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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA


INSTITUTO SÓCIOAMBIENTAL E DOS RECURSOS HÍDRICOS
CURSO DE ENGENHARIA DE PESCA

MIKAELE DA SILVA

RELATORIO AULA PRÁTICA II

BELÉM
2023
MIKAELE DA SILVA

MORFOMETRIA

Relatório da segunda aula prática, apresentado ao curso


de Engenharia de pesca da Universidade Federal Rural da
Amazônia como requisito parcial para compor a nota do
NAP 2 da disciplina de Ictiologia.

Orientador: Profa. Ma. Rosália Furtado Cutrim Sousa

BELÉM
2023
LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1- Utensílios utilizados na aula: caneta(A), lápis (B), prancheta (C), método da treliça .
.................................................................................................................................................... 7

Figura 2- Piauçu sobre o ictiometro (E); utilização do paquímetro (F); pinça (G); estilete (H).
. ................................................................................................................................................... 8

Figura 3- Esquematização do peixe com os marcos anatomicos marcados


. .................................................................................................................................................. 9

Figura 4- Imagem do piauçu com as marcações para a realização da biometria. .................... 10


SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO .................................................................................................... 4

2. OBJETIVO ........................................................................................................... 6

2.1 Objetivo geral ................................................................................................ 6


2.2 Objetivo específico ........................................................................................ 6

3. MATERIAL E MÉTODOS ................................................................................. 7

4. DESENVOLVIMENTO....................................................................................... 9

5. CONCLUSÃO..................................................................................................... 16

REFERÊNCIAS .......................................................................................................... 17
4

1. INTRODUÇÃO

Os peixes são vertebrados aquáticos que representam um grupo de animais parafíleticos


com a maior diversidade morfológica e ecológica entre os vertebrados, apresentam origens
filogenéticas destintas, no entanto possuem semelhanças morfológicas e de uso do habitat entre
si, tais como: adaptação ao meio aquático, respiração branquial, presença de nadadeiras para
locomoção e, geralmente têm o corpo coberto por escamas (BEMVENUTI; FISCHER, 2010).
Segundo (CAMARGO 2013) o conhecimento sobre a comunidade icitia e do seu nicho
ecológico é de fundamental importância, pois, é através dele que se pode compreender melhor
a biologia dos peixes. Em síntese, a ictiofauna da bacia amazônica retém a maior biodiversidade
do planeta, com cerca de 60% das 4.231 espécies conhecidas de peixes de água doce e salobra
da região neotropical (LÉVÊQUE, 2008). Reis et al. (2003) e Buckup et al. (2007) destacam
que a ictiofauna amazônica é composta na grande maioria por membros da Superordem
Ostariophysi (Série Otophysi), englobando mais de 70% das espécies com predomínio das
ordens Siluriformes (36 familias), Characiformes (34 famílias) e Gymnotiformes (5 famílias).
Outrossim, a divisão de espécies de peixes em grupos é definida principalmente pelas
características morfológicas especificas, habitat, hábito alimentar e ainda relações de
morfometrias, essas técnicas de identificação podem trazer informações sobre as populações e
estoques pesqueiros.
Desta forma, morfometria de peixes pode ser definida como o estudo da forma e do
tamanho, e como essas variáveis se relacionam entre si. Assim sendo, uma ferramenta de
fundamental importância para a Taxonomia e sistemática, tendo em vista que pode ser
relacionada com outras variáveis, como, por exemplo, sexo, idade e outras relações históricas
(ASTÚA, 2003.). Uma das técnicas mais antigas para medições morfometrias é a rede de treliça
descrita por Strauss e Booksteim (1982), este sistema de medições é baseado na seleção, a
priori, de pontos anatómicos, os marcos, e as distâncias a eles associadas. Pressupõe-se, neste
modelo, que os pontos anatómicos (marcos) sejam homólogos de uma forma biológica para
outra, onde visa detectar as diferenças sistematicamente na forma corpórea em direção oblíqua,
tal como em direções horizontais e verticais, atribuindo um sistema de medidas que geralmente
assegura a cobertura uniforme da espécie e, por isso, é altamente sensível a mudança de
tamanho e na forma do corpo.
A família Anostomidae pertencente a ordem dos Characiformes é considerada a mais
rica em diversidade de espécies neotropicais com cerca de 145 espécies descritas distribuídas
5

em 13 gêneros (ESCHMEYER E FONG 2015; RAMIREZ ET AL. 2016). São encontrados em


todas as bacias hidrográficas brasileiras, sendo conhecidos na região norte como aracus e nas
demais regiões do brasil como piaus (GÉRY 1977), constituem um grupo de grande interesse
para ser estudado na região amazônica, tanto do ponto de vista genético-evolutivo, como no
sentido de auxiliar os estudos sistemáticos do grupo, tendo em vista a grande diversidade de
espécies e ampla distribuição geográfica (KRICHANÃ 1999). Leporinus é o gênero mais
diversificado da família com cerca de 80 espécies (RAMIREZ ET AL. 2016), sendo o Piauçu
(Leporinus macrocephalus) a espécie que apresenta o maior porte sendo importante para a
pesca esportiva e aquicultura, segundo Garavello e Britski (1988), nesse sentido, o estudo
morfometrico desta espécie é de suma importância.
6

2. OBJETIVO

2.1 Objetivo geral


A aula pratica teve como objetivo determinar os caracteres morfométricos,
possibilitando a identificação de padrões na variação da forma do corpo, ampliando os dados
que visam facilitar a diferenciação e identificação da espécie.

2.2 Objetivo específico


✓ Obtenção de características morfometricas utilizando rede de treliça;
✓ Aprender fazer leitura no paquímetro e ictiometro.
7

3. MATERIAL E MÉTODOS

A presente aula prática foi realizada no dia 07 de fevereiro de 2023 no laboratório de


Ictiologia e Dinâmica de Populações Pesqueiras (LAID), situado na Universidade Federal Rural
da Amazônia – UFRA, campus Belém, todas as atividades desenvolvidas foram sob a
orientação da Professora Rosália Furtado Cutrim Souza, durante o período das 9:30 às 11:30.
É importante ressaltar que as normas de segurança do laboratório foram respeitadas, sendo
assim obrigatório o uso de calças, janelo, sapato fechado e luvas.
O peixe utilizado na aula foi o Piauçu, cada discente ao entrar no laboratório recebeu
uma basqueta para colocar o peixe e em seguida um lugar na bancada para facilitar a realização
da aula, tendo em vista que os alunos foram dispostos nas bancadas respeitando o
distanciamento.
Além disso, foi elaborado um formulário com os pontos que foram marcados no peixe
para anotar as medidas, foi utilizado lápis, prancheta e duas canetas ligadas por um barbante
para a realização do método da rede de treliça conforme STRAUSS & BOOKSTElN (1982).
(Fig 1).

Figura 1- utensílios utilizados na aula: caneta(A), lápis(B), prancheta(C), método da treliça(D).

A B C
D

Fonte: O autor (2023)


8

Estas medidas foram obtidas com o auxílio de ictiômetro graduado em centímetros e de


paquímetro graduando em mm, mantendo-se o animal estendido sobre uma superfície plana,
também foram usadas uma pinça anatômica 14 cm e um estilete para facilitar a medição das
nadadeiras (Fig. 2)

Figura 2- Piauçu sobre o ictiometro (E); utilização do paquímetro (F); pinça (G); estilete (H).

E F

G H

Fonte: O autor (2023)

Assim sendo, depois da coleta de todas as medidas os dados foram tabulados no


programa Microsoft Excel 2020, para que assim fosse possível analisar os valores e obtenção
dos resultados.
9

4. DESENVOLVIMENTO

Os complexos padrões de variação morfometria dos organismos necessitam de técnicas,


que permitem considerar simultaneamente a variação dos diversos caracteres quantitativos.
Estas técnicas são extremamente úteis na ordenação dos dados morfométricos, pois permitem
que parâmetros biológicos subjacentes às relações morfológicas entre indivíduos ou grupos
possam ser mais facilmente detectados e interpretados (Cavalcanti e Lopes, 1993; Reis, 1988).
Desta forma, para a realização da aula com maior praticidade foi orientado pela Profa.
que troucemos a esquematização do peixe em folha de papel A4 já com os marcos anatômicos
(Fig. 3), no peixe de escolha foi marcado pontos dispostos ao longo de toda a superfície
corpórea (Tab.1).

Tabela 1: pontos e descrições dos marcos anatômicos.

Pontos Descrição Pontos Descrição


1 Ponta do focinho 16 Raio maior da NA
2 Início da escama 17 Início da NA
3 Início da nadadeira dorsal (ND0 18 Início da nadadeira ventral (NV)
4 Maior raio ND 19 Raio maior NV
5 Final da ND 20 Final da NV
6 Início da nadadeira adiposa (Nad) 21 Início da nadadeira peitoral (NP)
7 Superior Esquerda da Nad 22 Raio maior da NP
8 Superior Direita da Nad 23 Final da NP
9 Final da Nad 24 Início do opérculo
10 Início da nadadeira caudal superior 25 Extremidade da borda do
(NC) opérculo
11 Final do lobo superior NC 26 Início do pré opérculo
12 Raios medianos NC 27 Lábio inferior
13 Final do lobo inferior NC
14 Início NC inferior
15 Final da nadadeira anal (NA)

Fonte: O autor (2023)


10

Em consonâncias também foi efetuada a biometria para os 8 parâmetros a seguir


definidos e observados (Fig.4).
1. Comprimento total (CT) - é aquele compreendido entre a porção anterior do
focinho e a extremidade da nadadeira caudal.
2. Comprimento zoológico (CZ) - verificado entre a parte anterior da cabeça até a
extremidade dos raios medianos da nadadeira caudal.
3. Comprimento padrão (CP) - é tomado entre a parte anterior do focinho e o final do
pedúnculo caudal.
4. Comprimento do tronco (Ct) – é obtido pela medida do opérculo até o pedúnculo
caudal.
5. Comprimento da cabeça (CC) - é aquele retirado entre a parte anterior do focinho e
a extremidade da borda do opérculo
6. Comprimento do focinho (CF) - é compreendido entre a extremidade do focinho e
a porção anterior do olho.
7. Altura (AC) - é retirado anteriormente ao 1º raio da nadadeira dorsal até a região
ventral.
8. Diâmetro do olho (DO) - é a medida entre as porções anterior e posterior da órbita
ocular.

Figura 4- Imagem do piauçu com as marcações para a realização da biometria.

Fonte: O autor (2023)


11

De acordo com os métodos aplicados, pode-se perceber que o comprimento total (CT)
do peixe de escolha foi de 41 cm sendo considerado como alongado, com altura de 10cm, o
comprimento zoológico foi de 36,2 cm e o comprimento padrão foi de 34,5 cm. Em
consonância, o comprimento da cabeça foi de 7,9 cm e o comprimento do focinho 3,5 cm e o
diâmetro do olho com 1,24 cm (Tab.2). Segundo Balon et al. (1986) os valores de comprimento
são intimamente ligados com a biologia da espécie, assim sendo o autor demostra algumas
interpretações ecológicas como: baixos valores da altura do corpo geralmente são
característicos de peixes bentônicos e/ou habitantes onde a correnteza é muito forte; Valores
altos do comprimento da cabeça indicam peixes que capturam as presas relativamente grandes,
espécies predadoras. Com os dados obtidos e a comparação na literatura foi possível afirmar
que o peixe de escolha não se classifica como bentônico e não é considerado.

Tabela 2- Resultados da medição padrão do comprimento do Piauçu.

MORFOMETRIA PADRÃO
Variáveis Medidas (cm)
CT (comp. Total) 41
CZ (comp. Zoológico) 36,2
CP (comp. Padrão) 34,5
Ct (comp. Tronco) 26,6
CF (comp. Focinho) 3,5
CC (comp. Cabeça) 7,9
DO (diâmetro do olho) 1,24
AC (Altura do corpo) 10,1

Fonte: O autor (2023)

Além disso, com o auxílio do paquímetro foi possível medir o comprimento e a largura
das nadadeiras que, segundo Watson & Balon (1984), pode nos dá informações sobre o peixe e
seu nicho ecológico. Desta forma dorsais pequenas podem ser mais eficientes em águas rápidas,
assim como altos valores das peitorais e pélvicas podem estar relacionados tanto com peixes de
natação lenta, como com habitantes de águas rápidas, onde funcionam como estabilizadores,
altos valores da caudal estão relacionados com a capacidade de produzir impulsos rápido. No
peixe de estudo pode-se observar o comprimento da base e a largura de todas as nadadeiras.
(Tab.3)
12

Tabela 3- Valores do comprimento e altura das nadadeiras.

MÉDIDAS DAS NADADEIRAS


Variáveis Base (cm) Altura (cm)
ND (nadadeira dorsal) 5 8
Nad (nadadeira adiposa) 3,5 2,5
NC (nadadeira caudal) 5,5 8
NA (nadadeira anal) 4 5
NV (nadadeira ventral) 2,5 6
NP (nadadeira peitoral) 2 5

Fonte: O autor (2023)

A análise geométrica com a rede de treliça possibilitou a quantificação da forma e o


tamanho do peixe de escolha e permitiu a visualização das diferenças de forma gráfica e clara,
sendo útil para detectar diferenças entre espécies muito parecidas. Desta forma, os dados
obtidos na rede de treliça então disposto a seguir. (Tab. 4)
(continua)
Tabela 4- Valores obtido com a realização do método de treliça.
MEDIDAS DE TRELIÇA
Pontos Medidas (cm) Pontos Medidas (cm) Pontos Medidas (cm)
1–2 8 5–6 9,5 10–15 6,5
1–3 16,5 5–7 10 10–16 8
1–4 23,5 5–8 9 10–17 10
1–5 20 5–9 9,5 10–18 19
1–6 29 5–10 14 10–19 16,5
1–7 30,5 5–11 23 10–20 19
1–8 30 5–12 17 10–21 25,5
1–9 29 5–13 19,5 10–22 21,5
1–10 34 5–14 15 10–23 25
1–11 41 5–15 12 10–24 25
1–12 36 5–16 14,5 10–25 24
1–16 30 5–20 11 11–13 10
1–17 26 5–21 12,5 11–14 10,5
1–18 17,5 5–22 12 11–15 13,5
1–19 22 5–23 13,5 11–16 14
1–20 16 5–24 14 11–17 17
1–21 11 5–25 13 11–18 26,5
1–22 16 5–26 16 11–19 21,5
1–23 10 5–27 19 11–20 26
1–24 7,5 6–7 2,5 11–21 32
1–25 9 6–8 3 11–22 28,5
13

(continuação)
Pontos Medidas (cm) Pontos Medidas (cm) Pontos Medidas (cm)

1–26 7 6–9 3,5 11–23 32,5


1–27 2 6–10 6,5 11–24 32
2–3 11 6–11 14 11–25 34
2–4 15,5 6–12 10 11–26 38
2–5 15,5 6–13 15 11–27 40
2–6 23 6–14 8,5 12–13 6
2–7 24,5 6–15 5,5 12–14 6,5
2–8 24 6–16 8,5 12–15 8
2–9 23,5 6–17 8 12–16 9
2–10 28 6–18 14,5 12–17 12,5
2–11 33 6–19 13 12–18 22,5
2–12 30,5 6–20 15 12–19 18
2–13 35 6–21 20,5 12–20 21,5
2–14 29 6–22 17,5 12–21 29
2–15 24 6–23 21 12–22 25,6
2–16 26 6–24 22,5 12–23 28
2–17 23 6–25 22 12–24 31
2–18 14 6–26 23,5 12–25 28,5
2–19 18,5 6–27 27,5 12–26 32,5
2–20 14 7–8 1,5 12–27 36
2–21 9 7–9 1,5 13–14 9,5
2–22 11,5 7–10 5 13–15 12
2–23 8,5 7–11 11 13–16 13
2–24 4 7–12 9 13–17 14,5
2–25 8 7–13 13 13–18 24,5
2–26 8 7–14 8 13–19 21
2–27 7 7–15 6,5 13–20 24
3–4 8 7–16 10 13–21 32
3–5 5 7–17 9 13–22 29
3–6 14,5 7–18 17 13–23 32,5
3–7 15 7–19 13 13–24 34
3–8 16,3 7–20 17 13–25 31,5
3–9 15,2 7–21 22 13–26 34,5
3–10 19,5 7–22 19 13–27 39
3–11 26 7–23 22 14–15 5
3–12 22,5 7–24 23 14–16 5,5
3–13 23,5 7–25 21 14–17 8
3–14 22 7–26 26,5 14–18 18,5
14

(continuação)
Pontos Medidas (cm) Pontos Medidas (cm) Pontos Medidas (cm)

3–15 17,5 7–27 29,5 14–19 15,5


3–16 19,5 8–9 1,5 14–20 18
3–17 15 8–10 5 14–21 26
3–18 10 8–11 10 14–22 23
3–19 13,5 8–12 8 14–23 26,5
3–20 12 8–13 13 14–24 29
3–21 11 8–14 8 14–25 25,5
3–22 12,5 8–15 6,5 14–26 30
3–23 13 8–16 11 14–27 35
3–24 10 8–17 9 15–16 5
3–25 9,5 8–18 16 15–17 4
3–26 13,5 8–19 13,5 15–18 15
3–27 16,5 8–20 17 15–19 11,5
3–22 12,5 8–21 23,5 15–20 14,5
3–23 13 8–22 19 15–21 22
3–24 10 8–23 22 15–22 16,5
3–25 9,5 8–24 23,5 15–23 20,5
3–26 13,5 8–25 21,5 15–24 23
3–27 16,5 8–26 26 15–25 20,5
4–5 1,5 8–27 29 15–26 25
4–6 9 9–10 6 15–27 29
4–7 10,5 9–11 11,5 16–17 5
4–8 10,7 9–12 9 16–18 17
4–9 12 9–13 12 16–19 10
4–10 13,5 9–14 8 16–20 14
4–11 23 9–15 5,5 16–21 23
4–12 18,5 9–16 9 16–22 17,5
4–13 22 9–17 7 16–23 22
4–14 17 9–18 15 16–24 26
4–15 14 9–19 11,5 16–25 23
4–16 16 9–20 14,5 16–26 27
4–17 13 9–21 22 16–27 31
4–18 13 9–22 18 17–18 12,5
4–19 14,5 9–23 21 17–19 7
4–20 15 9–24 23 17–20 10
4–21 18 9–25 22 17–21 18
4–22 15 9–26 26 17–22 14
4–23 18 9–27 28,5 17–23 17
15

(conclusão)
Pontos Medidas (cm) Pontos Medidas (cm) Pontos Medidas (cm)

4–24 17,5 10–11 8 17–24 22


4–25 16 10–12 5,5 17–25 19
4–26 21 10–13 11 17–26 24
4–27 25 10–14 5,5 17–27 27
18–19 6 20–21 8,5 22–27 14
18–20 2,5 20–22 4,5 23–24 6,5
18–21 7,5 20–23 9 23–25 3,5
18–22 3,5 20–24 12 23–26 4,5
18–23 8 20–25 11 23–27 10
18–24 12,5 20–26 14 24–25 4
18–25 8 20–27 18 24–26 5,5
18–26 10,5 21–22 5 24–27 7
18–27 16 21–23 2 25–26 5
19–20 5 21–24 5 25–27 7,9
19–21 14 21–25 2 26–27 5
19–22 8 21–26 4,5
19–23 12 21–27 10
19–24 18 22–23 4
19–25 14 22–24 10
19–26 18,5 22–25 6
19–27 22 22–26 9,5

Fonte: O autor (2023)

Assim sendo, o peixe de estudo apresentou características que se assemelham com o que
está disponível na literatura, pois, as espécies do gênero Leporinus apresentam corpo não muito
alto e não comprimido e podem ser distinguidas dos demais anostomídeos por possuírem
nadadeira anal com menos de 10 raios ramificados e região ventral posterior às nadadeiras
pélvicas não quilhada (Géry, 1977). Podem alcançar até 400 mm de comprimento e 1 kg de
peso, com grande importância comercial para a pesca (Santos & Jegu, 1996).
16

5. CONCLUSÃO

Os objetivos propostos pela Profa. Rosália para a realização da aula prática foram
alcançados, pois, foi possível identificar os caracteres morfometricos do peixe de escolha com
exatidão, de acordo com a metodologia fornecida.
Pela observação dos aspectos analisados, percebeu-se a grande importância da disciplina
de Ictiologia e a realização de biometria e morfometrias de peixes para o curso de Engenharia
de pesca, pois, é através do mesmo que iremos aprimorar nossos conhecimentos na prática
fazendo com que consigamos quantificar o comprimento e largura do corpo do animal, pois, é
um fator importante que contribui para a identificação da espécie.
17

REFERÊNCIAS

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localizando e visualizando mudanças na forma dos organismos. Bioletim. Año III. Número 3

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