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Situação Problema para realização do seminário – PPS 6

Nota parcial AV1

Prof. Juliana Brasil

CASO 1 – EQUIPE 1

O coordenador de Saúde Bucal foi chamado pela coordenação da Atenção Básica para
discutir e tentar resolver a situação da escola João Monteiro, no Bairro Barro Seco, na cidade
de Milagres – CE. A diretora da escola procurou a secretaria relatando inúmeros problemas
com as crianças com muita dor de dente, que estavam, inclusive, perdendo aula a bastante
tempo.

A escola fica localizada no Bairro Barro Seco na zona rural da cidade de Milagres. A
população do bairro é humilde, a maioria vive da agricultura familiar ou empregados no
engenho de cana de açúcar presente na região, atingindo no máximo a renda mensal por
família de um salário mínimo.

A região possui fornecimento de energia elétrica, mas não tem água encanada, nem
saneamento básico e muito menos coleta de lixo. As casas são bem simples, mas construídas
de tijolos, conseguidos com um vereador influente no bairro.

As famílias são numerosas, com uma média de 6 filhos por casal. As mulheres são
muito religiosas e se recusam a fazer planejamento familiar. Seguem falando: É pecado tomar
comprimido! Vou ter quantos filhos Deus quiser!

Como maneira de complementar a renda familiar, as mulheres também trabalham,


geralmente na produção da rapadura, do açúcar, e outros derivados da cana de açúcar.

A escola recebe crianças de 3 a 6 anos apenas no turno da manhã, estando, as


crianças, no restante do dia, no engenho com as mães, se alimentando de rapadura e outros
doces.

O posto do bairro tem um médico, enfermeiro e dentista. O dentista sempre está lá,
mas quase nunca atende por falta de material ou por falta de manutenção do equipamento
odontológico. Não existe consultório particular no bairro, apenas na cidade, muito distante. O
CEO está localizado na cidade, mas só atende procedimentos especializados e encaminhados
pelo dentista do bairro.

Com relação à saúde bucal das crianças, a maioria apresenta gengivite e alta atividade
de cárie. Atualmente, a maioria falta aula, ou passa as aulas, chorando, reclamando de dor de
dente, não se alimentam direito, dificultando muito o rendimento escolar. As professoras pedem
aos pais para levarem os filhos para o posto e escovarem os dentes deles, mas os mesmos,
falam que o dentista nunca atende e que são muitos filhos e não têm dinheiro para comprar
escova e pasta para cada um, possuindo uma única escova dental para família toda.
Situação Problema para realização do seminário – PPS 6

Nota parcial AV1

Prof. Juliana Brasil

CASO 2 – EQUIPE 2

O coordenador de Saúde Bucal foi chamado pela coordenação da Atenção


Básica para discutir e tentar melhorar a situação de saúde bucal do Bairro
Coqueirinhos, na cidade de Várzea Alegre – CE.

O bairro fica localizado na zona urbana da cidade de Várzea Alegre. A


população do bairro é humilde, a maioria vive da venda de artesanato, atingindo, no
máximo, a renda mensal por família de um salário mínimo.

A região possui fornecimento de energia elétrica e água encanada, fluoretada.


Não possui saneamento básico. As casas são bem simples, construídas de tijolos,
mas sem muita ventilação.

A comunidade bastante pobre, mal tem dinheiro para comer, ficando os outros
itens, como a higiene em segundo plano. Nas casas mal se encontram escova dental
e pasta para escovação dos dentes, existindo em algumas delas, apenas uma escova
dental que é utilizada por toda família. Além disso, trocar escova de 3 em 3 meses? E
precisa? – Muitos falam.

A população é formada na sua grande maioria por idosos, com o hábito de


fumar cachimbo. Os adultos compõem uma parcela menor, mas influenciados pelos
pais, na sua maior parte, também são fumantes do cachimbo.

Com relação à saúde bucal a mesma é precária, com índice de cárie elevado e
até alguns casos de câncer de boca. No entanto, o índice mais preocupante é o de
periodontite, configurando-se como o mais prevalente entre adultos e idosos, Devido
a mobilidade dos dentes ocasionada pela periodontite, a capacidade mastigatória e a
estética são diretamente afetadas. A parcela da população da terceira idade tem,
portanto, sua qualidade nutricional seriamente comprometida, além da baixa da auto-
estima, provocando índices também elevados de depressão nesta parcela da
população. Os idosos quando surgem os problemas de saúde bucal nem procuram o
posto, por acreditarem que o problema não tem solução, associando a periodontite a
uma condição da velhice.

No posto do bairro a equipe de saúde da família está completa, formada pelo


médico, enfermeiro e dentista. No entanto, na área de saúde bucal, a procura por
serviços é maior na faixa etária de adultos, ficando a maior parte da população do
bairro, os idosos, sem atendimento odontológico.

O CEO disponibiliza de todas as especialidades, entre elas, Periodontia e


Prótese, mas os pacientes para disponibilizar dos serviços, necessitam de uma
avaliação e um encaminhamento, feita pelo dentista de família do bairro.
Situação Problema para realização do seminário – PPS 6

Nota parcial AV1 Prof. Juliana Brasil

CASO 3 – EQUIPE 3

O coordenador de Saúde Bucal foi chamado pela coordenação da Atenção


Básica para discutir e tentar melhorar a situação de saúde bucal do Bairro Barro
Fundo, na cidade de Grangeiro – Ce.

O bairro fica localizado na zona urbana da cidade de Grangeiro, região


extremamente quente, com temperaturas de até 40º. A população do bairro é humilde,
a maioria vive como empregados na construtora localizada no bairro, como pedreiros e
peões, trabalhando no sol, sem nenhuma proteção. A renda mensal por família é de
um salário mínimo.

A região possui fornecimento de energia elétrica e água encanada, fluoretada.


Não possui saneamento básico. As casas são bem simples, construídas de tijolos,
mas sem muita ventilação.

No bairro existem muitos botecos que vedem bebida alcóolica dia e noite, sem
restrição de idade, motivo esse, do alto índice de alcoolismo na região.

Bastante pobres, os moradores do bairro mal tem dinheiro para comer, ficando
os outros itens, como a higiene em segundo plano. Nas casas mal se encontram
escova dental e pasta para escovação dos dentes, existindo em algumas delas,
apenas uma escova dental que é utilizada por toda família.

A população é formada na sua grande maioria por adultos e fumantes.

Na área de saúde bucal, existem alguns consultórios particulares, mas que


oferecem serviços a um preço muito elevado para a comunidade, um protético, e um
prático, que realiza, apenas, extrações dentárias, a 5,00, o dente. O posto de saúde
existe há muito tempo, mas só foi disponibilizado um dentista há seis meses, antes
disso, a população não dispunha de tratamento odontológico no PSF.

A solução era então pagar pelas extrações ao prático, e fazer as “dentaduras”


com o protético, por ter um custo menor. Com isso, muitos pacientes eram
prejudicados, com extrações mal feitas, dentes fraturados e próteses mal adaptadas.

No posto do bairro, atualmente, a equipe de saúde da família está completa,


formada pelo médico, enfermeiro e dentista. Na área de saúde bucal, além dos
problemas mais comuns, como cárie e doenças periodontais, atualmente, percebeu-se
um número grande de pacientes com lesões de mucosa, na cavidade oral, suspeitos
de câncer de boca, fato esse que preocupou bastante a secretaria de saúde do
município e os próprios moradores do bairro.

O CEO, presente na cidade, disponibiliza de todas as especialidades, entre


elas, Prótese e Diagnóstico Oral ou Estomatologia, mas os pacientes para
disponibilizar dos serviços, necessitam de uma avaliação e um encaminhamento, feita
pelo dentista de família do bairro. O dentista da unidade, por sua vez, não possui
treinamento para o diagnóstico das lesões.
Situação Problema para realização do seminário – PPS 6

Nota parcial AV1

Prof. Juliana Brasil

CASO 4 – EQUIPE 4

O coordenador de Saúde Bucal foi chamado pela coordenação da Atenção


Básica para discutir e tentar melhorar a situação de saúde bucal da Escola de Ensino
Fundamental Dom Manuel, localizada no Bairro Meireles, na cidade de Missão Velha –
Ce.

O bairro fica localizado na zona urbana da cidade de Missão Velha. A


população do bairro é humilde, a maioria vive como empregados numa distribuidora de
doces localizada no bairro. As mulheres, na sua grande maioria, complementam a
renda, trabalhando como diaristas nas casas dos bairros próximos. A renda mensal
por família é de um salário mínimo.

A região possui fornecimento de energia elétrica e água encanada, mas a água


não é fluoretada. Não possui saneamento básico. As casas são bem simples,
construídas de tijolos, mas sem muita ventilação.

Bastante pobres, os moradores do bairro mal tem dinheiro para comer, ficando
os outros itens, como a higiene em segundo plano. Nas casas mal encontram-se
escova dental e pasta para escovação dos dentes, existindo em algumas delas,
apenas uma escova dental que é utilizada por toda família.

As crianças e adolescentes, quando não estão na escola, estão na rua, não se


alimentam direito, consumindo, na maior parte do dia, doces e guloseimas, vendidos
nos mercadinhos do bairro.

Na área de saúde bucal, existem alguns consultórios particulares, mas que


oferecem serviços a um preço muito elevado para a comunidade. O posto de saúde
existe há muito tempo, mas só foi disponibilizado um dentista há seis meses, antes
disso, a população não dispunha de tratamento odontológico no psf.

A escola D. Manuel recebe crianças e adolescentes, de 6 a 14 anos, e


atualmente, apresenta problemas sérios de dor de dente dos alunos por conta das
grandes cavidades de cáries presentes principalmente nos adolescentes, o que
acarreta perda de rendimento escolar. Em um levantamento das necessidades,
percebeu-se, também, apesar de em menor prevalência, problemas como a gengivite
e a presença de alguns sinais bucais que poderiam ser oriundos de distúrbios
alimentares desses adolescentes.

O CEO, presente na cidade, disponibiliza de todas as especialidades, entre


elas, Endodontia, mas os pacientes para disponibilizar dos serviços, necessitam de
uma avaliação e um encaminhamento, feita pelo dentista de família do bairro.
Situação Problema para realização do seminário – PPS 6

Nota parcial AV1 Prof. Juliana Brasil

CASO 5 – EQUIPE 5

O coordenador de Saúde Bucal foi chamado pela coordenação da Atenção


Básica para discutir e tentar melhorar a situação de saúde bucal das gestantes,
localizada no Bairro Terra Nova, na cidade de Crato – Ce.

O bairro fica localizado na zona rural da cidade do Crato - Ce. A população do


bairro é humilde, a maioria vive da agricultura familiar ou como empregados nas
fazendas da região. A renda mensal por família é de um salário mínimo.

A região possui energia elétrica, mas a água, não é encanada, nem fluoretada,
adquirida de um poço presente na região. Não possui saneamento básico. As casas
são bem simples, construídas de taipa.

Na sua grande maioria, analfabetos ou com no máximo, 1º grau incompleto, os


moradores do bairro mal tem dinheiro para comer, ficando os outros itens, como a
higiene em segundo plano. Nas casas mal se encontram escova dental e pasta para
escovação dos dentes, existindo em algumas delas, apenas uma escova dental que é
utilizada por toda família.

As famílias são numerosas, com uma média de 6 filhos por casal. As mulheres
são muito religiosas e se recusam a fazer planejamento familiar. Com relação à saúde
bucal, acreditam, que grávida não pode ir ao dentista e que cada filho que se tem, é
um dente que se perde.

O posto de saúde existe há muito tempo, mas só foi disponibilizado um dentista


há seis meses, antes disso, a população não dispunha de tratamento odontológico no
psf. A equipe hoje, formada por médico, enfermeira e dentista é desunida e
desarticulada, cada um desempenhando sua função independentemente do outro
membro da equipe.

Nos últimos meses, têm-se relatado, pelos agentes comunitários de saúde, um


grande número de gestantes com dor de dente, gengivite, restos radiculares e focos
de infecção, que por acreditarem fazer mal aos seus bebês, não procuram o serviço
de saúde bucal, e permanecem nesta situação, ocasionando um sofrimento
desnecessário. O dentista do bairro, por sua vez, não encontra o apoio no restante da
equipe para conscientizar as mulheres da importância do acompanhamento da saúde
bucal, inclusive, no período de gestação. Além disso, na unidade não é disponibilizado
anestesia para gestante, o que dificulta muito o atendimento dessa parcela da
população.

Pelo risco de parto prematuro e o nascimento de bebês prematuros, o foco


principal recai nos focos de infecção, com a presença inclusive de abcessos, o que
ocasiona também dor e desconforto para as gestantes.
Situação Problema para realização do seminário – PPS 6

Nota parcial AV1 Prof. Juliana Brasil

CASO 6 – EQUIPE 6

O coordenador de Saúde Bucal foi chamado pela coordenação da Atenção


Básica para discutir e tentar melhorar a situação de saúde bucal da população,
localizada no Bairro Pirambu, na cidade de Barbalha – Ce.

O bairro fica localizado na zona rural da cidade do Barbalha - Ce. A população


do bairro é humilde, a maioria vive da agricultura familiar ou como empregados nas
fazendas da região. A renda mensal por família é de um salário mínimo.

A região possui energia elétrica, mas a água, não é encanada, nem fluoretada,
adquirida de um poço presente na região. Não possui saneamento básico. As casas
são bem simples, construídas de taipa.

Na sua grande maioria, analfabetos ou com no máximo, 1º grau incompleto, os


moradores do bairro mal tem dinheiro para comer, ficando os outros itens, como a
higiene em segundo plano. Nas casas mal se encontram escova dental e pasta para
escovação dos dentes, existindo em algumas delas, apenas uma escova dental que é
utilizada por toda família.

O posto de saúde existe há muito tempo, no entanto, não há atendimento


odontológico no PSF. No bairro, não existem consultórios odontológicos particulares,
nem outros serviços semelhantes.

A comunidade vive hoje sérios problemas com a saúde bucal. Crianças, jovens
e idosos, todos estão sofrendo com condições de saúde bucal insatisfatórias, como
alto índice de cárie, gengivite, periodontite, etc.

No entanto, a preocupação maior refere-se aos idosos, faixa etária que


prevalece no bairro. Muitos não estão conseguindo se alimentar de maneira
adequada, acarretando problemas na nutrição dessa parcela da comunidade. O
problema recai no alto índice de periodontite e a presença de focos de infecção,
causando uma condição de saúde bucal insatisfatória, afetando diretamente aspectos
funcionais, psicológicos e sociais da parcela da terceira idade do bairro.

Além disso, muitos internamentos dos idosos do bairro estão sendo associados
à manutenção precária da saúde bucal, levando a infecções sistêmicas, como, a
endocardite bacteriana.
Situação Problema para realização do seminário – PPS 6

Nota parcial AV1 Prof. Juliana Brasil

CASO 7 – EQUIPE 7

O coordenador de Saúde Bucal foi chamado pela coordenação da Atenção Básica para
discutir e tentar resolver a situação da escola São Geraldo da Cruz, no bairro Aerolândia, na
cidade de Caririaçu – CE. A diretora da escola procurou a secretaria relatando inúmeros
problemas com os jovens, que estavam, apresentando muito sangramento gengival, mau hálito
e muito desconforto. Estavam inclusive faltando aula.

A escola São Geraldo da Cruz fica localizada no bairro Aerolândia, na zona urbana, da
cidade de Caririaçu. A população do bairro vive numa pobreza extrema, com a maioria da
população desempregada e analfabeta. A maioria adulta frequenta uma Igreja Evangélica
localizada no bairro, com grande influência sobre a comunidade.

A região é marcada também pela violência e o consumo de drogas. No bairro, existem


duas gangues que aterrorizam a população. O bairro possui fornecimento de energia elétrica,
água encanada e fluoretada, mas não possui saneamento básico e muito menos coleta de lixo.
As casas são bem simples, mas construídas de tijolos, conseguidos com um vereador influente
no bairro.

A escola recebe jovens de 10 a 16 anos apenas no turno da manhã, estando, os


adolescentes, no restante do dia, na rua, sujeitos a todo tipo de violência e influência negativa.

Até existe um posto de saúde no bairro, mas os profissionais não permanecem muito
tempo trabalhando lá. Todos têm medo da população, que é extremamente perigosa e violenta,
além de não existir na unidade de saúde, nenhum guarda municipal ou qualquer tipo de
policiamento para garantir a segurança dos funcionários.

Com relação à saúde bucal, o trabalho de prevenção e educação em saúde não é


muito bem recebido pela comunidade, que só reconhece como vantajoso, o tratamento
puramente curativista e mutilador. Não existe consultório particular no bairro. O CEO está
localizado na cidade, mas só atende procedimentos especializados e encaminhados pelo
dentista do bairro.

A situação de saúde bucal dos jovens envolve problemas como cárie, desgastes
dentários, mas o que realmente tem se tornado preocupante, é o alto índice de gengivite e
halitose. Os jovens atualmente faltam aula, ou passam as aulas reclamando, ficam irritados,
por estarem com muito sangramento gengival e “mal hálito”. Sentem-se envergonhados e a
todo tempo querem tomar alguma medicação para resolver a situação. Não sabem como
resolver o problema. Não se alimentam direito, dificultando muito o rendimento escolar.

As professoras pedem aos pais para levarem os filhos para o posto, mas os mesmos
dizem que o dentista não resolve, que fica tentando orientá-los a escovar os dentes.

-“Esse negócio de escovar, não resolve o problema!”

- “Os dentes sangram mais quando se escova”. – Argumentam.

Terminam a conversa afirmando que não têm dinheiro para comprar escova e pasta
para cada um, possuindo uma única escova dental para família toda.
Situação Problema para realização do seminário – PPS 6

Nota parcial AV1

Prof. Juliana Brasil

CASO 8

O coordenador de Saúde Bucal foi chamado pela coordenação da Atenção


Básica para discutir e tentar melhorar a situação de saúde bucal do Bairro Jardim
Gonzaga, na cidade de Grangeiro – CE.

O bairro fica localizado na zona rural da cidade de Grangeiro. A população do


bairro é humilde, a maioria vive da venda dos produtos provenientes da agricultura
familiar, atingindo, no máximo, a renda mensal por família de um salário mínimo.

A região possui fornecimento de energia elétrica, mas a água não é encanada,


nem fluoretada, oriunda de um poço presente na região. Não possui saneamento
básico. As casas são bem simples, construídas de taipa e outras, de tijolos.

A comunidade, bastante simples, é na sua maior parte, analfabeta ou com


apenas o 1ºGrau incompleto. Nas casas mal se encontram escova dental e pasta para
escovação dos dentes, existindo em algumas delas, apenas uma escova dental que é
utilizada por toda família.

Com relação à saúde bucal, não existem consultórios odontológicos


particulares no bairro, estes estando localizados apenas na zona urbana da cidade. Há
pouco tempo, foi construído, no bairro, um PSF muito bem estruturado, com médico,
enfermeiro e dentista. Na unidade de saúde, todos os equipamentos e instrumental
estão em quantidade suficiente para o atendimento. Não falta material de consumo. O
dentista vai todos os dias, pela manhã e pela tarde.

Apesar da existência de um serviço de saúde bucal de boa qualidade na


região, os moradores dessa comunidade preferem resolver seus problemas como dor
de dente, através de uma rezadeira e por “receitas milagrosas como a inserção, nas
cavidades das cáries, de óleo quente de motor e perfume” que conseguem amenizar o
desconforto causado pelos problemas bucais que eventualmente ocorrem.

Todo esse contexto acarretou grande preocupação pela Secretaria Municipal


de Saúde que investiu muito na construção e equipamento de uma unidade de saúde,
mas que estava tendo pouca ou quase nenhuma demanda de pacientes.

O dentista da unidade se sentia angustiado, por querer trabalhar e ajudar as


pessoas, e temeroso também, com as consequências de tratamentos odontológicos
baseados em rezadeiras e “receitas milagrosas”. No entanto, não sabia como proceder
para convencer a comunidade, de que a melhor opção era o tratamento de saúde
bucal realizado no posto, com ações de educação, prevenção, promoção e cura.
Situação Problema para realização do seminário – PPS 6

Nota parcial AV1 Prof. Juliana Brasil

CASO 9 – EQUIPE 9

O coordenador de Saúde Bucal foi chamado pela coordenação da Atenção


Básica para discutir e tentar melhorar a situação de saúde bucal da população,
localizada no Bairro Pirambu, na cidade de Barbalha – Ce.

O bairro fica localizado na zona rural da cidade do Barbalha - Ce. A população


do bairro é humilde, a maioria vive da agricultura familiar ou como empregados nas
fazendas da região. A renda mensal por família é de um salário mínimo.

A região possui energia elétrica, mas a água, não é encanada, nem fluoretada,
adquirida de um poço presente na região. Não possui saneamento básico. As casas
são bem simples, construídas de taipa.

Na sua grande maioria, analfabetos ou com no máximo, 1º grau incompleto, os


moradores do bairro mal tem dinheiro para comer, ficando os outros itens, como a
higiene em segundo plano. Nas casas mal se encontram escova dental e pasta para
escovação dos dentes, existindo em algumas delas, apenas uma escova dental que é
utilizada por toda família.

O posto de saúde existe há muito tempo, no entanto, não há atendimento


odontológico no PSF. No bairro, não existem consultórios odontológicos particulares,
nem outros serviços semelhantes.

A comunidade vive hoje sérios problemas com a saúde bucal. Crianças, jovens
e idosos, todos estão sofrendo com condições de saúde bucal insatisfatórias, como
alto índice de cárie, gengivite, periodontite, etc.

No entanto, a preocupação maior refere-se aos idosos, faixa etária que


prevalece no bairro. Muitos não estão conseguindo se alimentar de maneira
adequada, acarretando problemas na nutrição dessa parcela da comunidade. O
problema recai no alto índice de periodontite e a presença de focos de infecção,
causando uma condição de saúde bucal insatisfatória, afetando diretamente aspectos
funcionais, psicológicos e sociais da parcela da terceira idade do bairro.

Além disso, muitos internamentos dos idosos do bairro estão sendo associados
à manutenção precária da saúde bucal, levando a infecções sistêmicas, como, a
endocardite bacteriana.
Situação Problema para realização do seminário – PPS 6

Nota parcial AV1

Prof. Juliana Brasil

CASO 10

O coordenador de Saúde Bucal foi chamado pela coordenação da Atenção Básica para
discutir e tentar resolver a situação da escola São Geraldo da Cruz, no bairro Aerolândia, na
cidade de Caririaçu – CE. A diretora da escola procurou a secretaria relatando inúmeros
problemas com os jovens, que estavam, apresentando muito sangramento gengival, mau hálito
e muito desconforto. Estavam inclusive faltando aula.

A escola São Geraldo da Cruz fica localizada no bairro Aerolândia, na zona urbana, da
cidade de Caririaçu. A população do bairro vive numa pobreza extrema, com a maioria da
população desempregada e analfabeta. A maioria adulta frequenta uma Igreja Evangélica
localizada no bairro, com grande influência sobre a comunidade.

A região é marcada também pela violência e o consumo de drogas. No bairro, existem


duas gangues que aterrorizam a população. O bairro possui fornecimento de energia elétrica,
água encanada e fluoretada, mas não possui saneamento básico e muito menos coleta de lixo.
As casas são bem simples, mas construídas de tijolos, conseguidos com um vereador influente
no bairro.

A escola recebe jovens de 10 a 16 anos apenas no turno da manhã, estando, os


adolescentes, no restante do dia, na rua, sujeitos a todo tipo de violência e influência negativa.

Até existe um posto de saúde no bairro, mas os profissionais não permanecem muito
tempo trabalhando lá. Todos têm medo da população, que é extremamente perigosa e violenta,
além de não existir na unidade de saúde, nenhum guarda municipal ou qualquer tipo de
policiamento para garantir a segurança dos funcionários.

Com relação à saúde bucal, o trabalho de prevenção e educação em saúde não é


muito bem recebido pela comunidade, que só reconhece como vantajoso, o tratamento
puramente curativista e mutilador. Não existe consultório particular no bairro. O CEO está
localizado na cidade, mas só atende procedimentos especializados e encaminhados pelo
dentista do bairro.

Os jovens atualmente faltam aula, ou passam as aulas reclamando, ficam irritados, por
estarem com muito sangramento gengival e halitose. Sentem-se envergonhados e a todo
tempo querem tomar alguma medicação para resolver a situação. Não sabem como resolver o
problema. Não se alimentam direito, dificultando muito o rendimento escolar.

As professoras pedem aos pais para levarem os filhos para o posto, mas os mesmos
dizem que o dentista não resolve, que fica tentando orientá-los a escovar os dentes.

-“Esse negócio de escovar, não resolve o problema!”

- “Os dentes sangram mais quando se escova”. – Argumentam.

Terminam a conversa afirmando que não têm dinheiro para comprar escova e pasta
para cada um, possuindo uma única escova dental para família toda.

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