicleta. Faremos um breve
comparativo entre carros e motocicletas (Honda):
Equilíbrio
Automóvel – possui equilíbrio estático.
Motocicleta – possui equilíbrio dinâmico. É necessário treinamento de
equilíbrio.
Curvas
Automóvel – inclina-se para fora da curva. O equilíbrio é mantido pelas quatro
rodas.
Motocicleta – inclina-se para dentro da curva. O equilíbrio do efeito giroscópio
é garantido pela inclinação da motocicleta + piloto. É necessário treinamento em
curvas.
Freios
Automóvel – acionamento único por pedal. Distribuição automática de
pressão.