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Abril/2018
Tied
The Voyeur Series, Part #2
Elena M. Reyes
N. Isabelle Blanco
Mas, porra, cara. Ivy tinha que querer vir? Claro que sim. Ela
é sua colega de trabalho.
Aquele longo cabelo loiro e aqueles olhos azuis, e aquele corpo pin
up... ela tira o meu fôlego.
Maldito desgraçado.
Meu coração acelera no meu peito com a forma como ela sorri para
mim. Não perdi também que ela não se afastou. Por uma questão de
fato, ela se aconchega mais perto, sua cabeça inclinada para trás no
meu ombro, seus olhos brilhando para mim.
Contando-me tudo que ela própria não pode admitir.
Mas Ivy não está pronta para isso. Ela sente o que sinto, já tive
demasiadas provas para sequer duvidar disso, então eu decidi que eu
deixaria isso fácil para ela. Tomar seu tempo.
De qualquer forma, deveria ter feito uma jogada nela. Agora estou
aqui, metade de uma década depois, preso na porra da friendzone.
Outra pequena risada. Porra, meu pau adora esse som. —Não
seria a primeira vez, melhor amigo. — Ela diz divertidamente.
Ivy vira para ele, mas não faz nenhum movimento para deixar
meus braços ou se afastar. —Sinto muito. Sobre o que estávamos
falando antes?
—Oh? — Ivy se esforça para agir indiferente, mas ela está muito
bêbada para conseguir. —Isso não é sobre Anne, é?
Jamie lança as mãos no ar. —E quero dizer, vamos lá! Que mulher
viva não quer chupar este homem?
Ivy e eu engasgamos.
—Hum, eu preciso de outra bebida. — Ivy levanta.
Eu pego a mão dela antes dela ir embora. —Amor, você está muito
bêbada.
Ela mexe e puxa a sua mão. —Nós já passamos por isso antes,
Noah. Você não é meu pai.
Para meu alívio, Ivy volta para seu lugar ao meu lado. Ela não
encontra meus olhos, mas isso não importa. Eu deslizo meu braço em
volta da cintura dela e a puxo novamente para perto de mim.
Ela está falando com Robert, me ignorando. Não está olhando para
mim.
Uma hora mais tarde, quando quase todo mundo já foi embora, a
cabeça pesada de sono de Ivy está no meu colo.
Fomos traídos.
O que fizemos?
Desespero leva você a agir com estupidez. Faz você agir baseado
no instinto.
—Expliquem-se.
Eles vieram para este quarto pelo menos duas vezes. A primeira
vez para nos trazer e a outra para deixar a cadeira usada para o
espancamento de Ivy. O problema é que não consigo encontrar
nenhuma imperfeição nas paredes.
—Não fique com raiva de mim. — Ivy sussurra e leva tudo de mim
para não olhar para baixo e beijá-la. Tranquilizá-la que tudo vai ficar
bem.
Sem ameaças.
Sem sangue.
Apenas puro desejo.
Mas foda-se, perder o controle pode acabar com Ivy sendo ferida.
Ou eu.
Eu não daria duas merdas sobre morrer só para tê-la, mas ela sair
daqui não é algo negociável.
—Com licença?
Ninguém diz nada por alguns minutos, o único som na sala vem
da música irritante na repetição constante. É baixo dentro do quarto
frio, mas consigo ouvir claramente. Me aproximo ainda mais de Ivy,
ouvindo com atenção, minha mente correndo, ouço o que parecem
sussurros baixos acima da música.
Mais confirmação.
—Feche os olhos.
Virando para frente, ela deixa suas pálpebras caírem sobre os seus
olhos.
Ivy sussurra algo ao meu lado, mas não consigo entender. Ela
aperta a mão na minha, suas unhas cavando enquanto ela tenta manter
a calma.
Eu odeio isso.
—Sentem-se.
Inspirando. Expirando.
—Tsk, tsk, Noah. Pensei que você faria algo melhor do que
empurrar a mulher que tem a vida da sua amada nas mãos.
Ampliado.
Eu quero abrir os olhos e vê-la. Admirar ela assim. Mas não posso.
A primeira coisa que notei é que não está mais escuro. Cada uma
das luzes está acesa.
E a terceira...
Fodidas AK’s.
A prova final. Todo este “jogo” é uma operação de grande
escala. Quem está por trás disso tem dinheiro.
Eu aposto que quem está nos assistindo pagou para ver tudo isso
acontecer.
Nossa captora ri. —Noah, ela é adorável. Não é a toa que você
está doido para enfiar seu pau nela.
Está mais para louca, mas continuamos calados. Não era uma
pergunta de qualquer maneira e eu serei amaldiçoado se eu confirmar.
—Fiquem de pé.
Ivy está nua da cintura para baixo, a parte superior do seu monte
visível.
O que quer que eles tenham injetado em nós dessa vez é demais,
muito mais forte do que o que usaram quando acordamos no
início. Assim que a raiva começa a subir no meu sistema, outra grande
onda de excitação desliza em meu corpo.
Seu corpo pressiona contra o meu e ela suspira. Um som que ouvi
sair de sua boca um milhão de vezes.
Ela sempre foi uma coisa leve e pequena. Curvilínea, mas ainda
assim pequena. Se a dosagem foi a mesma que a minha, ela vai estar se
sentindo como se tudo ao seu redor estivesse fora de controle.
—Ajude ela, Noah, mas nada mais que isso. Não haverá
nenhum toque extra até que eu diga. Nada mais do que o
necessário.
Não me deixe sozinha com eles. Eles imploram para mim, e eu não
vou deixar ela cair.
—Eu entendi.
Besteira total.
—Eles vão nos matar se não ouvirmos, Noah. Por favor. Por mim...
não enfrente eles.
Código Morse?
Puta merda.
Onde estamos?
E então a água.
Meu corpo sente o calor dela, já não se importando com a água fria
agora. Tudo o que eu posso me concentrar é nela. Meus sentidos estão
em alerta.
É o céu e o inferno. Pelo menos sua mente não está focando nos
homens com a gente. Em como as armas estão mirando nossos corpos
à espera de um sinal para atirar.
Juro pela minha vida que eu vou desvendar todo o seu corpo.
Realmente a olho.
—Noah.
Foda-se.
—Só lavem um ao outro. Se algum de vocês gozar sem
permissão novamente, a punição será severa. Eu garanto.
Sua testa franze. Ela está olhando para mim com o mesmo medo
que sinto, com conhecimento que nenhum de nós está passando através
deste banho sem perder o controle. Seu corpo está tremendo, e foda-se,
eu sei que a boceta dela vai estar molhada. Saborosa.
—Agora, Noah.
Eu não ouso desobedecer. Rangendo os dentes me aproximo de
Ivy, esfregando as mãos juntas e espalhando a espuma. Uma vez que
estou na frente dela, eu tenho que olhar para longe dos seus olhos.
Fecho meus olhos. Sentindo sua pele ainda mais macia sob
minhas mãos. Talvez seja a água, o sabão... ou talvez seja as fodidas
drogas nas minhas veias.
Vou empurrar ela contra aqueles azulejos e foder ela sem sentido.
Ela morde seu lábio inferior, seus olhos ainda fechados. —D-
desculpe. É apenas que você parece... se parece... — Ofegante, ela se
inclina contra os azulejos. —Tão bem. Noah.
Senhor nos ajude, porque eu sei que nossa captora quer que a
gente falhe, mas se me disserem para lavar a boceta de Ivy, acabou. Eu
não vou ser capaz de aguentar.
Tomo meu tempo nos seus pés, e tento não fazer cócegas
nela. Com as drogas aumentando seus sentidos, e como ela sente
cócegas normalmente, não me surpreende quando ela começa a se
mexer.
Mas Santa Merda, ela começa a rir também. Uma risada sexy e
provocadora que me excita muito.
A ponta do meu pau literalmente dói com a necessidade de gozar.
—Eu devo dizer que estou orgulhosa de você, Ivy. Quem diria
que você entraria na linha tão cedo? — Ivy aperta as próprias mãos,
e eu posso ver a borda das unhas cavando na pele das suas palmas. E
ainda assim, ela permanece quieta. Não fala como ela faria
normalmente.
—O que eu não daria para ter esse tipo de controle sobre você,
Noah. — A mulher fala. —Você é um bom animal de estimação que
esqueceu quem é seu verdadeiro mestre? Quem puxa as cordas?
— Clique. Clique. Os cães de guarda na sala levantam seus rifles e dão
um passo a frente. Eles parecem estátuas segurando suas armas. Como
os brinquedos de plástico que eu queimava com minha lupa e o reflexo
do sol quando era criança.
Ivy sussurra, mas eu faço ela se calar com um beijo, um pequeno
e rápido beijo em seus lábios. —Ignore eles.
Ela ajoelha-se diante de mim e coloca uma mão em cada uma das
minhas coxas. Ela me lava com suaves círculos sobre minhas
pernas. Do topo até a parte inferior dos meus pés. Ela acaricia minha
carne com as mãos ensaboadas.
Ela me adora.
Quase desesperado.
Outra flexão dos meus quadris e o piercing no meu pau raspa nos
lábios dela. A pequena gota de pré-sêmen na ponta deixa um rastro
brilhante sobre sua boca.
E pela primeira vez desde que começou este calvário, não é por
causa de sua carne nua. Estou com muita sede. A energia nervosa flui
e eu estou mais uma vez em alerta.
Faço o que ela pede, deixo eles me puxarem com uma arma contra
a minha cabeça e minha garota segurando firmemente minha
mão. Novamente conto os passos, porém dessa vez há dez extras. O
mesmo som de antes bate em meus ouvidos.
Foda-se.
Toco seu rosto, mas ela endurece. —Sou eu, amor. Deixe-me tirar
isto.
São as restrições.
Ela toma um longo gole, parando para soltar gemidos. Sacia sua
sede enquanto meu corpo se enche de pavor.
Por que tenho a sensação de que nós vamos pagar caro por esta
água?
—Você estava lá. — Não é uma pergunta e ela não a trata como
tal. Só ri.
Uma coisa é certa, quem quer que fosse, estava perto o suficiente
para ouvir a conversa de Ivy com Robert.
Minha visão fica vermelha. Acho que nunca estive tão fora.
Como sempre.
—Tudo bem. Vou beber a água. — Estalo, rezando para que minha
aquiescência vá fazê-la se calar. Ivy precisa focar em mim, não nas
merdas que essa puta continua vomitando. Liberando o rosto de Ivy,
inclino-me para pegar uma das garrafas de água.
Eu estava tão perdido na água que não senti ela derramando pelos
lados da minha boca enquanto eu bebia.
—P-pare. — Diz Ivy, sua voz trêmula. —Vamos fazer o que você
quiser. Só não mate mais ninguém.
Bastante... incômodo.
Puta louca.
Por mim.
Por nós.
Tudo está tão fodido que me vejo nadando através de uma miríade
de emoções contraditórias.
Seus olhos escuros estão largos, arregalados com medo. Seu corpo
treme mais do que o de Ivy, suor desce pela sua testa. As luzes de LED
destacam cada polegada encharcada de seu corpo.
—Ele não parece muito feliz com a posição dos seus braços,
Noah.
Ela está cheia de merda. Aquele homem está muito longe em seu
terror primal para focar em ciúme. Nunca vi uma expressão como essa
em minha vida.
Claro que não quero ela implorando pela vida de outro homem.
Tão insignificante quanto isso possa me fazer, é assim que me sinto.
Não faço ideia de como, mas eu e Ivy vamos sair daqui, e antes de
irmos, eu vou sentir a vida da nossa captora sendo drenada sob minhas
mãos.
—Só porque ele ainda te ama? Porque quer você de volta? Ah,
sim, eu sou uma boba. — A fodida ri histericamente. —É tudo porque
Noah não suporta o fato de que ele esteve com você, é porque ele
te perdeu e não vai parar de tentar convencê-la a voltar para ele.
Uma bandeja. Uma bandeja preta coberta com um pano preto, que
mal posso distinguir devido a como se mistura com a escuridão da sala.
Quase como se ela estivesse olhando para nós. Ela não se move
por um longo instante, permanecendo parada, mesmo que o esforço de
Robert para se soltar comece a agitar a maca.
—Ele deve sangrar pela sua salvação, Ivy. Como isso faz você
se sentir?
Dezesseis
—Ele deve sangrar pela sua salvação, Ivy. Como isso faz você
se sentir?
Quebrá-la.
Ela está ao lado de Robert com o rosto coberto por uma máscara,
inclinando-se em sua direção. Como se ela estivesse admirando ele.
—Rezando por ele. — Termino por ela e a puxo mais perto de mim,
protegendo ela do horror do que esta mulher psicótica fará com ele.
O choque cessa e seus olhos pousam sobre nós. Oco. Quase vazio.
São olhos de um homem que perdeu tudo e sabe disso.
Ela está brincando com esta merda? Não. Claro que não. Este
bando de sádicos se excitam com a nossa agonia.
Uma picada afiada no meu braço chama a minha atenção. Ivy está
silenciosamente implorando para eu não voltar atrás com minhas
próprias palavras.
O sangue dele.
—Ivy, beba isso. — Com um olhar duro meu, ela pega a garrafa da
minha mão e toma alguns goles. —Isso, querida. Apenas mais alguns
goles.
—Nós podemos...
Perigosa.
—Não seria você se não tentasse algo, Noah. — A voz soa, mas
não diz mais nada.
—Concordo.
Não tenho qualquer influência sobre a mulher por trás da voz, mas
tenho prestado atenção a suas peculiaridades. Um bom show agrada
seu público. Os mantém felizes, o que por sua vez facilita as coisas um
pouco para nós.
—Confie em mim.
Não espero por Ivy se mover, com um beijo na sua testa deito na
cama. No centro e com meus braços abertos para fora. Um membro
apontando em cada direção.
—Faça.
Esse comentário me faz olhar para Ivy. Ela tinha parado, seus
olhos vagando pelo meu corpo nu. Mais do que isso, ela está fixada em
minha ereção latejante.
Mas neste momento, eu não poderia dar uma merda por tudo
isso. Nada pode dissipar a excitação que eu estou experimentando.
Nosso fracasso. Mas eu não digo nada. Meu raciocínio não pode
lidar com qualquer coisa fora dos meus desejos.
Os olhos dela devem pousar no meu pau, porque ela faz uma
pausa no meio do seu aperto.
Ainda totalmente ao meu lado, ela se esforça para controlar sua
respiração, e cada respiração forçada faz eu me contorcer.
Meus olhos voam abertos. Viro minha cabeça e olho para Ivy.
Eu sinto Ivy levantar da cama. Cada segundo que ela leva para
andar para minha frente ecoa dentro de mim. Eu não estou olhando,
não posso, mas a cama se desloca em meus pés quando ela sobe entre
as minhas pernas abertas.
—Pare aí, Ivy. — Todo o movimento cessa mais uma vez. —Noah,
abra os olhos.
Não posso lutar contra isso. Necessito estar dentro dela quando eu
gozar.
A cama muda mais uma vez, e sua respiração quente e úmida beija
a parte de trás do meu pau.
—Não se mova, Ivy. Se ele quer a sua boca, ele vai ter que
ganhá-la.
—Ele cheira a pecado. — Ivy começa, o lábio dela mais uma vez
passando na fenda, na parte superior da cabeça do meu pau. Eu quero
que ela se mova mais para baixo. Leve-me entre aqueles lábios
deliciosos. —A couro. Um aroma quente de bosque está por todo seu
corpo. Noah nunca foi de usar muito perfume, ele não precisa
disso. Para mim ele é perfeito.
Suas palavras que eram para chocar têm pouco ou nenhum efeito
sobre mim. Desde que ela nunca escondeu o fato de que há outros
assistindo. Aproveitando a nossa crise mental.
Ivy se move, seu cabelo cai e acaricia a parte interna das minhas
coxas.
—Há quanto tempo você está assistindo? Por que nós? — Ivy
pergunta.
Cristo.
E então minha menina faz algo que não foi dada permissão para
fazer. Toma a iniciativa e me roça com os lábios.
Nesse ponto, não ligo para nossa captora, para os seus guardas ou
para o seu público. Eu quero ela. Minha Ivy.
Eles queriam um animal? Estou bem aqui. E esta besta quer sua
companheira.
Dezoito
—Não.
E mesmo que essas palavras deixem meus lábios, eu sei que Ivy
não está mais reagindo ao perigo que nos rodeia. Ela está perdida em
sua própria cabeça, seus instintos básicos não estão funcionando mais.
—Me solte. — Eu digo com fome. Meu tom está cheio com cada
gota de necessidade que queima através do meu sangue.
—Não. — Ela diz e tira as mãos do meu pau e sobe no meu corpo.
Colocando uma coxa em cada lado dos meus quadris e se instala sobre
mim.
Umidade escorre entre suas coxas meladas e param na minha
pele. Porra, sua boceta rosada está bem ali. Por cima de mim. Quente e
necessitada.
—Diga.
—Oh... Oh, Deus. — Com suas unhas cavando em meu peito, Ivy
gira os quadris dela, todo o seu corpo tremendo. —Noah. — Seus olhos
cheios de lágrimas de prazer bloqueiam nos meus. —É tão bom. É
incrivelmente bom.
Sua boceta está tão molhada que está deixando meu pau
ensopado.
Deixando minha cabeça cair para trás, eu gemo. Não consigo olhar
para ela. Mas ao mesmo tempo, com a perda da sua visão, estou
submetido à uma sensação ampliada dela. —Eu sabia que sua boceta
ia ser perfeita, Ivy. Eu sabia.
Ela faz uma pausa momentânea, sua boceta pulsando
descontroladamente. E quando ela choraminga o meu nome, com
admiração, eu estou impotente contra ela. Abrindo meus olhos, vejo que
ela está olhando para mim, o espaço entre as sobrancelhas franzido.
É um olhar de agonia.
De confusão.
De espanto.
É o amor que vejo que me afasta da última ligação que tenho com
minha humanidade.
Eu bombeio duro dentro dela até que ela está saltando sobre
mim. —Admita, Ivy. Diga isso.
Eu quero isso.
—No-Noah?
Não sou ele. Neste momento sou uma fodida besta tomando sua
fêmea.
Ivy fica tensa, mas não se apressa para me afastar. Em vez disso,
ela enterra o rosto nos lençóis. —Eu sinto muito.
—N-não. Não. Você prometeu. Por favor. — Ivy soa infantil, sua voz
tão diferente da sua normal que eu imediatamente viro para verificar.
Não, por favor. Se esse pobre sujeito tem que morrer, por favor,
não me obrigue a dizer isso a ele.
—Eu nunca vou jogar de juiz e executor por você. A morte dele não
está em minhas mãos, e sim nas suas.
Ele está gritando. Posso dizer pelo jeito que sua garganta se move
com a ação, mas a mordaça nos impede de ouvir. Algo que a freira
percebe e corrige.
Ela pega o bisturi na bandeja ao lado da maca e corta as
correias. —Últimas palavras, meu filho. Qualquer pecado que você
precisa ser perdoado?
Robert lambe seus lábios secos antes de falar. —Por favor, não me
mate. — Ele implora, mas o pedido cai em ouvidos surdos.
—Pare ela! Por favor. Pare, não faça isso. Ele não merece morrer
pelos meus pecados.
Sem vida.
Ele se foi.
E eu sei.
Eu reconheci no som.
Continua...