Você está na página 1de 98

MANUAL DO CURSO CAF LICENÇA ‘’B’’

FUTEBOL

1
Índice
introdução ................................................................................................................................. 4
Forrmação de Treinadores De Futebol ...................................................................................... 5
Cursos de formação para treinadores de futebol em moçambique (de 2006 à 2021).............. 6
O Treinador/ Funções e requisitor de um bom Treinador de Futebol…………………………………10

Unidades teóricas ........................................................................ Erro! Marcador não definido.


Futebol (conhecimentos gerais) .............................................................................................. 11
Sistemas de jogo no futebol ................................................................................................... 13
Aspectos tecnicos/táticos (ex: contra-ataque) ............................ Erro! Marcador não definido.
Evolução táctica e novas tendências no futebol................................................................... 23
Principios de jogo de futebol no ataque e na defesa .............................................................. 27
Tópicos tecnico-tácticos .......................................................................................................... 34
Principais tipo de ataque no futebol (tácticas de grupo ofensivo e de equipa) ...................... 34
Tácticas de grupo no ataque ....................................................... Erro! Marcador não definido.
Defesa em zona pressionante ................................................................................................. 38
Táctica defensiva de equipa .................................................................................................... 41
Treinamento de guarda – redes .............................................................................................. 43
Análise de jogo ........................................................................................................................ 45
Como analisar uma equipa adversária ................................................................................... 45
Estratégias de jogo .................................................................................................................. 49
Critérios de recrutamento de jogadores ..................................... Erro! Marcador não definido.
Modelo de jogo x sistema de jogo – entendendo a diferença................................................. 50
Liderança ................................................................................................................................. 51
Conceito moderno de liderança.............................................................................................. 51
Perfil de liderança dos treinadores .......................................................................................... 51
Como liderar bem uma equipa de futebol............................................................................... 56
Estilos de lideranca ...................................................................... Erro! Marcador não definido.
Ciclo De Treino ......................................................................................................................... 58
Metódos de ensino .................................................................................................................. 63
Comunicação ........................................................................................................................... 66
Comunicação efectiva ............................................................................................................. 67
Mídia ....................................................................................................................................... 70
Princípios de motivação .......................................................................................................... 72
Psicologia desportiva............................................................................................................... 73

2
Treinamento psicológico ......................................................................................................... 76
Condição mental ..................................................................................................................... 78
Treino mental .......................................................................................................................... 79
Processo de formação de equipa ............................................................................................ 81
Filosofia do futebol .................................................................................................................. 81
Tomadas de decisão no futebol............................................................................................... 82
Gestão do match day (discussões, substituições, feedback) ................................................... 83
Fisiologia básica do futebol, ciência do futebol ...................................................................... 84
Tratamento básico de lesões ................................................................................................... 84
Espírito do jogo............................................................................ Erro! Marcador não definido.
Unidades praticas , tecnica/tactica ......................................................................................... 88
Relaxamento ........................................................................................................................... 94
Treinamento anaeróbico ......................................................................................................... 95
Treinamento muscular ............................................................................................................ 96
Exercícios de treinamento ....................................................................................................... 96
Avaliações/ exames ................................................................................................................. 98

3
INTRODUÇÃO

 O Curso Licença ‘’B’’ da CAF é focalizado para Treinadores em Moçambique que


tenham concluído o Curso Licença ‘’C’’ da Confederação Africana de Futebol.
 Este curso tem como objectivo capacitar Treinadores, nas técnicas e habilidades
avançadas do jogo de futebol, desenvolver a compreensão das tácticas
individuais, de grupo e de equipa, inerentes ao desenrolar do jogo, não
descurando os requisitos físicos e mentais dos jogadores.
 Facilita oportunidades de aprendizagem para o Treinador desenvolver o seu
trabalho de preparação, efectivamente com jogadores dos escalões Júniores e
Seniores não amadores, no melhoramento do seu desempenho.
 Os Treinadores só podem ajudar os jogadores a atingirem o seu potencial se
tiverem conhecimentos e experiências em todas as áreas de Futebol.

4
FORMAÇÃO DE TREINADORES DE FUTEBOL
ESTRUTURAÇÃO DOS CURSOS CAF

5
BREVE HISTORIAL SOBRE CURSOS DE FORMAÇÃO PARA TREINADORES DE
FUTEBOL EM MOÇAMBIQUE (de 2006 à 2021)

Os resultados desportivos, em certa medida significativa, dependem dos investimentos


feitos nos escalões de formação, bem como na qualidade de formação dos técnicos
envolvidos.

Em Moçambique, o exercício de orientação técnica dos praticantes desportivos é


normado pelos artigos 24 e 25 da Lei nº 11/2002 de 12 de Março.

No caso especifico da modalidade de futebol, a formação de treinadores, assenta no


Sistema de Licenciamento de Treinadores de Futebol/CAF (Confederação Africana de
Futebol), vigente desde Janeiro de 2009, e direcionado a todos os Países do Continente
Africano

Formação de Treinadores de Futebol em Moçambique

a) Entre 2006 e 2009, a formação de treinadores de futebol em Moçambique, foi


regida com base nas diretrizes do instrumento denominado por Sistema Nacional
de Formação de Treinadores de Futebol, tendo sido licenciados até ao ano 2009
um número considerável de técnicos com os níveis I, II, III e IV - Comunicado
Oficial nº 35/FMF/D/2005 de 06 de Março de 2005.
b) Em Janeiro de 2009, a Confederação Africana de Futebol - CAF, introduziu um dos
seus mais importantes Programas de Desenvolvimento – O Sistema de
Licenciamento de Treinadores de Futebol/CAF direcionado a todos Países do
Continente Africano;

6
c) Em 2018, a CAF reforça a vigência do Sistema de Licenciamento de Treinadores
de Futebol/CAF, rubricando um acordo com as suas Associações Membro, acordo
este denominado Convenção CAF Para Cursos de Treinadores de

Futebol.

IMPORTÂNCIA DA CONVENÇÃO CAF PARA TREINADORES DE FUTEBOL


 A Convenção CAF tem como objectivos, garantir a qualidade futura do
futebol em África, que em larga medida está nas mãos dos treinadores;

 Tem também como objectivo proteger o jogador Africano da exposição à


treinadores sem uma formação adequada na àrea de treinamento que
possa ser nefasto ao seu desenvolvimento físico, psicológico, técnico e
táctico;

 Aumentar a qualidade dos treinadores em África através de uma melhor


formação profissional;

 Tornar a profissão do treinador mais reconhecida e regulamentada;

7
 Permitir/possibilitar a livre circulação de treinadores qualificados,
homens e mulheres, através de um acordo bilateral para o
reconhecimento mútuo de diplomas de treinamento entre as Associações
Membros da CAF

8
Objectivos da Convenção CAF

 Promover e reconhecer técnicos africanos de futebol, de acordo com o seu grau


de conhecimentos e experiências;
 Garantir que cada treinador africano ou qualquer outro operando em Africa,
possa obter um Diploma relevante reconhecido pela FIFA;
 Apoiar as Associações Membro a implementar cursos de formação de
treinadores nos níveis juvenil, amador e profissional;.
 Tornar os cursos de actualização um requisito para todos os treinadores
activos.
 Obrigatoriedade de todas as Associações Membro filiadas na CAF, de
implementarem este Sistema de Licenciamento de Treinadores de Futebol,

Designação dos Cursos


Os Cursos de Formação de Treinadores deixam de designar-se de Nivel I, II, III e IV ,
passando a ser utilizada de acordo com o Sistema de Licenciamento da CAF, a
seguinte designação:

a) Curso CAF Licença “D”;


b) Curso CAF Licença “C”;
c) Curso CAF Licença “B”;
d) Curso CAF Licença ‘’A’’
e) Curso CAF Licença “PRO”

9
O TREINADOR
Treinador: É aquele que é encarregue da preparação e do treino da equipa para a sua
actuação com o propósito de obtenção de bons resultados.

É um especialista no desenvolvimento Técnico, Táctico, Físico e Psicológico da equipa.

Formação: Este termo, abrange tudo o que está envolvido com o cargo de um treinador:
treino e desenvolvimento, dirigir, assessorar, corrigir os jogadores e ajudar- lhes a
progredir. Uma boa formação depende de um conhecimento profundo em psicologia e
pedagogia; o seu objectivo é de optimizar a actuação da equipa e desenvolver o
potencial de cada jogador.

Gestor: é responsável por gerir e organizar o clube de tal forma que os objectivos
operacionais propostos sejam alcançados. Além disso, ele é responsável pelas actuações
da equipa e deve relatar as suas acções á direcção/ gestão sénior do clube. A pessoa que
desempenha a função de gestor de equipe deverá possuir uma excelente experiência
educacional como treinador e gestor administrativo, em conjunto com uma experiência
sólida de treino. Para poder exercer a dupla função de treinador e gestor de equipa, a
experiência e o conhecimento adquiridos, como jogador são insuficientes. Porém, em
certos clubes, uma única pessoa, pode combinar a função de gestor e treinador em
simultâneo.

FUNÇÕES DE UM TREINADOR DE FUTEBOL

 A principal função do treinador de Futebol é liderar e treinar a equipa. Por isso ,


ele deve ser um bom modelo de liderança e de comportamento para todos os
atletas. É também responsável pela escolha dos atletas que vão participar em
jogos, torneios e estágios.

REQUISITOS DE UM BOM TREINADOR

 Bons conhecimentos em todas as habilidades na arte de treinar;


 Habilidades na leitura do jogo e ser capaz de identificar os problema;
 Ser capaz de demonstrar as habilidades técnicas de uma forma eficaz;

10
 Ser um professor no verdadeiro sentido da palavra, colocando em prática os
conhecimentos obtidos nos métodos específicos de ensino, particularmente no
ensino aos jovens;
 Ser um motivador capaz de inspirar a equipe ou os jogadores individualmente;
 Ser um disciplinador, montando padrões elevados nos níveis de comportamento
e aparência dos jogadores;
 Ser um bom comunicador, tanto em linguagem verbal, gestual e escrita;
 Ser um bom administrador

FUTEBOL (Conhecimentos Gerais)


HISTÓRIA DO JOGO (Estilos, Tópicos Tácticos, Tendências Técnicas)
 A Sigla FIFA significa originalmente Federation International de Futebol
Association (Federação Internacional de Futebol).
 Filiada ao Comité Olimpico Internacional, a FIFA foi fundada em Paris (Rue Saint
Honoré) em 21 de Maio de 1904 e tem a sua sede em Zurique.

A ideia da criação de uma Federação Internacional surgiu com a realização dos primeiros
jogos de futebol internacionais no início do Século XX.
A 1 de Maio de 1904, A Belgica e a França defrontaram-se na primeira partida oficial a
nível internacional.

 A FIFA é a entidade que supervisiona diversas Federações, Confederações e


Associações relacionadas com o futebol em todo o Mundo.
 Membros da FIFA – 211 Federações Nacionais
 Presidente actual da FIFA – Gianni Infantino
 Site Oficial – www.fifa,com

11
A Confederação Africana de Futebol (CAF) é o órgão que representa e administra
o futebol internacional em África. Ela organiza os Torneios Continentais entre clubes e
selecções, assim como a Copa das Nações Africanas. Foi fundada a 10 de Fevereiro de
1957, com a Sede no Cairo (Egipto), e possui 56 Membros. Está filiada à FIFA e o seu
Presidente actual é o Sul-africano Patrice Motsepe eleito em 2021.
 Os Países Membros fundadores da CAF foram a Etiópia, Egipto, África do Sul e
Sudão.
 A sua primeira participação foi em 1934 na 2ª Copa do Mundo FIFA com o Egipto,
no entanto, ela só adquiriu uma vaga na Copa do Mundo pela 1ª vez em 1970.
Na Copa do Mundo de 1982 passou a ter 2 representantes, 3 em 1994 e 5 em 1998. Em
2010 na Copa Mundial realizada pela 1ª vez no Continente Africano ( África do Sul) teve
o recorde de 6 participantes.
Um grande percursor do futebol no Continente foi o Brasileiro João Havelange, então
Presidente da FIFA.

HISTÓRIA DO FUTEBOL
O futebol já foi um ritual de guerra, mas o modelo que conhecemos hoje teve a sua
origem na Inglaterra em 26 de Outubro de 1863. Essa foi a data da fundação da Football
Association, em Londres e o início da profissionalização deste Desporto no mundo.
A prática do futebol é muito antiga, com registo em países como a China, Japão,
América Pré-Hispânica, Grécia, Roma e Itália.

A Inglaterra regulamenta o futebol em 1863


Em solo Inglês, o futebol era praticado por vários colégios entre os anos 1810 e 1840,
mas cada qual seguia um regulamento distinto.
Assim, em 1863, uma reunião na Freemason,s Taver, sediada na rua Great Queen,
melhorou-se a organização da prática desta modalidade.

12
Na ocasião, 11 colégios participaram da discussão. Esta seria a explicação do porquê
deste ser o número de jogadores definido por cada uma das equipes em campo.

FILOSOFIA DO FUTEBOL: UMA VARIEDADE DE FACTORES QUE INFLUENCIAM


DIFERENTES FILOSOFIAS

 Proporcionar uma experiência desportiva


positiva para os atletas,
 Proporcionar aos atletas a oportunidade de
atingir o seu potencial através do desporto
OBJECTIVO
 Usar o desporto como um meio holistico do
desenvolvimento individual

FILOSOFIA DE ESTILO DE
TREINAMENTO LIDERANÇA
IDEAIS SOCIALMENTE PREFERIDOS
 Seguraça fisica e saúde dos atletas;
 Treinando com responsabibilidade; SEUS
 Integridade em relação aos outros; VALORES
 Respeito dos atletas
 Homenageando o desporto IDEAIS
PESSOALMENTE
PREFERIDOS

SISTEMAS DE JOGO NO FUTEBOL

 DEFINIÇÃO: Sistema de Jogo, é o termo usado para definir a maneira como


uma equipa se distribui no campo e a forma como ela ocupa os espaços nos seus
diferentes sectores (ex. 1x4x4x2, 1x4x2x3x1, 1x4x3x3)
 Todos os sistemas de jogo possuem diferenças em sua configuração
(principalmente no meio-campo), e também na forma de como cada jogador é
orientado.
 Os esquemas são típicamente identificados por três números, que indicam o
número de jogadores na defesa, meio campo e ataque, respectivamente.

13
 O primeiro sistema lógico foi o 1-1-8, quando se acreditava que o objectivo do
futebol era marcar golos. Hoje em dia, o futebol se preocupa cada vez em não
sofrer golos, por isso há muito tempo que não se vê uma equipa jogando nesse
esquema, que começou a perder espaço para o 3-4-3 e 3-5-2.
 Actualmente os sistemas de jogo mais usados são o 1x4x3x3, o 1x4x4x2, 1x3x4x3,
1x3x5x2

 A FIFA reconhece 12 sistemas de jogo (4-1-4-1 ; 4-1-3-2, 4-2-4, 3-5-2, 4-3-3, 4-4-
2, 4-2-3-1, 3-4-3, 3-6-1, 4-5-1, 5-4-1, 5-3-2). Os demais são considerados
variações destes já existentes.

Segundo Carlos Parreira ‘’ O sistema de jogo não é o mais mais importante, mas faz a
diferença’’. Sem o mínimo de organização dos jogadores em campo, torna-se mais difícil
jogar-se no futebol profissional.

SISTEMA DE JOGO 1x 4 x 4 x 2
Origem do Sistema
Teve a sua origem no Sistema 1x4x3x3, com a deslocação de um avançado para a zona
central do terreno, por um lado com a intenção de repartir melhor o espaço e os esforços,
equilibrando as acções defensivas e ofensivas da equipa e por outro lado para competir
com equipas adversárias mais fortes que jogam no Sistema 1x4x3x3 com jogadores.
Ocupação e Devenvolvimento
A composição habitual deste Sistema compreende 1 Guarda – Redes, 4 defesas, 4 meios
campistas (dois na zona central e 2 nos flancos) e 2 avançados.
O sector defensivo é composto por dois defesas laterais com ou sem acções nos aspectos
ofensivo-defensivo, dependendo do nível físico tecnico-táctico dos fute-bolistas, e dois
defesas centrais caracterizados pela sua contundência e domínio de jogo aéreo e
velocidade.
No centro do terreno, habitualmente, conta com dois jogadores centrais e dois jogando
pelos extremos. Dos dois jogadores centrais um é mais defensivo e o outro com
caracteristicas polivalentes que ataca e defende a bom nivel.

14
Dois avançados, com capacidade para colaborar defensivamente, escalonando-se no
ataque e na defesa, com boas desmarcações, bom remate, e que complementam suas
qualidades perfeitamente. Um deles terá que ser rápido e habilidoso e o outro alto, bom
no jogo aéreo e com boa qualidade na posse de bola.

Vantagens do Sistema
 Permite uma ocupação mais racional no terreno de jogo que o 1x4x3x3
 Aumenta a eficácia do jogo defensivo ao aproximar mais as linhas de
ocupação;
 Há uma melhor repartição de espaços;
 Estabelece o agrupamento de jogadores por parelhas, de cujo entendimento
táctico pode sair beneficiado o grupo. Neste sistema o dispositivo compeende
2 defesas centrais, 2 médios centrais, 2 defesas laterais, 2 médios laterais, 2
pontas de lança.
Diferentes aplicações do Sistema
 É um Sistema que tem sido interpretado de diferentes formas como veremos
mais em frente; As variantes mais utilizadas:
a) 1x4x4x1x1 – joga-se com duas linhas de 4 jogadores, 1 Médio Ponta e 1
Ponta de lança
 b) 1x4x4x2 com o formato, figura geométrica em losango na zona central, quer
dizer, 1 médio central defensivo em frente da defesa, 2 meios campistas
polivalentes mais adiantados e 1 médio ponta. Por último 2 pontas de lança

15
a) 1x4x2x2x2 muito desenvolvido na Colómbia e também estendido ao Peru e
Equador. Utiliza 4 Defesas, 2 Médios defensivos, 2 Médios ofensivos criativos
e 2 pontas de lança

SISTEMA 1:4:5: 1

Origem do Sistema

SISTEMA DE JOGO 1X4X5X1

16
Este Sistema de jogo teve a sua origem no 1x4x4x2, tendo surgido com o atraso de um
dos pontas de lança para a zona central do terreno com o objectivo de reforçar essa
zona, especialmente ao se defrontar equipas teóricamente mais fortes. Com este
Sistema consegue-se uma repartição de esforço mais racional, menor esforço a defender
e mais possibilidades de contra ataques. Sistema de jogo muito utilizado nos Países
Nórdicos da Europa, como a Noruega e a Suécia.
Ocupação e Desenvolvimento
A distribuição mais habitual do Sistema compreende, 1 Guarda Redes, 4 defesas, 5 meios
campistas e um ponta de lança.
O Sector defensivo composto por 2 defesas laterais, com ou sem acções ofensivas,
dependendo do nível físico – técnico - táctico dos futebolistas, e dois defesas centrais
caracterizados pela sua altura, robustez física e velocidade.
O centro do terreno formado por 3 jogadores (médios centrais) e dois meios campistas
extremos. Dos medios centrais um mais defensivo que realiza coberturas, e os outros
dois que se encarregam do jogo ofensivo e que mais vezes chegam a área adversária. Os
2 extremos, com capacidades para efectuarem bons cruzamentos para a área, boa
velocidade e com facilidade de penetrarem no 1v1.
O ponta de lança é um jogador possante, com capacidade técnica para efectuar a
retenção de bola de forma melhor servir os seus companheiros, bom rematador e com
boa capacidade para desmarcações.

SISTEMA DE JOGO 1X4X3X3

17
Origem do Sistema
Teve a sua origem no Sistema 1x4x2x4, ao descair um dos pontas de lança para o meio
campo.
Ocupação e Desenvolvimento
A composição mais habitual deste Sistema compreende 1 Guarda Redes, 4 Defesas, 3
meios campistas e três avançados.
Dos defensores 2 são laterais, com ou sem acção ofensiva, dependendo do nível físico-
técnico- táctico dos futebolistas e dois centrais caracterizados pela sua robustez física,
boa capacidade no jogo aéreo e boa velocidade.
O centro do terreno é composto por 3 médios que jogam em frente aos 4 defesas. Um
dos médios é mais defensivo com a tarefa de efectuar coberturas aos outros dois cujas
tarefas são de efectuar o jogo ofensivo. Os meio campistas neste Sistema têm maior
desgaste físico pois devem aplicar-se em tarefas defensivas e oferecer soluções no
ataque.
Dos 3 atacantes, dois jogam pelos flancos e um no centro. Os que jogam pelos flancos
são extremos genuínos de grande velocidade, bons distribuidores e também bons
rematadores. Posicionam-se muito junto a linha lateral para darem mais amplitude ao
ataque.

18
O ponta de lança geralmente é alto, boa compleição física, bom rematador na área, bom
no jogo aéreo. Colabora pouco em tarefas defensivas por geralmente ter pouca
mobilidade.
Vantagens do Sistema
 Aumenta a eficácia do jogo defensivo na zona central
 Melhora a repartição de esforços no centro do terreno.
 Melhora o jogo ofensivo
Desvantagens do Sistema
 É um Sistema que deixa muitas distâncias entre as linhas porque os 3 avançados
devido as suas acções ofensivas tém dificuldades nas transições ataque defesa
para a recuperação de bolas
 Na sua concepção tinha-se pensado no 1x4x3x3 para pressionar a equipa
adversária na grande área contrária. Actualmente quando a equipa que joga
neste Sistema perde a posse da bola os extremos recuperam rápidamente para o
meio do terreno e defendem no Sistema ( 1x4x5x1 ).
 No ataque as posições são muito rígidas, com pouca mobilidade, poucos
cruzamentos facilitando muito o jogo defensivo do adversário. No ataque este
Sistema depende muito do 1v1.
Diferentes aplicações do Sistema
 Pode-se jogar com um médio ofensivo em frente aos 4 defesas quando se
enfrenta um adversário táctica e tecnicamente inferior ou quando há
necessidade de atacar mais em caso de um resultado desfavorável.
 Utilizar os dois defesas laterais no ataque, caso não se disponha de 2
extremos clássicos cuja intenção seja de surpreender o adversário com mais
um jogador vindo de trás para frente.
 Pode-se jogar com um avançado centro mais baixo, mais veloz e com mais
mobilidade que o clássico ‘tanque’ para um melhor aproveitamento dos
espaços entre as linhas ou entre os defesas, e melhor aplicação do contra
ataque

19
SISTEMA DE JOGO 1x3x4x3

Origem do Sistema
Tem a sua origem no 1-4-3-3, ao adiantar um dos defesas para o meio campo. Responde
ao velho ditado futebolistico ‘quem domina o meio campo, domina o jogo’.
Clubes Holandeses têm utilizado mais este Sistema em especial o Ajax de Amsterdão.

Ocupação e Desenvolvimento
A composição mais habitual deste Sistema compreende 1 Guarda Redes, 3 defesas, 4
meio campistas e 3 avançados.

20
Os defensores são 3 defesas centrais caracterizados pelo seu bom domínio no jogo aéreo
e veloz. Devem também possuir qualidades técnicas para saírem de trás para frente no
jogo de ataque.
O meio campo é composto por 4 médios dois no centro e dois nos flancos. Dos dois
médios centrais um é mais defensivo com tarefas de efectuar coberturas aos outros 3 e
manter o equilíbrio táctico posicional. O outro médio central é mais ofensivo e criativo
encarregue de canalizar o jogo ofensivo. Os médios alas são dois meios campistas com
liberdade para atacar e defender e em especial apoiar os defesas centrais nas transições
ataque defesa.
3 Avançados, dos quais dois pelos flancos e um no centro. Os extremos são futebolistas
de grande velocidade, bons na posse de bola e bons rematadores. Posicionam-se muito
próximos das linhas laterais para darem mais amplitude ao ataque da equipa.
Colaboram no jogo defensivo através do pressing.
Avançado centro, é um jogador alto, forte, bom rematador na área, domínio do jogo
aéreo e com mobilidade. Colabora também nas tarefas defensivas. Como exemplo do
Sueco Ibramovich

Vantagens do Sistema
 Provoca superioridade numérica no centro do terreno com relação ao 1x4x3x3.
 A intenção do jogo é manter a bola o mais tempo possível, acumulando muitos
jogadores na área adversária, concretamente até 7, de forma a aumentar as
opções de ataque

Desvantagens do Sistema
 Deixa muitos espaços nos flancos pelo facto de o sector defensivo funcionar com
3 defesas centrais
 Implica uma colaboração absoluta de todo o grupo tanto a defender como a
atacar. Qualquer erro pode ser fatal
 Obriga a equipa a defender a um grande nível

21
SISTEMA JOGO 1x3x5x2

ORIGEM DO SISTEMA
Tem a sua origem no Sistema 1x4x4x 2, ao retirar um dos jogadores do sector defensivo
para o meio campo
OCUPAÇÃO E DESENVOLVIMENTO
A composição mais habitual deste Sistema compreende, 1 Guarda Redes, 3 defesas, 5
médios e 2 pontas de lança
Os defensores são 3 Defesas Centrais dos quais um dele é o líbero e os outros dois de
marcação.
O meio campo é composto por 5 médios dos quais 3 jogam no centro do terreno – num
dispositivo 2:1 (dois meio campistas mais recuados e um ofensivo) ou 1:2 (um meio
campista mais recuado e dois mais ofensivos geralmente o dispositivo mais utilizado);
dois médios laterais que também recuam actuando como defesas laterais quando a
equipa passa para a transição ataque defesa

22
O ataque composto por dois avançados que funcionam de forma idêntica ao Sistema
1x4x4x2.
Vantagens do Sistema
 Aumenta a eficácia do jogo ofensivo no meio campo

A EVOLUÇÃO TÁCTICA E NOVAS TENDÊNCIAS NO FUTEBOL

Como tudo na vida, o futebol também evoluiu. Evoluiu em seus 4 pilares:


Técnico,tático,físico e psicológico (ou mental).
Seguindo esse raciocínio, é interessante a experiência de assistir uma partida de futebol
de 40-50 anos atrás e logo depois assistir a um jogo actual. Evidentemente pode-se
discutir a qualidade do espectáculo, uma vez que é recorrente a opinião que a qualidade
técnica do jogo caiu acentuadamente, mas a evolução no aspecto físico é indiscutível e
inapelável ( velocidade do jogo e condição atlética dos jogadores). Isso posto, as
mudanças tácticas dentro do futebol não são menos significativas.

Partindo das origens deste desporto, que era praticado nas Universidades britânicas
como a Cambridge University, o sistema táctico 2x3x5 com 5 atacantes representou a
primeira inovação táctica uma vez que nos seus primórdios, a táctica se resumia a
‘’frente e avante”.

A partir de então, o futebol sempre se valeu da criatividade e alguns para se reiventar e


avançar suas fronteiras no campo táctico.

Partindo do W.M. (1x3x2x2x3) idealizado pelo Treinador do Arsenal Herbert Chapman,


passando pela Itália com a introdução da figura de ‘’líbero’’ no ‘’Catenaccio do treinador
Helenio Herrera, na equipa do Inter de Milão da década de 60, e finalmente chegando
a Holanda com a introdução do Futebol Total pelo legendário treinador Rinus Michels

23
no Ajax, e selecção da década de 70, tendo Cruiff como seu maior expoente ( que mais
tarde como treinador,viria a adaptar o futebol total e implementá-lo na sua versão
moderna do Barcelona. Da década de 90 – o que viria a constituir a filosofia técnica e
táctica do clube e transformar sua história para sempre)
Hoje na vanguarda das evoluções tácticas, está Pepe Guardiola certamente o maior
inovador do futebol nos últimos 30 anos. Pepe foi um discípulo de Cruiff, e tendo como
base a adaptada teoria do futebol total, desenvolveu o famoso tiki-taka do Barcelona de
2009 – 2013, e o aperfeiçoou nas suas passagens pelo Bayern de Munique

e Manchester City, onde o seu modelo de jogo tem passado por constantes
metamorfoses, sempre levando em conta a cultura do clube e do país onde se encontra.

A última dessas adaptações nos trouxe ‘’os laterais invertidos , posicionados mais como
meio campistas centrais na fase de ataque da equipe, contrariando o senso comum
construído nas últimas décadas onde a responsabilidade ofensiva do lateral está
fundamentalmente ligada a oferecer opções nos flancos do campo.

A tendência já iniciada no futebol moderno, é a possibilidade de equipes apresentarem


diferentes sistemas tácticos em diferentes fases de uma partida, dependendo das
circunstâncias que o adversário ou a partida oferece, porém, os jogadores terão
conhecimento e até autonomia para fazer determinações dentro do campo por iniciativa
própria.
Sempre que se pensa em táctica no futebol, isso necessáriamente se traduz dentro das
4 linhas na capacidade do jogador tomar decisões rápidas e adequadas para um
momento específico. Assim, para que uma inovação táctica seja introduzida, é preciso
que a equipe, - a promover essa inovação, seja formada por jogadores donos de um
coeficiente de inteligência (Q.I.)futebolístico alto.

Sem que o jogador ou jogadores possuam entendimento do jogo, forte senso de


posicionamento espacial, poder de visualização e antecipação de situações futuras,
leitura do adversário, capacidade de comunicação e liderança aguçadas,

24
independentemente da qualidade do treinador, a possibilidade de um desempenho
táctico de excelência é nula.

Cruiff foi o catalisador do futebol total de Rinus Michels, assim como Guardiola (
de uma maneira mais coadjuvante e menos contundente) o fez para Cruiff quando se
tornou treinador do Barcelona. Guardiola como técnico valeu-se da alta inteligência
táctica de Xavi/ Iniesta (Barcelona), Lahm/Alonso (Bayern) e De Kevin de
Bruyne/Bernardo Silva (Manchester City) para implementar suas novas inovações nos
clubes onde passou. Conta-se nos dedos o número de jogadores com esse intelecto
táctico inato disponíveis no mercado. Para a maioria dos jogadores essas capacidades
de

ordem táctica se desenvolvem com o tempo, são fruto de anos de experiência vivência
no Desporto, e são exponencialmente expandidas dependendo do meio ambiente onde
essas experiências são adquiridas (convinvência com treinadores de jogadores de alto
nível). O acesso à informação é imprescindível nesse processo.

PARA MELHOR COMPREENSÃO DOS TREINADORES:


TÉCNICA
A habilidade de um jogador com a bola, um jogador de boa aparência na posse de bola,
com a capacidade de ganhar tempo e espaço devido à sua habilidade de manipular a
bola, movimentar-se em zonas apertadas e improvisar com sua forte técnica para
resolver problemas do jogo quando surgem.
a) Passe
b) Drible
c) Controle de bola
d) Remate
e) Condução
f) Cabeceamento

TÁCTICA
Existem três tipos de tácticas, a saber; Individual, em Grupo e em Equipe.
25
A táctica individual envolve o treinamento de um jogador individuamente. Exemplo,
defesa/ataque em uma situação de 1v1.
Táctica de Grupo envolve uma linha de jogadores como linha defensiva, linha de meio-
campo, linha de ataque. Os jogadores envolvidos na táctica de grupo devem ser mais de
um e menos de sete.
a) Contra-ataque
b) Jogo posicional
c) Ataque rápido
d) Marcação zonal

A Táctica de Equipa envolve todas as linhas de jogadores que são aplicadas nas tarefas
de defesa e ataque. Os jogadores envolvidos devem ser de sete a onze.

CONTRA ATAQUE
Envolve uma equipe retirando jogadores para seu próprio campo, mas garantindo que
um ou dois jogadores estejam comprometidos com o ataque. A ideia é tentar isolar os
atacantes dos centrais, espreitando na linha do meio-campo, e criar espaço para um
ataque rápido.

JOGO POSICIONAL
Diferentes equipes e formações têm posições diferentes, mas a maioria das posições de
futebol pode ser dividida em três categorias: atacantes, meio-campistas e defesas
centrais. Os avançados jogam mais perto da baliza adversária. Às vezes eles são
chamados de atacantes. Seu principal trabalho é o ataque e marcar golos.

ATAQUE RÁPIDO
Esta é uma estratégia ofensiva duma equipe, conquistando a posse da bola no terço
médio (zona de preparação) e no terço final. Isso envolve apenas alguns jogadores
quando a posse da bola é conquistada. Esta é uma transição rápida defesa ataque.

BOLAS PARADAS (ofensivas e defensivas)

26
As bolas paradas surgem quando há uma interrupção do jogo pelo àrbitro derivadas de
uma falta numa determinada zona do campo. A equipe atacante poderá beneficiar-se
de um lance (livres directos ou indirectos, pontapés de canto) para tentar marcar um
golo..
É importante que o treinador entenda que os jogadores devem ser treinados sobre como
tirar proveito das situações de bolas paradas num jogo (táctica ofensiva).
Existe também situações de bola parada (táctica defensiva)

A Táctica de Equipa envolve todas as linhas de jogadores que são aplicadas nas tarefas
de defesa e ataque. Os jogadores envolvidos devem ser de sete a onze.

PRINCĺPIOS DE JOGO DE FUTEBOL NO ATAQUE E NA DEFESA

Tem se melhor compreensão do jogo de futebol e de como se jogar, quando a estratégia


e as tácticas são baseadas em certos princípios. Estes princípios aplicam-se tanto no
ataque e na defesa

OS PRINCIPIOS DE JOGO NA DEFESA


Para saber defender no futebol tem que se ter a compreensão de como são aplicados os
princípios de defesa pelo jogador individualmente assim como pela equipe em colectivo.

27
A partir do momento que a equipe perde a posse da bola, inicia-se imediatamente a
organização defensiva da equipa.

PRESSÃO IMEDIATA- A partir do momento que se perde a posse da bola para o jogador
mais próximo deve se tentar recuperá-la efectuando uma pressão imediata ao portador
da bola.
Os jogadores ao efectuarem uma perseguição imediata podem também auxiliar o
ataque ao fazerem corridas de recuperação que bloqueiam o adversário de ter uma
oportunidade de avançar com a bola.
RECUPERAÇÃO DEFENSIVA – Os defesas devem pressionar a equipe que está a atacar .
Enquanto há pressão na bola todos os outros jogadores deverão recuperar as suas
posições defensivas.

PROFUNDIDADE DEFENSIVA - tem a ver com a organização imediata dos jogadores por
trás da pressão defensiva. Enquanto se exerce a pressão sobre a bola, todos os outros
jogadores devem retomar as suas posições defensivas. As posições tomadas devem
auxiliar a pressão defensiva. A isto chama-se dar cobertura defensiva.

EQUILIBRIO DEFENSIVO - À medida que a equipe vai concentrando a sua defesa na zona
da bola, os defesas mais distantes da bola (do lado oposto do campo) devem posicionar-
se para cobrirem espaços vitais (as áreas centrais) por forma a prevenir ataques do
adversário. Todos os jogadores que estão no lado oposto devem procurar posicões onde
possam equilibrar a defesa

COMPACTAÇÃO - À medida que os jogadores fazem uma recuperação em direcção à sua


baliza, e organizam a sua defesa, o objectivo a atingir neste caso é de limitar o tempo e
o espaço do adversário ao concentrar a sua área de defesa em torno da bola. As defesas
devem também fazer uma recuperação central em direcção à sua baliza com vista a
limitar as possiblidades do adversário de atacar a baliza directamente.

CONTROLE E CONTENÇÃO

28
Os jogadores devem ser disciplinados e jogarem “no controle” ao procurarem a posse da
bola. É frequente jogador fazer tentativas mal calculadas para ganhar a posse de bola.
Devem evitar fazer o tackling ao adversário até sentirem-se confiantes de que vão
conseguir recuperar a bola.

FUNÇÕES DEFENSIVAS
É importante que os jogadores compreendam o seu papel e sua função no jogo tanto
quanto a sua posição. Enquanto a equipe está a defender, um jogador irá assumir a
reponsabilidade de fazer pressão, cobertura, equilíbrio ou profundidade.

Pressão (pressão defensiva) é feita pelo jogador que está mais próximo da bola.
 Fazer pressão sobre a bola para recuperar a posse de bola se possível.
 Evitar a penetração dos jogadores adversários.
 Deverão agir com rapidez

Cobertura (cobertura aos defesas)


 Fazer cobertura à defesa que pressiona
 Procurar o ângulo apropriado para cobertura.
 Posicionar-se a uma distância tal para que o defensor que faz a cobertura possa
efectuar o tackling ou bloquear de imediato o atacante que tenha conseguido passar
pelo defesa que exercia pressão.

29
 Os defesas que fazem a cobertura têm a responsabilidade de desviar os atacantes
auxiliares que se desmarcam.

Equilibrio defensivo
 Desviar os atacantes que estejam a desmarcar-se, da zona próximo da bola.
 Fechar mais o espaço em direcção ao centro do campo com vista a “bloquear” as
zonas vitais.

Compactação (jogada colectiva de todos os jogadores)


 A pressão, cobertura, e o equilíbrio todos, fornecem uma profundidade ao jogo
defensivo.
 A organização da defesa entre as varias linhas, por exemplo: linha do meio campo,
linha de área de defesa.
 O posicionamento apropriado, o espaço, e o número de defensores na área da bola
mantêm uma profundidade na defesa.

OS PRINCÍPIOS DE JOGO NO ATAQUE

O futebol é um jogo fluído em que um jogador que esteja na posse da bola, deverá
sempre ter várias opções para efectuar o passe. Quantas mais opções tiver o jogador,

30
menos chances ele terá de perder a posse da bola. Daí, os jogadores que não estejam na
posse da bola deverão auxiliar rápidamente o jogador na posse da bola. Num esforço de
se marcar golos, o jogo ofensivo de uma equipa utiliza penetração, profundidade,
mobilidade, largura e improvisação.

Penetração ( jogada individual)– A primeira opção do jogador na posse da bola,


é de penetrar na defesa do adversário. Dependendo de onde o jogador se situe no
campo, ele poderá tentar fazer um passe ao colega que se tenha desmarcado ou
simplesmente driblar para procurar finalizar.

Profundidade (auxílio) – Quando se refere à profundidade do ataque, refere-se à


jogadas de auxílio. Uma boa profundidade fornece ao jogador com a posse de bola
auxílio ao seu redor para que existam opções de se avançar com a bola.Quantas mais
opções possui o jogador, menos será o risco deste perder a bola. Uma boa jogada de
apoio

concretiza-se quando existem bons ângulos e distâncias apropriadas de auxílio. A figura


geométrica que melhor representa esta jogada é o triângulo. O jogador auxiliar que
corre rectilíneamente, corre o risco de perder a posse de bola.

Mobilidade – É necessário mobilidade no jogo para que os jogadores possam criar um


espaço para si mesmo e para os seus colegas de equipe. Uma boa mobilidade envolve a
movimentação para o auxílio da bola tanto quanto “jogar-se sem a bola”. Os jogadores
sem a bola precisam de “desequilibrar” a defesa adversária desmarcando-se em
direcção a posições que poderão criar oportunidades de marcar golos ou criar um espaço
para os seus colegas de equipe próximos à bola (com a tarefa de desequilibrar os
atacantes).

Largura– Uma equipe na posse da bola, deve utilizar todo o espaço ao seu dispôr para
jogar. Uma equipe com êxito utiliza toda a largura do campo, e o seu comprimento tanto
quanto a regra de força de jogo irá permitir. Quanto mais espaços os jogadores tiverem

31
para jogar, maiores serão os espaços e o tempo que cada jogador com a posse da bola
terá. Como resultado, haverá cada vez menos chances de ser pressionado por forma a
cometer erros. A utilização de toda a largura do campo cria um problema para a defesa
que fornece uma boa cobertura e concentração.

Improvisação– Existem varias ocasiões em que os jogadores tem de usar o seu próprio
instinto para gerirem passes ou oportunidades de marcação de golos para si mesmo ou
os seus colegas de equipe. Astúcia nos dribles elimina os defensores, e cria aberturas
para os atacantes. Os jogadores que têm a capacidade de rodarem rápidamente,
fácilmente iludem o adversário.
 É muito mais difícil criar do que destruir. Assim sendo, deve se ter em conta uma
maior porção do treino nos processos do jogo ofensivo. Porém , seria um erro
para os treinadores de negligenciarem a tamanha importância em trabalharem
a táctica defensiva.

32
AS FUNÇÕES DOS JOGADORES NO ATAQUE

Desenvolver uma compreensão na sua tarefa e função no jogo é vital para uma jogada
de ataque com êxito. Enquanto a equipe que defende está tentando tirar tempo e
espaço, os atacantes devem tomar decisões rápidas baseadas nestes papéis e nestas
funções com vista a terem êxitos no ataque. Os jogadores cujas habilidades técnicas são
desmembradas pela pressão sofrida descobrem que estão sempre em cima da hora ou
não conseguem tomar decisões simples que irão beneficiar o ataque.

O jogador com a bola


 O jogador com a bola é o jogador mais importante.
 A primeira opção é de alcançar a penetração ao tomar a decisão táctica com
base nas capacidades técnicas dos jogadores.

O jogador Auxiliar(es)
 Este deve dar auxílio ao jogador na posse da bola.
 Deve estar posicionado por trás.
 Deve estar posicionado a uma distância apropriada para assegurar que um
defesa não irá restringir ambos atacantes.

33
 Deve combinar com o jogador com a bola com vista a se conseguir penetração
através de corridas, 1-2 passes duplos, ultrapassagens, etc..

Desequilibrar a defensiva adversária


 Tentativas de se desequilibrar a equipe que defende devem ser feitas através de
corridas racionais com vista a aumentar as opções de ataque, onde a maioria das
corridas são de penetração.
 As corridas de penetração possibilitam o desequilíbrio do atacante para este
receber a bola e criar um espaço atrás da sua zona de corrida para um outro
atacante.

TÓPICOS TECNICO-TÁCTICOS NO FUTEBOL

PRINCIPAIS TIPO DE ATAQUE NO FUTEBOL

i) CONSTRUÇÃO DE JOGO / ATAQUE ORGANIZADO OU ATAQUE PLANEADO

Uma das grandes doenças no futebol moderno reside na ideia de que jogar com
qualidade passa pelo facto de se construir curto a partir do Guarda Redes. Na realidade,
basta uma breve análise pelas principais equipas do continente europeu para se
entender que existem equipas competentes em ataque organizado, como existem
equipas competentes a jogar em ataque rápido ou com um jogo mais directo. Jogar de
trás não é sinónimo de beleza e muito menos de qualidade. Há que se criar condições
para o fazer, interpretar que ritmo adoptar neste momento, que espaços são necessários
para se sair duma situação de risco e pressão alta ou onde estarão as vantagens para se
chegar aos últimos terços do campo.

Um dos principais erros cometidos quando se procura jogar a partir de trás é o facto de
a equipa estar toda confinada no seu meio campo, com linhas muito baixas e próximas,
ou seja, com menos espaços para se jogar, convidando o adversário a pressionar e a
provocar o erro, em bloco mas muito próximas da nossa baliza, ditas zonas de risco. Se
existe menos espaço, existirá, consequentemente, menos tempo para decidir
correctamente.

34
Os jogadores devem-se sentir confiantes para jogar apartir de trás com a bola
controlada. Para além disso, é essencial manterem-se serenos e pacientes de forma a
entrar no bloco

defensivo do adversário no momento certo, sendo essencial garantirem vantagens /


superioridade, sejam ela numérica, espacial ou qualitativa.

Resumindo: aspectos a observar na construção do jogo ou ataque


organizado:

 Execução gradual do jogo ofensivo através de muitos passes do sector defensivo


ou da zona central do campo para a zona de finalização.
 Envolvimento de vários jogadores jogadores da equipa
 A duração da preparação do ataque é gearlmente acima de 10 segundos.

NO ATAQUE RÁPIDO (FAST BREAK)

 Passes reduzidos (no mínimo 3-4)


 Poucos jogadores envolvidos (no máximo 3-4)
 Duração: menos que 10 segundos
 No ataque rápido, a equipa não retorna para a sua metade do campo
quando perde a posse de bola; tenta recuperá- la imediatamente.
 Por exemplo: quando um jogador atacante perde a posse de bola, ele tem
que imediatamente lutar para recuperá - la.

No ataque rápido a unidade defensiva da equipa adversária é temporariamente


colhida em situação fora de posição, Isso deve- se à:

 Um erro técnico
 Péssima escolha na estratégia do jogo.
 Equívoco entre dois colegas de equipa.
 Intercepção

35
ii) O CONTRA- ATAQUE
O contra ataque é caracterizado por uma transição rápida do sector defensivo para o
sector ofensivo do jogo (último terço do campo), logo após a recuperação da posse de
bola, portanto, rápida transição da zona do campo onde se efectuou a recuperação da
posse de bola, à zona predominantemente de finalização.

iii) Jogadas pelos flanco (cruzamentos + finalização/ ultrapassagens


pelas costas)
iv) Jogadas de ruptura
 Jogadas de ruptura no último terço do adversário, são jogadas feitas através de
um
 passe:
que rompe pelo menos uma linha de marcação da equipe adversária. Este passe
tem como objectivo encurtar o caminho em direcção à baliza adversária. É
executado de qualquer zona do campo, podendo ser um passe em progressão, e
ou uma assistência para finalização.
v) Passe-tabela no último terço do campo
vi) Mudanças de flanco

TÁCTICA INDIVIDUAL DEFENSIVA (HxH)

TÁCTICAS DE GRUPO DEFENSIVO


i) Marcação por zona

“ A organização defensiva é, acima de tudo, uma questão de defender com lucidez.


Aquilo que se deve fundamentalmente procurar é fechar os espaços e assim
condicionar os adversários”.

36
O que é a marcação por zona aplicada ao futebol?
A marcação por zona é a táctica defensiva mais frequentemente utilizada, em especial
nas equipas de topo mesmo para os sistemas de jogo seja 1x4x4x2, 1x3x4x13, ou um
outro qualquer.

Aprender a jogar no sistema defensivo á zona ajuda o jogador desenvolver-se, em


especial em relação à atenção ao jogo (i.e. percepção e antecipação), cooperação e
responsabilidade entre colegas. É uma fase essencial e fundamental para os jogadores
melhorarem a leitura do jogo.

Neste capítulo, iremos lidar sómente com este tipo de defesa.

Definição da marcação por zona:

Cada jogador é responsável pela sua zona defensiva. A sua tarefa é de ver e marcar um
adversário que entra na sua zona. Se o adversário move se para uma outra zona, o
defesa responsável por cobrir aquela zona assume a responsabilidade na marcação.
Dependendo da situação do jogo, o defesa ou defende a sua zona (ao fechar os espaços
ou cobrindo a retaguarda), ou ele concentra- se em um adversário em particular (ao
fazer uma marcação cerrada).

Porque se utiliza a marcação à zona? – Porque permite adquirir um maior controlo


do jogo defensivo.”

Objectivos a alcançar com a marcação por zona.

 Procurar constantemente vantagens numéricas na zona onde se encontra a bola,


quer ofensivamente, quer defensivamente.
 Reduzir o espaço disponível do adversário.
 Limitar as possibilidades de ataque (passes, dribles, marcação) do adversário
 Abrandar o jogo do adversário e forçar- lhes-a cometerem erros.
 Ganhar a posse da bola e ser capaz de a utilizar como um trampolim para o ataque.

37
Marcação a zona é a base para o pressing.

A sua eficiência pode ser dirigida ainda mais pela marcação cerrada ao adversário na
sua zona

Aplicação dos princípios tácticos básicos na defesa por zona

 Fechar os espaços entre os sectores tanto em comprimento como em largura do


terreno. (30-35 metros) e entre os jogadores (8-10 metros).
 Defender com a maior mobilidade possível.
 Exceder em número os adversários.
 Pressionar o adversário na sua zona.
 Jogar em antecipação (Tomada de consciência do jogo) .
 Comunicação (falar um com o outro).

Nos jogos, hoje em dia é essencial que haja dois tipos de comportamento
com a defesa por zona:

 Alto nível de habilidades técnicas.


 Alto nível de qualidades atléticas, físicas, e mentais

Marcação colectiva no flanco:

 Unidade compacta com espaços reduzidos.


 Movimentação lateral.
 Cobertura mútua.
 Espalhar (em forma de leque)
 Parar a progressão do portador da bola.

DEFESA EM ZONA PRESSIONANTE

A defesa em zona pressionante é um aspecto muito comum no futebol de hoje, sobretudo


em equipes do Continente Europeu.

38
O Barcelona na Era Guardiola foi uma das equipas que utilizou esse tipo de defesa de
maneira estupenda e muito eficiente
Se nos aspectos ofensivos podemos dizer que as grandes revoluções dos últimos tempos
tiveram a participação de Rinus Michels, Johan Cruiff e Pep Guardiola, na parte
defensiva, Arriggo Sachi na década 80/90 foi um dos grandes responsáveis pela
criação de um Milan que fez história, e também um dos pioneiros nessa forma de defesa
em zona pressionante, e quem conseguiu levá-la ao extremo com uma equipe que foi
uma das melhores de todos os tempos foi Guardiola no comando do Barcelona.

Caracterização da Defesa em Zona pressionante?


Uma forma de defesa em zona, onde as principais referências são: a bola, o espaço e o
jogador. Procura-se a criação de superioridade numérica no sector da bola, com acções
agressivas na pressão sobre a bola e de tal modo retirar espaço e tempo do portador da
bola.
Onde ocorre:
Pode ocorrer em todo o campo; A característica marcante do Barcelona de Guardiola foi
realizá-la principalmente no terço ofensivo do campo, ou seja, no campo de defesa do
adversário, contando também com uma linha de defesa alta. Entretanto a zona
pressionante pode ocorrer no meio do campo, ou na defesa, o que conta é a intensidade
muito alta nessa acção que a caracteriza.
ALGUNS ASPECTOS A CONSIDERAR:

 É necessário um alto preparo físico

A MARCAÇÃO INDIVIDUAL OU “HOMEM A HOMEM”


A marcação individual tem como premissa a busca constante pelo “jogador a ser
marcado” – o jogador “B” deve marcar o jogador “A” em todos os seus deslocamentos

39
ofensivos; podendo ter como referência não sómente o jogador, mas também a
“posição” do jogador.

O problema ao se fazer a marcação individual, é que a equipe pode acabar sendo


manipulada pelo adversário, fazendo com que as peças defensivas se desloquem de
forma que abra espaços para infiltrações ou até mesmo finalizações.

A DIFERENÇA ENTRE A DEFESA INDIVIDUAL E A DEFESA À ZONA.


NA DEFESA INDIVIDUAL ( Homem vs Homem):

 A posição do defensor depende de onde se situa o seu adversário directo.


 A iniciativa de jogo é deixada ao adversário
 Existe uma dificuldade em manter o contacto entre as linhas.
 Uma equipa menos compacta, mais espalhada e menos coesa concede mais espaços
e encoraja a equipa adversária a jogar com mais abertura a profundidade.
 Os espaços criados com a aplicação da defesa individual são propícios aos contra
ataques, jogadas individuais por parte da equipa adversária.
 A defesa individual (H vs H) limita a utilização das armadilhas dos ‘fora de jogo’ e o
jogo aplicando o pressing
 O comportamento de um defensor é mais discreto, mais individual.
 A defesa individual exige do defensor mais agressividade, mais disputa de bola e mais
responsabilidade individual.
 Também implica uma tomada de risco considerável.

NA DEFESA POR ZONA:

 A posição dos defensores depende de onde se situa a bola.


 A equipa que defende tem mais jogadores em torno da bola, o que facilita o pressing
e ajuda a encontrar soluções.
 Quando a equipa que defende recupera a posse de bola, torna-se mais fácil para eles
manterem a posse da bola pelo facto dos jogadores estarem bem distribuídos nas
diferentes zonas do campo.
 Torna-se mais fácil a equipa que defende anular a jogada dos adversários e retardar
o seu jogo.

40
 Fazer a troca para marcar o adversário exige reflexão e um período de ajustamento.
 O comportamento individual na defesa á zona exige mais responsabilidade colectiva,
maior auto- sacrifício e concentração.
 Este tipo de jogo permite ter uma maior criatividade, mais segurança e maior
facilidade de mover -se de uma acção para outra.
 Permite maior segurança na equipa .
 Permite que a equipa jogue com mais facilidade na defesa em linha, e também
facilita o jogo dos defesas no sistema do ‘fora de jogo’ e pressing.

TÁCTICAS DEFENSIVAS DE EQUIPA


PRESSING
Pressing é uma arma defensiva que coloca a equipa adversária na posse de bola, sob
pressão, obrigando-a a cometer erros.

Ela exige dos jogadores grandes qualidades atléticas, qualidades de determinação


(agressividade controlada) em disputas e disciplina táctica. Também funciona como uma
arma psicológica que transmite confiança aos jogadores.

Pressionar, fechar, rodear os adversários colocando-os sob pressão para recuperar a


posse da bola ou anular o ataque. A Pressão não está ligada a um estilo particular de
jogo. Com vista a evitar riscos de um desgaste físico considerável que ele exige, não é
utilizado constantemente durante o jogo.

Pressing é a base de um contra ataque lançado a partir do meio campo e a partir da zona
defensiva de uma equipa.

ALGUNS PRINCÍPIOS BÁSICOS PARA A SUA APLICAÇÃO.

 A equipa toda que está defendendo excede em números a equipa adversária no local
escolhido para iniciar o pressing.
 A equipa mantém- se compacta e fechada e excede os adversários na zona onde a
bola está a ser jogada. A ideia é de conter a equipa adversaria, abrandar as suas
jogadas, e levar- lhes para uma zona mais favorável para pressionar (por exemplo,
num dos flancos).
 Obrigar o adversário a cometer erros.

41
 Uma vez que se tenha iniciado o pressing (colocar o jogador adversário na posse de
bola, sobre pressão), tentar-se a recuperação da posse de bola através de uma
marcação intensiva.
 Evitar passes para trás, para o jogador livre ou guarda-redes.

No Jogo de Futebol existem Três tipos de pressing: Zonas de pressão

 Pressão média
 Pressão alta
 Pressão baixa

Pressão média
A equipa que pressiona deverá atacar o adversário no meio do terreno, empurrando- lhe
para um dos flancos ou obrigar – lhe a voltar para o centro do terreno para permitir
recuperar a bola.

Dependendo da qualidade ao se ganhar a posse da bola, a equipa que pressiona ou tem


a opção de preparar uma construção gradual do ataque ou um ataque rápido.

Pressão alta

Defende-se o mais próximo possível da baliza adversária. Impede-se que o adversário


consiga construir o seu jogo. Nesta situação existe grande risco de contra-ataques
adversários devido ao espaço existente nas costas da nossa defesa.

Assim que perderem a posse da bola, na metade do campo adversário deverão


imediatamente defender (transição ataque/ defesa); o portador da bola é colocado sob
pressão. Uma vez que a bola tenha sido recuperada pelo lado dos atacantes, eles já
podem lançar um ataque rápido.

Se a pressão falha, a defesa poderá ficar reduzida em jogadores, em tal caso eles podem:

42
 Abrandar o jogo recuperar o tempo, e manter os adversários na sua própria metade
do terreno.
 Reorganizar a equipa o mais rápidamente possível.
 Dentro das possibilidades tentar colocar os adversários novamente sob pressão

Pressão baixa
 Defender próximo da baliza, deixando adversário ter o controlo do jogo
 A equipa que defende tem que aguardar que o adversário entre na sua zona
defensiva. A equipa tem que tentar manter- se compacta, ter mais jogadores na sua
zona do que a equipa atacante, e fechar os espaços, em especial na zona central. Os
jogadores têm que estar extremamente concentrados.
 Para assegurar que eles possam intervir no momento certo, a equipa que defende
tem que abrandar o jogo do adversário, perturbando constantemente o jogador na
posse da bola e obrigando- os adversários a cometerem erros.
 Se a equipa que defende consegue a posse da bola, eles podem imediatamente
lançar um contra ataque (com uma movimentação rápida da defesa para o ataque),
visto que existe muito espaço nas costas da defensiva adversária.
 Se não for possível lançarem um contra ataque, as seguintes opções podem estar
abertas, porém sem correr quaisquer riscos:
 Tirar a bola fora da zona de perigo para um dos flancos, para frente, ou devolvê-la
ao guarda-redes para facilitar a situação.

Plano defensivo é uma arma de ataque: ao fechar o meio campo, a equipa que defende
liberta os flancos

TREINAMENTO DE GUARDA – REDES


No futebol, o Guarda – Redes é o jogador designado com a função de impedir
directamente a equipa adversária de marcar, defendendo o golo.

43
Tarefas Gerais do Guarda – Redes
 Contribuir para uma boa construção de jogo da sua equipa, com o propósito de criar
um bom desempenho ofensivo.
 Ele tem que ser capaz de alcançar o jogador que está longe, ele não deve tentar
alcançar jogadores que estão marcados ou que têm pouca ou nenhuma chance de
ganhar o lance.
 Ele tem que decidir tácticamente com muita rapidez para reagir ao próximo
movimento de um ataque adversário.
 Ele tem que agir de forma decisiva para tranquilizar seus defensores

É importante que ele faça a melhor escolha para a equipe no momento de


construção/distribuição.
O objetivo do treino de guarda-redes é melhorar o jogo do guarda-redes individualmente
também em relação às outras linhas de forma a melhorar toda a equipa. O
conhecimento para isso vem do próprio jogo.

O treinamento do Guarda – Redes envolve o seguinte:


 Formação técnica
 Treinamento Táctico

44
 Treinamento mental
 Duração
O treino do guarda-redes deve estar sempre relacionado com a situação de jogo.

ANÁLISE DE JOGO
Jogar para ganhar, ter o maior tempo de posse da bola, rápida circulação de bola, bom
posicionamento, grande ênfase na organização ofensiva e defensiva e rápidas transições
são os aspectos chave de um jogo de futebol, mas por vezes não chegam para se ganhar
jogos. Nos dias de hoje e em futebol, quanto mais elevado é o nível de jogo, maior
importância tem que ser dada a análise das equipas adversárias. Para otreinador o
próximo jogo é sempre o mais importante e domina todos os pensamentos. Perante a
complexidade do futebol moderno, quanto maior for a informação sobre o adversário
maior será a capacidade de resposta do treinador e dos seus jogadores nos jogos. Ter a
noção de que é impossível preparar um equipa para jogar de forma perfeita é uma
realidade, mas vale a pena tentar.

COMO ANALISAR UMA EQUIPA ADVERSÁRIA ?


Para analisar uma equipa adversaria é importante, ter em conscideração os momentos
abaixos descritos:

Antes do Jogo
Recolher informação:
 Estado do relvado e clima
 Observar Aquecimento: números, equipa inicial e jogadores suplentes;
 Características especiais do sistema de jogo
 Características especiais relacionadas com jogadores

45
Durante o Jogo

Observar a organização estrutural inicial e todas as alterações que aconteçam no


decorrer do jogo nessa estrutura, quer pela evolução do resultado, quer pelas
substituições, que possam ocorrer;

Observar a organização defensiva da equipa:


a). Zona onde defendem (alta, media,baixa)
b). Tipo de marcação (á zona, homem ou mista)
c). Atitude e comportamentos defensivos (agressividade ou passividade)
Observar a organização ofensiva da equipa:

a). Tipo de construção de jogo (jogo lento de passe curto ou rápido e directo)
b). Jogadores de referência na organização ofensiva
c). Padrões colectivos estabelecidos, quando constroem o jogo em passe curto ou
quando utilizam futebol directo

Observar as transições ofensivas da equipa:


a). Atitude da equipa quando ganha a posse de bola (rápida e agressiva ou lenta
com ênfase na posse de bola);
b). Jogadores de referência na transição ofensiva
c). Qual o tipo de transição que o GR procura quando recupera a posse da bola
(jogo rápido e directo ou lento para deixar subir e organizar)

Observar as transições defensivas da equipa:


a). Erros de posicionamento quando a equipa perde a posse da bola;
b). Posicionamento e espaços existentes quando a equipa perde a posse da bola
c). Se recorrem ou não às faltas cirurgicas

Bolas paradas a favor:


a). Tipo de movimentação nos lançamentos laterais, livres laterais e cantos;
b). Jogadores de referência nos Livres laterais e cantos
46
c). Locais para onde o passe ou o remate é efectuado neste tipo de lances.

Bolas paradas contra:


a). Quantidade de jogadores que colocam na barreira e seu comportamento
b). Número de jogadores que defendem neste tipo de lances;
c). Posicionamento que os jogadores ocupam neste tipo de lances;

Análise da própria equipe


Possibilita ao treinador avaliar o desempenho dos seus jogadores individualmente e as
movimentações tácticas na equipe. Isso é feito para fins de avaliação do jogador e da
equipe no final da temporada. Pode ajudar o treinador no planejamento;
 retenção de jogadores
 recrutamento
 descarga
Durante a época é uma oportunidade para identificar problemas ou desafios
futebolísticos de forma a chegar a objetivos de treino que contribuam para a melhoria
do rendimento da equipa.

ANÁLISE DO ADVERSÁRIO

Tem a ver com o adversário contra o qual sua equipa jogará no próximo jogo ou torneio.

Este tipo de scouting é preferencialmente praticado em ambientes de alto nível, nos


quais a intenção é fornecer ao treinador informações específicas sobre as
particularidades e hábitos da equipa adversária, que irá enfrentar no próximo turno.
A análise individual e colectiva das equipas adversárias é uma recolha de informação
sobre o próprio processo do adversário, bem como com uma análise sobre o efeito que
esta informação pode ter na sua equipa. Trata-se de uma colecta de dados, estatísticas
e informações dos pontos fracos e fortes da equipe em jogo.

A observação do adversário consiste em três etapas diferentes:

47
Observação: Observe a partida várias vezes (gravação ou DVD) para obter informações
detalhadas sobre os comportamentos individuais e colectivos dos jogadores.
Elaboração do Relatório: As informações e dados recolhidos são tratados de forma a
emitir um relatório por escrito e um clip de DVD com uma descrição exaustiva das
situações analisadas.

Aplicação
Uso das informações processadas, planeamento de prováveis jogadas e modificação da
estratégia existente.

Futebol juvenil
É importante que o treinador analise o desempenho das equipas de base (jogador
individual). Isso funciona como um alimentador para a equipe principal. De acordo com
o Licenciamento de Clubes da CAF, é obrigatório que todas as equipes tenham uma
equipe juvenil.

Amador
Jogadores que praticam futebol de forma não remunerada e não profissional. Isso é
necessário para o recrutamento de jogadores e identificação de talentos.

48
Requisitos Posicionais

ESTRATÉGIAS DE JOGO
Como este tema é sobre estratégia de jogo, as definições sobre proposta de jogo e
modelo de jogo serão rápidamente expostas.

Proposta de jogo é aquilo que a equipa procura propor na partida. Normalmente, a


proposta de jogo se resume em propor o jogo, que é quando a equipa prefere ter a bola
para ditar o ritmo da partida ou em ser reativo, que é quando a equipa procura não ter
a bola e buscar o contra ataque.

Já o modelo de jogo é a ideia que norteia a equipa em relação às 4 fases do jogo com
a bola rolando.

Após ter visto rápidamente o que são proposta de jogo e modelo de jogo, o que seria
estratégia de jogo?

 Estratégia de jogo é aquilo que é modificado tácticamente para que as principais


acções da equipa adversária sejam melhor neutralizadas ou usufruir de algo não tão
bom no adversário.

49
Para resumir: estratégia de jogo é uma mudança táctica individual ou colectiva de
acordo com os pontos fortes e fracos que a equipa adversária apresenta.

 A estratégia de jogo está relacionada com a táctica e o adversário. Vale notar de que
nem sempre colocando uma estratégia de jogo a equipa adversária será mesmo
neutralizada.

Um exemplo muito claro e mais claro de todos até então foi o Barcelona de
Guardiola; com o modelo de jogo para manter o controle de jogo através da posse,
essa equipa atacava através do jogo posicional, pressionava muito rápidamente
após a perda da bola, marcava por zona, intensamente e, por fim pouco contra-
atacava com muita velocidade. Veja como tudo convergia para que o Barcelona de
Pepe mantivesse o controle através da posse.

MODELO DE JOGO x SISTEMA DE JOGO – ENTENDENDO A DIFERENÇA

Ao longo dos últimos anos esta cada vez mais claro, que o futebol está evoluindo com o
passar dos anos, tornando-se cada vez mais complexo e consequentemente exigindo
mais dos seus profissionais envolvidos no Desporto.

Neste contexto é mais frequente vermos diversas pessoas preocupadas em entender o


jogo, e a maneira como os jogadores se comportam e se distribuem em campo, mas
muitas vezes é possível perceber por parte de muitos uma certa confusão ou
desconhecimento de conceitos diferentes mais importantes para a disputa de uma
partida de futebol: Sistema de Jogo e Modelo de Jogo.

MODELO DE JOGO – é a maneira como a equipa se comporta nos 4 momentos do jogo


( organização defensiva, transição defensiva/ofensiva e organização ofensiva), sem
preocupação exacta com a forma como ela se distribui ( o que ajuda muito a
compreender a diferença de jogo de muitas equipas). Por exemplo: equipe X tem como
definido que sua organização ofensiva será feita ‘’ com posse de bola e passes curtos’’.

50
Isso é um exemplo de comportamento adoptado em um dos 4 momentos do jogo por
uma equipa, portanto um comportamento de modelo de jogo.
É fundamental ressaltar que o sistema de jogo, trata-se de apenas de uma referência
de colocação enquanto o modelo de jogo trata de um comportamento adotado pela
equipa, em um momento específico do jogo.

Entendendo assim, a diferença de ambos, podemos dizer que é possível que equipes que
possuam o mesmo esquema de jogo ( distribuíção dos jogadores no campo) adoptem
comportamentos (modelo de jogo) diferentes durante a partida, assim como, é possível
que equipes que possuam diferentes sistemas de jogo, adotem o mesmo modelo de jogo
para actuar.

LIDERANÇA

CONCEITO MODERNO DE LIDERANÇA


É a habilidade, que um líder possui, de influenciar pessoas para trabalharem de forma
motivada , visando atingir os objectivos identificados e estabelecidos para o bem comum
de uma equipa. É o processo pelo qual se motiva e ajuda os outros, com entusiasmo para
atingir seus objectivos.

PERFIL DE LIDERANÇA DOS TREINADORES


 Os estilos de treino podem ser um mecanismo útil para descrever e analisar a prática
de treino ou podem ser uma forma superficial de imitar os elementos mais óbvios
dos padrões de comportamento do treinador.

 Conheça seis tipos de liderança e veja como usar cada estilo para conseguir melhores
resultados
 Autocrata
 Dirigente
 Democrata
 Afectivo

51
 Modelo
Treinador
Centrado na pessoa

LÍDER AUTOCRATA
O Líder Autocrata exige obediência imediata. É um líder mais ‘’mandão’’, que diz á
equipe o que deve ser feito. Ele tende a ser o controlador, criticar o que está errado e
difícilmente elogia quando um membro da equipa se destaca.
Deve ser usado com cautela, pois tem impacto negativo na organização e pode
desmotivar.

Desvantagens em ser um líder autocrata:


 Produção de jogadores ‘’robots”
 Tomada de decisão fraca,
 sentido de jogo fraco
 Desmotivação
 Negatividade
 Falta de entusiasmo
 Falta de diálogo
 Desenvolvimento limitado das habilidades de vida

Líder Dirigente
 Considerado o estilo de liderança com um impacto mais positivo nas equipas, o líder
dirigente tem uma visão clara de longo prazo consegue mobilizar a equipe na
direcção certa para alcançar resultados. Esse líder costuma dar o rumo e focar no
objectivo final, deixando que cada indivíduo decida o que precisa ser feito para
chegar lá.
 Este estilo não funciona bem quando é necessário dar instruções específicas sobre
como a equipe deve actuar, em situações emergenciais ou de crise, por exemplo.

52
Líder Democráta
 O líder democráta envolve seu grupo na tomada de decisões e divide a
responsabilidade com a equipe, pedindo opinião sobre o que deve ser feito para
alcançar os objectivos da equipa.
 Funciona bem nos momentos em que é preciso ouvir ideias da equipa para inovar ou
reinventar um processo ou modelo, e quando o objectivo é fazer a equipe se
aperceber de uma decisão, objectivo ou plano
 Não funciona em situações de emergência, ou quando os membros da equipe não
têm a experiência necessária para emitir uma opinião consistente sobre a questão.

LÍDER AFECTIVO
‘Para o líder afectivo, as pessoas estão em primeiro lugar. Ele cria um ambiente de
harmonia no grupo e trata bem os colaboradores, pois acredita que o desempenho é
consequência de um bom clima de trabalho.
 É mais adequado em momentos de estresse, quando a equipe está sofrendo por
alguma razão, ou precisa de recuperar a confiança.
 Deve ser combinado com outros estilos, pois sózinho pode resultar em falta de
direcionamento e tolerância a desempenhos medíocres.

53
LÍDER MODELO
 O líder modelo costuma ser inflexível e acredita que o seu jeito de trabalhar é o
melhor. Por considerar-se um modelo, exige que a equipe trabalhe do seu jeito e não
está aberto a ouvir opiniões.
 É um estilo que funciona quando é preciso entregar um trabalho de alta qualidade
com rapidez. Se usado com frequência, esse estilo pode oprimir a equipe e impedir a
improvisação.

54
LÍDER TREINADOR

 O líder treinador dedica seu tempo a esforços no desenvolvimento de pessoas. Sabe


exactamente onde estão os pontos fortes e as oportunidades de melhoria de cada
indivíduo da equipe leva isso em consideração ao distribuir tarefas.

Qual o melhor estilo de liderança? Quanto mais estilos um líder tiver na manga
para aplicar na situação adequada, melhor será o seu resultado.

Entre as combinações possíveis, a pesquisa destaca os líderes que


dominam pelo menos quatro estilos de liderança: dirigente, democrático,
afectivo e treinador.
Os estilos modelo e autocrata, embora importantes em algumas situações bem
específicas, podem ter efeitos negativos no clima e no desempenho da organização.

55
COMO LIDERAR BEM UMA EQUIPE DE FUTEBOL

 Demonstre flexibilidade e empatia. Uma das principais características de uma boa


liderança é saber praticar a escuta activa e buscar entender as percepções da equipa.
 Pratique a comunicação sincera e motivadora. Portanto a comunicação é a palavra
chave.
 Sirva de exemplo
 Valorize sua equipa
 Tenha visão estratégica
 Transmita energia e disposição
 Entenda os demais

56
HABILIDADES DE LIDERANÇA DE UM BOM TREINADOR
Observador Elogio

Entusiasta Perseverante

Honesto justo

Acessivel conhecimentos Saber planear

Comunicador Confidente

Organizado Capacidade de Ter iniciativa


adaptar

Sentido de humor carinhoso

Paciente Tomada de decisão ouvinte

Gestão
Administrar é organizar, planificar, controlar e dirigir os recursos de uma organização
para atingir os objectivos .
Gestão da equipa:
O treinador deve ter as habilidades para gerir o seguinte:
 Jogadores
 Homens de terreno
 Assistentes do treinador
 Preparadores físicos
 Treinadores de guarda-redes
 Gestores de equipamentos
 Médico da equipe
 Fisioterapeuta
57
CICLO DE TREINO
Compreende a planificação, a preparação, Condução e a Reflexão de uma sessão de
treino.

CICLO DE TREINO

Planear

Reflectir
CICLO DE Preparar
TREINO

Dirigir

A PLANIFICAÇÃO DE UMA SESSÃO DE TREINO

O desenvolvimento de um jogador de futebol e a preparação de uma equipa pode se


comparar á construção de uma casa. De modo a que se possa alcançar os objectivos que
foram estabelecidos, a comissão técnica deve seguir uma série de passos que estão
integrados no plano geral de treinos.

58
O plano de treinos consiste em determinar objectivos e implementar uma série de
procedimentos detalhados com o próposito de alcançar estes objectivos.

Tal como funciona com qualquer forma de educação ou ensinamento, deve se fazer uma
tentativa de deixar muitos aspectos de treinos ao acaso, embora a intuição e o “ nos”
por parte do treinador, tem o seu papel no processo.
Daí que o planeamento dos treinos é uma das tarefas essenciais para o treinador, para
se assegurar que os seus jogadores progridam, que as suas capacidades de actuação
desenvolvam, e que eles sejam preparados tanto individualmente e como uma equipa
para efeitos competitivos. Isto é tanto uma tarefa de um treinador para níveis superiores
como treinadores para a fase inicial.

PORQUE É QUE SE DEVE PLANEAR?

 Para poder decidir, após uma análise e uma reflexão, na escolha dos objectivos a
serem alcançados, tanto a longo como a curto prazo.
 Para poder assegurar uma melhor mesuração dos elementos abrangidos no treino,
em termos de quantidade, intensidade e qualidade.
 Para prevenir a improvisação durante os trabalhos de treino
 Para evitar a rotina e dar tanto á comissão técnica quantos aos jogadores alguma
segurança.
 Para poder permitir que haja uma monitorização do treino e facilitar a avaliação
 Para permitir que o treinador respeite e monitorize os factores biológicos, fisiológicos
e psicológicos que determinam a actuação.

Planeanento do treino depende largamente da idade dos jogadores, do seu nível de


desenvolvimento, da categoria da competição em que eles estejam a jogar e das
competições que propõem participar. Contudo, ao contrário dos desportos individuais,
um planeamento de tal escala, não é fácil de programar, no caso em que os jogadores
estejam envolvidos em diversas competições ( a liga doméstica e competições para a
taça do seu clube, competições internacionais do clube e competições internacionais
com a seleção nacional).

59
Um planeamento de alta qualidade, e metódico tal como os que são requeridos pela
equipe nacional, exige que haja uma cooperação muito próxima entre o treinador, o
médico, o nutricionista e o psicológo, pois são considerados importantes.

A PERIODIZAÇÃO DO PLANO ANUAL DE TREINOS

A periodização consiste em uma técnica de planificação do processo de treino e


competição de modo a que seja uma sucessão de “períodos”,cada um dos quais têm um
estilo diferente de actividade.
Periodização/Planeamento
A periodização é uma abordagem organizada para o treinamento durante um período
de tempo específico. Esse sistema de treinamento é normalmente dividido em três tipos
de ciclos: microciclo, mesociclo e macrociclo. Por exemplo, plano anual.

60
EXEMPLO DO PLANO MENSAL

EXEMPLO DO PLANO SEMANAL

CRITÉRIOS A CONSIDERAR AO ELABORAR UM PLANO ANUAL DE TREINOS

 O nível de um jogador, sua idade de desempenho e de formação.


 O número de jogadores disponíveis
 O calendário de jogos jogos
 Os objectivos de desempenho no campo numa temporada
 A infra-estrutura, o equipamento e as condições disponíveis para os treinos.

61
 A Comissão Técnica disponível ( treinadores, corpo médico, Director
administrativo, psicólogo )
 A análise e as avaliações dos desempenhos anteriores.
 Critérios adicionais a serem considerados:
 Os exames médicos desportivos
 A inclusão do período de preparação ou de recuperação
 O ambiente social dos jogadores ( as suas famílias, moradias, escolas, o seu
trabalho, e estilo de vida.

O PERÍODO PREPARATÓRIO
Este é o período-chave para fazer com que os jogadores obtenham a correcta condição
física.
Deve ter uma duração de 4 a 10 semanas (dependendo do nível dos jogadores e do nível
de competição ) e deve ter em conta os factores fisiológicos. A experiência tem mostrado
que os primeiros aspectos positivos do treino tornam se visíveis após 6 a 10 semanas.
Tem se considerado que um periodo de 6 a 8 semanas, é um periodo ideal hoje em dia,
no futebol.
Este período encontra-se dividido em duas fases:
A primeira fase:- A preparação geral é baseada no trabalho físico. A quantidade de
treinos, é decisiva para esta preparação, i.e a frequência das sessões de treino, a duração
e o volume de treinos. Todos os treinos realizados nesta fase, são básicos.
A segunda fase: - Esta é a fase pré-competitiva, a fase de um desenvolvimento físico
específico com a inclusão dos aspectos técnicos/tácticos e mentais. A quantidade do
treino é reduzida; daí a qualidade vem a partir da intensidade do trabalho.
Todavia, muitos treinadores interpretam em como a qualidade é frequentemente
sinónima de quantidade e intensidade.
Este periodo, que se subdivide em 3 ou 4 ciclos com a duração de 1 a 3 semanas cada, é
conhecido como a preparação mesocíclo.

62
METÓDOS DE ENSINO NO FUTEBOL
Entende-se como método de ensino os princípios e métodos utilizados
pelos treinadores que permitam a aprendizagem do jogador. Essas
estratégias são determinadas em parte pelo assunto a ser ensinado e em parte pela
natureza do jogador.

EXPLICANDO

MÉTODO DE DEMOSTRANDO
APRENDENDO INSTRUÇÃO
ENSINANDO

COLABORANDO

Jogos de Ensino (por exemplo, Temas Tácticos)


A metodologia de ensino da táctica de jogo deve abordar uma situação relacionada com
jogo (problema do futebol). Isso também pode ser gerido utilizando:

63
Jogos reduzidos, por exemplo:
3 x3
4x4
5x5
6 x6
7x7
A intensidade é alta, o que ajuda os jogadores a lidar com as exigências do jogo durante
as competições.

O treinamento da fase de jogo é uma prática mais realista projetada para simular
situações específicas de jogo em uma partida real. Aqui treinamos unidades e toda a
equipe entendendo os princípios do jogo e a compreensão táctica. Normalmente, essa
forma de treinamento ocorre em 2/3 de um campo de tamanho normal e se concentra
em um aspecto específico do jogo (ataque pelos flancos, contra-ataque etc.)

Ensino Criativo (por exemplo, Técnica Imaginativa)


O ensino criativo concentra-se tanto nos métodos que um treinador usa para fornecer o
aprendizado quanto no efeito geral que esses métodos têm em um jogador.
Um treinador deverá ser capaz de entender seus jogadores e suas habilidades e,
portanto, usar um ensino criativo que responda às suas necessidades.

Treinamento no Jogo (SSG e 11v11)


Esta é a progressão desde jogos em campo reduzido para o 11v11, onde todas as três
linhas são expostas. Estas são:
 Linha de defesa
 Linha do meio-campo
 Linha de ataque
O treinador estrutura o treinamento numa situação relacionada ao jogo com um tema
táctico, por exemplo. contra ataque.

Resolução de problemas (analisando erros)

64
O processo de encontrar soluções para questões difíceis ou complexas. O treinador deve
ser capaz de analisar o jogo e definir o problema do futebol e formular o objectivo do
treinamento para resolvê-lo. É a partir da formulação do objectivo de treino que aquele
treinador poderá resolver um problema futebolístico numa sessão, ao:
 Interromper
 Corrigir
 Demonstrar

Portanto, o problema deve ser dado a conhecer aos jogadores, pois eles são as melhores
pessoas para o resolver.

O treinador deve ter conhecimento dos principais momentos do jogo que


são:
 Posse de bola da sua equipa = Organização ofensiva
 Transições ofensivas e defensivas
 Posse de bola do adversário= Organização Defensiva
Os principais momentos podem ajudar o treinador a ler e analisar o jogo; Como forma
de apoio para analisar o problema do futebol um treinador pode usar os cinco pontos
abaixo:

1. O quê?
2. Quando?
3. Onde?
4. Quem?
5. Qual?
Os cinco pontos acima, ajudarão o treinador a analisar o que não está indo bem,
quando está a acontecer e onde está acontecendo, quem está envolvido e quais outros
factores estão causando o problema.

65
O treinador deve planear e organizar a sessão de treinamento com o uso de materiais
de treinamento, tais como equipamentos e materiais:
1. Equipamento: Bolas de futebol, marcadores, cones, coletes etc,
2. Número: Número de jogadores disponíveis para determinado objectivo
3. Espaço: Você precisa de espaço apropriado
4. Duração: O exercício deve ser feito dentro do tempo determinado, e também as
repetições.

COMUNICAÇÃO

Comunicação
É importante que o treinador saiba quando e como as informações devem ser
repassadas aos jogadores, comissão ou diretoria.
O treinador deve garantir que a comunicação entre a comissão tecnica e os jogadores
seja feita em um ambiente propício e em um momento apropriado.
A transmissão ou troca de informações falando, escrevendo ou usando algum outro
meio.

66
Existem vários tipos de comunicação no futebol. Esses incluem:
 Prelecção antes do jogo
 Entrevista pré-jogo
 Entrevista pós-jogo
 Orientações aos jogadores no intervalo
 Prelecção pós-jogo
 Encontro de trabalho com a Direcção Executiva
 Encontros diários (com jogadores e comissão técnica)

COMUNICAÇÃO EFECTIVA
i) Um factor importante para o crescimento e relacionamento na carreira de treinador é
a comunicação.

Treinadores com facilidade para se comunicar obtêm maiores oportunidades de serem


contratados por grandes clubes, já que as habilidades de comunicação tanto verbal,
como não-verbais, são muito importantes ao sucesso de toda a organização bem como
de seus profissionais.

ii) A comunicação efectiva é uma competência necessária a todo o ser humano,


principalmente no mundo em que vivemos, pois as empresas dão cada vez mais valor a
isso. E cada vez mais os profissionais estão cada vez mais conscientes da boa
comunicação, buscando aperfeiçoá-la continuamente.

67
Cursos e programas com o intuito de melhorar a comunicação no dia a dia e eliminar,
por exemplo o medo de falar em público são hoje em dia procurados por muitos técnicos.

DICAS PARA TER UMA COMUNICAÇÃO VERDADEIRAMENTE EFECTIVA

A efectividade na comunicação exige prática e foco constante para o seu


desenvolvimento. O essencial é verdadeiramente praticar.

VÁ DIRECTO AO PONTO

Ir directo ao ponto envolve mais do que objectividade. Antes de começar a se expressar


você precisa saber claramente qual é o ponto aonde quer chegar.

Sempre que deseje comunicar algo a um superior Fale de forma directa e clara, para que
juntos, possam chegar à uma solução que seja benéfica para ambos.

UTILIZE A PERSUAÇÃO POSITIVA

Em seu clássico livro,’’ Como fazer amigos e influenciar pessoas’’, Dale Carnegie traz
diversas técnicas de como utilizar a persuasão para ser entendido, e sobretudo,
atendido. O autor mostra como a influência pode ser algo positiva quando aproxima as
pessoas, como ao fazer o outro se sentir importante para que se torne mais receptivo à
sua mensagem.

68
REFLICTA BEM SOBRE SUAS PALAVRAS

A escolha criteriosa das palavras é fundamental por dois motivos: dar um sentido exacto
à mensagem e respeitar as outras pessoas. Muitas expressões antes eram comuns, hoje
já não são mais aceitáveis em ambientes de trabalho ou em quaisquer outras situações,
por serem desrespeitosas, como as relacionadas a gênero, cor, religião etc.

ESCUTA ACTIVA

Comunicação é conexão. Ao comunicar, você deve prestar tanta atenção no outro


quanto em si. Muitos conflitos podem ser evitados com simples hábito de pressupor
menos e perguntar mais. Ouça o outro lado, procure entender o que o leva a pensar ou
agir desta ou daquela forma e responda com um argumento de acordo.

TENHA EMPATIA

Colocar-se no lugar das outras pessoas, é mais um sinal de inteligência emocional e de


respeito ao próximo. Essa prática é muito importante nos dias de hoje. Estar sempre
aberto a entender outras pessoas é fundamental para que elas possam receber a sua
mensagem mais facilmente. Não busque debater, inferiorizar outras pessoas, mas sim
entendê-las por mais que você não concorde com elas.

Ser empático não é aceitar tudo o que a outra pessoa lhe diz, mas se colocar no lugar
dela e compreender o seu ponto de vista. A boa comunicação depende da compreensão.

PRESTE ATENÇÃO AO PRÓPRIO CORPO

Geralmente a comunicação ocorre em um contexto não-verbal. Mesmo que tenha


domínio sobre o que fala e meça bem cada palavra, seus gestos e seu tom de voz podem
contradizer-te. Manter a postura e voz calma, mas firme, reforça seu poder de
persuasão.

COMUNICAR-SE EFECTIVAMENTE NA ĺNTEGRA É:

Conseguir passar as informações de forma clara e checar se quem as recebeu


compreendeu exactamente aquilo que foi pretendido dizer. Peça para que a pessoa
repita, com as suas próprias palavras qual foi a compreensão do que foi dito. Faça o

69
mesmo quando de maneira inversa ou seja, quando for você a pessoa que recebeu a
mensagem. Diga com as suas palavras o que você entendeu do que ouviu.

 Preparar-se antecipadamente para dizer aquilo que você quer comunicar. Isso fará
com que fique mais seguro e lhe permitirá encontrar a melhor maneira de organizar
seu pensamento, a fim de atingir o objectivo da sua comunicação.

 Tentar ser natural. Preparar o que dizer não significa ser expontâneo. Você precisa
ter em mente os principais aspectos da sua comunicação

 Estar atento à linguagem não-verbal do seu interlocutor enquanto ele fala. Tanto o
corpo quanto a expressão facial não mente e expressam o que está se passando
dentro da pessoa.

 Observar as reacções assim que efectuar sua comunicação. O feedback recebido é


uma excelente maneira de saber se está sendo efectivo, ou não.

MÍDIA
A mídia se insere nesse contexto como um dos principais mecanismos mediadores das
relações de disputa no desporto, tem significativa influência nas representações sociais
construídas acerca das práticas desse campo e da sua legitimação. As práticas
desportivas produzidas pela mídia têm maior legitimidade do que aquelas que não
passam por suas vias. Orientada por interesses próprios, a mídia assume o controle da
relação entre espectador e desporto, determina as práticas desportivas e o acesso a elas
(Gastaldo, 2005).
A mídia actual como factor externo e catalisador da espetacularização do desporto. O
campo jornalístico, em específico, adquiriu tamanho poder de influência sobre o campo
desportivo, interfere e altera suas práticas de tal forma que o desporto se encontra
indissociável dos meios de comunicação. “O rigor, não existe desporto na mídia, apenas
desporto da mídia” (Betti, 2001, p. 107). Essa afirmação define bem a realidade actual

70
no campo desportivo, em que os eventos desportivos têm sido constituídos
principalmente a partir dos interesses mediáticos.
O discurso midiático não tem sido produzido como informação na acepção literal, mas
sim como parte de espectáculo (Betti, 2010), e pode ser analisado em diferentes níveis:
o do desporto elevado ao quadrado, quando o jogo que era praticado em primeira
pessoa passa a ser um espectáculo a ser consumido por outras pessoas; que por sua vez
gera o desporto elevado ao cubo, o discurso produzido sobre o desporto assistido (Eco,
1993). Aqui se encontra o discurso da imprensa desportiva.

RELAÇÕES COM A MÍDIA

Articulações com as personalidades e recursos da mídia que facilitam uma organização


na obtenção de uma cobertura editorial favorável, oportuna e ampla.

No licenciamento de clubes da CAF, é obrigatório que todos os clubes tenham um oficial


de mídia.

Lidando com Novas Mídias

O treinador deve ser cauteloso com a nova mídia, por exemplo. mídia social.

A PSICOLOGIA DO FUTEBOL
Psicologia do Futebol (por exemplo, Aquisição de Habilidades, Princípios de Motivação,
etc.)

A psicologia do futebol é o estudo do comportamento de uma pessoa no futebol ou em


atividades relacionadas ao desporto. É uma especialização que busca compreender os
factores psicológicos/mentais que afetam o desempenho nos desportos, na actividade
física e no exercício. Ele lida com o aumento do desempenho gerindo as emoções e
minimizando os efeitos psicológicos de lesões e mau desempenho. Algumas das
habilidades mais importantes ensinadas são estabelecimento de metas, relaxamento,

71
visualização, diálogo interno, concentração e confiança, usando rituais,
consciencilização e controle.

A aquisição de habilidades envolve o aprendizado e a execução do movimento. De forma


simplista, eles são chamados de:

 Estágio Cognitivo (exposição a uma habilidade)


 Estágio Associativo (prática da habilidade
 Estágio Autônomo (excelência)

Cada estágio tem características únicas em relação ao nível de desempenho de um


jogador em uma habilidade ou actividade. Todos os quais são afetados por uma série de
restrições ambientais que podem incluir factores como:

 Nível de instrução
 Qualidade e frequência do feedback
 Oportunidade de tomar decisões
 Tipo e frequência de prática
 Limitações socioeconômicas/culturais.

PRINCÍPIOS DE MOTIVAÇÃO
O treinador é também um motivador, pelo que pode criar uma atmosfera que promova
o esforço persistente e atitudes favoráveis à aprendizagem.

 O sistema de recompensas: Incentivos que vêm com a realização. Podem ser


elogios materiais ou verbais;

O clima organizacional:- o ambiente pode ser usado para focar a atenção dos jogadores
na aprendizagem.

A estrutura do trabalho: o planeamento deve ser ordenado a partir da sessão, dia,


semana, mês a ano.

72
A prática desportiva coloca em jogo muitos aspectos psicológicos, como a concentração,
a memória, a coordenação, e o bom humor. Estes elementos, embora sejam necessários,
em todas as actividades desportivas, adquirem uma complexidade especial nos
desportos colectivos.

PSICOLOGIA DESPORTIVA
Podemos dizer que é um âmbito no qual cabem todos os aspectos psicológicos que
influenciam as práticas desportivas.

Estes factores, por sua vez, têm muito a ver com o rendimento e com a forma de
enfrentar a nós mesmos dentro da competição, além de também ter ligação com as
dificuldades que surgem pelas circunstâncias, pelo rival e por nós mesmos.

A RELAÇÃO ENTRE O TREINADOR E O JOGADOR

Um dos aspectos mais importantes dentro da psicologia do futebol é a relação que que
existe entre o treinador e o jogador. Neste sentido, o treinador é uma figura de grande
importância para que o colectivo se imponha ao individualimo

É ele quem vai implementar estratégias a serem seguidas, vai estabelecer os planos de
treinamento e, muitas vezes, vai resolver conflitos. Portanto, o seu trabalho vai muito
além da preparação táctica. Sua figura é tão importante que a sua intervenção pode ser
muito mais forte em uma equipa (se esta for bem sucedida) ou muito mais fraca ( se esta
for fracassada).

73
Sobre os tipos de relação que podem existir entre o treinador e o jogador, estes podem
acabando tendo um enfoque positivo e um enfoque negativo.

ENFOQUE POSITIVO

Quando a relação entre as duas figuras é positiva, é mais fácil para o treinador reforçar
todos os comportamentos dos jogadores que estão em sintonia com o grupo e que se
aproximam de seus objectivos. As críticas construtivas e o apoio moral são elementos
inclusos neste tipo de relação.

ENFOQUE NEGATIVO

Isso acontece por exemplo, quando o treinador tenta corrigir os erros dos seus jogadores
através de críticas não construtivas ou de punições. É provável que este tipo de dinâmicas
de relacionamento acabe destruindo a confiança do atleta: pode entender os objectivos
impostos, mas o treinador deixou de ser uma figura de ajuda para alcança-los.

Além destes dois tipos de relação, existe uma série de factores que, como principais,
explicam muita da influência positiva (quando é bem aplicada) ou negativa (quando é
mal aplicada), que a psicologia do desporto pode ter:

O comportamento do treinador: em primeiro lugar, é lógico pensar que a forma como


o treinador trata seus jogadores será um aspecto fundamental para conseguir que estes
tenham um correcto desenvolvimento desportivo;

 A percepção deste comportamento por parte de toda a equipe.

74
 A experiência desportiva do treinador:

Além da forma como o treinador trata a sua equipe, seus conhecimentos sobre o
desporto e sua capacidade para planear as diferentes etapas em direção aos objectivos
desejados. Também vão aumentar ou diminuir as possibilidades de sucesso.

ASPECTOS A CONSIDERAR NA PSICOLOGIA DO FUTEBOL:

Na psicologia do futebol, existem uma série de aspectos que devem ser levados em conta
com implicões psicológicas relevantes:

A MOTIVAÇÃO

Em primeiro lugar,é importante que os jogadores estejam motivados e desejem alcançar


os seus objectivos, tanto para benefício pessoal quanto por toda a equipa. Essa
motivação pode estar concentrada na personalidade de cada jogador, na situação que
enfrentam no momento ou em uma mistura de ambas.

AUTOCONFIANÇA

A confiança é outro aspecto de grande importância para que um jogador e, por extensão,
toda a equipa, alcance seus objectivos. Através do auto confiança, os jogadores poderão
reforçar suas emoções positivas, reduzir o estresse, melhorar a sua concentração e
enfrentar de uma forma mais eficiente as estratégias da equipa.

CONCENTRAÇÃO

Por sua influência poderíamos dizer que depende bastante da autoconfiança. A


concentração será um elemento fundamental dentro de uma partida de futebol, assim
como nos treinamentos. Uma equipe concentrada poderá seguir as estratégias do
treinador de uma forma mais eficiente.

“motivação, a auto confiança e a concentração são alguns dos aspectos

mais importantes nos quais a psicologia do futebol se concentra”.

Neste sentido a atenção é um dos aspectos mais importantes do futebol. Afinal, é o


jogo que torna a posição do jogador bom ou ruim em um determinado momento. Assim,
sua habilidade para ler o jogo vai depender, em boa medida, do quão atento ele está.

75
O que dissemos aqui são apenas alguns pontos dos quais a psicologia do desporto pode
contribuir para um grupo e para um treinador, para alcançar determinados objectivos

TREINAMENTO PSICOLÓGICO
É a prática das habilidades mentais ( como a auto confiança, motivação, controle
emocional, comunicação e concentração) que ajudam atletas a atingir o bem estar e alto
rendimento.

 Estudos em psicologia do desporto nos últimos 20 anos mostram que atletas mais
confiantes, mais motivados, que se comunicam melhor e são mais concentrados
lidam melhor com o stress, têm uma melhor relação com os companheiros de
equipa e técnicos. Por isso, atletas que dominam essas habilidades têm um melhor
bem-estar e também um melhor desempenho em competições e treinos.

Pesquisas também mostram que essas habilidades podem ser adquiridas e


aperfeiçoadas através do treino. Assim como as habilidades físicas, as habilidades
psicológicas precisam ser treinadas regularmente para que um atleta as domine e possa
se beneficiar de todo seu potencial.

 Algumas das técnicas mais utilizadas no treinamento psicológico

incluem: controle de ansiedade, estabelecimento de metas,


mentalização (visualização) e a autofala. Quando usadas correctamente e
treinadas regularmente são essas técnicas que caracterizam um atleta com força
“mental”.

MOTIVAÇÃO
A motivação é um impulso que faz com que as pessoas ajam para atingir os seus
objectivos.
Motivação é o que faz com que indivíduos dêm o melhor de si, façam os possíveis para
conquistar o que almejam, e muitas vezes, alguns acabam até mesmo ‘’passando por
cima” de outras pessoas.

76
A motivação é um tópico muito estudado pela psicologia, para saber o que faz com que
as pessoas se comportem da maneira que fazem, de onde sai a motivação, e o que ocorre
quando as pessoas, não são motivadas.

A motivação é um elemento essencial para o desenvolvimento do ser humano. Sem


motivação é muito mais difícil cumprir algumas tarefas. É muito importante ter
motivação para estudar, para fazer exercício físico, para trabalhar,etc.
Uma ideia central é que devemos estar motivados para realizar uma acção, se
acreditamos que devemos realizá-la.

A motivação pode acontecer através de uma força interior, ou seja, cada pessoa tem a
capacidade de se auto motivar ou desmotivar, também chamada de auto motivação ou

motivação intrínseca.
Factores motivacionais que são, ou seja, são sentimentos gerados dentro de cada
indivíduo a partir do reconhecimento e da auto-realização gerada através dos seus actos.
Exemplos de motivação intrínseca: quando dedicamos tempo para um hobby, quando
realizamos uma actividade pelo simples facto de querer superar nosso próprio
desempenho.

77
A motivação extrínseca é uma recompensa ou incentivo fornecido por uma pessoa
ou entidade externa para obrigar a outra a agir. As empresas normalmente usam
estruturas de remuneração, elogios públicos e prémios aos seus colaboradores como
motivadores extrínsecos para os incentivar a trabalhar em níveis superiores.

Principais factores motivacionais


 Reconhecimento
 Comprometimento
 Responsabilidade
 Crescimento
 Autonomia
 Realização

CONDIÇÃO MENTAL
A SAÚDE MENTAL pode ser definida pela forma como pensamentos, sentimentos e
comportamentos que influenciam directamente nossas vidas.

Uma imagem positiva sobre si é reflexo de boa saúde mental. É por isso que estimula o
bom relacionamento com os amigos, familiares e colegas de trabalho.

78
Estar de bem consigo e com os outros. A pessoa com saúde mental em dia, sabe
administrar o seu mundo interior mesmo diante de vivências e até exigências externas.O
indivíduo que goza de boa saúde mental, cuida da sua vida de forma a tornar-se dono
do seu destino, sempre com boa noção do tempo e espaço. Apesar dos altos e baixos da
vida, ele não perde a consciência daquilo que é mais precioso para ele.

Como age o indivíduo com boa saúde mental?

São características de boa saúde mental;

 Controle emocional diante de dificuldades


 Definição de metas para sua vida e sucesso na realização de boa parte delas
 Capacidade de superar obstáculos ao desenvolver estratégias
 Capacidade de manter relacionamentos saudáveis em diferentes esferas da sua
vida

 Comunicação facilitada com os demais, de forma clara e assertiva, sinalizando


suas necessidades de um jeito fácil e acessível.

A saúde mental é composta por diversos factores: ambientais, biológicos, sociais,


económicos, entre outros. Independentemente da dificuldade, a saúde mental é muito
mais negligenciada que a física. Muitas vezes, sabemos que é mais complicada de tratar.
Ou, enganámos a nós próprios acreditando ser possível viver diante de um quadro de
doença psicológica ou psiquiátrica.

Diante dos sinais físicos e psicológicos de que a sua saúde mental não vai bem, ou seja,
você não consegue manter seu equilíbrio, sua autonomia e nem contribuir para a
sociedade, é preciso procurar auxílio especializado com psicólogos

TREINO MENTAL
É um conjunto de práticas integradas para o desenvolvimento de processos mentais, que
são os pensamentos, imagens e sentimentos, para alcançar alto desempenho e melhoria
de qualidade de vida.

PRINCIPAIS OBJECTIVOS DO TREINAMENTO MENTAL

79
 Desenvolver as habilidades mentais de confiança,
 Foco,
 Motivação e autocontrole,
 Aumentar o bem-estar
 Qualidade de vida

PARA QUÊ FAZER TREINAMENTO MENTAL?

 Para alcançar alto desempenho


 Para vencer ansiedade
 Para vencer a raiva
 Para controlar o medo
 Para conquistar a auto motivação
 Para ter mais produtividade sem stress
 Preparar-se para resolver problemas
 Para uma maior concentração
 Para uma maior criatividade
 Para desenvolver competências
 Para adquirir auto controle
 Para conseguir estabilidade
 Para ter controle das emoções

HABILIDADES MENTAIS A SEREM DESENVOLVIDAS

O treinamento mental é fundamental para o desenvolvimento das 7 habilidades


principais;

 Motivação
 Concentração
 Confiança
 Gestão do stress
 Gestão das energias

80
 Bem estar
 Resolução de problemas

PROCESSO DE FORMAÇÃO DE EQUIPA


É responsabilidade do treinador garantir métodos de formação de equipa, tais como:

 Acampamentos/piqueniques em equipa.
 Visitas/passeios de equipa (visita a outro país)

Existem 6 passos para a construção de uma equipe eficaz:

1. Concentre-se nas tarefas


2. Valorize cada função
3. Comunique-se
4. Defina metas
5. Comemore sucessos e fracassos
6. Conheçam-se.
Também é responsabilidade do treinador garantir que ele seja responsável pela
organização da equipe de bastidores, por exemplo, homens de terra, oficial de mídia e
especialista em TI.

FILOSOFIA DO FUTEBOL
Esta é uma visão definida de como um indivíduo ou treinador sente ou acredita que o
jogo deve ser jogado. Tal como:

 Mentalidade de ataque
 Defensiva
 Contra-ataque
 Com base na posse
 Tomar Decisões

O processo de pensamento de selecionar uma escolha lógica entre as opções disponíveis.


Ao tentar tomar uma boa decisão, o coach deve pesar os pontos positivos e negativos de
cada opção e considerar todas as alternativas, como:

81
 Selecção da equipe
 Recrutamento

TOMADAS DE DECISÃO NO FUTEBOL

 Analisar as escolhas técnicas e tácticas de um atleta depois de executadas, pode


ser muito simples. No entanto existem outros diversos factores dentro da partida
de futebol que devem ser considerados quando se quer avaliar a decisão tomada
pelo jogador.

 A “ tomada de decisão consiste na capacidade de tomar decisões rápidas e


tácticamente exactas, constituindo uma das mais importantes capacidades do
atleta.
Ela determina muitas vezes o sucesso dos jogos técnico-tácticos e é
frequentemente responsável pelas diferenças na performance individual”

As 5 etapas do processo de tomada de decisão


 1ª etapa – identificação do problema. Na maioria das vezes, uma decisão tem
como objectivo solucionar o problema;
 2ª etapa – Colecta de dados
 3ª etapa – Identificação das alternativas
 4ª etapa – Escolha da melhor alternativa
 5ª etapa – Decisão e acompanhamento

82
GESTÃO DO DIA DO JOGO (DISCUSSÕES, SUBSTITUIÇÕES, FEEDBACK)
Gestão de Equipas (no dia do jogo)
 Horário das refeições
 Gestão de equipamentos (kit de jogo no vestiário)
 Partida da equipe (hotel ao campo)
 Tempo de inspecção
 Tempo de aquecimento

Reunião técnica (com equipe técnica):

 Relatório médico
 Plano de jogo (analisar detalhes da equipe adversária)
 Selecção da equipe (line up)

Reunião pré-jogo (com jogadores):

 Palestra de motivação
 Conversa de equipa (Revelando jogadores da equipe inicial)
 Sistema de jogo reforçado aos jogadores

Orientações no intervalo do jogo

 As substituições são feitas dependendo do desempenho ou das decisões


táticas.
 Revisão médica (lesões-menores/maiores)
 Avaliação de desempenho da equipe (primeiro período)
 Estratégia da equipe (segundo período)

83
Depois do jogo

 Feedback dos jogadores (relatório do médico)


 Observações dos treinadores (programa para a próxima tarefa)
 Conversa de motivação se necessário

FISIOLOGIA BÁSICA DO FUTEBOL, CIÊNCIA DO FUTEBOL


Fisiologia Básica do Futebol

A forma como os sistemas do corpo humano funcionam e respondem às exigências


físicas do futebol.

TRATAMENTO BÁSICO DE LESÕES


Os primeiros socorros devem ser administrados a um jogador lesionado.

Lesões menores, como entorses e distensões leves, muitas vezes podem ser tratadas
inicialmente com:

Terapia PRICE por dois ou três dias. O termo price significa proteção, descanso, gelo,
compressão e elevação.

Prevenção Básica de Lesões

 Treinamento adequado fora de temporada e pré-temporada


 Aquecimento adequado, alongamento dinâmico
 Equipamento adequado
 Nutrição adequada, por exemplo, dieta rica em cálcio para ossos fortes, como
laticínios e peixes
 Retorno à calma adequado e alongamentos estáticos
 Regeneração (método de longo prazo)

84
PROGRAMAS DE DESENVOVIMENTO DA CONDIÇÃO FÍSICA (POR EXEMPLO, PRÉ-
TEMPORADA)

FITNESS

A aptidão física é um dos aspectos mais importantes do desempenho do futebol. Um


jogador habilidoso, percorrerá um longo caminho no futebol, mas sem a componente
física desenvolvida física não será um jogador completo.

Os programas de condicionamento físico nada mais são do que definir o programa de


exercícios e nutrição, estabelecer metas de condicionamento físico da equipe e executar
o plano.

Tipos de exercícios de condicionamento físico incluem treinamento muscular


aeróbico/anaeróbico

Aeróbico: Este é um exercício de baixa intensidade durante um período prolongado de


tempo com o uso de oxigênio, por exemplo, por exemplo corridas de longa distância

Anaeróbico: Este é geralmente um exercício de alta intensidade sem oxigênio, por


exemplo, sprints, levantamento de peso

85
A capacidade aeróbica máxima (VO2 máximo = a quantidade máxima de oxigênio que o
corpo pode consumir durante o exercício intensivo contínuo e gradualmente crescente).

Protein,
10

Fat, 30
Carbohydrate, 60

Pré-temporada, trata-se do condicionamento físico da equipe antes do início da


temporada.
O treinamento fora de temporada é uma regeneração e é um treinamento de média a
baixa intensidade usando outros códigos desportivos, como natação, ciclismo, etc.

86
Requisitos de alimentos/fluidos para futebol
Os requisitos de alimentos/líquidos concentram-se no tipo, bem como na quantidade de
líquidos e alimentos ingeridos por um jogador. Além disso, trata do consumo de
nutrientes como vitaminas, minerais, suplementos e substâncias orgânicas que incluem
carbohidratos, proteínas, gorduras e água.

Dieta de alto desempenho recomendada


Dentro desta ingestão também deve ser consumido de uma forma equilibrada o
seguinte:
 Minerais,
 Fibras,
 Água.

Demandas Fisiológicas do Jogo


Uma série de factores influênciam as exigências de um jogador, como a capacidade física
do jogador, qualidades técnicas, posição de jogo, papel táctico e estilo de jogo, bem
como a posse de bola da equipe, qualidade do adversário, importância do jogo, período
sazonal, superfície de jogo e factores ambientais

Desenvolvimento Emocional
As emoções são sentimentos fortes decorrentes das circunstâncias, humores ou
relacionamentos com os outros. Sentimento instintivo ou intuitivo distinto do raciocínio
ou conhecimento.
O futebol é um jogo emocional. Seja medo, frustração, raiva, ansiedade ou desânimo
que um jogador de futebol sente, tudo pode impactar de maneira negativa. No campo
de futebol, emoções mal geridas podem ser destrutivas.
Lidar com Estresse e Pressão (Mentalidade)
Stresse

87
O estresse é uma sensação de tensão e pressão em que o corpo reage a mudanças, que
requer um ajuste e resposta fisicas, mentais e emocionais. O estresse positivo ajuda a
melhorar o desempenho atlético. Também desempenha um factor em motivação,
adaptação e reacção ao ambiente.

Pressão
A pressão está associada às expectativas de um bom desempenho em uma situação.
A pressão pode ser real ou percebida e outros indivíduos ou grupos inteiros podem criar
pressão em alguém.
Uma maneira de os jogadores lidarem com o stress e a pressão é procurarem um
momento para se reorientarem. Respire fundo ou use frases de auto fala encorajadoras,
como por exemplo: deixe ir ou está tudo bem. Seja responsável por suas emoções.
Existem muitas outras técnicas que os jogadores podem u para evitar ceder à pressão
durante o treinamento ou durante o jogo.

UNIDADES PRÁTICAS TÉCNICO/TÁCTICO


 Estratégias e estilos de equipa

Contra-ataque
Importante
quando a
bola está
perdida e o
adversário
pode contra-
atacar
Temas de treinamento (por exemplo, Switch Of Play) rapidamente
.
Mudar jogar broca de futebol Precisa ser
executado o
mais rápido
possível.
Precisa de
um certo
números de
jogadores
atrás da bola
O mais
rápido
possível,
capacidade
de luta para
recuperar a
bola
rapidamente
88
.Faça com

que seu team

mantenha a

bola fluindo

e divida as

defesas

balançando a

bola de um

lado para o
Exercício Tecnicos e Tacticos de guarda - redes
Tópicos de ensino: outro,

(i) Trocar de campo criando


(ii) Receber
espaço e

numerando a

Passar defesa

Progressões:
Passagem de dois toques apenas
Guarda – Redes 2 corre para o lado antes de passar

Com este
primeiro
toque, o
guarda-redes
2 abre e olha
para o lado
oposto do
campo.

O guarda-
redes deve
estar de
ponta dos pés
e pronto para
CICLO DE TREINO correr com
seu primeiro
toque.
O passe para
trás deve ser
feito
JOGO COMBINADO (POR EXEMPLO, 1-2 VARIAÇÕES) imediatament
e para
desencorajar
as corridas 89
ao guarda-

redes.
DIAMANTE DE PASSAGEM MODIFICADO

Comece
com 2
grupos
de 7,
uma
bola por
grupo,
passand
oa
sequênc
ia como
mostrad
o.

Todos
os
jogador
es
seguem
seu
passe e
substitu
em o
jogador
naquele
disco.

Aument
ea
intensid
ade dos
passes e
corridas
, pois
isso
também
servirá
como
parte
Organização da Equipe (Incluindo bolas Paradas) do
aqueci
mento
após a
manipul
ação da
bola.

90
Canto 1: O tempo corre para encontrar a bola dentro da área penal.

Pontapé de canto 2: canto curto. O tempo corre para encontrar a bola dentro da área de
grande penalidade
Pontapé de canto 3, canto curto. Atacante para dar um remate único no golo. Tempo de
execução e movimento é tudo. Jogadores fictícios para fazer corridas ao golo
normalmente, mantendo assim as defesas na grande área.

91
Lançamento: Lançador para colocar a bola no pé do jogador que recebe para um passe
de volta que pode ser diretamente para trás.

Penetrações especializadas

Preparação de Campo:
 2 Equipes
 Dimensão (20mts x 30mts)
 2 balizas com guarda – redes
 Cones para marcar a área
 Várias de bolas para jogo contínuo

Descrição:
 Jogue 2v2 com jogadores de cada equipe esperando em sua linha da baliza;

92
 O jogo começa com um jogador fazendo um passe pela linha do meio para um
jogador da outra equipe;
 Em seguida, a outra equipe joga a bola em profundidade.

Variação:
Jogar 1v1, 3v3 etc.
 Número limite de toques
 As equipes devem conectar 2 passes antes que possam marcar
 Ajuste o espaçamento dependendo da idade e habilidade do grupo
Pontos de Treinamento:
 Mecânica corporal e controle do corpo
 Posição do corpo e equilíbrio
 Olho na bola
 Qualidade do toque de preparação
 Superfície de contacto
 Mentalidade agressiva e positiva
 Visão e antecipação
 Posicionamento versus poder
 Posicionamento para obter vantagem

Aquecimentos/Relaxamento
Aquecimento
O aquecimento deve ser projetado para preparar o corpo especificamente para as
exigências da sessão de treino ou jogo, aumentando gradualmente o nível de actividade.
O aquecimento também envolve actividades que preparam o corpo tanto física quanto
mentalmente para a próxima sessão.
Exemplo de um exercício de aquecimento

93
RELAXAMENTO
Este é o tempo dado a um conjunto de exercícios que os participantes fazem após o
treino ou competição para ajudar o corpo a retornar ao seu nível normal de repouso.
O retorno á calma também é importante para eliminar os resíduos que se acumulam
durante a actividade, principalmente nas pernas. Como o nome indica, o resfriamento
provoca uma diminuição da temperatura, por isso é importante que os participantes
vistam roupas quentes e secas (fatos de treino) para evitar que esfriem muito
rapidamente e sintam frio. O reabastecimento e a rehidratação devem ocorrer
idealmente durante todo o resfriamento.

Treinamento aeróbico (por exemplo, resistência)

94
Equipamento: 17 cones, 3 bolas
Jogadores: 8 (4 trabalham 4 descansam)

Estrutura
Um jogador é posicionado com uma bola em cada canto do quadrado central. Ao
comando, os jogadores começam em seu próprio canto e se movem no sentido horário
realizando as seguintes actividades por 70 segundos:

Treinamento anaeróbico (por exemplo, velocidade)


Exercícios de escada de velocidade de futebol

95
Treinamento muscular (por exemplo, força)

EXERCÍCIOS DE TREINAMENTO
Actividades de Recuperação

 Figura 1: Actividades de Regeneração

96
Fig2: Atividades de Regeneração de Recuperação

 Fig3: Actividades de Regeneração

97
AVALIAÇÕES/ EXAMES

Atribuição de Coaching Prático

 Treinamento Técnico/Tático e Coaching no Jogo (Incluindo Capacidade de


Demonstração Prática)
 Teoria do Coaching
 Conhecimentos de Futebol
 Liderança
 Fisiologia do Futebol/Ciências do Futebol
 Métodos de Ensino
 Análise de jogo
O treinador deve analisar o jogo observando cuidadosamente os jogadores enquanto
realizam suas tarefas dentro dos quatro componentes do jogo – Psicológico, Físico,
Táctico e Técnico.

98

Você também pode gostar