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A partir deste tópico, iremos refletir sobre a prática exercida em sala de aula,
como professora das séries iniciais do Ensino Fundamental, apresentando um relato
de experiência de forma suscinta, que norteou todas as discussões e reflexões acerca
do cotidiano escolar realizada antes e depois da Pandemia do Sarscov-2, que assolou
o Brasil no início de 2020 e perdura até o momento.
Faz-se necessário neste contexto, que compreendamos inicialmente, o conceito
referente ao relato de experiência que é um texto que descreve aspectos relacionados
a uma experiência pessoal e que contribua de forma significativa a área de atuação.
Sendo assim, iremos descrever sobre as experiências adquiridas através do
processo educativo no Ensino Remoto, que aconteceu no quarto ano do ensino
Fundamental, de uma escola pública, no ano de dois mil e vinte e que gerou
consequências e reflexões para o ensino no ano seguinte, além de proporcionar uma
extensão de aplicação dos conhecimentos adquiridos na Especialização em
Tecnologias Educacionais e Ensino à distância.
Ao iniciarmos o ano letivo de dois mil e vinte, mais precisamente no final do mês
de fevereiro, estávamos preocupados com a aprendizagem de alunos oriundos de um
terceiro ano e que em sua maioria, tinham conhecimentos básicos e restritos
principalmente nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática, essa contatação
não se consolidou totalmente, pois em março se iniciou o período pandêmico.
Antes deste período, o processo de ensino estava enraizado em aulas teóricas,
nas quais não utilizávamos quase nenhum recurso tecnológico voltados a esta
finalidade, pois eram escassos, bem como não tínhamos conhecimentos para
aplicação destes. As aulas eram realizadas de forma sistemática e tradicionalista, com
alguns resquícios ou talvez características de um ensino construtivista. Podemos
analisar neste sentido, que muitas vezes os curso de formação, em sua maioria não
proporciona aos professores em formação uma didática voltada a aplicação destes
conhecimentos.
No cotidiano da sala de aula, utilizávamos geralmente, na maioria das disciplinas,
apenas o retroprojetor, o quadro, o livro didático, entre outros de natureza mais
simples, mas nunca nos sentíamos preparados para ministrar aulas utilizando, por
exemplo computador, onde a escola tinha disponível um laboratório para que pudesse
ser usado nas aulas. Acredito que um dos fatores que impossibilitou foi exatamente a
falta de conhecimento de estratégias metodológicas que pudessem incorporá-los nas
aulas.
Neste contexto MORAN (2012) afirma que o educador em sua essência
verdadeira é humilde para identificar o que não sabe, consequentemente necessita
está aberto as novas descobertas, implicando numa forma de ensino que mostre ao
seu aluno que o conhecimento não pode ser tratado como algo absoluto, mas que é
passível a mudanças e transformações.
Partindo deste pressuposto, compreendemos que o início das atividades do
ensino remoto não foi fácil, pois estávamos diante de um cenário desconhecido e que
implicava em um caminho obscuro, que era fazer com que nossos alunos
aprendessem em um ambiente diferente da sala de aula, onde tínhamos o mínimo de
recursos e metodologias essenciais neste período.
Após o período de mais ou menos um mês após o decreto dos governos que
previam o fechamento total das escolas em virtude da pandemia, começaram-se as
reflexões sobre como fazer para permanecer com o elo entre o aluno e a escola. Antes
que os governos pudessem nos fornecer informações oficiais e o caminho para
construção do conhecimento por parte dos alunos, já tínhamos formados grupos em
redes sociais com finalidade de fazer com que chegasse o mínimo de atividades
necessárias para, inicialmente mantermos nosso vínculo com eles.
Nesta perspectiva, verificamos que poucos eram os alunos, que realizavam as
devolutivas das atividades enviadas através das redes sociais. Essas na maioria das
vezes, eram atividades simples que tinham objetivo apenas na manutenção do vínculo
aluno-escola, geralmente enviadas sem nenhuma explicação anterior.
Sendo assim, começamos a nos inquietar diante de tais situações que estavam
presentes no cotidiano, ao mesmo tempo em que surgia a preocupação de como
chegar estas atividades as crianças que não tinham acesso a internet e muito menos
as redes sociais.
Concomitantemente as situações mencionadas anteriormente, realizávamos o
curso de especialização, já mencionado anteriormente, que nos mostrou a importância
do uso das tecnologias para o ensino a distância, mostrando-nos alguns recursos
tecnológicos que poderiam ser utilizados e que eram desconhecidos até este
momento. Podemos mencionar, por exemplo, os aplicativos para elaboração de
mapas mentais de forma on line, pois não tínhamos utilizados este recurso como
mecanismo de aprendizagem, todavia devemos considerar que é importância a
utilização desta metodologia, uma vez que ela possibilita aos alunos a ampliação do
conhecimento. Neste sentido, MOUSINHO (2020, p.3) afirma que:
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, Ana Maria Freire P.M. Teorias Conexionistas. Disponível em:
https://xdocs.com.br/doc/texto-2-teorias-da-aprendizagem-para-a-pratica-pedagogica-
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BORGES, Rosemary Pessoa; COSTA, Roberto Douglas da; DANTAS, Nadja
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FALCÃO, Aguiar; OLIVEIRA, Fabiano Faustino de; AZEVEDO, Mariana Queiroz Orrico
de. Orgs. Tecnologias Educacionais. Natal: IFRN Editora, 2016.
GEBRAN, Maurício Pessoa. Tecnologias Educacionais. Curitiba: IESDE Brasil
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MELO, Antônio Geymisom de. Contribuições das TIC’s e da aprendizagem
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N.3. agosto, 2017.