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D.O.I: http://dx.doi.org/10.6020/1679-9844/v11n2a6
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Programa de pós-graduação em Memória Social na Universidade Federal do Estado do Rio
de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil. Email:
johanna_gondar@hotmail.com
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Programa de pós-graduação em Memória Social na Universidade Federal do Estado do Rio
de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil. Email:
frfarias@uol.com.br
Abstract: The article has the proposal to discuss the difference of aesthetic
standards of remakes produced in Hollywood, from the twenty-first century, in
relation to their original and how they affect our sensibility and memory. At first we
will better understand why the remakes are so fashionable in recent years and then
get into the aesthetic differences and the issue of perception and memory from
Walter Benjamin's studies. Will be used as an example, in order to illustrate the
aesthetic differences that we will address, three Hollywood remakes of the twenty-
first century - and their originals - that despite all the aesthetic differences, maintains
virtually the same plot. They are: Vanilla Sky (2001) and Abra los ojos (1997);
Brothers (2009) and Brother (2004); Nine (2009) 8½ (1963). Finally, we will try to
understand, from the writings of Professor Karl Erik Schollhammer, philosopher
Christoph Türcke and art historian Hal Foster, the reason why the viewer consumes
so naturally an aesthetic violence that comes in a variety of media forms, in
contemporary times, without appearing to realize this and subjective transformations
generated by this called violence.
Keywords: Subjectivity; Memory; Trauma; Remake; Cinema
1 APRESENTAÇÃO
Por último, tentaremos entender, a partir dos escritos do professor Karl Erik
Schollhammer, do filósofo Christoph Türcke e do historiador de arte Hal Foster, o
motivo pelo qual o espectador consome tão naturalmente uma violência estética
proveniente das mais variadas formas mediáticas, na contemporaneidade, sem
parecer se dar conta disso.
Huyssen já havia tentando entender esse fenômeno desde sua obra anterior,
Seduzidos pela memória: arquitetura, monumentos, mídia (2000), onde situou a
emergência da memória como uma das preocupações culturais e políticas centrais
das sociedades ocidentais. De acordo com o autor, a partir da década de 1980 a
Como já foi dito, a maior diferença entre os remakes e seus originais, aqui
apresentados, é a estética. Veremos a seguir que o enredo dos filmes é quase o
mesmo, até ao se tratar de gêneros diferentes como no caso do musical Nine e do
drama 8½.
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“comercial” aqui pode ser entendido por filmes que visam apenas o lucro e puro entretenimento
através de efeitos espetaculares
2
Os choques podem ser produzidos por meios de rápidos cortes na imagem cinematográfica ou
expressões linguísticas incomuns.
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Coloco a palavra impõe entre aspas, pois não deixa de ser nossa escolha consumir essas imagens
esteticamente violentas.
De acordo com Türcke, a violência dos choques audiovisuais veio para ficar e
é algo inerente ao nosso tempo, portanto, não seria possível a abstinência dessas
imagens. Ele propõe uma dosagem da quantidade de estímulos audiovisuais aos
quais nos expomos, ou seja, o consumo controlado da violência estética a fim de
proteger-se contra a mesma.
Outra hipótese que podemos pensar é a oferecida pelo historiador de arte Hal
Foster em seu artigo O Retorno do Real (1996). Ele coloca que o que antes era
percebido através de contemplação e experiência de uma obra de arte, se converte
agora em força de irrupção sobre o espectador. Converte-se em um “realismo
traumático”.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
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