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A pedagogia

por trás do
handbeach:
uma extensão para o ensino da modalidade
Expediente

Universidade Federal de Santa Maria

Reitor
Paulo Afonso Burmann
Vice-Reitor
Luciano Schuch
Pró-Reitor de Extensão
Flavi Ferreira Lisboa Filho
Pró-Reitor de Extensão Substituto
Rudiney Soares Pereira
Cultura e Arte
Vera Lúcia Portinho Vianna
Desenvolvimento Regional e Cidadania
Jaciele Carine Sell
Revisão Textual
Érica Duarte Medeiros
Projeto Gráfico e diagramação
Leonardo Oliveira Dalla Porta
Fotografias
Juliana Facco Segalla

Editora da Pró-Reitoria de Extensão (UFSM)

Este material foi constituído com dinheiro público e sua comercialização é proibida. A sua
reprodução, bem como sua impressão, é liberada desde que conste os créditos aos autores.

www.ufsm.br/pre
Apresentação

É com imensa satisfação que apresentamos uma cartilha


sobre handebol de areia. Esta vem com o intuito de facilitar o
ensino e ampliar a prática da modalidade. A iniciativa de
escrevermos sobre o tema, que é motivada pela deciência de
referencial teórico a respeito dele, tem como objetivo não só
apresentar o esporte a acadêmicos, prossionais e demais
interessados em aprender sobre o assunto, como também
capacitá-los a praticá-lo.
Esta obra foi elaborada por duas acadêmicas, estudiosas
e praticantes do handebol — atletas por vocação — com a
supervisão do professor e coordenador do projeto denominado
Núcleo de Implementação da Excelência Esportiva e
Manutenção da Saúde (NIEEMS), que vislumbraram a
possibilidade de disseminar a prática deste esporte e, de forma
simples e fácil, apresentar o handbeach à comunidade. Assim, o
trabalho engloba o ensino, a pesquisa e a extensão com um viés
pedagógico.
Dessa forma, a presente cartilha é um convite a você, caro(a)
leitor(a), para mergulhar no conteúdo apresentado, com o
intuito de (re)conhecer o esporte handbeach, procurando viver e
experienciar a modalidade, de forma que esta conquiste espaço
e inserção nas práticas esportivas, promovendo maior adesão e
continuidade através de seus praticantes e apoiadores.

Boa leitura!
Luiz Fernando Cuozzo Lemos: professor adjunto do Centro de Educação
Física e Desporto da Universidade Federal de Santa Maria.

Luma Lemos Aires: prossional de Educação Física Licenciatura –


CEFD/UFSM; graduanda de Educação Física Bacharelado – CEFD/UFSM;
responsável técnica da Equipe de Handebol Feminino da Universidade
Federal de Santa Maria.

Ysadora de Freitas Mazzardo: graduanda de Educação Física Bacharelado


– CEFD/UFSM; atleta da Equipe de Handebol Feminino da Universidade
Federal de Santa Maria.
Sumário

Introdução ………………………………………………...........4
Praticando o handbeach: a pedagogia do jogo ......….6
Fundamentos técnicos básicos: ensinando e inserindo ........11
360 graus: um giro por dentro dos fundamentos técnicos
especícos do handebol de areia……................…….20
Garantia de oportunidades de aprendizagem: handbeach para
todos ...............................................................................23
Considerações nais .........................................................25
Referências ..................................................................26
Introdução

O handebol de areia, também conhecido como


handbeach, é uma modalidade advinda do tradicional
handebol indoor, o handebol de quadra. A modalidade na
areia vem conquistando espaço e muitos praticantes em
função de o jogo ser bastante divertido e dinâmico, tendo sua
losoa baseada no fair play (jogo limpo). O jogo exige não
só rapidez, como também inteligência dos atletas, visto que
sempre existirá superioridade numérica na fase ofensiva e
inferioridade numérica na fase defensiva (4x3). Suas regras
incentivam jogadas ornamentais, onde os arremessos
“enfeitados” (giros e aéreas) valem 2 pontos. Assim, ca fácil
entender o motivo pelo qual a modalidade vem crescendo e
ganhando espaço em todos os lugares do mundo.
Apesar de pouco tempo desde sua primeira versão,
realizada na Itália no ano de 1992, o handbeach já conta
com competições regionais, como, por exemplo, o circuito
SESC — um evento multiesportivo que engloba, além do
handbeach, vôlei de praia, beach soccer, entre outros — e o
Campeonato Estadual de Handbeach — promovido pela
Federação Gaúcha de Handebol. Ambas as competições,
que, geralmente, acontecem em Torres/RS, iniciam com
fases classicatórias que levam a uma grande disputa nal.
Neste mesmo viés, também merecem destaque as
Olimpíadas da Juventude e os Campeonatos Mundiais.
No Brasil, o jogo veio com o objetivo de recreação,
para um festival de verão no Rio de Janeiro no ano de 1995
— aos poucos, a modalidade foi criando raízes no país.
Atualmente, a Seleção Brasileira de Handbeach está no topo
do mundo e é considerada uma potência mundial, tanto no
naipe feminino quanto no naipe masculino.
Em função de o jogo ser condicionado ao fair play,
como mencionado anteriormente, não é permitido contato

4
físico nas ações do jogo, caso aconteça, as atitudes
antidesportivas que coloquem em risco a integridade dos atletas
são rigorosamente jpunidas. Assim, o enfoque direciona-se para
as jogadas, para as movimentações e para os gols de giro ou
para as aéreas. Além disso, a modalidade conta com a
participação do goleiro de forma mais ativa, onde o arremesso
nesta posição direto para a baliza adversária vale 2 pontos.
Lembrando que o handbeach possui uma fase ofensiva em
superioridade numérica e uma fase defensiva em inferioridade
numérica, porém, na fase de transição, o goleiro pode fazer a
diferença.
Deste modo, o que podemos esperar de um esporte onde o
respeito, a inteligência tática, a disposição dos atletas e a
obediência podem levar equipes a grandes conquistas e
aprendizados? Um esporte admirável, que não só contribui de
forma signicante para a formação de jovens mais disciplinados
e respeitosos, como também permite um leque de
oportunidades quando se projeta um futuro no esporte.
Levando em consideração que o handebol faz parte do
conteúdo da Educação Física Escolar, vamos aproveitar para
fazer com que o handebol de areia (gura 1) seja utilizado como
uma ferramenta pedagógica para a aprendizagem, de forma
lúdica, do próprio handebol, o que contribui tanto para a
inserção de uma nova modalidade quanto para as pré-
temporadas, objetivando o handebol de quadra, por exemplo.
Sendo assim, é possível ampliar e diversicar as maneiras de
ensinar e desenvolver os alunos, instigando e aprimorando suas
capacidades motoras.

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Figura 1: ação de shoot out ou “um contra o goleiro”, onde o atacante ca cara a cara com
o goleiro adversário e tenta buscar o gol. Esta imagem apresenta o espetáculo do jogo.

Praticando o handbeach: a pedagogia do jogo


O handbeach difere do handebol de quadra e o fato de,
no Brasil, encontrarmos um ambiente favorável para a prática
contribui para a expansão do esporte. A modalidade é praticada
nas praias do litoral brasileiro ou em parques com quadras de
areia, mas nada impede o prossional de, encontrando-se em
uma região sem acesso ao terreno arenoso, inserir a modalidade
para crianças e adolescentes com uma metodologia adaptada
para o contexto. Somado ao fato de o ambiente de praia, por si
só, já proporcionar momentos de alegria e integração, nos
eventos e nas competições, geralmente, acontecem,
simultaneamente aos jogos, festivais com música, atrações
especiais e apresentações de dança. Além disso, a modalidade
chama a atenção do púbico, uma vez que muitos dos festivais e
muitas das competições de handebol de areia são realizadas em
períodos de férias. Entretanto, não signica dizer que os jogos de
handbeach só aconteçam em determinadas épocas do ano —
muitas equipes se organizam para competir durante todo o ano.

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Figura 2: quadra com as marcações detalhadas para a prática do handbeach. Você pode
adaptar os materiais para delimitar as áreas da quadra, utilizando cordas, espaguete de
piscina e tas.

Os jogos são divididos em sets, cada um tem duração de 10


minutos. O vencedor é aquele que faz mais gols durante o tempo
do set. Tudo acontece em uma quadra de 27m x 12m, com áreas
de 6m e linhas paralelas à linha de fundo (gura 2). Diferente do
número de participantes do handebol indoor, com seus
tradicionais sete jogadores, o handbeach comporta apenas
quatro, dentro de uma partida que é iniciada com tiro de árbitro,
conhecido como bola ao alto, que se resume ao ato de o árbitro
lançar a bola ao alto entre dois jogadores que disputam sua
posse (guras 3 e 4).

Figura 3: “tiro do árbitro” ou “bola ao alto” Figura 4: “tiro de árbitro” ou “bola ao alto
no handbeach masculino. no handbeach feminino”.

7
No handbeach, o
empate não garante a vitória
de nenhuma partida, sempre
será denido um vencedor do
set. Acontecendo de uma
equipe “X” ganhar os dois
sets, 2x0, signica que ela é a
vencedora da partida. Se a
equipe “X” vence o primeiro
set, 1x0, e a equipe “Y”
empata o segundo set Figura 5: posicionamento do “shoot out” ou
(12x12), por exemplo, com o “um contra o goleiro”

término dos 10 minutos, a


partida se reiniciará com bola
ao alto, onde a equipe que
realizar o primeiro gol
conquistará o set (1x1), isto é
conhecido como “Bola de
Ouro”, pois é a bola que
denirá quem sairá com o
ouro (vitória no set).
Na situação em que a equipe Figura 6: maiores detalhes quanto às trajetórias
tanto do atleta quanto do goleiro. Vale lembrar
“Y“ vencer a “Bola de Ouro“, que o goleiro pode escolher o melhor local,
dentro da sua área, para realizar o passe para
empatando os sets (1x1), o seu companheiro. Geralmente, o goleiro busca o
lado oposto do jogador da sua equipe, pois,
jogo caminha para o shoot out assim, haverá maiores chances ou de lançar a
bola diretamente à meta adversária, ou de o
(guras 5 e 6), conhecido atleta receber o passe de forma segura (sem
interceptação do goleiro adversário).
como “um contra o goleiro”,
que é uma cobrança de
pênalti, em movimento, para a
denição do vencedor da
partida (gura 7).

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Figura 1: ação de shoot out ou “um contra o goleiro”, onde o atacante ca cara a cara com
o goleiro adversário e tenta buscar o gol. Esta imagem apresenta o espetáculo do jogo.

Diante da regra referente ao número de jogadores, cria-


se uma situação de assimetria entre ataque e defesa, 4x3 (gura
8). Neste contexto, a equipe atacante conta com 2 laterais,
(esquerdo e direito), 1 pivô e 1 central. Ainda, um dos atletas será
designado, pelo técnico/treinador, à função de especialista ou
coringa. Qualquer gol feito por este atleta especialista valerá
dois pontos, contudo ele só poderá entrar no jogo se acontecer a
saída do goleiro da sua equipe, pela própria área do gol, em
direção a sua lateral, do mesmo modo que o especialista deve
sair pela sua lateral, estabelecida no início da partida (gura 9),
para o goleiro retornar ao seu posto (guras 10 e 11).

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Figura 10: representação da saída do coringa para entrada do goleiro e vice-versa. A equipe
representada por círculos (equipe “X”), ao acabar seu ataque, imediatamente já deve pensar em
voltar para defender. O coringa, por sua vez, deve sair da quadra. A troca funciona da seguinte
maneira: o atleta representado pelo círculo azul, coringa, após sua equipe nalizar o ataque,
deve, imediatamente, correr para a área de substituição dele, para que, assim, o goleiro, que
espera fora da quadra (área de substituição do goleiro), entre o quanto antes. Da mesma forma
que acontece com a equipe dos triângulos (equipe “Y”), após acabar o ataque do adversário, o
goleiro deve sair da sua área, para que o coringa entre pelo mesmo lugar e dê sequência ao
ataque da sua equipe.

Figura 11: ataque em superioridade numérica, com a presença do coringa (de colete verde) e
defesa em inferioridade numérica (4x3). Perceba que o coringa da equipe atacante entende o
m do ataque e já se projeta em direção à linha lateral da quadra (área de substituição), para
sair e possibilitar que a goleira entre em sua área. Assim, poderá evitar um lançamento direto da
goleira adversária, caso a mesma defenda o arremesso feito pela lateral direita.

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Já no contexto defensivo, as ações de troca entre coringa e
goleiro, comentadas brevemente acima, acontecem de forma
rápida, pois, na fase de transição de ataque para defesa da
equipe adversária, por exemplo, o goleiro poderá tanto defender
a bola quanto, mesmo sofrendo o gol, arriscar o lançamento
direto à meta adversária, garantindo ou não 2 pontos. Logo, se o
coringa não tiver feito a saída para possibilitar a entrada do
goleiro, a meta ca livre, pois, sem a troca, não há possibilidade
de outro atleta se tornar goleiro, haverá, apenas, tentativas de
interceptação da bola sem invações na área do gol.
As ações defensivas são baseadas em ocupações de
espaços e bloqueios, em função de não ser permitido o contato
físico na modalidade. Pensando desta forma, o atrito entre dois
jogadores, diante de uma clara chance de gol, resulta em 6
metros — punição semelhante ao tiro de 7 metros do tradicional
handebol — que valerá 2 pontos, caso seja convertido. A
exclusão de um jogador, diferente do handebol de quadra, não
reete em 2 minutos fora, mas implica na ausência do atleta em
um ataque da sua equipe. Caso a equipe atacante sofra a falta, o
defensor receba a punição e o gol seja marcado no tiro de 6
metros após a cobrança, o jogador infrator já poderá retornar à
quadra, pois troca-se a posse de bola.
Assim, podemos observar que o handbeach é uma
modalidade com regras de fácil compreensão, que permite uma
aplicação prática acessível para qualquer pessoa tanto na arte
de ensinar quanto na essência de jogar. Apesar de existirem
poucos referenciais teóricos sobre a modalidade, a partir das
vivências tem-se a possibilidade de construir uma pedagogia
própria de ensino-aprendizagem do jogo e de seus elementos.

Fundamentos técnicos básicos: ensinando e inserindo

O jogo é baseado em ações simples que englobam


fundamentos técnicos essenciais para o bom andamento de uma
partida, que devem ser utilizados nos primeiros contatos com a
modalidade. A seguir, apresentaremos os fundamentos, as
11
recomendações importantes para professores/treinadores e
alguns exemplos de atividades para introduzir os conceitos de
forma eciente e lúdica, sendo que você mesmo poderá
modicá-los conforme achar necessário.
1. Adaptação e manejo de bola – A bola de handbeach é um
material de borracha que deve ser apresentado para as crianças
a m de, consequentemente, permitir o bom andamento das
atividades. A adaptação e o manejo de bola são ferramentas que
devem ser introduzidas nas aulas ou nos treinos, pois são
elementos básicos que possibilitam uma boa sequência no
ensino-aprendizagem da modalidade. Assim, a partir deles,
existe a chance não só de aprimorar o repertório motor das
crianças, como também de possibilitar a riqueza das variações,
buscando economia, eciência e velocidade no movimento.
Ao instruir o aluno, devemos esclarecer que, ao segurar a
bola, devemos mantê-la com rmeza, entretanto sem usar força
excessiva, posicionando o dedo polegar em oposição ao dedo
mínimo e utilizando a palma da mão para oferecer o maior
contato possível com a bola (gura 12). Além do mais, ao
manejar a bola na areia, é importante a fazer rolar, visto que, na
areia, o quique ocasiona uma trajetória imprevisível. Devemos
evitar, também, olhar excessivamente para baixo, pois perde-se
a amplitude do campo visual.

Figura 12: como segurar a bola de handbeach. Observe que devemos tentar obter o maior
contato da bola com a palma da mão, utilizando os dedos com uma força não excessiva.

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Seguem, abaixo, exemplos de exercícios e variações:
A) Coloque os alunos lado a lado, onde eles deverão jogar a
bola para cima e pegá-la.
B) Ainda lado a lado, convide os alunos a jogar a bola para cima,
tocar uma mão no chão e pegar a bola antes que a mesma caia
no chão.
C) Proponha a realização de passes com o colega, onde os
alunos deverão pegar a bola com duas mãos e passar apenas
com uma, sempre alternando a mão que segurará a bola.
D) Sugira, aos alunos, que se posicionem em uma das linhas
laterais, segurando a bola com a mão dominante e em um pé só
(a perna da mão dominante deverá ser aquela que deverá car
sem o contato com solo), sendo assim, eles deverão ir até o outro
lado da quadra e, chegando lá, poderão trocar a perna e a mão
dominante para retornar.
Observação: o ato de cada aluno dispor de uma bola facilita o
manejo e o aprendizado, porém, se não for a realidade, podem
ser formadas duplas ou trios, adaptando os exemplos acima.

Figura 13: passe para uma jogada aérea.


Repare que, antes mesmo de a bola chegar às Figura 14: passe para aérea e tentativa de
mãos da companheira, ela mesma já busca o i n t e r c e p t a ç ã o d a b o l a p o r p a r t e d o s

2. Passe – O passe no handebol de areia é um gesto


técnico de extrema importância, visto que sem ele não
conseguimos dar sequência às ações do jogo. Existem diversas
variações de passes, tais como de frente; de lado; com a
utilização de diferentes alturas de braço; deixadas; passes
especiais (de costas, com efeito, reticado, etc.). Além disso, no
handbeach, existem tipos diferentes de passes (para aérea
(guras 13 e 14), giro e pivô), que serão explicados,
detalhadamente, mais adiante.
13
Para o ensino do elemento técnico para crianças, é
necessário que o professor ou treinador procure maneiras
simples para desenvolvê-lo, colocando atividades de adaptação
e manejo da bola própria do jogo, bem como instruindo os
alunos a realizarem, em diferentes distâncias, passes uns com os
outros. Do mesmo modo, pode ser solicitado que os alunos
busquem a trajetória da bola na recepção e realizem
deslocamento para executar os passes. Quanto mais os alunos
repetirem os movimentos de passe, aliado ao jogo, mais fácil de
desenvolver o fundamento.
A) Utilizando o espaço da quadra ou do pátio, peça para que
seus alunos façam duplas, tendo uma bola por dupla. Com a
primeira distância determinada (2 a 3 metros entre um aluno e
outro em qualquer espaço), peça para que eles realizem o
fundamento do passe, mas não os corrija, primeiro visualize seus
alunos e perceba como eles realizam o gesto técnico. Após
permitir que pratiquem um certo tempo, comece as correções
necessárias. Assim que conseguir mostrar o gesto mais correto
possível, comece a alternar as distâncias e faça os mesmos
procedimentos. Vale ressaltar que estas correções não devem ser
exacerbadas, pois as atividades devem promover diversão e
lazer, respeitando as características e a individualidade de cada
aluno.
B) Com uma bola e em duplas ou trios próximos uns dos outros,
os alunos realizarão passes entre si. Este passe deverá ser
projetado acima da cabeça, onde o companheiro que espera o
passe deverá pegar a bola saltando e tirando os pés da areia
(quadra). Logo, quem receberá a bola deve sempre saltar para
pegá-la. O exercício não só ajudará no aprimoramento tanto do
passe quanto da recepção dos alunos, como também se
aproximará da técnica para aérea utilizada nos jogos.

3. Recepção – No jogo, é imprescindível ter uma boa recepção


da bola, uma vez que a recepção segura garante o domínio da
posse e a conexão entre os jogadores. Não aprimorar esse
fundamento pode colocar em risco o aprendizado dos demais
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fundamentos do handbeach. Além disso, treinos de recepção
podem proteger os atletas de perderem a posse de bola no jogo,
o que implica, por exemplo, em contra-ataque e gol adversário.
Encontramos diversas formas de recepcionar a bola em função
do dinamismo do jogo e sua imprevisibilidade, são elas:
recepção em relação à altura (alta, média, baixa); parado ou em
movimento; orientação espacial do recebedor (frontal, lateral,
diagonal); saltos; com uma ou duas mãos; etc.
O professor deve ensinar, inicialmente, que a recepção
deve ser feita com ambas as mãos paralelas à linha da bola,
formando um triângulo, de forma que interrompa a trajetória da
mesma. Conforme a resposta dos alunos, o responsável deve
proporcionar, em suas aulas ou em seus treinos, o maior número
possível de variações de passe e recepção, seja em atividades,
seja, principalmente, em jogos com regras adaptadas, para
garantir que seus alunos tenham segurança nestas ações, visto
que elas acontecem o tempo inteiro.
A) Utilizando uma parede, pode-se solicitar que os alunos se
coloquem de frente a ela em duplas ou trios. Dessa forma, eles
realizarão um arremesso em direção à parede, ao passo que sua
dupla deve recepcionar a bola advinda do rebote.
B) Em las, coloque um de frente para o outro. Utilizando apenas
uma bola, cada aluno fará um passe para o colega da la da
frente, onde, por consequência, o mesmo recepcionará e
passará de volta para a la da frente, assim sucessivamente.
Cada aluno que realizar o passe deverá ir para o nal da sua la.
Variação: trocando de las, usando mais las uma de frente para
outra, com passe em suspensão.

4. Arremesso – Ato de arremessar a bola com o objetivo de


marcar o gol, nalizando o ataque. Normalmente, origina-se de
ações táticas que resultam em um jogador com a maior
possibilidade de converter em gol.
Neste tópico, considerado o de maior adoração por praticantes e
treinadores, é necessário mostrar a forma correta de um
arremesso simples, levando em consideração o ciclo da passada,

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que será explicado logo abaixo, para, mais adiante, podermos
ensinar os desdobramentos do arremesso no handbeach
(arremesso em aérea, com giro). Da mesma forma, os
fundamentos acima devem ser repetidos várias vezes para que
as crianças assimilem o máximo do movimento e tenham
segurança nas ações.
A) Organizar duas leiras e, em duplas, realizar a progressão na
quadra até a goleira oposta e arremessar no primeiro passo
dado com a posse da bola, buscando profundidade, ou seja, com
o objetivo de invadir a área.
B) Arremessar utilizando o ritmo trifásico em vez de um passo.
C) Colocar cones demarcando o alvo do arremesso.

5. Desmarque – Consiste em toda ação ou todo movimento,


sem a posse de bola, que tem por objetivo sair da marcação do
defensor.
Por exemplo: na fase ofensiva (ataque), o central da sua equipe
está tendo diculdades para passar a bola para os seus
companheiros laterais em função de os defensores estarem
muito próximos da linha de passe, logo, um dos laterais se
desmarca do defensor, com o objetivo de se tornar uma nova
opção de passe e, assim, conseguir dar sequência ao jogo.
O professor ou treinador deve estar a todo momento
guiando seus alunos quanto ao contato físico. No handbeach, as
crianças devem ser instruídas, desde cedo, a visar a bola, mas
sem esquecer de observar os movimentos do adversário (sem
bola). Visto que o jogo tem velocidade e qualquer contato forte
(empurrar, puxar, segurar, derrubar) pode colocar em risco a
segurança do indivíduo, é importante parar e aproveitar para
introduzir, de forma simples e objetiva, algumas regras que
dizem respeito às faltas antidesportivas e às punições.
A) Dividir a turma em dois grupos, onde cada um cará dentro
da sua área e apenas um aluno estará no meio da quadra com a
posse da bola. Ao som do apito, os dois grupos deverão tentar
chegar ao outro lado da quadra sem ser pego pelo aluno do
meio;

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B) Quem for pego ajuda o pegador;
C) Quem for pego só poderá encostar nos outros se estiver de
mãos dadas com o outro pegador (formando uma corrente);
D) Reduzir espaços.

6. Domínio do ciclo da passada – O domínio da passada nada


mais é do que um ritmo trifásico, onde só é possível dar 3 passos
com a bola. Vale destacar que o ato de receber a bola e utilizar o
quique no handebol de areia não é comum de se ver, portanto,
usa-se o rolamento da bola, obedecendo às mesmas regras do
handebol de quadra, até 3 segundos com a posse. Caso o aluno
receba a bola, role, pegue e role novamente, ele infringirá a
regra (duplo drible).

O rítmico trifásico pode ser introduzido aos poucos, em


função de ser mais complexo para crianças iniciantes, mas, ao
aprendê-lo, evita-se possíveis erros futuros quando pensamos
em tática ofensiva, tomada de decisão e efetividade individual.
A) Com uma bola por dupla e alunos com uma distância de 5 a 8
metros, solicite que realizem passes com a mão dominante,
dando apenas um passo, depois troca-se pelo passe com a mão
não dominante;
B) Realizando dois passos e um passe com salto;
C) Realizando passe saltando com dois pés juntos;
D) Realizando passe saltando com um pé só;
E) Realizando os três passos saltando e, após, passando para o
colega.
Observação: deve-se pedir para que os alunos troquem sempre
a mão dominante, para trabalhar, da mesma forma, a
lateralidade.

7. Roubada de bola – A roubada de bola no handebol de areia


deve ser muito bem trabalhada, pois apenas um erro poderá
custar um contra-ataque com gol. O ato de roubar a bola é a
ação que exige, do defensor, muita concentração e percepção
espaço-temporal. Na tentativa de antecipar a ação de recepção

17
do seu oponente, caso o defensor tome a decisão certa,
interrompe-se a trajetória do passe adversário e conquista-se a
posse.
Para o professor, é um grande desao desenvolver esta
ação. A roubada de bola deverá ser treinada muitas vezes até
que o aluno tenha uma boa percepção do tempo dele para se
deslocar. Apesar de haver possibilidades de treinar a ação, as
situações em jogos são muito imprevisíveis em função do tempo
de reação de cada atleta, do cansaço físico ou mental, da
percepção do adversário frente a uma possibilidade de roubo,
etc. Entretanto isso não deve impedir de desenvolvermos um
trabalho focado nas roubadas de bola, pois, muitas vezes, os
estímulos positivos vivenciados nas aulas são reproduzidos em
jogos.
A) Em um espaço limitado, forme trios — com uma bola, dois
devem realizar o passe, enquanto um deve tentar tirar a bola.
B) Dividir a turma em dois grupos (ou como car melhor). Cada
grupo deverá tentar realizar 10 passes para marcar um ponto. Se
o passe for interceptado, zera a contagem e, se a equipe
adversária roubar a bola, começa a contagem de tal equipe
(Jogo dos 10 passes).
C) Jogo dos 10 passes com restrições (não quicar, não dar mais
que 3 passos, não passar para a mesma pessoa, etc.)

1. Bloqueio – É quando, com os braços, o defensor consegue


impedir a trajetória da bola, que assume a direção do gol (gura
15). No handbeach, há dois tipos: o bloqueio em direção à área e
o bloqueio fora da área (que é mais difícil de ocorrer em função
de as equipes sempre buscarem o jogador livre para
arremessar). O bloqueio em direção à área não será trabalhado

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Impedir a trajetória da bola é
uma ação que deve estar
presente em todo momento do
jogo defensivo, cabendo, ao
professor, estimular e dar
segurança ao aluno iniciante,
já que, nesta situação, implica-
Figura 15: bloqueio fora da área, se bolas no rosto, punições
buscando interromper a trajetória da
bola. (como exclusões) e quedas.

A) Em las, cada um com uma bola — um defensor próximo da


área, em um espaço limitado por cones, deve fazer o
deslocamento lateral, mas, toda vez que se encontrar no meio,
deve saltar com os braços estendidos (bloqueio). Ao mesmo
tempo, os alunos da la devem vir para o arremesso (1x1);
B) Aumentar número de defensores bloqueando, atacantes
arremessando e espaço para deslocamento.

Partindo dos movimentos básicos, a criança precisa desenvolver


habilidades motoras e cognitivas de forma global. Atividades
que envolvam correr, saltar, girar, rolar, pegar, arremessar,
equilibrar, entre outras, estarão intimamente ligadas ao
aprimoramento do esquema corporal, do ritmo, do raciocínio,
da lateralidade, da percepção sensorial e também das valências
físicas (exibilidade, resistência, velocidade, agilidade, força e
coordenação motora).
Portanto é adequado buscar variações de brincadeiras que não
só enriqueçam o repertório motor do praticante, como também
estimulem valores que envolvam a coletividade, o respeito e o
cuidado para com o outro. A criança precisa ter estímulos
corretos e um histórico de atividades positivas em sua formação
— isso reetirá na participação e, consequentemente, na adesão
à modalidade (ABREU, 2015, p. 67).

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Conclui-se, em vista disso, que é importante a realização de um
trabalho consistente, pensando em uma estratégia eficiente
para o ensino e para a prática. Há a possibilidade de unirmos
atividades lúdicas com a técnica, o que poderá resultar em uma
ampliação do desenvolvimento da criança de forma holística e,
assim, proporcionará vivências positivas.

360 graus: um giro por dentro dos fundamentos técnicos


específicos do handebol de areia
Conforme o andamento das aulas, você, professor,
perceberá a necessidade de inserção dos fundamentos técnicos
específicos do handbeach. Neste tópico, acreditamos que os
fundamentos mais complexos devem ser ensinados a crianças
com idade superior a 12 anos, mas não é uma regra, visto que
dependerá do desenvolvimento global dos alunos. Como
podemos ver, os fundamentos básicos, citados acima, são
comuns e presentes tanto na quadra como na areia, porém, no
handbeach, temos os giros, as aéreas, as trocas ou substituições,
os bloqueios, etc. A seguir, descreveremos como funcionam e
quais são estes elementos que tornam o handebol de areia
atrativo e diferenciado.

1. Arremesso com giro – É o fundamento mais complexo do


jogo, visto que exige um giro completo (360 graus), para validar
gol de 2.
Ao ensinarmos, devemos instruir o aluno a utilizar ambos os pés
para impulsionar o corpo. Conforme é treinado, os atletas
poderão tentar girar utilizando apenas um dos pés. A impulsão
deve ser feita de forma rápida, para que, assim, comece a
rotação do corpo. Por fim, o aluno, ao girar, deverá ser
estimulado a observar o goleiro nos últimos momentos do
movimento, tentando fazer o gol (figuras 16 e 17).

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Figura 17: fases do arremesso com giro — o
Figura 16: fases do arremesso com giro — atleta, conseguindo ter a visão do goleiro,
atleta já está girando o corpo no seu próprio preparando-se para terminar o ataque,
eixo. arremessando.

A) Espalhe os alunos pela quadra e, com eles parados, peça para


que tentem o movimento do giro, sem bola.
B) Idem ao anterior, mas agora com a bola.
C) Sugira que realizem, em duplas, passes até o gol. Ao chegar
próximo à linha dos 6m, os alunos devem cair sobre os dois pés
(passo zero) e apenas saltar para frente, sem arremessar (fases
preparatórias para girar).
D) Idem ao anterior, porém os alunos devem tentar girar com a

2. Arremesso com aérea – A


jogada aérea acontece quando o
jogador recebe a bola no ar, sem
ter contato com a areia, e
arremessa antes de aterrissar. Este
arremesso, lembrando, conta 2
Figura 18: arremesso em aérea no
gols (guras 18 e 19).
handbeach masculino. Devemos procurar ensinar
esse fundamento com ênfase no
simples, estimulando o aluno a não
só realizar um bom passe, como
também buscar o desenvolvimento
da percepção da situação que
envolve a jogada aérea e o tempo
de bola, envolvendo tanto quem
Figura 19: arremesso em aérea no passa quanto quem recebe.
handbeach feminino.

21
A) Individualmente, cada um deve pegar uma bola e lançá-la
para cima, tentando pegá-la sem estar com os pés em contato
com o solo.
B) Em duplas, solicite que os alunos realizem passes, de maneira
que quem for receber deve sempre saltar para pegar a bola e dar
o passe, tendo uma sequência de passes na aérea.
C) Peça para seus alunos formarem uma la única centralizada
— o professor cará no meio da linha dos 6m e segurará a bola,
em uma altura condizente com a altura dos alunos, para que os
mesmos tentem pegar a bola do professor, após saltarem, para
realizarem o arremesso em suspensão.
D) Divida os alunos nas duas posições de laterais (direita e
esquerda) — o professor cará no meio da linha dos 6m e
lançará a bola para cima, quando isto acontecer, os alunos, de
forma alternada (uma vez para cada lado), devem se deslocar e
buscar a bola com o objetivo de realizar um arremesso em aérea.

Figura 20: bloqueio dentro da área do goleiro.

3. Bloqueio (Figura 20) – Diferente do bloqueio de fora,


ensinado anteriormente, o bloqueio mais utilizado no handebol
de areia é aquele que acontece dentro da área do goleiro — esta
é a forma mais eciente de evitar o gol adversário, visto que o
contato entre jogadores não é permitido.

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A) Divida os alunos nas duas posições laterais e peça para um
deles atuar na defesa. Este defensor deverá invadir a área do
goleiro utilizando o deslocamento lateral, na tentativa de
bloquear o arremesso simples que os laterais realizarão.
B) Idem ao anterior, podendo saltar lateralmente, buscando a
invasão da área do goleiro, com os braços estendidos
(bloqueando), sem tocar no adversário.
Observação: o professor deve cuidar a execução e a trajetória
do movimento de bloqueio, em função de colocar em risco a
integridade dos atletas.

Garantia de oportunidades de aprendizagem: handbeach


para todos
Considerando que o esporte é uma ferramenta de
inclusão social, acreditamos que, por meio da pedagogia do
jogo, de situações-problemas e da teoria aliada a prática, é
possível levar o handebol de areia a todo e qualquer praticante,
independentemente do gênero, das condições nanceiras,
nanceiras, da etnia, etc. Faz parte deste meio a rejeição de toda
e qualquer forma de discriminação, visto que vivenciamos a
democracia tanto na sociedade quanto no esporte. Portanto
prezar por uma aula acessível, inclusiva e motivadora faz parte
de todo este processo de ensino-aprendizagem.
Ao nos depararmos com essa modalidade, surgem
dúvidas quanto à inclusão, em função de o jogo necessitar de
apenas 5 jogadores por equipe para acontecer. Porém, vale
lembrar que o jogo é dividido por sets de 10 minutos, o que
possibilita, ao professor, colocar todos para jogar. Além do mais,
no handbeach não há necessidade de o aluno ter uma excelente
destreza motora, visto que, na modalidade, apenas conseguir
executar fundamentos simples, como realizar um passe, já
incluirá o atleta dentro do jogo.
Na iniciação esportiva, o professor pode ofertar aulas
mistas de handbeach, ao contrário do tradicional handebol, já
pensando em ações que desconstruam os paradigmas de
gênero, inclusão e equidade, pois crianças na faixa etária de 8 a
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14 anos não apresentam diferenças biológicas signicativas
para jogar o handebol de areia, lembrando que, neste jogo, o
contato físico é restrito e a modalidade sempre fará jus ao fair
play. A equidade e a inclusão podem surgir quando o professor
se valer das trocas no jogo, onde há possibilidade de colocar as
especicidades e diferenças dos atletas em evidência,
atendendo, muitas vezes, a exigências advindas das situações de
jogo, por exemplo, da utilização de jogadores mais velozes no
ataque, jogadores mais largos na defesa e jogadores mais altos
na disputa de bola no início do jogo. Asssim sendo, por m,
teremos a oportunidade de incluir todo e qualquer aluno dentro
do jogo, a partir de uma pedagogia que visa a extrair o melhor
do que cada aluno consegue oferecer.
Ensinar exige dedicação, força de vontade, amor e
conhecimento, visto que o ato de ensinar não se resume a
apenas passar informações. A grande tarefa do sujeito não é
transferir, depositar, oferecer nem doar ao outro, tomado como
paciente do seu pensar, a inteligibilidade das coisas, dos fatos,
dos conceitos. Exercendo, como ser humano, a irrecusável
prática de inteligir, a tarefa coerente do educador que pensa
certo é desaar o educando com quem se comunica e a quem
comunica, propiciando a compreensão do que vem sendo
comunicado (FREIRE, 1996, p. 42). Portanto, concluímos que o
praticante não pode ser considerado um mero receptor, e, sim,
um sujeito não só crítico, como também autônomo, capaz de
produzir a própria compreensão do conteúdo passado e, do
mesmo modo, aplicá-lo.

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Considerações nais

Entende-se que, a partir da produção deste trabalho, o


desenvolvimento da prática e do ensino da modalidade
handbeach necessita de ampliação, por meio da capacitação de
professores, acadêmicos e demais interessados, pois a
modalidade, como vimos ao longo da leitura, é considerada de
fácil compreensão e aplicabilidade. Há anos, os esportes
coletivos vêm conquistando milhares de pessoas, evoluindo ao
longo dos séculos e, com isso, passando do simples ao complexo,
o que traz a necessidade de os treinadores e professores
procurarem formas de estarem sempre em constante
atualização (AIRES, 2015). Pensa-se que o handebol de areia é
uma forma de atualizar tanto prossionais quanto praticantes do
handebol tradicional, além disso, entende-se que é possível
fornecer estas informações a todo e qualquer interessado em
prática esportiva.
Assim, podemos sugerir que o leitor se aproprie do
conteúdo com segurança e permita-se inserir a modalidade em
seu repertório de ensino, bem como passe a praticá-la de forma
que sua teoria se torne sua prática e, assim, conquiste novos
adeptos para a modalidade.

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Referências

AIRES, L., Os fatores esportivos responsáveis pelo sucesso


da equipe de Handebol da ADUFSM na década de 80:
Estudo de caso sobre a percepção do técnico da equipe. Santa
Maria - RS, 2015. (Trabalho de Conclusão de Curso apresentado
na Universidade Federal de Santa Maria como pré-requisito
para conclusão do Curso de Educação Física - Licenciatura).
Santa Maria, 2015.

ABREU D., BERGAMASCHI, M., Teoria e prática do mini-


handebol. Jundiaí: Paco Editorial, 2015.

FREIRE, P., Pedagogia da autonomia: Saberes necessário a


prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.

TAVARES, F. Jogos Desportivos Coletivos: ensinar a jogar.


Porto: FADEUP, 2013.

MAGLIANO, M. Beach Handball na Prática. Rio de Janeiro,


2018.

LEONARDO, L. Por uma pedagogia da iniciação ao


handebol. Pedagogia do Handebol.1ed. Goiânia: 2018.

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