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APOSTILA COMPLEMENTAR DE

PORTUGUÊS PARA O CONCURSO DA


PREFEITURA DE SÃO GABRIEL

CURSO SARGENTO ANDERSON - CSA


AVANTE
APOSTILA DE PORTUGUÊS CSA

ORTOGRAFIA
A DÚVIDA EM ESCREVER CERTAS PALAVRAS
Por que/porque/por quê/ porquê:

POR QUE (separado e sem acento)


-Usado nas frases interrogativas e também quando se puder subentender as palavras motivo e razão:
Ex: Por que você não veio?
Não sei por que estou aqui.
-Ou quando puder ser substituído por pelo qual e flexões:
Ex: este é o motivo por que não lhe escrevi antes.

PORQUE (junto e sem acento)


Emprega-se quando for conjunção explicativa ou causal:
Ex: Não vá, porque é perigoso.
Não fiz a prova porque estava doente.

POR QUÊ (separado e com acento)


No final das frases interrogativas ou não:
Ex: Você não entregou o trabalho, por quê?
Ninguém saber explicar por quê.

PORQUÊ (junto e com acento)


Quando está substantivado (precedido de artigo)
Ex: Não sei o porquê da sua chateação.
Estudamos o uso do porquê.
Da sua tristeza, ninguém sabe o porquê.

Onde/ aonde:
ONDE:
Emprega-se quando significa em que lugar, ou com verbos que não indiquem movimento.
Ex: Não sei onde está a chave.
Estou na casa onde ela mora.

AONDE:
Emprega-se com verbos de movimento ou que indiquem direção:
Ex: Queres chegar aonde?
Aonde você vai?

MAL/ MAU
-Mal (advérbio)
Usa-se quando se opõe a bem:
Ex: Ele está mal de vida.
Nossa equipe jogou mal.
Ou quando é conjunção temporal:
Mal cheguei, ele já havia saído.

-Mau (adjetivo)
Usa-se quando se opõe a bom.
Ex: Este é um mau negócio.
Ele é um mau perdedor.

AO INVÉS DE/ EM VEZ DE


-Ao invés de significa “ao contrário de”
Ex: Ao invés do que previu a meteorologia, choveu muito ontem.

-Em vez de significa no lugar de


Ex: Em vez de jogar tênis, preferimos ir ao cinema.

SENÃO/ SE NÃO
-Senão equivale a caso contrário
Ex: Devemos entregar o trabalho no prazo, senão o contrato será cancelado.
Espero que faça bom tempo, senão cancelaremos a viagem para o litoral.

-Se não inicia orações adverbiais condicionais e equivale a se por acaso não.
Ex: Se não chover amanhã, viajaremos para o litoral.
A festa será amanhã à noite, se não ocorrer nenhum imprevisto.

AO INVÉS DE/ EM VEZ DE


-Ao invés de significa “ao contrário de”
Ex: Ao invés do que previu a meteorologia, choveu muito ontem.

-Em vez de significa no lugar de


Ex: Em vez de jogar tênis, preferimos ir ao cinema.

AO ENCONTRO/ DE ENCONTRO
-Ao encontro (rege a preposição de) significa estar a favor de:
Ex: Aquelas atitudes vão ao encontro do que eles pregavam.

-De encontro (rege a preposição a) significa ser contra:


Ex: Sua atitude veio de encontro ao que eu esperava.

ACERCA DE/ HÁ CERCA DE


-Acerca de é uma locução prepositiva, equivale a a respeito de:
Ex: Discutimos acerca de uma melhor saída para o caso.

-Há cerca de é uma expressão em que o verbo haver indica tempo transcorrido, equivalendo a faz:
Ex: Há cerca de uma semana, discutíamos uma melhor saída para o caso.

A FIM DE/ AFIM


-A fim de é uma locução prepositiva que indica finalidade:
Ex: Ele saiu cedo a fim de chegar a tempo.

-Afim é adjetivo e significa semelhante, por finalidade:


Ex: O genro é um parente afim.
Tratava-se de ideias afins.

A PAR/ AO PAR
-A par tem sentido de bem informado, ciente de uma situação.
Ex: Mantenha-me a par de todos os fatos.
-Ao par é uma expressão usada para indicar relação de equivalência ou igualdade entre valores. Esta
expressão é usada geralmente em operações cambiais/ financeiras.
Ex: O dólar está ao par do euro.

SEMÂNTICA
Sinonímia(sinônimos)
Relação estabelecida entre duas ou mais palavras que apresentam significados iguais ou semelhantes, ou
seja, os sinônimos. Exemplos: bondoso – caridoso; distante – afastado; cômico – engraçado.

Antonímia(antônimos)
Relação estabelecida entre duas ou mais palavras que apresentam significados diferentes, contrários, ou
seja, os antônimos. Exemplos: bondoso – maldoso; bom – ruim; economizar – gastar.

Homonímia( homônimos)
Relação estabelecida entre duas ou mais palavras que, embora possuam significados diferentes,
apresentam a mesma estrutura fonológica, ou seja, os homônimos. Os homônimos subdividem-se em
palavras homógrafas, homófonas e perfeitas:

Homógrafas: São as palavras iguais na escrita, porém diferentes na pronúncia. Exemplos: gosto
(substantivo) – gosto (1ª pessoa do singular do presente indicativo) / conserto (substantivo) – conserto
(1ª pessoa do singular do presente indicativo);

Homófonas – São as palavras iguais na pronúncia, porém diferentes na escrita.

Exemplos: cela (substantivo) – sela (verbo) / cessão (substantivo) – sessão (substantivo);

Perfeitas: São as palavras iguais tanto na pronúncia como na escrita.

Exemplos: cura (verbo) – cura (substantivo); cedo (verbo) – cedo (advérbio).

acender – pôr fogo ascender – subir


acento – sinal gráfico assento – lugar onde se senta
acerto – ato de acertar asserto – afirmação
apreçar – ajustar o preço apressar – tornar rápido
bucheiro – tripeiro buxeiro – pequeno arbusto
bucho – estômago buxo – arbusto
caçar – capturar animais cassar – tornar sem efeito
cegar – deixar cego segar – ceifar, cortar
cela – quarto pequeno sela – arreio
censo – recenseamento senso – juízo
céptico – descrente séptico – que causa infecção
cerração – nevoeiro serração – ato de serrar
cerrar – fechar serrar – cortar
cervo – veado servo – criado
chá – bebida xá – antigo soberano do Irã
cheque – ordem de pagamento xeque – lance no jogo de xadrez
círio – vela sírio – natural da Síria
cito – do verbo citar sito – situado
concertar – ajustar – combinar consertar – corrigir, reparar
concerto – sessão musical conserto – corrigir, reparar
coser- costurar cozer – cozinhar
esotérico – secreto exotérico – expõe em público
espectador – aquele que assiste expectador – aquele que espera
esperto – perspicaz experto – experiente, perito
espiar – observar expiar – pagar pena
espirar – soprar, exalar expirar – terminar
estático – imóvel extático – relativo a êxtase
esterno – osso do peito externo – exterior
estrato – camada extrato – o que se extrai de
estremar – demarcar extremar – assinalar, sublimar
incerto – não certo, impreciso inserto – inserido, introduzido
incipiente – principiante insipiente – ignorante
laço – nó lasso – frouxo
ruço – pardacento, grisalho russo – natural da Rússia
são – sadio (adjetivo) são – verbo ser
tacha – prego pequeno taxa – imposto, tributo
tachar – atribuir defeito a taxar – fixar taxa

Paronímia(parônimos)
Relação estabelecida entre duas ou mais palavras que possuem significados diferentes, porém são muito
semelhantes na pronúncia e na escrita, ou seja, os parônimos. Exemplos: emigrar – imigrar; cavaleiro –
cavalheiro; comprimento – cumprimento.
absolver – perdoar, inocentar -absorver – aspirar, sorver
apóstrofe – figura de linguagem - apóstrofo – sinal gráfico
aprender – tomar conhecimento - apreender – assimilar
arrear – pôr arreios -arriar – descer, cair
ascensão – subida -assunção – elevação a um cargo
bebedor – aquele que bebe -bebedouro – local onde se bebe
cavaleiro – que cavalga -cavalheiro – homem gentil
comprimento – extensão -cumprimento – saudação
deferir – atender -diferir – retardar
delatar – denunciar -dilatar – alargar
descrição- ato de descrever -discrição – ser discreto, reservado
descriminar – tirar a culpa -discriminar – distinguir
despensa – onde se guardam alimentos -dispensa – ato de dispensar
docente – relativo a professores -discente – relativo a alunos
emigrar – deixar uma região ou país -imigrar – entrar num país.
eminência – excelência -iminência – qualidade de iminente
eminente – elevado -iminente – prestes a ocorrer
esbaforido – ofegante, apressado -espavorido – apavorado
estada – permanência de pessoas -estadia – permanência de um veículo
flagrante – evidente -fragrante – cheiroso
fluir – correr -fruir – desfrutar
fusível – aquilo que funde -fuzil – arma de fogo
imergir – afundar -emergir – vir à tona
inflação – alta dos preços -infração – violação
infligir – aplicar pena -infringir – violar, desrespeitar
mandado – ordem judicial -mandato – procuração
peão – trabalhador -pião – tipo de brinquedo
precedente – que vem antes -procedente – que tem fundamento
ratificar – confirmar -retificar – corrigir
recrear – divertir -recriar – criar de novo
soar – produzir som -suar – transpirar
sortir – abastecer -surtir – produzir efeito
sustar – suspender -suster – sustentar
tráfego – trânsito -tráfico – comércio ilegal
vadear – atravessar a vau -vadiar - andar ociosamente
vultoso- volumoso -vultuoso – congestão na face

Polissemia
A polissemia caracteriza-se pela propriedade que uma mesma palavra possui de apresentar vários
significados.
Exemplos: Hidrate as suas mãos (parte do corpo humano) – Ele abriu mão dos seus direitos (desistir).
Almon, o pescador, cozinhava uma sopa de cebolas. (alimento) - O exame teórico foi uma
sopa.(fácil)

Hipônimo e hiperônimos – são palavras pertencentes a um mesmo campo semântico, sendo o


hipônimo uma palavra de sentido mais específico(vacas, cavalos, gatos, cachorros, peixe, abelhas,
formigas, minhocas ) e hiperônimo(animais ) uma palavra de sentido mais genérico.

FONÉTICA E FONOLOGIA
Encontros vocálicos:
1. Ditongo – é o encontro de duas vogais na mesma sílaba:
Exemplo: a-tra-ção, fai-xa, coi-sa.
2. Tritongo – É o encontro de três vogais, formado por semivogal + vogal + semivogal numa só sílaba.
Exemplo: i – guais, U – ru - guai.
3. Hiato – É o encontro de duas vogais, mas em silabes separadas:
Exemplo: po – e – si – a sa – ú – de

Encontros Consonantais:
Encontro consonantal é a sequência de duas ou mais consoantes numa mesma palavra, representando
cada uma delas um fonema distinto.
Exemplo: Brasil núcleo trigo livro prato placa

Dígrafos:
Dígrafos é o conjunto de duas letras que representam um só fonema. São dígrafos:
ch – chuva ss – passar sc – nascer
lh – telha qu – aquele sç – desça
nh – ninho gu – guia xc –excelente
rr – terra
Também são considerados dígrafos os grupos que representam as vogais nasais:
am – campo im – limpar on – onda
an – cantar in – lindo um – atum
em – embora om – bomba un – profundo
en – tentar
Observação: Os grupos qu e gu não serão dígrafos quando o u for pronunciado:
Exemplo: aguenta , frequente

Obs.:Letra e fonema:
Não se deve confundir letra e fonema: fonema é o som; letra é a representação gráfica do som. Observe
que:
Escrevemos a palavra fixo com quatro letras, mas pronunciamos cinco fonemas : /fiksu/.
Escrevemos casa e cego, mas pronunciamos: /kasa/ e /segu/
Escrevemos nata e anta, mas o /n/ é um fonema apenas no primeiro exemplo. Em anta, o n não é um
fonema; o fonema é /ã/, representado na escrita pelas letras a e n.

ACENTUAÇÃO
ACENTUAÇÃO GRÁFICA
Quando utilizamos a linguagem oral, pronunciamos os sons com maior ou menor grau de intensidade.
Isto nos permite distinguir a sílaba tônica de uma palavra: a – ba - ca – xi.
Sílaba tônica é aquela que se destaca das demais por ser pronunciada com maior força expiratória.
Sílabas átonas são aquelas que se caracterizam por uma pronúncia mais fraca.
De acordo com a posição da sílaba tônica, os vocábulos de mais de uma sílaba são classificados em:
Oxítonos: se a sílaba tônica é a última: sa-bi-á, Ca-xam-bu, chor- rar.
Paroxítonas: se a sílaba tônica é a penúltima: fá-cil, es-pe-lho, ca-be-lei-rei-ro.
Proparoxítona: se a sílaba tônica é a antepenúltima: lâm-pa-da, hi-po-pó-ta-mo, rá-pi-do.
A seguir, as regras de Acentuação Gráfica:
OXÍTONAS:
Acentuam-se os vocábulos oxítonos terminados em:
a(s): sa-bi-á, es-tá
e(s): vo-cê, ca-fé
o(s): a-vô, ji-ló
em: po-rém, ar-ma-zém
ens: vin-téns, pa-ra-béns
Incluem-se nessa regra:
a) As formas verbais seguidas dos pronomes átonos:
lo(s), la(s), no(s), na(s): amá-lo, repô-lo, retém-no
b) os monossílabos tônicos terminados em:
a(s), e(s), o(s) : chá, três, vós

PAROXÍTONAS:
Acentuam-se os vocábulos paroxítonos terminados em:
l: fá-cil, co-mes-tí-vel;
n: e-le-tron, pó-len;
ns: rá-di-ons;
r: dó-lar, ca-rá-ter;
x: lá-tex, ô-nix;
ps: bi-ceps, fór-ceps;
ã(s): ór-fã(s), í-mã;
i(s): tá-xi, tê-nis;
u(s): ví-rus, bô-nus;
um: ál-bum, mé-di-um;
uns: ál-buns, mé-di-uns;
ditongos orais (seguidos ou não de s): pás-coa, tú-neis, gló-ria.

PROPAROXÍTONAS:
Acentuam-se todas as palavras proparoxítonas: lá-gri-mas, fô-le-go.
Casos especiais:
Acentuam-se sempre o i e o u tônicos dos hiatos, quando estes formam sílabas sozinhas ou são seguidos
de s: aí, balaústre, baú, egoísta, heroína, saída, saúde, viúvo, etc.
Acentuam-se graficamente as palavras terminadas em ditongo oral átono, seguido ou não de s: área,
ágeis, importância, jóquei, lírios, mágoa, régua, tênue, túneis, etc.

MUDANÇAS NA REGRA DE ACENTUAÇÃO


1 - Não se usa mais o acento dos ditongos abertos éi e ói das palavras paroxítonas (palavras que têm
acento tônico na penúltima sílaba).
COMO ERA COMO FICA
alcalóide alcaloide
alcatéia alcateia
andróide androide
apóia (verbo apoiar) apoia
apóio (verbo apoiar) apoio
asteróide asteroide
bóia boia
celulóide celuloide
clarabóia claraboia
colméia colmeia
coréia coreia
debilóide debiloide
epopéia epopeia
estóico estoico
estréia estreia
estréio (verbo estrear) estreio
geléia geleia
heróico heroico
idéia ideia
jibóia jiboia
jóia joia
odisséia odisseia
paranóia paranoia
paranóico paranoico
platéia plateia
tramóia tramoia
OBSERVAÇÃO: essa regra é válida somente para palavras paroxítonas. Assim, continuam a ser
acentuadas as palavras oxítonas terminadas éis, éu, éus, oi, óis. Exemplos: papéis, herói, heróis, troféu,
troféus.

2 – Nas palavras paroxítonas, não se usa mais o acento no i e no u tônicos quando vierem depois de
um ditongo:
COMO ERA COMO FICA
baiúca baiuca
bocaiúva bocaiuva
baúila bauila
feiúra feiura

OBS.: Continuam a ser acentuadas as oxítonas com I e U na posição final depois de um ditongo: Piauí,
tuiuiú.

3 – não se usa mais o acento das palavras terminadas em eem e oo(s):


COMO ERA COMO FICA
abençôo abençoo
crêem (verbo crer) creem
dêem (verbo dar) deem
dôo (verbo doar) doo
enjôo enjoo
lêem (verbo ler) leem
magôo (verbo magoar) magoo
perdôo (verbo perdoar) perdoo
povôo (verbo povoar) povoo
vêem (verbo ver) veem
vôos voos
zôo zoo

4 – Não se usa mais o acento que diferenciava os pares pára/para, péla(s)/ pela(s), pêlo(s)/ pelo(s),
pólo(s)/ pó-lo(s) e pêra/ pera.
COMO ERA COMO FICA
Ele pára o carro. Ele para o carro.
Ele foi ao pólo Norte. Ele foi ao polo Norte.
Ele gosta de jogar pólo. Ele gosta de jogar polo.
Esse gato tem pêlos brancos. Esse gato tem pelos brancos.
Comi uma pêra. Comi uma pera.
ATENÇÃO:
- Permanece o acento diferencial em pôde/ pode. Pôde é a forma do passado do verbo poder (pretérito
perfeito do indicativo), na 3ª pessoa do singular. Pode é a forma do presente do indicativo, na 3ª pessoa
do singular.
Ex: Ontem, ele não pôde sair mais cedo, mas hoje ele pode.

- Permanece o acento diferencial em pôr/ por. Pôr é verbo. Por é preposição.


Ex: Vou pôr o livro na estante que foi feita por mim.

- Permanece os acentos que diferenciam o singular do plural dos verbos ter e vir, assim, como de seus
derivados (manter, deter, reter, conter, convir, intervir, advir etc.)
Ex: Ele tem dois carros. / Eles têm dois carros.
Ele vem de Sorocaba. / Ele vêm de Sorocaba.
Ele mantém a palavra. / Eles mantêm a palavra.
Ele convém aos estudantes. / Eles convêm aos estudantes.
Ele detém o poder. / Eles detêm o poder.
Ele intervém em todas as aulas. / Eles intervêm em todas as aulas.

- É facultativo o uso do acento circunflexo para diferenciar as palavras forma/ fôrma. Em alguns casos,
o uso do acento deixa a frase mais clara. Veja este exemplo:
Qual é a forma da fôrma do bolo?

6 – Há uma variação na pronúncia dos verbos terminados em guar, quar e quir, como aguar, averiguar,
apaziguar, desaguar, enxaguar, obliquar, delinquir etc. Esses verbos admitem duas pronúncias em
algumas formas do presente do indicativo, do presente do subjuntivo e também do imperativo.
Veja:
a) se forem pronunciadas com a ou i tônicos, essas formas devem ser acentuadas.
Ex: verbo enxaguar: enxáguo, enxáguas, enxágua, enxáguam, enxágue, enxágues, enxáguem.
verbo delinquir: delínquo, delinques, delinque, delinquem, delínqua, delínquas, delínquam.

b) se forem pronunciadas com u tônicos, essas formas deixam de ser acentuadas. Exemplos (a vogal
sublinhada é tônica, isto é, deve ser pronunciada mais fortemente que as outras):
- verbo enxaguar: enxaguo, enxaguas, enxagua, enxaguam, enxague, enxagues, enxaguem.
- verbo delinquir: delinquo, delinques, delinque, delinquem, delinqua, delinquas, delinquam.

Atenção: no Brasil, a pronúncia mais corrente é a primeira, aquela com a e i tônicos.

A prosódia trata da correta acentuação tônica das palavras. Assim, cometer um erro de prosódia
é, por exemplo, transformar uma palavra oxítona em paroxítona, ou uma proparoxítona em paroxítona.
Os erros de prosódia recebem o nome de silabada.
a) São palavras oxítonas:
cateter – condor – mister – Nobel – novel – recém – refém – ruim – sutil – ureter.
b) São palavras paroxítonas:
avaro – aziago – ciclope – clitóris – cizânia – decano – efebo – filantropo – fortuito – gratuito – ibero –
libido – mercancia – meteorito – misantropo – necropsia – pegada – perito – pudico – quiromancia -
recorde – refrega – rubrica – têxtil – tulipa.
c) São palavras proparoxítonas:
aeródromo – aerólito – ágape – âmago – amálgama – anátema – arquétipo – bímano – biótipo -
crisântemo – fagócito – ínclito – ínterim – leucócito – lúcifer – monólito – óbolo – ômega – pântano –
protótipo – revérbero – sátrapa – trânsfuga – vermífugo, zéfiro – zênite.

- Algumas palavras admitem dupla pronúncia, ambas consideradas corretas. É o caso de ortoépia ou
ortoepia (A ortoépia trata da pronúncia correta das palavras).
Outros exemplos:
Acróbata ou acrobata
Hieróglifo ou hieróglifo
Homília ou homilia
Projétil ou projétil
Réptil ou reptil
Sóror ou sóror
Xérox ou Xerox

CRASE

Conceito: é a fusão de duas vogais da mesma natureza. No português assinalamos a crase com o acento
grave (`). Observe:
Obedecemos ao regulamento.
(a+o)
Não há crase, pois o encontro ocorreu entre duas vogais diferentes. Mas:
Obedecemos à norma.
(a+a)
Há crase pois temos a união de duas vogais iguais ( a + a = à )

Regra Geral:
Haverá crase sempre que:
I. o termo antecedente exija a preposição a;
II.o termo consequente aceite o artigo a.

Fui à cidade.
( a + a = preposição + artigo )
( substantivo feminino )

Conheço a cidade.
( verbo transitivo direto – não exige preposição )
( artigo )
( substantivo feminino )

Vou a Brasília.
( verbo que exige preposição a )
( preposição )
( palavra que não aceita artigo )

Observação:
Para saber se uma palavra aceita ou não o artigo, basta usar o seguinte artifício:
I.se pudermos empregar a combinação da antes da palavra, é sinal de que ela aceita o artigo
II.se pudermos empregar apenas a preposição de, é sinal de que não aceita.

Ex: Vim da Bahia. (aceita)


Vim de Brasília (não aceita)
Vim da Itália. (aceita)
Vim de Roma. (não aceita)

Nunca ocorre crase:

1) Antes de masculino.
Caminhava a passo lento.
(preposição)

2) Antes de verbo.
Estou disposto a falar.
(preposição)

3) Antes de pronomes em geral.


Eu me referi a esta menina.
(preposição e pronome demonstrativo)

Eu falei a ela.
(preposição e pronome pessoal)

4) Antes de pronomes de tratamento.


Dirijo-me a Vossa Senhoria.
(preposição)

Observações:
1. Há três pronomes de tratamento que aceitam o artigo e, obviamente, a crase: senhora,
senhorita e dona.
Dirijo-me à senhora.

2. Haverá crase antes dos pronomes que aceitarem o artigo, tais como: mesma, própria...
Eu me referi à mesma pessoa.

5) Com as expressões formadas de palavras repetidas.


Venceu de ponta a ponta.
(preposição)

Observação:
É fácil demonstrar que entre expressões desse tipo ocorre apenas a preposição:
Caminhavam passo a passo.
(preposição)

No caso, se ocorresse o artigo, deveria ser o artigo o e teríamos o seguinte: Caminhavam passo ao passo
– o que não ocorre.

6) Antes dos nomes de cidade.


Cheguei a Curitiba.
(preposição)

Observação:
Se o nome da cidade vier determinado por algum adjunto adnominal, ocorrerá a crase.
Cheguei à Curitiba dos pinheirais.
(adjunto adnominal)

7) Quando um a (sem o s de plural) vem antes de um nome plural.


Falei a pessoas estranhas.
(preposição)

Observação:
Se o mesmo a vier seguido de s haverá crase.
Falei às pessoas estranhas.
(a + as = preposição + artigo)

8) Em cinco casos, porém, não há crase nesse "a" que acompanha horas: quando antes dele há as
preposições "até", "após", "desde", "entre" e "para".
Veja:
Os ingressos serão vendidos até as 18h.
Os portões serão fechados após as 7h30.
O consumo de álcool está liberado desde a 0h de segunda-feira.
Há uma lei que proíbe a prática esportiva na praia entre as 8h e as 16h.
A sessão estava marcada para as 20h.

Sempre ocorre crase:

1) Na indicação pontual do número de horas.


Às duas horas chegamos. Na maioria das vezes, há crase no "a" que precede horas:
Os supermercados abrem às 7h.
O jogo será à 1h da madrugada.
À 0h do dia 1.º de janeiro, começará a queima de fogos.

Regra prática – Substitua a hora por "meio-dia": se der "ao meio-dia", há crase; se não der, esqueça a
crase.

Observe: A transmissão começa às 6h30, com crase, (porque A transmissão começa ao meio-dia).

*Mas: O erro foi identificado pela reportagem após as 19h de ontem, sem crase, (porque O erro foi
identificado pela reportagem após o meio-dia de ontem.)

2) Com a expressão à moda de e à maneira de.


A crase ocorrerá obrigatoriamente mesmo que parte da expressão (moda de) venha implícita.
Escreve à (moda de) Alencar.

3) Nas expressões adverbiais femininas.


Expressões adverbiais femininas são aquelas que se referem a verbos, exprimindo circunstâncias de
tempo, de lugar, de modo...
Chegaram à noite.
(expressão adverbial feminina de tempo)

Caminhava às pressas.
(expressão adverbial feminina de modo)

Ando à procura de meus livros.


(expressão adverbial feminina de fim)

Observações:
No caso das expressões adverbiais femininas, muitas vezes empregamos o acento indicatório de crase
(`), sem que tenha havido a fusão de dois as. É que a tradição e o uso do idioma se impuseram de tal
sorte que, ainda quando não haja razão suficiente, empregamos o acento de crase em tais ocasiões.

4) Uso facultativo da crase


Antes de nomes próprios de pessoas femininos e antes de pronomes possessivos femininos, pode ou não
ocorrer a crase.
Ex: Falei à Maria.
(preposição + artigo)

Falei à sua classe.


(preposição + artigo)

Falei a Maria.
(preposição sem artigo)

Falei a sua classe.


(preposição sem artigo)

Note que os nomes próprios de pessoa femininos e os pronomes possessivos femininos aceitam ou não o
artigo antes de si. Por isso mesmo é que pode ocorrer a crase ou não.

Casos especiais:

1) Crase antes de casa.


A palavra casa, no sentido de lar, residência própria da pessoa, se não vier determinada por um adjunto
adnominal não aceita o artigo, portanto não ocorre a crase.
Por outro lado, se vier determinada por um adjunto adnominal, aceita o artigo e ocorre a crase. Ex:
Volte a casa cedo.
(preposição sem artigo)

Volte à casa dos seus pais.


(preposição sem artigo)
(adjunto adnominal)

2) Crase antes de terra.


A palavra terra, no sentido de chão firme, tomada em oposição a mar ou ar, se não vier determinada,
não aceita o artigo e não ocorre a crase. Ex:
Já chegaram a terra.
(preposição sem artigo)

Se, entretanto, vier determinada, aceita o artigo e ocorre a crase. Ex:


Já chegaram à terra dos antepassados.
(preposição + artigo)
(adjunto adnominal)

3) Crase antes dos pronomes relativos.


Antes dos pronomes relativos quem e cujo não ocorre crase. Ex:
Achei a pessoa a quem procuravas.
Compreendo a situação a cuja gravidade você se referiu.

Antes dos relativos qual ou quais ocorrerá crase se o masculino correspondente for ao qual, aos quais.
Ex:
Esta é a festa à qual me referi.
Este é o filme ao qual me referi.
Estas são as festas às quais me referi.
Estes são os filmes aos quais me referi.

4) Crase com os pronomes demonstrativos aquele (s), aquela (s), aquilo.


Sempre que o termo antecedente exigir a preposição a e vier seguido dos pronomes
demonstrativos: aquele, aqueles, aquela, aquelas, aquilo, haverá crase. Ex:
Falei àquele amigo.
Dirijo-me àquela cidade.
Aspiro a isto e àquilo.
Fez referência àquelas situações.

5) Crase depois da preposição até.


Se a preposição até vier seguida de um nome feminino, poderá ou não ocorrer a crase. Isto porque essa
preposição pode ser empregada sozinha (até) ou em locução com a preposição a (até a). Ex:
Chegou até à muralha.
(locução prepositiva = até a)
(artigo = a)

Chegou até a muralha.


(preposição sozinha = até)
(artigo = a)

6) Crase antes do que.


Em geral, não ocorre crase antes do que. Ex: Esta é a cena a que me referi.
Pode, entretanto, ocorrer antes do que uma crase da preposição a com o pronome demonstrativo
a (equivalente a aquela).
Para empregar corretamente a crase antes do que convém pautar-se pelo seguinte artifício:
I. se, com antecedente masculino, ocorrer ao que / aos que, com o feminino ocorrerá crase;
Ex: Houve um palpite anterior ao que você deu.
(a+o)
Houve uma sugestão anterior à que você deu.
(a+a)

II.se, com antecedente masculino, ocorrer a que, no feminino não ocorrerá crase.
Ex: Não gostei do filme a que você se referia.
(ocorreu a que, não tem artigo)
Não gostei da peça a que você se referia.
(ocorreu a que, não tem artigo)

Observação:
O mesmo fenômeno de crase (preposição a + pronome demonstrativo a) que ocorre antes do que, pode
ocorrer antes do de. Ex:
Meu palpite é igual ao de todos.
(a + o = preposição + pronome demonstrativo)

Minha opinião é igual à de todos.


(a + a = preposição + pronome demonstrativo)

7) há / a
Nas expressões indicativas de tempo, é preciso não confundir a grafia do a (preposição) com a grafia
do há (verbo haver).
Para evitar enganos, basta lembrar que, nas referidas expressões:
a (preposição) indica tempo futuro (a ser transcorrido);
há (verbo haver) indica tempo passado (já transcorrido).
Ex:
Daqui a pouco terminaremos a aula.
Há pouco recebi o seu recado.

ESTRUTURA DAS PALAVRAS


Para estudar a estrutura das palavras, é preciso estudar os elementos que formam as palavras, chamados
de morfemas.
A palavra é subdividida em partes menores, chamadas de elementos mórficos.
Os morfemas da Língua Portuguesa são os seguintes:

RADICAL:
O significado básico da palavra está contido nesse elemento; a ele são acrescentados outros elementos.
Exemplo: cantar, correr, partir.
Observação: Para descobrir o radical de um verbo, retira-se a terminação AR, ER ou IR.
VOGAL TEMÁTICA
Tem como função preparar o radical para ser acrescido pelas desinências e também indicar a conjugação
a que o verbo pertence. A vogal temática dos verbos são as letras A, E e I, presentes à terminação
verbal. Elas indicam a que conjugação o verbo pertence.
Exemplos: Passear – 1ª conjugação – verbos terminados em AR;
Dever – 2ª conjugação – verbos terminados em ER;
Pedir – 3ª conjugação – verbos terminados em IR.
OBSERVAÇÃO: Os verbos terminados em OR pertencem à 2ª conjugação, pois são provenientes do
antigo verbo poer.
Nos substantivos e adjetivos, a vogal temática são as vogais A, E, I O e U, no final das palavras:
Exemplo: casa, dente, Barueri, ouro, cupuaçu.
Cuidado para não confundir vogal temática com desinência nominal de gênero feminino ou masculino:
Exemplo: garoto/ garota.

TEMA
É o radical com a presença da vogal temática.
Se não houver a vogal temática, o tema e o radical serão o mesmo elemento. Em se tratando de verbo, o
tema será sempre a soma do radical com a vogal temática: compra, come e dorme. Em substantivos e
adjetivos, isso nem sempre acontecerá.
(vogal temática)
Exemplo: s a p a t o
(radical)
p a s te l
(radical e tema são mesmo elemento, pois não há vogal temática)

DESINÊNCIA
São elementos que indicam as flexões que os nomes e os verbos podem apresentar.
São subdivididas em desinências verbais e desinências nominais.

DESINÊNCIAS VERBAIS
Modo-temporais – São quatro e indicam o tempo e o modo:
-va e –ia, para o Pretérito Imperfeito do Indicativo: cantava, devia, partia.
-ra, para o Pretérito Mais-que-perfeito do Indicativo: cantara, devera, partira.
-ria, para o Futuro do Pretérito do Indicativo: cantaria, deveria, partiria.
- sse, para o Pretérito Imperfeito do Subjuntivo: cantasse, devesse, partisse.
Número-pessoais – Distribuem-se em dois grupos:
As que são comuns a todos os tempos.
eu amava
tu S amavaS
ele amava
nó MO amávaM
s S OS
vó IS amáveIS
s
ele M amavaM
s

As que são privativas do Pretérito Perfeito do Indicativo.


eu EI amEI
tu STE amaSTE
ele U amoU
nó MO amávaM
s S OS
vó STE amaSTE
s S S
ele RA amaRA
s M M

DESINÊNCIAS NOMINAIS
Indicam o gênero e o número. As desinências de gênero são a e o; as desinências de número são o s para
o plural e o singular não tem desinência própria.
Exemplo: g a t o
(radical + desinência nominal de gênero)
gatos
(radical + desinência nominal de gênero + desinência nominal de número)

AFIXOS
São elementos que se juntam aos radicais para formação de novas palavras. Os afixos podem ser:
Prefixo – quando colocado antes do radical;
Exemplo: invariável; anomalia.
Sufixo – quando colocado depois do radical.
Exemplo: chuvarada, infelizmente (prefixo + sufixo)

VOGAIS E CONSOANTES DE LIGAÇÃO


São elementos que são inseridos entre os morfemas (elementos mórficos), em geral, por motivos de
eufonia, ou seja, para facilitar a pronúncia de certas palavras.
Exemplos: silvícola, paulada, cafeicultura.

FORMAÇÃO DE PALAVRAS

1-Derivação:
Por meio do processo de derivação, palavras primitivas possibilitam a formação de outras derivadas.
Exemplo: pedra – pedreiro, apedrejar, pedraria.
flor – floricultura, florescer, florista.
A derivação pode ser:

Prefixal – quando se acrescenta um prefixo à palavra primitiva.


Exemplo: feliz – infeliz.

Sufixal – quando se acrescenta um sufixo à palavra primitiva.


Exemplo: terra – terreno.

Prefixal e sufixal – acrescentam-se ao radical um prefixo e um sufixo.


Exemplo: infelizmente

Parassintética – quando se acrescenta, simultaneamente, um prefixo e um sufixo.


Exemplo: desalmado, empobrecer.

OBS: Não confunda derivação parassintética com derivação prefixal e sufixal. Para distingui-las,
elimine o prefixo ou o sufixo da palavra e veja se a forma que resta constitui uma palavra existente na
língua portuguesa.

Regressiva – quando não acrescenta nada à palavra, mas se reduz.


Exemplo: vender – venda (substantivo)
pescar – pesca
pincelar – pincel

Imprópria – quando se muda a classe gramatical da palavra.


Exemplo: Ele é um judas. (substantivo – adjetivo)
O saber não tem limites. (verbo – substantivo)

2-Composição:
Consiste em formar palavras a partir da união de dois ou mais radicais.
Exemplo: beija + flor = beija-flor
Plano + alto = planalto
A composição pode ser:

Justaposição - cada radical conserva a sua integridade.


Exemplo: segunda-feira, bem-me-quer, passatempo.

Aglutinação - sofrem a perda de sua integridade silábica.


Exemplo: aguardente (água + ardente)
boquiaberto (boca + aberto)
planalto (plano + alto)

Hibridismo – inúmeros radicais gregos e latinos também participam da formação de palavras, como
primeiro ou como segundo elemento da composição.
Veja a composição destas palavras:
bis + avô = bisavô (radical latino)
crono + metro = cronometro (radical grego)
televisão (grego+latim)
abreugrafia (português+grego)
alcoômetro (árabe+ grego)
burocracia (francês+grego)
zincografia (alemão+grego)
Petrópolis (latim+grego)
Teresópolis (português+grego)
cotonete (inglês+português)
As palavras formadas por elementos provenientes de línguas diferentes denominam-se hibridismos:
automóvel (grego + português)
burocracia (francês + grego)

-Onomatopeia
São palavras criadas com a finalidade de imitar sons e ruídos produzidos por armas de fogo, sinos,
campainhas, veículos, instrumentos musicais, vozes de animais, etc. São onomatopeias:
fru – fru, pingue – pongue, zum-zum (substantivos)
ciciar, tilintar, cacarejar, ronrocar (verbos)
pá! pow! zás- trás! (interjeições).

Redução
Um dos processos de formação de palavras consiste em reduzi-las com o objetivo de economizar tempo
e espaço na comunicação falada e escrita. São tipos especiais de redução:

Siglas: são empregadas principalmente como redução de nomes de empresas, firmas, organizações
internacionais, partidos políticos, serviços públicos, associações estudantis e recreativas:
IBOPE (Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística)
Às vezes, as siglas provêm de outras línguas:
CD – compact disc
AIDS – acquired immunological deficiency syndrome

Abreviações: consistem na redução de palavras até limites que não comprometam sua compreensão.
Ex: moto (motocicleta)
metrô (metropolitano)
ônibus (auto – ônibus)
foto (fotografia)
quilo (quilograma)

Abreviatura – consistem na redução principalmente de nomes científicos e gramaticais, de Estados e


territórios, profissões, pronomes de tratamento.
Ex: PB (Paraíba)
Av. (avenida)

Empréstimos e gírias
Empréstimos – são palavras estrangeiras que entram na língua em consequência de contatos entre os
povos. Alguns desses empréstimos se aportuguesam, como ocorreu, por exemplo:
iogurte (do turco yoghurt)
chísbúrguer (do inglês cheeseburger)
chique (do francês chic)
Outros mantêm sua grafia original, com, por exemplo,:
apartheid
diesel
shopping Center
outdoor
office boy
(do ingles)
telex
bon vivant
belle époque (do francês)

Gírias - são palavras ou expresses de criação popular que nascem em determinados grupos sociais ou
profissionais e que, às vezes, por sua expressividade, acabam se estendendo à linguagem de todas as
camadas sociais. Uma das características dessa variedade linguística é seu caráter passageiro; algumas
não chegam a durar mais do que alguns meses.

LISTA DE PREFIXOS E SUFIXOS

SUFIXOS
USO DO HÍFEN
CLASSES DE PALAVRAS
SUBSTANTIVO

Substantivos que têm mais de uma forma para o feminino:


alcaide: alcaidessa, alcaidina embaixador: embaixadora (a representante
anfitrião: anfitriã, anfitrioa diplomática)
castelão: castelã, casteloa, castelona embaixatriz (a esposa do embaixador)
charlatão: charlatão, charlatona ermitão: ermitã, ermitoa
cônego: cônega, canonisa faisão: faisão, faisoa
deus: deusa, deia, diva javali: javalina, gironda
elefante: elefanta, elefoa, aliá ladrão: ladra, ladrona
pardal: pardoca, pardaloca, pardaleja varão: varoa, virago, matrona
prior: priora, prioresa vilão: vilã, viloa

Substantivos que mudam de significado quando mudam de gênero:


o águia (esperto) - a águia (ave de rapina))
o cabeça (chefe) - a cabeça (parte do corpo)
o capital (dinheiro) - a capital (cidade principal)
o grama (unidade de peso) - a grama (relva)

Substantivos usados indiferentemente como masculinos ou femininos:


ágape
aluvião
diabetes
laringe
personagem
suéter

Número
Substantivos Simples
Os terminados em ão fazem o plural:
a) em ãos capelão / capelÃES
bênção / bênçÃOS tabelião / tabeliÃES
órfão / órfÃOS
mão / mÃOS c) em ões:
balão / balÕES
b) em ães: coração / coraçÕES
cão / cÃES leão / leÕES

Observação: há substantivos terminados em ão que admitem mais de uma forma no plural:


aldeão: aldeãos, aldeões e aldeãos hortelão: hortelãos e hortelães
anão: anãos e anões peão: peões e peães
ancião: anciãos, anciões e anciães refrão: refrãos e refrães
charlatão: charlatões e charlatães rufião: rufiães e rufiões
cirurgião: cirurgiões e cirurgiães sacristão: sacristãos e sacristães
corrimão: corrimãos e corrimões sultão: sultãos, sultões e sultães
ermitão: ermitãos, ermitães e ermitões verão: verões e verãos
faisão: faisões e faisães vilão vilões, vilães e vilãos
guardião: guardiões e guardiães vulcão: vulcãos, vulcões e vulcães

Os terminados em al, el, ol e ul trocam o l por is:


arrebol / arrebóIS
paul / pauIS

Exceções:
mal / males
álcool / álcoois
gol / gois ou goles ( atualmente a forma usada é gols)
cal / cales ou cais
mel / méis ou meles
fel / féis ou feles
real (subst.) / réis (atualmente a forma usada é reais, como o adj)
cônsul /cônsules

Os terminados em il:
a) quando oxítonos trocam o l por s: em
il (anoxítono) trocam o il em eis:
barril / barriS

b) quando anoxítonos trocam o l por eis:


réptil / réptEIS

Há substantivos cujo sentido se modifica no plural:


ar (vento) - ares (aparência, clima)
bem (benefício) - bens (propriedades)
copa (ramagem) - copas (naipe de baralho)
costa (litoral) - costas (dorso)
féria (renda) - férias (repouso)

ADJETIVO
REGRAS E EXEMPLOS DA PLURALIZAÇÃO DE ADJETIVOS COMPOSTOS :
– Os adjetivos compostos habitualmente vêm separados por hífen (há exceções) e apenas o último
elemento deve ser modificado para concordar em gênero (masculino e feminino) e número (singular e
plural) com o substantivo.
Exemplos:
– atletas franco-argentinos
– políticas econômico-sociais
– medidas político-sociais e socioambientais
– equipamentos e iniciativas médico-hospitalares
– crianças mal-educadas, rapazes mal-educados
– camisas verde-claras, objetos verde-claros.
Exceções: a surdez e mudez humana flexionam em gênero e número: surdos-mudos e surdas-mudas.
Entre todas as cores, a azul-marinho e a azul-celeste também foram agraciadas com exceção e, quando
adjetivos, não variam: ternos azul-marinho, madeixas de cabelo azul-marinho.

– Os compostos de Adjetivo + substantivo devem ficar invariáveis . Gravatas verde-oliva, sapatos


marrom-café, chapéus amarelo-abóbora, calças verde-abacate, xales vermelho-cereja e vermelho-
goiaba, e assim por diante.
-Também os compostos de cor+de devem ficar invariáveis em gênero e número, com ou sem hífen:
roupas cor-de-rosa, calças cor de burro quando foge.

Adjetivos Compostos Sem Hífen


Alguns adjetivos compostos que não admitem hífen são flexionados no plural, por exemplo:
 Raio ultravioleta - raios ultravioletas
 Problema socioeconômico - problemas socioeconômicos
 Atividade sociocultural - atividades socioculturais
 Revista superinteressante - revistas superinteressantes
 Alteração psicossomática - alterações psicossomáticas

ADJETIVOS PÁTRIOS
Indica a nacionalidade ou o lugar de origem do ser. Observe alguns deles:
Estados e cidades brasileiros:
Acre acreano
Alagoas alagoano
Amapá amapaense
Aracaju aracajuano ou aracajuense
Amazonas amazonense ou baré
Belém (PA) belenense
Belo Horizonte belo-horizontino
Boa Vista boa-vistense
Brasília brasiliense
Cabo Frio cabo-friense
Campinas campineiro ou campinense
Curitiba curitibano

LOCUÇÃO ADJETIVA
Locução = reunião de palavras. Sempre que são necessárias duas ou mais palavras para contar a mesma
coisa, tem-se locução. Às vezes, uma preposição + substantivo tem o mesmo valor de um adjetivo: é a
Locução Adjetiva (expressão que equivale a um adjetivo.)
Por exemplo:
aves da noite (aves noturnas), paixão sem freio (paixão desenfreada).
Observe outros exemplos:

de águia aquilino
de aluno discente
de anjo angelical
de ano anual
de aranha aracnídeo
de asno asinino
de baço esplênico

ARTIGO

Uma função importante pode ser atribuída ao artigo: a função de substantivação. Ocorrerá
quando o artigo estiver associado a qualquer outro tipo de palavra, sendo assim, ele exercerá o papel de
substantivo.
Entre o querer e o poder existe um longo caminho.
Na frase anterior, as palavras querer e poder pertencem à classe gramatical dos verbos, mas neste
caso funcionam como substantivos, pois estão precedidas por artigos.

NUMERAL

USO DOS NUMERAIS:


Para designar leis, decretos e portarias, utiliza-se o ordinal até nono e o cardinal de dez em diante:
Artigo 1.° (primeiro) Artigo 10 (dez)
Artigo 9.° (nono) Artigo 21 (vinte e um)
Ambos/ambas são considerados numerais. Significam "um e outro", "os dois" (ou "uma e outra", "as
duas") e são largamente empregados para retomar pares de seres aos quais já se fez referência.
Por exemplo:
Pedro e João parecem ter finalmente percebido a importância da solidariedade. Ambos agora participam
das atividades comunitárias de seu bairro.
Pronome Oblíquo Átono
São chamados átonos os pronomes oblíquos que não são precedidos de preposição.
Possuem acentuação tônica fraca.
Por exemplo:
Ele me deu um presente.
O quadro dos pronomes oblíquos átonos é assim configurado:
- 1ª pessoa do singular (eu): me
- 2ª pessoa do singular (tu): te
- 3ª pessoa do singular (ele, ela): se, o, a, lhe
- 1ª pessoa do plural (nós): nos
- 2ª pessoa do plural (vós): vos
- 3ª pessoa do plural (eles, elas): se, os, as, lhes

PRONOMES ADJETIVOS E PRONOMES SUBSTANTIVOS:


A função de um pronome é a de se referir a um substantivo.

De acordo com a forma de exercer essa função, o pronome pode ser classificado em PRONOME
ADJETIVO ou PRONOME SUBSTANTIVO.

O PRONOME ADJETIVO acompanha o substantivo ao qual se refere.

Ex. Devolveram o MEU livro.

O PRONOME SUBSTANTIVO substitui o substantivo.

Ex. O livro é MEU.

A classificação do pronome em ADJETIVO ou SUBSTANTIVO será definida no contexto.

Emprego dos pronomes pessoais:

-Os pronomes pessoais do caso RETO funcionam como sujeito da oração.


Antes de verbo no infinitivo usa-se EU e TU.

- oblíquos tônicos: sempre precedidos de preposição, pospostos ao verbo:


Preposição: a, de, em, por etc.
Pronome: mim, ti, si, ele, ela, nós, vós, si, eles, elas.

- Após as formas verbais terminadas em som nasal, os pronomes átonos o(s), a(s) assumem as formas
“no(s)” e “na(s)”:
Todos davam a menina por perdida.
Todos davam-na por perdida.

Puseram o livro sobre a mesa.


Puseram-no sobre a mesa.
-Os pronomes o(s), a(s) assumem as formas lo(s), la(s), após as formas verbais terminadas em “r”, “s”
ou “z”, bem como depois da partícula “eis”:
Eis a presente afirmação, portanto.
Ei-la, portanto.

Devo analisar esse caso o quanto antes.


Devo analisá-lo o quanto antes.

Consideramos louvável a sua atitude.


Consideramo-la louvável.

Fiz as tarefas apressadamente.


Fi-las apressadamente.

PRONOMES POSSESSIVOS
PRONOMES DEMONSTRATIVOS

PRONOMES RELATIVOS -VARIÁVEIS

USO DOS PRONOMES RELATIVOS:

A) O pronome "cujo" não concorda com o seu antecedente, mas com o consequente. Equivale a "do
qual", "da qual", "dos quais", "das quais".

Por exemplo:

Este é o caderno cujas folhas estão rasgadas.


(antecedente) (consequente)

B) "Quanto" é pronome relativo quando tem por antecedente um pronome indefinido: tanto (ou
variações) e tudo:

Por exemplo:
Emprestei tantos quantos foram necessários.
(antecedente)
Ele fez tudo quanto havia falado.
(antecedente)

C) O pronome "quem" refere-se a pessoas e vem sempre precedido de preposição.

Por exemplo:

É um professor a quem muito devemos.


(preposição)

D) "Onde", como pronome relativo, sempre possui antecedente e só pode ser utilizado na indicação de
lugar.

Por exemplo:

A casa onde morava foi assaltada.

F) Na indicação de tempo, deve-se empregar "quando" ou "em que".

Por exemplo:

Sinto saudades da época em que (quando) morávamos no exterior.

G) Podem ser utilizadas como pronomes relativos as palavras:

- como (= pelo qual)

Por exemplo:

Não me parece correto o modo como você agiu semana passada.

- quando (= em que)

Por exemplo:

Bons eram os tempos quando podíamos jogar videogame.

PRONOMES INDEFINIDOS:
Pronomes Indefinidos
Os pronomes indefinidos referem-se à terceira pessoa do discurso de uma maneira vaga, imprecisa,
genérica.
São eles: alguém, ninguém, tudo, nada, algo, cada, outrem, mais, menos, demais, algum,
alguns, alguma, algumas, nenhum, nenhuns, nenhuma, nenhumas, todo, todos, toda, todas,
muito, muitos, muita, muitas, bastante, bastantes, pouco, poucos, pouca, poucas, certo, certos,
certa, certas, tanto, tantos, tanta, tantas, quanto, quantos, quanta, quantas, um, uns, uma,
umas, qualquer, quaisquer além das locuções pronominais indefinidas cada um, cada qual,
quem quer que, todo aquele que, tudo o mais...
Usos de alguns pronomes indefinidos Todo
O pronome indefinido todo deve ser usado com artigo, se significar inteiro e o substantivo à sua frente o
exigir; caso signifique cada ou todos não terá artigo, mesmo que o substantivo exija.
Ex.
Todo dia telefono a ela. (Todos os dias)
Fiquei todo o dia em casa. (O dia inteiro)
Todo ele ficou machucado. (Ele inteiro, mas a palavra ele não admite artigo)
Todos, todas
Os pronomes indefinidos todos e todas devem ser usados com artigo, se o substantivo à sua frente o
exigir.
Ex.Todos os colegas o desprezam.
Todas as meninas foram à festa.
Todos vocês merecem respeito.

O pronome indefinido algum tem sentido afirmativo, quando usado antes do substantivo; passa
a ter
sentido negativo, quando estiver depois do substantivo.
Ex.
Amigo algum o ajudou. (Nenhum amigo)
Algum amigo o ajudará. (Alguém)

Certo
A palavra certo será pronome indefinido, quando anteceder substantivo e será adjetivo, quando estiver
posposto a substantivo.
Ex.
Certas pessoas não se preocupam com os demais.
As pessoas certas sempre nos ajudam.

Qualquer
O pronome indefinido qualquer não deve ser usado em sentido negativo. Em seu lugar, deve-se usar
algum, posteriormente ao substantivo, ou nenhum
Ex. Ele entrou na festa sem problema algum.
Ele entrou na festa sem nenhum problema

PRONOMES INTERROGATIVOS
São os pronomes que, quem, qual e quanto usados em frases interrogativas diretas ou indiretas.
Ex.
Que farei agora? - Interrogativa direta.
Quanto te devo, meu amigo? - Interrogativa direta.
Qual é o seu nome? - Interrogativa direta.
Não sei quanto devo cobrar por esse trabalho. - Interrogativa indireta.

VERBO

Verbo é a classe de palavras que se flexiona em pessoa, número, tempo, modo e voz. Pode indicar, entre
outros processos:
ação (correr);
estado (ficar);
fenômeno (chover);
ocorrência (nascer);
desejo (querer).

LOCUÇÕES VERBAIS E TEMPOS COMPOSTOS


Tempos Compostos
São formados por locuções verbais que têm como auxiliares os verbos ter e haver e como
principal, qualquer verbo no particípio. São eles:
Exemplos: Eu tenho estudado demais ultimamente.
Espero que você tenha estudado o suficiente, para conseguir a aprovação.
Eu já tinha estudado no Maxi, quando conheci Magali.
Eu teria estudado no Maxi, se não me tivesse mudado de cidade.
Locuções Verbais
Outro tipo de conjugação composta são as locuções verbais, constituídas de verbos auxiliares
mais gerúndio ou infinitivo. São conjuntos de verbos que, numa frase, desempenham papel equivalente
ao de um verbo único.
Exemplos: Estou lendo o jornal.
Marta veio correndo: o noivo acabara de chegar.
Ninguém poderá sair antes do término da sessão.
Pode ocorrer algo inesperado durante a festa.
Deve ocorrer algo inesperado durante a festa.

Formas Rizotônicas e Arrizotônicas


Ao combinarmos os conhecimentos sobre a estrutura dos verbos com o conceito de acentuação tônica,
percebemos com facilidade que nas formas rizotônicas, o acento tônico cai no radical do verbo: opino,
aprendam, nutro, por exemplo.
Nas formas arrizotônicas, o acento tônico não cai no radical, mas sim na terminação verbal: opinei,
aprenderão, nutriríamos.

OBS.: ESTRUTURA DO VERBO ,VER ESTRUTURA E FORMAÇÃO DAS PALAVRAS!!

Formas nominais do verbo são aquelas que não apresentam flexão de tempo e modo. Elas
desempenham as funções próprias dos nomes (lembramos que nome, em gramática, é o termo
utilizado genericamente para os substantivos, adjetivos e advérbios). São elas: infinitivo, gerúndio e
particípio.
 Infinitivo – Indica a ação verbal propriamente dita, sem situá-la no tempo. Pode ter valor
substantivo. O elemento mórfico que caracteriza o infinitivo é a desinência -r. Ex.: Fumar faz
mal à saúde.

 Gerúndio – É a forma verbal que indica o processo verbal em curso. Pode equivaler a um
adjetivo ou a um advérbio. Não pode ser flexionado. O elemento mórfico que o caracteriza é a
desinência -ndo.
Exemplos:
A emprega serviu uma sopa fervendo. – valor adjetivo
“Caminhando e cantando e seguindo a canção / somos todos iguais, braços dados ou não” (Pra não
dizer que não falei das flores. Geraldo Vandré) – valor de advérbio
O gerúndio pode, também, expressar uma ideia imperativa: “Andando! Já para o banho!”
 Particípio – Indica uma ação concluída e pode ter valor adjetivo, concordando com o
substantivo ou pronome a que se refere. Sua desinência é -do, mas é sempre bom lembrar
que há, na língua portuguesa, particípios regulares e irregulares.
Ex.:
Paulo havia acendido a lareira.
A lareira foi acesa por Paulo.

MODOS VERBAIS

VOZES VERBAIS
Os verbos podem ser classificados de acordo com o seu comportamento em relação ao paradigma
de sua conjugação, podendo ser:
 Regulares - seguem o paradigma de conjugação.
 Irregulares -não seguem o paradigma de conjugação, apresentam irregularidades nos radicais
ou nas terminações.
 Anômalos: verbos irregulares que têm variações em seu radical.
 Defectivos: não são conjugados em algum tempo, modo ou pessoa.
 Abundantes: conjugam-se de mais de uma forma em algum tempo, modo, número ou pessoa.
Exemplos:
ENCHER - enchido, cheio
FIXAR - fixado, fixo
CORRIGIR - corrigido, correto
ACENDER - acendido, aceso
ACEITAR - aceitado, aceito
ELEGER - elegido, eleito
ENTREGAR - entregado, entregue
EXTINGUIR - extinguido, extinto
FRITAR - fritado, frito
EXPELIR - expelido, expulso
LIMPAR - limpado, limpo
MATAR - matado, morto

ADVÉRBIOS
PREPOSIÇÕES
As preposições podem ser divididas em dois grupos:
1. Preposições Essenciais – são as palavras que só funcionam como preposição, a saber: a, ante,
após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, per, perante, por, sem, sob, sobre, trás.
2. Preposições Acidentais – são as palavras de outras classes gramaticais que, em certas
frases funcionam como preposição, a saber: afora, como, conforme, consoante, durante,
exceto, mediante, menos, salvo, segundo, visto etc.
Locuções Prepositivas
A locução prepositiva é formada por duas ou mais palavras com o valor de preposição, sempre
terminando por uma preposição, por exemplo:
 abaixo de, acima de, a fim de, além de, antes de, até a, depois de, ao invés de, ao lado de,
em que pese a, à custa de, em via de, à volta com, defronte de, a par de, perto de, por causa
de, através de, etc.
Combinação, Contração e Crase
Importante notar que, algumas preposições podem aparecer combinadas com outras palavras. Assim,
quando na junção dos termos não houver perda de elementos fonéticos, teremos uma combinação, por
exemplo:
 ao (a + o)
 aos (a + os)
 aonde (a + onde
Por conseguinte, quando da junção da preposição com outra palavra houver perda fonética, teremos a
chamada contração, por exemplo:
 do (de + o)
 dum (de + um)
 desta (de + esta)
 no (em + o)
 neste (em + este)
 nisso (em + isso)

CONJUNÇÕES
COORDENATIVAS:

SUBORDINATIVAS
INTERJEIÇÕES
Interjeição é a palavra invariável que exprime emoções, sensações, estados de espírito; ou que procura
agir sobre o interlocutor, levando-o a adotar certo comportamento sem que, para isso, seja necessário
fazer uso de estruturas linguísticas mais elaboradas.
Outras interjeições e locuções interjetivas podem expressar:
• Alegria: oh!, ah!, oba!, viva!;
• Dor: ai!, ui!;
• Espanto, surpresa: oh!, ah!, ih!, opa!, céus!, puxa!, chi!, gente!, hem?!, meu Deus!, uai!;
• Chamamento: olá!, alô!, ô!, oi!, psiu!, psit!, ó!;
• Medo: uh!, credo!, cruzes!, Jesus!, ai!;
• Desejo: tomara!, oxalá!, queira Deus!, quem me dera!;
• Pedido de silêncio: psiu!, calado!, quieto!, bico fechado!;
• Estímulo: eia!, avante!, upa!, firme!, toca!;
• Afugentamento: xô!, fora!, rua!, toca!, passa!, arreda!;
• Alívio: ufa!, uf!, safa!;
• Cansaço: ufa!.

Sobre o verbo de ligação: Embora não tenha um significado próprio, ele pode estabelecer diferentes
relações de sentido entre o sujeito e o predicativo.
Observe:
1-A jovem é alegre. (estado permanente)
2-A jovem está alegre. (estado ocasional)
3-A jovem ficou alegre. (mudança de estado)
4-A jovem permanece alegre. (estado contínuo)
5-A jovem parece alegre.(estado aparente)

ANÁLISE SINTÁTICA
Ordem direta de uma frase:
Suj+verbo+complemento+advérbio

PREDICAÇÃO VERBAL

Predicação Verbal é a forma de ligar o sujeito ao predicado daoração ou ao predicativo do sujeito. No


que respeita à predicação, os verbos podem ser intransitivos, transitivos ou de ligação.
Verbos Intransitivos
Os verbos intransitivos são aqueles verbos que expressam sentido completo, sendo capazes de constituir
predicado sozinhos.
Exemplos:
 Escorreguei.
 Ela saiu desesperada.
Verbos Transitivos
Os verbos transitivos são aqueles verbos que não tem sentido sozinhos, por isso,
precisam de complementos.
Chama-se transitividade verbal a necessidade que um verbo tem de ser completado com algo. Ele
precisa transitar para o objeto, ou seja, ir em busca de algo que complete o seu sentido.
Exemplos:
 Relatei o ocorrido.
 Gosto de rock.
Verbos Transitivos Diretos
Os verbos transitivos diretos são aqueles cujo complemento não exige preposição.
Exemplos:
 Comprei jornais variados.
 Cantou músicas sertanejas.
Verbos Transitivos Indiretos
Os verbos transitivos diretos e indiretos são aqueles cujo complemento exige preposição.
Exemplos:
 Este documentos pertencem ao cliente.
 Interessou-se pelos discos.
Verbos Transitivos Diretos e Indiretos
Os verbos transitivos diretos e indiretos são aqueles que precisam de dois
complementos, um sem e outro com preposição.

Verbos de Ligação
Os verbos de ligação ligam o sujeito às suas características (predicativo do sujeito). Eles exprimem
estado, mudança ou continuidade.
Diferentemente dos verbos intransitivos e os verbos transitivos, os verbos de ligação não expressam
ações.
Exemplos:
Estou doente.
Continuo resfriada.

Tipos de sujeito
Sujeito Simples
É aquele que se constitui de um só núcleo.
Ex.: Ana brilhou na apresentação.
Sujeito Composto
Aquele que possui mais de um núcleo.
Ex.: Jogadores e torcedores reclamaram da arbitragem.
Sujeito oculto, elíptico, desinencial
É aquele que não vem expresso na oração, mas pode ser facilmente identificado pela desinência verbal.
Ex.:Sei a verdade.
Sujeito Indeterminado
Aquele que não se quer ou não se pode identificar.
Ex.: Absolveram o réu.
Há dois casos:
 Verbo na terceira pessoa do plural sem sujeito expresso:
Ex.:Telefonaram por engano para minha casa.
 Verbo na terceira pessoa do singular acompanhado do pronome SE( índice de indeterminação
do sujeito =somente com VI,VTI e VL):
Ex.:Acredita-se na existência de políticos honestos.
Sujeito inexistente= oração sem sujeito
A informação contida no predicado não se refere a sujeito algum. Ocorre oração sem sujeito quando
temos um verbo IMPESSOAL.
O verbo é impessoal quando:
 Indica fenômeno da natureza(chover, nevar, amanhecer ,etc.)
Ex.:Amanheceu muito cedo. Choveu muito em São Gabriel.
 Fazer,ser ou estar indicarem tempo cronológico ou clima.
Ex.:Faz meses que não o vejo. Está calor aqui.
 HAVER tiver sentido de existir, acontecer, realizar-se ,decorrer.
Ex.:Há plantas venenosas. Houve algo de anormal. Havia três noites que não dormia.
Importante!!!!
 Os verbos impessoais sempre ficarão na 3ª pessoa do singular( havia, houve, faz...)
 O verbo SER, quando impessoal, é o único que aceita 3ª pessoa do singular e do plural.
 Serão, ainda , impessoais: chega de..., basta de..., já passa das...

BIZU!!!
PREDICADO: é tudo aquilo que se informa sobre o sujeito e é estruturado em torno de um verbo.
Ex.: O trabalho deles tem uma repercussão muito ampla na mídia.
Tipos de predicado:
 Verbal;
 Nominal;
 Verbo-nominal.

Predicado verbal: é aquele que tem como núcleo um verbo significativo.


Ex.:O aluno concordou com o colega.

IMPORTANTE
O verbo significativo pode ser: transitivo direto(VTD), transitivo indireto(VTI), transitivo direto e
indireto(VTDI) ou intransitivo(VI).
Ex.:João comprou frutas para a salada. (VTD)
João gosta de frutas.(VTI)
João prefere frutas a legumes.(VTDI)
João viajou.(VI)

Predicado nominal ( verbo de ligação +predicativo)


Aquele cujo núcleo é um nome(predicativo). Nesse tipo de predicativo , o verbo não é significativo e
sim de ligação. Serve de elo entre o sujeito e o predicativo.
Ex.: Eles estavam assustados.

Predicado verbo-nominal(verbo significativo+qualidade)


 Aquele que possui dois núcleos: um verbo significativo e um predicativo do sujeito ou do objeto.
Ex.:
O vilarejo finalmente elegeu Otaviano prefeito. (Predicativo do Objeto)
Os policiais pediam calma absoluta. (Predicativo do Objeto)
Todos julgavam-no culpado. (Predicativo do Objeto)
António Guterres é primeiro-ministro. (Predicativo do Sujeito)
Fumar é um vício. (Predicativo do Sujeito
OBJETOS DIRETOS E INDIRETOS
O quê?
Verbo = OD
(VTD) Quem?
De quê(quem)?
Verbo A quê(quem)? = OI
(VTI) Em quê(quem)?

Lembre-se:
Pronomes oblíquos como complementos verbais
 Os pronomes o,os, a, as- atuam como OD.
 Os pronomes lhe e lhes – atuam como OI.
 Me, te, se, nos ,vos – podem atuar como OD ou OI (de acordo com a transitividade verbal)
Ex.:Ela nos chama. (OD)
Procuram-na por toda parte.(OD)
Isto te pertence.(OI)
Peço-vos isto. (OI)

OBJETO DIRETO PREPOSICIONADO!!!!


Completa um verbo transitivo direto(VTD)
Ex.: Amou muito a seu pai. (objeto direto preposicionado)
Pediu por socorro. (objeto direto preposicionado)
Beba deste vinho. (objeto direto preposicionado)

OBJETO DIRETO OU INDIRETO PLEONÁSTICO


Quando se quer dar destaque o objeto pode vir repetido ou reforçado.
Ex.:O dinheiro, Jaime o trazia nas mangas da camisa.
O bem, muitos o louvam, mas poucos o seguem.
“A mim o que me deu foi pena.”
“Mas que te importam a ti os assuntos que me são agradáveis?”
COMPLEMENTO NOMINAL
É o termo da oração exigido como complementação de alguns nomes( substantivos abstratos,
adjetivos ou advérbios). Sempre precedido de preposição.
Ex.: O motorista fez graves acusações contra o turista.
Estou apto para o serviço.
Tenho esperança na vitória.
A defesa da pátria.
Nada me abala relativamente a Rubião.
A grande rodovia corre paralelamente às fronteiras setentrionais do Brasil.
Bizu!!! Da Capitu!
Cuidado!!!
Tenho necessidade de atenção. ( CN, porque necessidade é substantivo)
Necessito de atenção. (OI, porque necessito é verbo)

Agente da passiva
É o termo da oração que se liga ao verbo para indicar o agente da ação verbal. Sempre vem precedido de
preposição.
Ex.: O pedido foi feito pelos alunos.
OBS.: O agente da passiva só existe quando a oração estiver na VOZ PASSIVA.

Adjunto adnominal
É o termo acessório que se liga a um nome ou palavra substantivada para qualificá-lo ou determiná-lo. É
expresso geralmente por um adjetivo, locução adjetiva, artigo, pronome ou numeral.
Ex.:Todas as embalagens frágeis necessitam de cuidados especiais. (AA)

Adjunto adverbial
Relaciona-se com o verbo, exprime uma circunstância (tempo, lugar, modo, intensidade, negação,
finalidade...), modifica o sentido de verbo, advérbio, ou adjetivo.
Ex.: A viagem é muito longa, por isso partiremos bem cedo.
Aposto
É o termo da oração que resume, explica ou especifica um nome. O aposto geralmente vem marcado por
algum tipo de pontuação: vírgula, travessão, parênteses ou dois pontos.
Ex.: Ele mora em um paraíso: uma praia deserta no Ceará.
Prezamos acima de tudo duas coisas: a vida e a liberdade.
Nicanor, o ascensorista, expôs-me seu caso de consciência.

VOCATIVO- termo independente


É o único termo isolado dentro da oração, pois não se liga ao verbo nem ao nome. Não faz parte do
sujeito nem do predicado. A função do vocativo é chamar ou interpelar o elemento a que se está
dirigindo. É marcado por sinal de pontuação e admite anteposição de interjeição de chamamento.
Ex.: Mãe, já volto!
ORAÇÕES COORDENADAS
ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS REDUZIDAS
ESQUEMA:

Ex: A garota afirmou que precisava de ajuda.


A garota afirmou PRECISAR de ajuda.

ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS REDUZIDAS


ESQUEMA:
EXEMPLO:
Observávamos os aluno QUE estudavam na biblioteca.
Observávamos os aluno estudando na biblioteca.

ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS REDUZIDAS

EXEMPLO:
Quando chegou ao trabalho , soube da notícia.
Chegando ao trabalho soube da notícia.

CONCORDÂNCIA VERBAL

Conceito: é a adequação da flexão do verbo, de forma que este esteja harmonizado com o sujeito da
oração.

Regra geral: o verbo concorda em gênero e número com o sujeito. Quando há mais de um sujeito na
oração, a concordância pode ser lógica (abrange todos) ou atrativa (abrange somente o mais próximo).
Exemplos:

Vão ao cinema João e Maria. (concordância lógica, pois “vão” concorda com “João e Maria”)
Vai ao cinema João e Maria. (concordância atrativa, pois “vai” concorda somente com “João”)

Coletivos partitivos: no caso de coletivos como “a maior parte de”, “a maioria”, “grande parte”, “uma
porção de”, entre outros, a concordância é opcional. Ex:

A maioria das pessoas não busca ajuda. (correto)


A maioria das pessoas não buscam ajuda. (também correto)

Haver, fazer: quando tiver o sentido de “existir” ou indicar tempo, são impessoais, ou seja, não vão
para o plural. Ex:

Há dias que não te vejo.


Haverá muitas dificuldades no meio do caminho.
Faz dias que não chove.
Faz horas que estou aqui esperando.

ATENÇÃO: se o verbo “haver” for parte de uma locução verbal, o auxiliar também fica no singular,
como ocorre no caso da locução “deve haver”. Ex:

Deve haver motivos para tal atitude.


Deve haver milhares de reclamações.
Partícula “se”: quando esta é apassivadora, concorda com o sujeito. Quando é índice de
indeterminação do sujeito, não. Ex:

Alugam-se casas. (partícula apassivadora, pois “casas são alugadas”; há concordância com o sujeito)
Vendem-se carros. (partícula apassivadora, pois “carros são vendidos”; há concordância com o sujeito)
Precisa-se de vendedores. (índice de indeterminação do sujeito; o verbo não é flexionado)
Estuda-se muito. (índice de indeterminação do sujeito; o verbo não é flexionado)

ATENÇÃO: Para saber a real função da partícula “se”, basta tentar inverter a oração para a voz ativa. Se
der certo, trata-se de partícula apassivadora (Alugam-se casas / Casas são alugadas). Se não funcionar
ou não fizer sentido, é índice de indeterminação do sujeito.

Que X Quem: “que” concorda com sempre com o antecedente. “Quem” pode concordar com o
antecedente ou simplesmente ir para a 3ª pessoa do singular. Ex:

Fui eu que vi primeiro. (concorda com o antecedente “eu”)


Fui eu quem vi primeiro. (concorda com o antecedente “eu”)
Fui eu quem viu primeiro. (3ª pessoa do singular)

Bater, dar, soar, tocar: concordam com o sujeito. Ex:

No relógio deu uma hora.


No relógio deram dez horas.

ATENÇÃO: Nos casos acima, os sujeitos são “uma hora” e “dez horas”, por isso os verbos são
flexionados. Já se tivéssemos uma oração como “O relógio deu vinte horas”, veja que o sujeito é “o
relógio”, por isso o verbo concordaria com ele e ficaria no singular. Fique atento!

Sujeito no plural com artigo no plural: o verbo sempre concorda com o artigo. Se não houver, o verbo
fica no singular. Ex:

Os Estados Unidos não prosseguiram com a negociação.


Estados Unidos é o mais rico país em todo o mundo.
Os Sertões foram uma obra memorável.
Minas Gerais é um importante produtor de leite.

Um dos que: é recomendável que a concordância seja feita no plural. Ex:

Danilo era um dos que mais estudavam.


Este filme foi um dos que mais receberam premiações no ano passado.

Verbo “ser”: quando indica data ou hora, o verbo concorda com o numeral. Nos casos de “tudo”,
“nada”, “isso” e “aquilo”, a concordância é opcional. Ex:

Hoje são doze de julho.


Não acredito que já são oito horas!
Nem tudo são flores / Nem tudo é flores.
Isso são coisas passageiras / Isso é coisas passageiras.

CONCORDÂNCIA NOMINAL

Conceito: é a adequação dos termos da oração feita para que estes harmonizem e concordem em
número e gênero com o substantivo.
Regra geral: em uma oração com dois ou mais substantivos, o adjetivo pode concordar com todos estes
termos (concordância lógica) ou com o mais próximo dele (concordância atrativa).
Exemplos:
Menino e menina gordos. (lógica, pois “gordos” abrange “menino” e “menina”)
Menino e menina gorda. (atrativa, pois “gorda” se refere somente a “menina”)
Chegou atrasada a mãe e o pai. (atrativa, pois “atrasada” se refere somente a “mãe”)
Chegaram atrasados a mãe e o pai. (lógica, pois “atrasados” se refere a “mãe” e “pai”)

*Obrigado, anexo, quite, mesmo, próprio, possível, tal qual, nenhum: são variáveis.
Ex: - Muito obrigada, disse e mulher.
Os documentos seguem anexos.
Posso dizer que agora estamos quites.
Ela mesma trocou a lâmpada queimada.
O autor escreveu três possíveis finais para a história.
As mães eram tais quais as filhas.
Nenhuns carros passaram por aqui. Não vi nenhuma motocicleta também.

ATENÇÃO: “anexo” é variável, porém a expressão “em anexo” é invariável. Ex: Os documentos estão
em anexo.

*Menos e haja vista: são invariáveis:


Ex:Ela comprou menos roupas dessa vez. Também quis parcelar em menos vezes.
Haja vista os problemas encontrados.

*Um e outro X Um ou outro: no caso de “um e outro”, o substantivo fica no singular, o adjetivo no
plural e o verbo pode ficar no singular ou plural. No caso de “um ou outro”, o verbo fica no singular.
Ex:Um e outro aluno rebeldes fugiu da escola. (é estranho, mas está correto!)
Um e outro aluno rebeldes fugiram da escola. (aqui flexionamos o verbo no plural; também está correto)
Um ou outro aluno fugiu da escola. (neste caso, o verbo sempre fica no singular.)

*Bastante, meio: quando modificam o substantivo, são variáveis; quando são advérbios, invariáveis.
Ex:Havia bastantes pessoas dentro daquele ônibus. (modifica o substantivo “pessoas” - variável)
Choveu bastante ontem de manhã. (função de advérbio - invariável)
Hoje eu estou meio desanimado. (função de advérbio - invariável)
Ela comeu meia melancia! (modifica o substantivo “melancia” - variável)

*É bom , é necessário, é proibido:


a-Quando o sujeito for tomado em sua generalidade, sem qualquer determinante, o verbo ser - ou
qualquer outro verbo de ligação - ficará no singular, e o predicativo do sujeito no masculino, singular.
Maçã é bom para a saúde.
Cerveja é bom para os rins.
É preciso cautela.
É proibido entrada.

b-Quando há determinação do sujeito, a concordância efetua-se normalmente:


É proibida a entrada de homens no banheiro feminino.
Estas bebidas são boas para os rins.

*"O (a) mais ... possível" - "Os (as) mais ... possíveis" - "O (a) pior ... possível" - "Os (as)
piores ..." - "O (a) melhor ... possível" - "Os (as) melhores ... possíveis"
O adjetivo "possível", nas expressões "o mais ...", "o pior ...", "o melhor ..." permanece no singular.
Com as expressões "os mais ...", "os piores ...", "os melhores ...", vai para o plural.
Exemplos:
Os dois autores defendem a melhor doutrina possível.
Estas frutas são as mais saborosas possíveis.
Eles foram os mais insolentes possíveis.
Comprei poucos livros, mas são os melhores possíveis.

REGÊNCIA VERBAL
REGÊNCIA NOMINAL
COLOCAÇÃO PRONOMINAL

A colocação pronominal é a posição que os pronomes pessoais oblíquos átonos ocupam na frase em
relação ao verbo a que se referem.

São pronomes oblíquos átonos: me, te, se, o, os, a, as, lhe, lhes, nos e vos.

O pronome oblíquo átono pode assumir três posições na oração em relação ao verbo:
1. próclise: pronome antes do verbo
2. ênclise: pronome depois do verbo
3. mesóclise: pronome no meio do verbo

Próclise

A próclise é aplicada antes do verbo quando temos:

• Palavras com sentido negativo:


Nada me faz querer sair dessa cama.
Não se trata de nenhuma novidade.

• Advérbios:
Nesta casa se fala alemão.
Naquele dia me falaram que a professora não veio.
• Pronomes relativos:
A aluna que me mostrou a tarefa não veio hoje.
Não vou deixar de estudar os conteúdos que me falaram.

• Pronomes indefinidos:
Quem me disse isso?
Todos se comoveram durante o discurso de despedida.

• Pronomes demonstrativos:
Isso me deixa muito feliz!
Aquilo me incentivou a mudar de atitude!

• Preposição seguida de gerúndio:


Em se tratando de qualidade, o Brasil Escola é o site mais indicado à pesquisa escolar.

• Conjunção subordinativa:
Vamos estabelecer critérios, conforme lhe avisaram.

Ênclise

A ênclise é empregada depois do verbo. A norma culta não aceita orações iniciadas com pronomes
oblíquos átonos. A ênclise vai acontecer quando:

• O verbo estiver no imperativo afirmativo:


Amem-se uns aos outros.
Sigam-me e não terão derrotas.

• O verbo iniciar a oração:


Diga-lhe que está tudo bem.
Chamaram-me para ser sócio.

• O verbo estiver no infinitivo impessoal regido da preposição "a":


Naquele instante os dois passaram a odiar-se.
Passaram a cumprimentar-se mutuamente.

• O verbo estiver no gerúndio:


Não quis saber o que aconteceu, fazendo-se de despreocupada.
Despediu-se, beijando-me a face.

• Houver vírgula ou pausa antes do verbo:


Se passar no vestibular em outra cidade, mudo-me no mesmo instante.
Se não tiver outro jeito, alisto-me nas forças armadas.

Mesóclise

A mesóclise acontece quando o verbo está flexionado no futuro do presente ou no futuro do


pretérito:

A prova realizar-se-á neste domingo pela manhã.


Far-lhe-ei uma proposta irrecusável.

MORFOSSINTASSE DAS PALVRAS QUE E SE


A PALAVRA QUE
A palavra que em português pode ser:
 Interjeição: exprime espanto, admiração, surpresa.
Nesse caso, será acentuado e seguido de ponto de exclamação. Usa-se também a variação "o quê"! A
palavra que não exerce função sintática quando funciona como interjeição.
Quê! Você ainda não está pronto?
O quê! Quem sumiu?
 Substantivo: equivale a alguma coisa.
Nesse caso, virá sempre antecedido de artigo ou outro determinante e receberá acento por ser
monossílabo tônico terminado em e. Como substantivo, designa também a 16ª letra de nosso alfabeto.
Quando a palavra que for substantivo, exercerá as funções sintáticas próprias dessa classe de palavra
(sujeito, objeto direto, objeto indireto, predicativo etc.)
Ele tem certo quê misterioso. (substantivo na função de núcleo do objeto direto)
 Preposição: liga dois verbos de uma locução verbal em que o auxiliar é o verbo ter. Equivale
a de. Quando é preposição, a palavra que não exerce função sintática.
Tenho que sair agora.
Ele tem que dar o dinheiro hoje.
 Partícula expletiva ou de realce: pode ser retirada da frase, sem prejuízo algum para o sentido.
Nesse caso, a palavra que não exerce função sintática; como o próprio nome indica, é usada
apenas para dar realce. Como partícula expletiva, aparece também na expressão é que.
Quase que não consigo chegar a tempo.
Ela é que conseguiu chegar.
 Advérbio: modifica um adjetivo ou um advérbio. Equivale a quão. Quando funciona como
advérbio, a palavra que exerce a função sintática de adjunto adverbial; no caso, de intensidade.
Que lindas flores!
Que barato!
 Pronome: como pronome, a palavra que pode ser:

⇒ Pronome relativo: retoma um termo da oração antecedente, projetando-o na oração consequente.


Equivale a o qual e flexões.
Não encontramos as pessoas que saíram.
⇒ Pronome indefinido: nesse caso, pode funcionar como pronome substantivo ou pronome adjetivo:
⇒ Pronome substantivo: equivale a que coisa. Quando for pronome substantivo, a palavra que
exercerá as funções próprias do substantivo (sujeito, objeto direto, objeto indireto, etc.)
Que aconteceu com você?
⇒ Pronome adjetivo: determina um substantivo. Nesse caso, exerce a função sintática de adjunto
adnominal.
Que vida é essa?
 Conjunção: relaciona entre si duas orações. Nesse caso, não exerce função sintática. Como
conjunção, a palavra que pode relacionar tanto orações coordenadas quanto subordinadas, por
isso, classifica-se como conjunção coordenativa ou conjunção subordinativa. Quando funciona
como conjunção coordenativa ou subordinativa, a palavra que recebe o nome da oração que
introduz. Por exemplo:

Venha logo, que é tarde. (conjunção coordenativa explicativa)


Falou tanto que ficou rouco. (conjunção subordinativa consecutiva)

Quando inicia uma oração subordinada substantiva, a palavra que recebe o nome de conjunção
subordinativa integrante.
Desejo que você venha logo.

PALAVRA “SE”

Pode ser:
 Conjunção: relaciona entre si duas orações. Nesse caso, não exerce função sintática. Como
conjunção, a palavra se pode ser:
⇒ Conjunção subordinativa integrante: inicia uma oração subordinada substantiva.
Perguntei se ele estava feliz.
⇒ Conjunção subordinativa condicional: inicia uma oração adverbial condicional (equivale a caso).
Se todos tivessem estudado, as notas seriam boas.
 Partícula expletiva ou de realce: pode ser retirada da frase sem prejuízo algum para o sentido.
Nesse caso, a palavra se não exerce função sintática. Como o próprio nome indica, é usada
apenas para dar realce.
Passavam-se os dias e nada acontecia.
 Parte integrante do verbo: faz parte integrante dos verbos pronominais. Nesse caso, não exerce
função sintática.
Ele arrependeu-se do que fez.
 Partícula apassivadora: ligada a verbo que pede objeto direto, caracteriza as orações que estão
na voz passiva sintética. É também chamada de pronome apassivador. Nesse caso, não exerce
função sintática.
Vendem-se casas.
Aluga-se carro.
Compram-se joias.
 Índice de indeterminação do sujeito: liga-se a um verbo que não é transitivo direto, tornando
o sujeito indeterminado. Não exerce propriamente uma função sintática. Lembre-se de que,
nesse caso, o verbo deve estar na terceira pessoa do singular.
Trabalha-se de dia.
Precisa-se de vendedores.
 Pronome reflexivo: quando a palavra se é pronome pessoal, deve estar sempre na mesma pessoa
do sujeito da oração de que faz parte. Por isso, o pronome oblíquo se sempre será reflexivo
(equivalendo a a si mesmo), podendo assumir as seguintes funções sintáticas:
⇒ Objeto direto
Ele cortou-se com o facão.
⇒ Objeto indireto
Ele se atribui muito valor.
⇒ Sujeito de um infinitivo
“Sofia deixou-se estar à janela.”

PONTUAÇÃO

Os sinais de pontuação são sinais gráficos empregados na língua escrita para tentar recuperar recursos
específicos da língua falada, tais como: entonação, jogo de silêncio, pausas, etc.
Divisão e emprego dos sinais de pontuação:
1 - Ponto ( . )
a) indicar o final de uma frase declarativa.
Ex.: Lembro-me muito bem dele.
b) separar períodos entre si.
Ex.: Fica comigo. Não vá embora.
c) nas abreviaturas
Ex.: Av.; V. Ex.ª
2 - Dois-pontos ( : )
a) iniciar a fala dos personagens:
Ex.: Então o padre respondeu:
- Parta agora.
b) antes de apostos ou orações apositivas, enumerações ou sequência de palavras que explicam,
resumem ideias anteriores.
Ex.: Meus amigos são poucos: Fátima, Rodrigo e Gilberto.
c) antes de citação
Ex.: Como já dizia Vinícius de Morais: “Que o amor não seja eterno posto que é chama, mas que seja
infinito enquanto dure.”
3 - Reticências ( ... )
a) indicar dúvidas ou hesitação do falante.
Ex.: Sabe... eu queria te dizer que... esquece.
b) interrupção de uma frase deixada gramaticalmente incompleta.
Ex.: - Alô! João está?
- Agora não se encontra. Quem sabe se ligar mais tarde...
c) ao fim de uma frase gramaticalmente completa com a intenção de sugerir prolongamento de
ideia.
Ex.: “Sua tez, alva e pura como um foco de algodão, tingia-se nas faces duns longes cor-de-rosa...”
(Cecília - José de Alencar)
d) indicar supressão de palavra (s) numa frase transcrita.
Ex.: “Quando penso em você (...) menos a felicidade.” (Canteiros - Raimundo Fagner)
4- Parênteses ( ( ) )
a) isolar palavras, frases intercaladas de caráter explicativo e datas.
Exemplos:
Na 2ª Guerra Mundial (1939-1945), ocorreu inúmeras perdas humanas.
"Uma manhã lá no Cajapió (Joca lembrava-se como se fora na véspera), acordara depois duma grande
tormenta no fim do verão.” (O milagre das chuvas no Nordeste- Graça Aranha)
Dicas:
Os parênteses também podem substituir a vírgula ou o travessão.
5- Ponto de Exclamação ( ! )
a) Após vocativo
Ex.: “Parte, Heliel!” (As violetas de Nossa Srª. - Humberto de Campos)
b) Após imperativo
Ex.: Cale-se!
c) Após interjeição
Ex.: Ufa! Ai!
d) Após palavras ou frases que denotem caráter emocional
Ex.: Que pena!
6- Ponto de Interrogação ( ? )
a) Em perguntas diretas
Ex.: Como você se chama?
b) Às vezes, juntamente com o ponto de exclamação
Ex.: - Quem ganhou na loteria?
- Você.
- Eu?!
7 - Vírgula ( , )
É usada para marcar uma pausa do enunciado com a finalidade de nos indicar que os termos por
ela separados, apesar de participarem da mesma frase ou oração, não formam uma unidade
sintática.
Ex.: Lúcia, esposa de João, foi a ganhadora única da Sena.
Dicas:
Pode-se concluir que quando há uma relação sintática entre termos da oração, não se pode separá-los
por meio de vírgula.
Não se separam por vírgula:
a) predicado de sujeito;
b) objeto de verbo;
c) adjunto adnominal de nome;
d) complemento nominal de nome;
e) predicativo do objeto do objeto;
f) oração principal da subordinada substantiva (desde que esta não seja apositiva nem apareça na
ordem inversa)
A vírgula no interior da oração
É utilizada nas seguintes situações:
a) separar o vocativo.
Exemplos:
Maria, traga-me uma xícara de café.
A educação, meus amigos, é fundamental para o progresso do país.
b) separar alguns apostos.
Ex.: Valdete, minha antiga empregada, esteve aqui ontem.
c) separar o adjunto adverbial antecipado ou intercalado.
Exemplos:
Chegando de viagem, procurarei por você.
As pessoas, muitas vezes, são falsas.
d) separar elementos de uma enumeração.
Ex.: Precisa-se de pedreiros, serventes, mestre-de-obras.
e) isolar expressões de caráter explicativo ou corretivo.
Ex.: Amanhã, ou melhor, depois de amanhã podemos nos encontrar para acertar a viagem.
f) separar conjunções intercaladas.
Ex.: Não havia, porém, motivo para tanta raiva.
g) separar o complemento pleonástico antecipado.
Ex.: A mim, nada me importa.
h) isolar o nome de lugar na indicação de datas.
Ex.: Belo Horizonte, 26 de janeiro de 2001.
i) separar termos coordenados assindéticos.
Ex.: "Lua, lua, lua, lua,
por um momento meu canto contigo compactua..." (Caetano Veloso)
j) marcar a omissão de um termo (normalmente o verbo).
Ex.: Ela prefere ler jornais e eu, revistas. (omissão do verbo preferir)
Dicas:
Termos coordenados ligados pelas conjunções: e, ou, nem dispensam o uso da vírgula.
Exemplos:
Conversaram sobre futebol, religião e política.
Não se falavam nem se olhavam.
Ainda não me decidi se viajarei para Bahia ou Ceará.
Entretanto, se essas conjunções aparecerem repetidas, com a finalidade de dar ênfase, o uso da
vírgula passa a ser obrigatório.
Ex.: Não fui nem ao velório, nem ao enterro, nem à missa de sétimo dia.

A vírgula entre orações


É utilizada nas seguintes situações:

a) separar as orações subordinadas adjetivas explicativas.


Ex.: Meu pai, de quem guardo amargas lembranças, mora no Rio de Janeiro.

b) separar as orações coordenadas sindéticas e assindéticas (exceto as iniciadas pela conjunção


“e”).
Exemplos:
Acordei, tomei meu banho, comi algo e saí para o trabalho.
Estudou muito, mas não foi aprovado no exame.

Atenção:
Há três casos em que se usa a vírgula antes da conjunção e:

1) quando as orações coordenadas possuírem sujeitos diferentes.


Ex.: Os ricos estão cada vez mais ricos, e os pobres, cada vez mais pobres.

2) quando a conjunção “e” vier repetida com a finalidade de dar ênfase (polissíndeto).
Ex.: E chora, e ri, e grita, e pula de alegria.

3) quando a conjunção “e” assumir valores distintos que não retratarem sentido de adição
(adversidade, consequência, por exemplo)
Ex.: Coitada! Estudou muito, e ainda assim não foi aprovada.

c) separar orações subordinadas adverbiais (desenvolvidas ou reduzidas), principalmente se


estiverem antepostas à oração principal.
Ex.: "No momento em que o tigre se lançava, curvou-se ainda mais; e fugindo com o corpo apresentou o
gancho." (O selvagem - José de Alencar)

d) separar as orações intercaladas.


Ex.: "- Senhor, disse o velho, tenho grandes contentamentos em estar plantando-a...”

Dicas:
Essas orações poderão ter suas vírgulas substituídas por duplo travessão.
Ex.: "Senhor - disse o velho - tenho grandes contentamentos em estar plantando-a...”

e) separar as orações substantivas antepostas à principal.


Ex.: Quanto custa viver, realmente não sei.

8- Ponto e vírgula ( ; )

a) separar os itens de uma lei, de um decreto, de uma petição, de uma sequência, etc.
Ex.: Art. 127 – São penalidades disciplinares:
I- advertência;
II- suspensão;
III- demissão;
IV- cassação de aposentadoria ou disponibilidade;
V- destituição de cargo em comissão;
VI- destituição de função comissionada. (cap. V das penalidades referentes ao Direito Administrativo)

b) separar orações coordenadas muito extensas ou orações coordenadas nas quais já tenham
utilizado a vírgula.
Ex.: “O rosto de tez amarelenta e feições inexpressivas, numa quietude apática, era pronunciadamente
vultuoso, o que mais se acentuava no fim da vida, quando a bronquite crônica de que sofria desde moço
se foi transformando em opressora asma cardíaca; os lábios grossos, o inferior um tanto tenso (...) " (O
visconde de Inhomerim - Visconde de Taunay)

9- Travessão ( — )

a) dar início à fala de um personagem

Ex.: O filho perguntou:


— Pai, quando começarão as aulas?

b) indicar mudança do interlocutor nos diálogos

Ex.: - Doutor, o que tenho é grave?


- Não se preocupe, é uma simples infecção. É só tomar um antibiótico e estará bom

c) unir grupos de palavras que indicam itinerários

Ex.: A rodovia Belém-Brasília está em péssimo estado.

Dicas:
Também pode ser usado em substituição à virgula em expressões ou frases explicativas
Ex.: Xuxa — a rainha dos baixinhos — será mãe.

10- ASPAS ( “ ” )

a) isolar palavras ou expressões que fogem à norma culta, como gírias, estrangeirismos, palavrões,
neologismos, arcaísmos e expressões populares.
Exemplos:

Maria ganhou um apaixonado “ósculo” do seu admirador.


A festa na casa de Lúcio estava “chocante”.
Conversando com meu superior, dei a ele um “feedback” do serviço a mim requerido.

b) indicar uma citação textual

Ex.: “Ia viajar! Viajei. Trinta e quatro vezes, às pressas, bufando, com todo o sangue na face, desfiz e
refiz a mala”. (O prazer de viajar - Eça de Queirós)

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