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Monografia, apresentada ao Centro Universitário FEI, como parte dos requisitos necessários
para obtenção do título de Pós Graduado em Mecânica Automobilística.
Comissão julgadora
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Orientador Waldemar Caldara Colucci
Charles Chaplin
RESUMO
The dynamic study of a vehicle in the project phase is one of the most complex to do
it, because it is taking into consideration numerous variables such as it must be respected with
the intention to manufacture a balanced and above all a safe vehicle. As the name suggests,
the dynamic of a vehicle studies the behavior of the object moving on three space dimensions
and because of this it becomes the project hardier to be finished compared to a project with a
stationary engine.
In this monograph will be study mainly the steering and vehicle suspension systems
regarding to alignment and balancing of the vehicle. It will be approach the factors to be
imputed at the geometry of the systems more precisely on the wheels taking into
consideration the default values at each manufacture according to the study of the dynamic
behavior.
The rolling is a preponderant factor in this study which analyzes the center of the
gravity through axes that pass through key points of the suspension system. However, the
objective of this work is to study the suspension assembly and perform analyzes that bring us
the effects absorbed by the tire by the lack of maintenance of the alignment and balancing
system of the vehicle.
At the end, it may be seen that the geometry of the wheels must be reviewed and
maintained in accordance with what each manufacturer it asks, if not the vehicle loses the
factory parameters and the wheels are misaligned and unbalanced, bringing discomfort,
insecurity and irregular tire wear.
Figura 1 – δi e δA,0 são os ângulos de Ackermann das rodas direita e esquerda do eixo
dianteiro respectivamente, sendo A δA a diferença entre eles.
Figura 2 – δi e δA,0 de mesmo valor.
Figura 3 - Efeitos do alinhamento inadequado num veículo.
Figura 4 – Suspensão Double Wishbone
Figura 5 – Vista de um pneu em corte, demonstrando as variadas camadas que o
componente possui.
Figura 6 – Outra vista de um pneu em corte, demonstrando as variadas camadas que o
componente possui.
Figura 7 – Slip angle (α) ou ângulo de escorregamento.
Figura 8 – Calibragem correta na segunda situação e incorreta nas outras duas.
Figura 9 – Representação do CIR.
Figura 10 – Representação do Roll Centre.
Figura 11 – Representação do Roll Axis.
Figura 12 – Balanceamento efetuado por máquina, onde a roda é retirada do veículo.
Figura 13 – Tipo de massa (chumbo) que é inserido e colado na parte interna da roda.
Figura 14 – Tipo de massa (chumbo) que é inserido na roda, encaixando tal peça no aro
do lado interno ou externo da roda.
Figura 15 – Visualização da máquina realizando o balanceamento da roda no próprio
eixo do veículo.
Figura 16 – Diferentes formas de desbalanceamentos imputando problemas nos pneus.
Figura 17 – Ações de esforços sofridos pelo pneu.
Figura 18 - Cambagem positiva e negativa vista juntamente com o sistema de suspensão
em uma roda.
Figura 19 - Cambagem positiva e negativa na vista frontal do veículo.
Figura 20 – Aparelho posicionado na roda, e que projeta o laser numa escala em graus.
Figura 21 – Laser sendo projetado na escala e indicando 0º, ou seja, cambagem nula.
Figura 22 - Vista superior do veículo
Figura 23 – Laser sendo projetado na escala e indicando 0,5º, ou seja, convergência
levemente positiva.
Figura 24 – Vista dos tipos de ajuste do cáster (positivo, negativo e neutro).
Figura 25 – Representação dos esforços verticais ou radiais que um pneu sofre, num
primeiro momento sem carga, e depois com carga.
Figura 26 – Representação dos esforços laterais sofridos por um pneu, num primeiro
momento em linha reta, e depois durante uma curva.
Figura 27 – Desgaste de um pneu em um veículo com a geometria de suspensão
desalinhada.
Figura 28 – Representação do TWI de um pneu.
Figura 29 – Representação do modelo da bicicleta.
Figura 30 - Dados do Cα do pneu, em função do carregamento vertical.
Figura 31 - Dados do condutor.
Figura 32 – Representação de um veículo subesterçante.
LISTA DE SÍMBOLOS
CG – centro de gravidade;
A – Área (m2);
𝑎𝑦 – aceleração lateral (m/s2);
δ – Ângulo de ackerman (graus);
𝐶∝𝑓 – Coeficiente de rigidez dos pneus dianteiros (N);
𝐶∝𝑟 – Coeficiente de rigidez dos pneus traseiros (N);
𝑉𝑐𝑎𝑟𝑎𝑐. – Velocidade característica (m/s);
𝐾𝑝𝑛𝑒𝑢 – gradiente de esterçamento (graus);
L – distância entre eixos do veículo (m);
g – aceleração gravitacional (m/s2);
c – distância do eixo dianteiro ao CG do veículo (m);
𝐹𝑦 – força lateral.
𝑊𝑓 – Carga no eixo dianteiro (N);
𝑊𝑟 – Carga no eixo traseiro (N);
SUMÁRIO
2 DIREÇÃO ....................................................................................................... 12
3 SUSPENSÃO ................................................................................................... 16
4 PNEUS ............................................................................................................. 18
8 CONCLUSÕES............................................................................................... 46
REFERÊNCIAS ............................................................................................. 48
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2 DIREÇÃO
Figura 1 – δi e δA,0 são os ângulos de Ackermann das rodas direita e esquerda do eixo
dianteiro respectivamente, sendo A δA a diferença entre eles.
Como pôde ser visto, os ângulos de esterçamento das rodas dianteiras são diferentes
entre si por característica de projeto, quando é desejado um melhor comportamento dinâmico
em curvas. Entretanto, podemos encontrar casos nos quais esses ângulos tem o mesmo valor,
resultando em duas linhas paralelas que não passam pelo centro do eixo dianteiro, conforme
visto a seguir:
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Observamos que a reta que passa pelo centro do eixo dianteiro não tem relação com as
retas que provém das rodas do eixo dianteiro. Apesar de comprometer o comportamento
dinâmico do veículo em curvas, essa característica tem como vantagem fazer com que o
círculo formado por uma curva se torne menor, devido a capacidade de força lateral do pneu
do lado de fora da curva ser crescente. Ainda assim, a maioria dos veículos de passeio
produzidos, tem como característica de projeto, ângulos diferentes entre si nas rodas
dianteiras.
Um sistema de direção tem como função principal o esterçamento das rodas para que o
veículo realize curvas e manobras necessárias no dia-a-dia. Além do controle direcional, esse
sistema proporciona ao motorista a sensibilidade através do volante de perceber situações
anormais no veículo, no que tange ao alinhamento e balanceamento das rodas. Por tratar-se de
conjunto complexo de componentes mecânicos, o único ponto de contato que um condutor
tem com o seu veículo a fim de perceber situações de erros na geometria da direção, é o
volante. Obviamente um motorista mais experiente leva em consideração alguns parâmetros a
mais como forças laterais, rolagem, comportamento dinâmico, além do comportamento da
direção.
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Diante disso, a seguir segue uma tabela onde serão descritos alguns erros comuns que
ocorrem em sistemas de direção, com os devidos efeitos que consequentemente são imputados
no veículo.
Fonte: STONE, Richard; K. BALL, Jeffrey; Automotive Engineering Fundamentals. Ed. SAE International,
2004.
O sistema de direção, por tratar-se de conjunto mecânico, pode também ter o auxílio
de motores elétricos, bombas hidráulicas ou eletro hidráulicas, fazendo com que os tipos de
direção direção sejam chamados de assistência hidráulica, eletro-hidráulica, ou ainda,
assistência totalmente elétrica.
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3 SUSPENSÃO
Bandeja Superior
mola
amortecedor
Bandeja Inferior
Fonte: Youwheel
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4 PNEUS
Fonte: Andrecerberus
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Fonte: Andrecerberus
Outro ponto a salientar, é a pressão dos pneus. A seguir, a figura representará o que
ocorre quando da incorreta aplicação de pressão nos pneus, uma vez que a quantidade de
massa de ar a ser inserida dentro dele também é projetada em conjunto com as suas outras
propriedades mecânicas, e deve ser respeitada de acordo com o que indica cada fabricante.
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Fonte: Tuningonline
5 GEOMETRIA DA SUSPENSÃO
A geometria da suspensão contém alguns pontos que devem ser destacados, conforme
vejamos:
O CIR é um ponto suspenso do veículo por onde passam duas linhas imaginárias
provenientes de 2 (dois) corpos rígidos distintos do sistema de suspensão cujas velocidades
absolutas são iguais, ou ainda, tomando como referência a posição de um desses
componentes, a velocidade do outro é igual a zero.
Roll Centre
Roll Axis
Fonte: Leomotors
Figura 13 – Tipo de massa (chumbo) que é inserido e colado na parte interna da roda.
Fonte: Google.com.br/balanceamentoderodas
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Figura 14 – Tipo de massa (chumbo) que é inserido na roda, encaixando tal peça no aro do
lado interno ou externo da roda.
Fonte: Google.com.br/balanceamentoderodas
Fonte: Autor
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Para um tipo de pneu 175 R14 88S, carregado com uma força F = 4,5 KN e
pressurizado a 1,9 bar, assumindo a constante elástica K = 186 N/m com variações de ±5%,
ou seja, 195 N/m como a maior constante e 177 N/m como sendo a menor, a variação linear
da mola seria:
𝐹1 = 𝑘1 . 𝑥1 (1)
𝐹 4,5 𝐾𝑁
𝑥𝑚í𝑛 = = (2)
𝑘 195 .10−3 𝐾𝑁/𝑚
𝑥𝑚í𝑛 = 23,1 𝑚𝑚
𝑥𝑚á𝑥 = 25,4 𝑚𝑚
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Essa diferença, na dinâmica de rolagem radial do pneu, poderia causar variações das
forças verticais, que ainda assim são menores que a fricção do rolamento de roda. Entretanto,
ainda que numa velocidade de por exemplo 120 Km/h, rodando numa via completamente
macia, isso poderia levar a vibrações que seriam perceptíveis no eixo dianteiro.
Neste exemplo, o veículo utilizado deveria ter uma taxa de variação elástica de k = 15
N/mm para cada lado do eixo dianteiro.
O curso de 2,3 mm calculado daria uma diferença de força vertical de:
ΔF = k . Δx (3)
ΔF = 15 . 2,3 tf
ΔF = 34,5 N
Contudo, a força de fricção por cada lado do eixo dianteiro se dá, pelo valor de:
Ffr = 100 N
ou seja, só pode ser superada se ocorrerem maiores variações de forças verticais devido a não-
uniformidade do piso.
Fonte: Hunterengineering
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Figura 20 – Aparelho posicionado na roda, e que projeta o laser numa escala em graus.
Fonte: Autor
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Figura 21 – Laser sendo projetado na escala e indicando 0º, ou seja, cambagem nula.
Fonte: Autor
7.2 CONVERGÊNCIA
Figura 23 – Laser sendo projetado na escala e indicando 0,5º, ou seja, convergência levemente
positiva.
Fonte: Autor
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7.3 CÁSTER
Com o cáster positivo, o contato do pneu com o solo fica atrás da linha de interseção
entre o eixo de direção e o piso. Essa é uma característica desejável para boa estabilidade.
Quando a roda está virando, a força lateral age perpendicularmente no eixo da roda e
através desse ponto de contato do pneu com o solo. Isso cria um torque sobre o eixo de
direção que age no centro da roda. Obviamente, o cáster negativo resulta no efeito oposto, e a
roda deveria tender a continuar virando sobre o eixo de direção.
Um exemplo muito comum de cáster positivo é encontrado nos carrinhos de
supermercado. As rodas dianteiras são livres para girar no eixo de direção, e quando o
carrinho é empurrado para frente em linha reta, as rodas se auto alinham para a referida
posição.
Figura 25 – Representação dos esforços verticais ou radiais que um pneu sofre. No primeiro
momento sem carga e depois com carga.
Figura 26 – Representação dos esforços laterais sofridos por um pneu. No primeiro momento
em linha reta, e depois durante uma curva.
Fonte: Eonet
Fonte: Apostila Módulo Dinâmica do Veículo – Especialização Mec. Aut. FEI – S. Bernardo Campo/SP
Dados:
Fonte: Apostila Módulo Dinâmica do Veículo – Especialização Mec. Aut. FEI – S. Bernardo Campo/SP
Fonte: Apostila Módulo Dinâmica do Veículo – Especialização Mec. Aut. FEI – S. Bernardo Campo/SP
𝐿 2,56
δ= = (4)
𝑅 61
δ = 0,042 rad
𝑊𝑓 5.278,5
= = 3,72 (5)
𝐶∝𝑓 1.417,5
𝑊𝑟 3.167
= = 3,65
𝐶∝𝑟 867,2
𝑊𝑓 𝑊𝑟
𝐾𝑝𝑛𝑒𝑢 = − = 3,72 − 3,65 = 𝟎, 𝟎𝟕 𝒈𝒓𝒂𝒖𝒔/𝒈
𝐶∝𝑓 𝐶∝𝑟
57,3 .𝐿 .𝑔
𝑉𝑐𝑎𝑟𝑎𝑐. = √ (6)
𝐾𝑝𝑛𝑒𝑢
𝑉2
𝑎𝑦 (57,3 .𝐿 .𝑔) 𝑉2 (57,3 .𝐿 .𝑔) 𝑉2
= (1+𝐾 . 𝑉2 )
= . = (7)
δ (57,3 .𝐿 .𝑔) (1+𝐾 . 𝑉 2 ) (1+𝐾 . 𝑉 2 )
(57,3 .𝐿 .𝑔)
𝑎𝑦 26,72
= = 14 𝑔/𝑔𝑟𝑎𝑢𝑠
δ (1 + 0,07 . 26,72 )
𝑉
𝑉 𝐿 𝑉 (57,3 . 𝐿 . 𝑔)
= 2 = .
δ (1 + 𝐾 . 𝑉 ) 𝐿 (1 + 𝐾 . 𝑉 2 )
(57,3 . 𝐿 . 𝑔)
𝑉
= 294,55 𝑟𝑔/δ
δ
A seguir, calcula-se o ângulo de deslizamento no CG, num raio de giro sugerido de
244 m a uma velocidade de 150 km/h:
𝑐 (𝑊𝑟 . 𝑉 2 )
𝛿𝐶𝐺 = 57,3 . − (8)
𝑅 (𝐶∝𝑟 .𝑅 .𝑔)
𝑐 𝐿
E c como sendo: = (9)
𝑊𝑓 𝑊
𝑐 2,56
= 𝑐 = 1,04
6334 16892
E, por fim, calcula-se a força lateral, tomando como base uma cambagem neutra, ou
seja, 0 graus:
𝐹𝑦 = 𝐶∝ . ∝ (10)
8 CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS
EU ESTOU DIRIGINDO. Fenômenos físicos que ocorrem nas curvas. 2015. Disponível
em: < http://euestoudirigindo.blogspot.com.br/2015/06/fenomenos-fisicos-que-ocorrem-nas-
curvas.html>. Acesso em 1 fev. 2016.
GILES, J. G.; Steering, Suspension and Tyres. London Iliffe Books, 1968.
TUNING ONLINE. Conselhos sobre a pressão dos pneus. 2015. Disponível em:
<http://www.tuningonline.pt/pressao-dos-pneus/>. Acesso em 17 fev. 2016.
YOU WHEEL. Automobile Suspension Design 101 (PART III): Double Wishbone
Suspension. 2014. Disponível em: <http://blogs.youwheel.com/2014/06/13/automobile-
suspension-design-101-part-iii-double-wishbone-suspension/>. Acesso em 03 abr. 2016.