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FUNCIONAMENTO DAS
COMUNIDADES TERAPÊUTICAS
EM CAMPINAS
Parceria:
EDIÇÃO 1 - ANO 2022
Elaborada ao longo dos anos de 2020 e 2021, esta cartilha organiza
de forma resumida as legislações e documentos de referência relacionados
ao funcionamento das Comunidades Terapêuticas no município de Campinas.
ORIENTAÇÕES BÁSICAS SOBRE O
FUNCIONAMENTO DAS
COMUNIDADES TERAPÊUTICAS
EM CAMPINAS
Colaboração Realização
Procuradoria Geral de Justiça
Mario Luiz Sarrubbo
Departamento de Saúde
Sara Sgobin
Idealização e Coordenação
Ministério Público do Estado de São Paulo
Elaboração
Ana Lúcia da Silva Montini
Helena Hüsemann Menezes
Equipe Técnica da Coordenadoria de Vigilância Sanitária.
Departamento de Vigilância em Saúde. Secretaria Municipal de Saúde.
Colaboração
Alana Batistuta Manzi de Oliveira: Núcleo de Assessoria Técnica Psicossocial. Ministério Público de
São Paulo
Andréa de Santos Souza: Promotora da Infância e Juventude de Campinas
Catarina von Zuben: Procuradora do Trabalho da 15ª Região. Campinas
Cristiane Corrêa de Souza Hillal: Coordenadora do Centro de Apoio Operacional da Inclusão Social
Marilda G. Martins: Coordenadoria de Prevenção de Uso de Drogas. Secretaria Municipal Assistência
Social, Pessoa com Deficiência e Direitos Humanos
Marnen Viccari Barbosa: Diretora do Departamento de Direitos Humanos. Secretaria Municipal
Assistência Social, Pessoa com Deficiência e Direitos Humanos
Sara Sgobin: Diretora do Departamento de Saúde. Secretaria Municipal de Saúde
Projeto Gráfico
Núcleo de Comunicação Social/MPSP
Núcleo Técnico de Comunicação em Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância em Saúde/SMS
9. FISCALIZAÇÃO ............................................................................................................ 23
• Idosos com necessidades decorrentes do uso de álcool e outras drogas, desde que
com plenas capacidades cognitivas para compreender e concordar com a proposta da
instituição.
IMPORTANTE!
As comunidades terapêuticas NÃO são destinadas ao acolhimento de pessoas:
→ com outros transtornos mentais que não os relacionados ao uso de substâncias
psicoativas; e/ou
→ com vínculos familiares fragilizados ou rompidos que necessitem de moradia ou
acolhimento de longa permanência, a saber: pessoas com deficiência, idosos,
adolescentes.
ATENÇÃO!
É ILEGAL o acolhimento de adolescentes em comunidades terapêuticas!
Decisão da Justiça Federal, em 09 de setembro de 20222.
IMPORTANTE!
Toda pessoa que trabalha tem direitos, garantidos por lei, que devem ser respeitados sob
pena de responsabilização, incluindo o pagamento de multas e a prisão.
ATENÇÃO!
Proibido o uso de quarto de contenção e portas com trancas, que impeçam a livre circulação
do usuário residente pelos ambientes acessíveis da entidade prestadora do serviço de
atenção em regime residencial.
I - ALOJAMENTO
• O quarto coletivo deve ser separado por sexo, possuir acomodações individuais e área
mínima de 5,5 m² (cinco metros e cinquenta centímetros quadrados) por cama
individual ou beliche, permitindo a livre circulação, incluindo neste dimensionamento
área para guarda de roupas e pertences dos residentes.
a) O quarto coletivo que fizer uso de beliches deve ter pé-direito de no mínimo 3 m
(três metros).
b) É proibido o uso de 3 (três) ou mais camas na mesma linha vertical.
c) Nos beliches, a distância permitida entre uma cama e outra e entre a última e o
teto é de, no mínimo, 1,20m (um metro e vinte centímetros).
d) A cama superior do beliche deve contar com proteção lateral e escada.
e) As dimensões mínimas das camas devem ser de 0,80m (oitenta centímetros) de
largura por 1,90m (um metro e noventa centímetros) de comprimento.
f) As camas devem possuir colchão com capa íntegra, travesseiro, lençol, fronha e
protetor térmico em condições adequadas de uso e higiene.
• Deve haver um banheiro para cada seis residentes, com um vaso sanitário, um
lavatório (pia) e um chuveiro e, pelo menos, um banheiro adaptado para o uso de
deficiente físico atendendo ao estabelecido na ABNT NBR 9050 ou a que vier a
substitui-la.
• Deve haver quartos para os profissionais que trabalham no período noturno,
separados por sexo, com área mínima de 5,5 m² por cama individual, incluindo nesse
dimensionamento área para guarda de roupas e pertences pessoais dos empregados.
IV - SETOR DE APOIO
• Cozinha coletiva.
• Refeitório.
• Lavanderia coletiva.
• Almoxarifado.
• Área para depósito de material de limpeza.
• Área para abrigo de resíduos sólidos, em local protegido, com ventilação natural
através de aberturas devidamente teladas, ponto de água para higienização e de ralo
para captação de água de lavagem ligado à rede de esgoto.
5.7. Lavanderia
→ A lavanderia coletiva deve ter as seguintes áreas: armazenagem da roupa suja,
lavagem, secagem/passaderia e armazenagem de roupa limpa.
→ A lavanderia deve ser de fácil acesso e localizada em área de circulação restrita. Ter
espaço físico adequado, piso lavável com ligeira inclinação para evitar retenção de
água, tomadas 110 v e/ou 220 v aterradas e identificadas e barreira técnica para
evitar contaminação cruzada entre as áreas destinadas à lavagem de roupas sujas e a
área para as roupas limpas.
→ Os tanques de lavagem devem apresentar superfície lisa e impermeável para facilitar
a limpeza.
→ Para a lavagem das roupas devem ser utilizados somente produtos registrados na
ANVISA.
→ Deve-se evitar a mistura de roupas pessoais com as do estabelecimento como roupas
de cama, panos de prato e de limpeza, por exemplo.
→ Para secagem de roupas recomenda-se área aberta com exposição de varais e para os
dias de chuva um ambiente coberto e arejado, a fim de facilitar a secagem.
→ As roupas limpas devem ser dispostas de modo organizado em armário próprio.
→ Sapatos, roupas, equipamentos ou outros materiais não destinados a este ambiente
não deverão ser guardados na lavanderia.
→ Equipamentos de Proteção Individual (EPI) deverão ser fornecidos aos residentes para
a execução desta atividade, como botas e aventais impermeáveis e luvas.
A pessoa que estiver em situação de rua pode ainda procurar ajuda com os profissionais do
Consultório na Rua, que circulam por áreas da cidade ofertando cuidados e orientações a
essa população.
Em casos moderados a graves, a pessoa que faz uso problemático ou sua família pode
procurar diretamente os CAPS AD, serviços de saúde mental especializados na questão de
álcool e outras drogas. Os CAPS AD contam também com profissionais que vão até áreas de
circulação de usuários de drogas para oferecer kits visando o autocuidado, além de
orientações e apoio, são os agentes de ação social, também conhecidos como redutoras e
redutores de danos.
Esses cuidados em saúde para as pessoas que têm problemas com álcool e outras drogas só
serão efetivos se articulados com políticas públicas de ação social, justiça, educação, lazer,
esporte, habitação, transporte e trabalho e renda.
Os usuários inseridos em serviços especializados, como os CAPS AD, têm direito ao bilhete
único gratuito como garantia de acesso ao tratamento.
Quando o álcool ou outra droga passa a prejudicar hábitos como estudar ou trabalhar ou
quando causa prejuízos no autocuidado, por exemplo, essa pessoa precisa ser cuidada.
Isolamento e restrição do convívio social: Impedir visitas, impedir e/ou controlar ligações
telefônicas e acesso aos meios de comunicação, violação de correspondência ou de
mensagens pessoais, impedir ou dificultar a alta a pedido do acolhido e/ou de seu familiar,
impedir ou restringir acesso a meios de informação gerais (televisão, internet, jornais e
revistas), impedir ou dificultar o acesso a serviços públicos, incluindo de saúde.
Prática de "resgate": Remoção forçada para internação por meio de contenção física e
química, muitas vezes realizada por outros internados.
CAPS AD - SUDOESTE
Avenida Prefeito Faria Lima, 560 - Parque Itália - CEP 13036-220 - Campinas/SP
Telefone: (19) 3266-8006
e-mail: sms.capsadsudoeste@campinas.sp.gov.br
Horário de Funcionamento: segunda à sexta-feira, das 8h às 18h
CONSULTÓRIO NA RUA
Pontos de atendimento:
• Praça José Bonifácio
Em frente à Catedral Metropolitana
• Rua 13 de Maio
• Praça Guilherme de Almeida (Praça do Fórum)
Denúncias também podem ser encaminhadas ao Ministério Público Estadual, que tem
função constitucional de zelar pela garantia dos direitos fundamentais das pessoas com
transtornos mentais decorrentes do uso de álcool e outras drogas.
DENUNCIE!
DISQUE 100
Disque Direitos Humanos (ligação direta e gratuita)
Site: disquedireitoshumanos@sdh.gov.br