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TÁTICAS NO FUTEBOL
Resumo: Esse trabalho foi uma revisão de literatura que objetivou revisar
sobre exigências metabólicas e a aptidão aeróbia e anaeróbia em jogadores de
futebol, traçando um comparativo entre as diferentes posições táticas. Para
isso, foram revisados livros e artigos em língua portuguesa e em língua inglesa,
que analisaram o volume de deslocamento, a intensidade dos mesmos e
aptidão física, aeróbia e anaeróbia de jogadores de futebol das diferentes
posições. Foram priorizados os estudos mais recentes e considerados de maior
relevância para o tema. Notou- se que as investigações mostram certa
divergência entre os resultados da aptidão aeróbia nas diferentes posições de
jogo, pois, alguns estudos apontam para uma melhor aptidão aeróbia para
meio- campistas e outros não encontram diferença entre as posições táticas.
Porém, parece haver um consenso sobre o volume dos deslocamentos (maior
para os meio- campistas e laterais), intensidade dos mesmos (maior para
extremos e atacantes e algumas vezes laterais) e a aptidão anaeróbia (maior
de atacantes e defensores) serem diferentes entre as posições. Portanto a
posição tática parece ser não o único, mas um dos fatores que influenciam o
comportamento das vias energéticas em jogadores de futebol.
1. Introdução
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treinamento para cada posição. Tal divergência ocorre porque embora outros
fatores (como individualidade biológica do atleta, o estilo de jogo da equipe ou
do próprio jogador) estejam associados com o comportamento das vias
energéticas, e as características do futebol atual podem diminuir a diferença
nas demandas de jogo entre as posições, parece lógico supor que devido às
diferentes funções ou atribuições dos jogadores, as demandas dos
metabolismos, aeróbio e anaeróbio serão distintas entre os desportistas.
Para embasar cientificamente a discussão entre os profissionais e
também pesquisadores e diminuir a margem de erro na aplicação dos treinos,
muitos estudos abordam a problemática em questão. Partindo do princípio da
bioenergética que diz que a contribuição de determinado sistema energético
dependerá do volume dos deslocamentos, da intensidade dos mesmos e da
aptidão física de quem o executa, esse trabalho revisou as pesquisas e as
possíveis ponderações sobre as exigências metabólicas e aptidão física,
aeróbia e anaeróbia dos atletas de futebol, traçando um comparativo entre as
diferentes posições táticas.
2. Objetivo
Revisar sobre exigências metabólicas e a aptidão aeróbia e anaeróbia
em jogadores de futebol, traçando um comparativo entre as diferentes posições
táticas.
3. Desenvolvimento
3.1 Vias energéticas no futebol
O futebol é uma modalidade intermitente, onde ações de alta
intensidade (como sprints, saltos, chutes ao gol e disputas de bola) são
intervaladas por períodos de menor intensidade (como caminhadas e corridas
em baixa velocidade), ou seja, os metabolismos, aeróbio e anaeróbio são
exigidos de maneira simultânea (MOHR e IAIA, 2014).
Nos esportes acíclicos com é neste caso, as exigências energéticas devem
ser analisadas, para que então, o treinamento obedeça a um dos seus
princípios básicos, que é a especificidade (grau de similaridade entre o
exercício proposto no treinamento e gesto esportivo propriamente dito) e assim
as adaptações induzidas pelo treino estejam de acordo com o que é exigido
pela modalidade (BARBANTI, 2010).
Além disso, por se tratar de um esporte coletivo, muitos estudos
investigam a problemática, se os jogadores das diferentes posições mostrariam
diferenças na participação das vias energéticas durante o jogo, e se assim
seria necessário especificar o treinamento para as diferentes posições.
Segundo (MCARDLE e col. 2016) tais participações das vias energéticas
dependem do volume dos deslocamentos, da intensidade dos mesmos e da
aptidão física de quem os executam.
Entende- se no estudo da bioenergética, que, o metabolismo anaeróbio
caracteriza- se por um sistema que gera energia com maior velocidade e que
suporta pouco tempo como sistema energético prioritário. Ao passo que o
metabolismo aeróbio se mostra o inverso, tendo uma grande capacidade de
suportar longos volumes de deslocamento, porém, uma pequena potência para
gerar energia rapidamente.
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3.2 Volume e intensidade de deslocamento nas diferentes posições de
jogo.
Para analisar o volume e a intensidade dos deslocamentos nos jogos,
pesquisadores utilizam de sistemas computacionais para rastreamento dos
atletas através de câmeras alojadas próximas ao campo de jogo. (BRAZ,
2013). Vale ressaltar que os estudos de análise de jogo comparando as
posições, geralmente não envolvem os goleiros, pois é claro a especificidade
dessa função.
Investigando o volume dos deslocamentos (como citado anteriormente,
alto volume de deslocamentos é uma característica do metabolismo aeróbio),
LAGO-PEÑAS e col. (2012) apontam para um consenso na literatura quanto a
média de distância percorrida por atletas ser de 9km a 12km por partida. Os
mesmos autores examinaram a distância percorrida por 432 jogadores das
diferentes posições, em um campeonato de seleções da Europa. Os dados
obtidos indicaram uma maior distância percorrida pelos jogadores de meio-
campo centrais e pelos wide- midfielders (uma espécie de meio-campistas que
jogam pelos lados) ou também chamados de (extremos) enquanto que
zagueiros percorreram a menor distância entre todas as posições. Esse estudo
foi realizado apenas como tempo efetivo de jogo, subtraindo as pausas da
partida.
Outra observação foi feita por ANDRZEJEWSKI e col. (2015)
considerando- se o tempo total de jogo em duas temporadas de um
campeonato de elite de clubes europeus. Ao todo foram 147 jogadores
investigados. Os resultados expressaram novamente uma maior distância
percorrida por meio-campistas, tanto os meio- campistas centrais como os
extremos, no entanto com destaque também para os laterais, enquanto que os
zagueiros novamente tiveram o menor volume de trabalho.
Em um nível mais baixo de competição MASCHERINI e col. (2014)
analisaram a distância percorrida por jogadores em uma divisão de acesso da
Itália. Os autores salientaram que a média de distância percorrida foi menor
nessa investigação do que nos estudos com jogadores do alto escalão.
Entretanto, a diferença entre as posições permaneceu, com meio-campistas
percorrendo a maior distância que todas as outras posições, dessa vez com
exceção para os atacantes.
Para discernir o quanto dessa total distância percorrida é realizada em
alta intensidade (como visto no comportamento das vias energéticas,
deslocamento em alta intensidade é característica do metabolismo anaeróbio),
ANDRZEJEWSKI e col. (2013) executaram uma detalhada análise dos sprints
(considerado nesse caso corridas com velocidade maior que 24 km/h)
desempenhados por 147 jogadores europeus de elite em 10 partidas. Notou-
se maior distância percorrida em sprints para extremos, laterais e atacantes do
que meio- campistas centrais e zagueiros. Salienta-se que essa diferença foi
de 100% quando comparados extremos com meio- campistas centrais e
zagueiros.
Avaliando atletas do mesmo patamar DI SALVO e col. (2010) estudaram
o número de sprints (dessa vez deslocamentos com velocidade maior do que
25,2 km/h) de717 jogadores, os resultados corroboraram com os anteriores. Os
extremos, atacantes e laterais tiveram o maior número de sprints enquanto que
meio- campistas centrais e zagueiros o menor. Pertinentemente argumentou-
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se no estudo que o jogo exige que os laterais efetuem sprints tanto quando sua
equipe defende ou quando ataca.
Outra pesquisa com dados similares foi a de BRADLEY e col. (2009)
realizada durante 28 partidas do campeonato inglês. Além da distância em
sprints, foi considerada também a distância em corridas de menor, mas ainda
alta intensidade (velocidade maior do que 14,4km/h). Extremos e laterais
percorreram a maior distância nessa intensidade enquanto que zagueiros outra
vez a menor. Meio- campistas (tanto centrais, como os extremos) mostraram
um menor tempo de recuperação entre as ações de alta intensidade do que as
outras posições.
DI SALVO e col. (2009) forneceram outra detalhada investigação de
corridas em alta intensidade do campeonato inglês. Ao todo 563 jogadores
avaliados em média de 8 vezes cada. Observou- se mais uma vez que os
extremos mostram a maior distância em alta intensidade e zagueiros a menor.
Os autores registraram também uma maior distância em alta intensidade para
jogadores das equipes da parte debaixo da tabela, principalmente os jogadores
que jogam pelas laterais (laterais, extremos e atacantes), o que segundo os
investigadores pode ser explicado por aspectos táticos. Além disso, jogadores
que jogam em posições centrais (zagueiros e meio- campistas centrais)
efetuaram maior número sprints explosivos (caracterizado por uma rápida
aceleração com pouco tempo gasto em alta velocidade) do que sprints com
aceleração gradual, o que foi justificado pelas intervenções desses serem
limitadas a interceptar as ações dos oponentes.
Estudo feito com uso de GPS em 18 atletas que disputavam o
campeonato paranaense e a copa do Brasil mostrou resultados similares. Meio-
campistas e laterais percorreram significativamente maior distância que
zagueiros. Os laterais atingiram maior distância do que zagueiros também em
alta intensidade (REDKVA, 2014).
DI MASCIO e BRADLEY (2013) avaliando os deslocamentos em
partidas de 100 jogadores de elite registraram que além dos zagueiros
percorrem a menor distancia em alta intensidade, também mostraram o maior
tempo de recuperação entre as corridas mais extenuantes. Isso levou os
autores a sugerirem um treinamento diferenciado para essa posição, com um
intervalo maior entre os sprints.
Todavia, o esquema tático parece ser uma variável a ser levada em
consideração quando se trata de volume e intensidade de deslocamentos nas
diferentes posições táticas. BRADLEY e col. (2011) assinalaram que atacantes
atuando no esquema tático com quatro zagueiros, três meio- campistas e três
atacantes (4-3-3) estariam mais propensos a realizar uma maior distância
percorrida e também uma maior distância em alta intensidade. Enquanto os
zagueiros mostraram maior distância percorrida no esquema com quatro
defensores, quatro meio- campistas e dois atacantes (4-4-2).
Apesar dos resultados dos estudos convergirem, é necessário ter
cautela na aplicação direta dos dados obtidos pelas análises de jogo, visto que
muitos outros fatores, além dos físicos, estão envolvidos com as demandas de
corrida dos jogos, como os fatores psicológicos, estratégia da partida, fatores
ambientais e outros ainda não muito claros (PAUL e col. 2015).
Destaca- se também, que há diferenças entre os jogadores da mesma
posição, o que pode ser causado pelo estilo de jogo do próprio atleta ou pelo
esquema tático da equipe em que o jogador atua (BANGSBO, 2014).
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Outro agravante, é que a análise de jogo em si, geralmente não mensura
as acelerações, o número de chutes ao gol, os saltos e as mudanças de
direção, o que poderia alterar a mensuração da intensidade do jogo. Porém
esse método vem sendo muito utilizado nas últimas décadas e se mostra como
o principal meio de avaliação de volume e intensidade nas partidas de futebol
(OSGNACH e col. 2010).
Em suma, o que realmente pode explicar as diferenças nas exigências
físicas para as diferentes posições, é a função do jogador na equipe. Os meio-
campistas centrais podem demonstrar uma maior distância percorrida em
baixa intensidade, por estarem continuamente envolvidos em ações técnicas.
Entretanto, os jogadores que atuam pelos lados, precisam constantemente
criar espaços na defesa adversária, o que pode explicar a tendência de
jogadores dessas posições mostrarem maior intensidade de deslocamentos.
Sugere- se então, que extremos e atacantes estejam mais engajados em
treinamentos com maior predominância do metabolismo anaeróbio (MENDEZ-
VILLANUEVA e col. 2012).
No entanto SCHUTH e col. (2015) mostraram que jogadores que
mudaram suas posições no campo de jogo (de zagueiro para lateral, de meio-
campista central para extremo e de atacante para extremo) foram capazes de
aumentar a sua distância percorrida nos jogos, o que poderia sugerir que
alguns jogadores não precisam chegar ao seu limite da capacidade física.
Porém, os autores indicam que os jogadores poderiam estar ao menos
próximos do seu limite quando mudam de posição. Para investigar se os
jogadores seriam capazes de suportar maiores intensidade ou maiores
volumes de deslocamentos, é necessário avaliar a aptidão aeróbia e
anaeróbia dos jogadores.
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Num estudo com os mesmos métodos, BOONE e col. (2012)
investigaram o VO2max e o LAn de 289 jogadores de elite atuando no
campeonato belga, com a diferença de que nessa investigação os defensores
foram separados em zagueiros e laterais. Os dados para as duas variáveis,
tanto o VO2max quanto LAn, foram significativamente maiores para os meio-
campistas e laterais. Novamente a distância percorrida por atletas dessas
posições, foi descrita como possível explicação para os resultados.
TONNESSEN e col. (2013) num período de 23 anos, investigaram o
VO2max em testes laboratoriais de 716 jogadores profissionais da Noruega.
Nota- se que os meio-campistas mostraram um maior VO2max do que os
atacantes e defensores estes por sua vez mostraram um VO 2max maior do
que os goleiros Apesar dos próprios autores considerarem que distribuição
das posições é limitada, eles ressaltaram que os meio-campistas percorrem
maior distância do que atacantes, defensores e goleiros.
Outro estudo que avaliou durante nove temporadas, 450 jogadores de
clubes de elite da Europa, separados em goleiros, laterais, zagueiros, meio-
campistas e atacantes, por meio de testes de campo, mostrou a mesma
tendência. Com meio- campistas e laterais mostrando um VO2max mais
avantajado do que as outras posições. Para os autores é evidente que essas
duas posições são mais exigidas aerobiamente do que os atacantes e
zagueiros. As avaliações foram realizadas em vários momentos da
temporada, pois um dos objetivos do estudo era analisar a evolução dos
parâmetros aeróbios no decorrer da temporada competitiva (MANARI e col.
2016).
Outra investigação procedida com 453 jogadores brasileiros (goleiros,
laterais, zagueiros, meio- campistas e atacantes) avaliando o VO2max e o LAn
em testes laboratoriais reforça os achados com os futebolistas de clubes
iranianos, uma vez que não foram encontradas diferenças entre as posições
de jogo (BARONI e col. 2013).
Como supracitado, parece não haver um consenso sobre a diferença
na aptidão aeróbia dos jogadores das diferentes posições táticas. Enquanto
alguns estudos não encontram diferenças significativas entre os jogadores de
linha (defensores, meio- campistas e atacantes) outros mostram um melhor
condicionamento do ponto de vista aeróbio para os meio- campistas (BARONI
e col. 2013).
Essa discordância de dados pode ser causada por conta de que grande
parte dos treinamentos do futebol (exceto o treino para os goleiros) são feitos
de maneira generalista, sem ser considerada a especificidade e
individualidade das posições táticas (NASCIMENTO e col. 2011).
Outro aspecto a ser ponderado é a forma como os pesquisadores
separam os jogadores nas diferentes posições. Como por exemplo, para
BOONE e col. (2012) é nítida a diferença entre laterais e zagueiros, porém
alguns estudos os colocam juntos no grupo de defensores. Além do que,
quando a aptidão física de jogadores é avaliada, meio- campistas, tanto os
centrais como extremos, apesar de terem demandas de deslocamento
diferentes entre si, são estudados compondo o mesmo grupo, chamado de
meio- campistas.
Apesar disso, muitos pesquisadores como TASKIN e col. (2016)
acreditam que ao menos do ponto de vista teórico, um alto nível de aptidão
aeróbia seria mais importante para os jogadores de meio de campo. Pois
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estes precisam contribuir com a equipe, tanto na fase defensiva quanto
ofensiva de forma contínua, e isto só seria possível com um bom
condicionamento aeróbio.
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defensores precisam ser mais rápidos para impedir que os atacantes marquem
os gols.
Os laterais também parecem ter bons níveis de potência anaeróbia,
como mostrado por CETOLIN e col. (2013) que avaliaram a velocidade no
sprint de 30 metros de 248 atletas profissionais do Brasil num estudo
retrospectivo que teve 11 anos de coletas de dados. Os resultados mostraram
melhor desempenho para os laterais comparados com os zagueiros e meio-
campistas, todavia não houve diferença entre os laterais
Outra pesquisa que coletou dados por vários anos foi a de HAUGEN e
col. (2013) que durante 15 anos avaliaram a aptidão anaeróbia de 939
jogadores de clubes da Noruega separados em defensores, meio- campistas e
atacantes em testes de sprints e no CMJ. Um total de 1723 testes de sprints e
1003 testes de CMJ foram realizados, sendo que os atletas foram testados
uma, duas ou três vezes cada. Para o teste de sprints, os atacantes mostraram
ser mais rápidos do que os defensores e meio- campistas. Para CMJ os meio-
campistas mostraram o pior desempenho, comparados com defensores,
atacantes e também goleiros.
Mesma tendência foi notada no CMJ de 61 jogadores brasileiros
separados minuciosamente em zagueiros, laterais, volante, meio- armadores e
atacantes. Os dados mostraram diferença significativa apenas para a vantagem
dos zagueiros comparados com os meia- armadores (SILVA e col. 2012).
SILVA e col. (2012) encontram na literatura a justificativa para esses
achados, argumentando que os defensores realizam mais tarefas de alta
intensidade como saltos, sprints em curtas distâncias e desarmes. Os autores
destacam a sensibilidade do CMJ para investigar a competência nessas ações.
Ao avaliar sprints de 10 metros de 21 jogadores de nível competitivo,
FERRO e col. (2014) notaram que os atacantes novamente mostraram ser os
mais rápidos. Os autores afirmam que pode- se dizer, com certa consistência,
que ao menos nesse teste específico a posição tem influência na aptidão
anaeróbia de jogadores de futebol.
DOS SANTOS e col. (2014) argumentam que os atacantes realizam
mais saltos, sprints e chutes ao gol durantes os jogos, então tendem a mostrar
uma maior capacidade glicolítica, sendo mais tolerante a acidose causada por
esforço exaustivo, prolongando assim seus movimentos com certa eficiência
mecânica.
Embora os dois métodos, o CMJ e os testes de sprints (tanto o RAST
como outros) avaliarem a aptidão anaeróbia, eles têm suas especificidades e
sugere-se cautela quando se compara o resultado de um com o outro. Apesar
das ponderações, parece haver certo consenso quanto aos meio- campistas
terem os valores mais baixos de aptidão anaeróbia. O que pode ser explicado
pelo fato desses jogadores percorrerem mais distância em baixa intensidade, e
então o jogo exige outras qualidades para jogadores dessa posição, o oposto
do que acontece com os defensores e atacantes (HAUGEN e col. 2013).
Menos controverso e mais evidente é a especificidade da posição de
goleiro no futebol, estes por suas intervenções no jogo serem limitadas a evitar
o gol adversário tem uma grande predominância da via energética ATP- CP
nas suas ações e se mostram os melhores no teste CMJ (talvez por ser um
único movimento, curto e de alta intensidade) e os piores nos testes de sprints,
provavelmente por conta de suas ações nos treinos e partidas não
aperfeiçoarem movimentos como estes (DEPREZ e col. 2014).
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4. Considerações finais
5. Referências Bibliográficas
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